Fanfic: Um Anjo Caiu do Céu ♡ AyA | Tema: Ponny

Enquanto Anahí voltava para casa, Alfonso andava nervoso de um lado para o outro falando ao telefone, passando uma ou outra vez as mãos nos cabelos.

- Tudo bem Enrique, eu irei. – falou um pouco desgostoso e desligou o telefone, olhando para a mulher semi nua a sua frente - Embarco na sexta-feira para fechar contrato em Seatle e ficarei por lá quinze dias.

- Irei contigo meu amor. – a voz melosa e empolgada irritou Alfonso.

- Trata-se de uma viagem de negócios, e não a passeio. – cortou-a, de maneira rude.

- Mas...

- Nada de mas! – aumentou o tom de voz, irritando-se - Claudia eu já lhe disse que nunca existirá o nós. – gesticulou com as mãos, apontando para ele e ela repetidas vezes, soltou o ar pela boca - Eu apenas gosto de você, é boa de cama. – negou com a cabeça dando um meio sorriso - Sabe muito bem que não quero compromisso com nenhuma mulher, não acredito no amor e em nada desse romantismo.

A mulher fechou os olhos e pensou "é agora ou nunca". Teria que revelar a Alfonso logo a sua carta na manga ou perderia o homem que a fazia feliz, embora fosse um tremendo galinha. Respirou fundo e o fitou.

- Estou grávida. – disse rapidamente como se dissesse "toma que o filho é seu".

- Como? – peguntou assustado, precisava ouvir novamente o que aquela mulher lhe dizia.

- Em meu ventre há um filho seu. – sorriu minimamente e tocou a barriga com a mão esquerda.

- Isso não é mais uma de suas pegadinhas, é?

- Não brincaria com algo assim tão sério Pon! – falou melosa - Vamos ter um bebê. – ela sorriu levando a outra mão ao ventre, sobre a que já se encontrava ali.

O moreno sorriu e aproximou-se dela tocando-lhe o ventre, aumentando ainda mais o sorriso. Seria pai novamente, nenhuma notícia lhe agradava tanto como essa. Apesar de Claudia não ser uma boa escolha, que estava banida de sua lista de possível mãe para um de seus seis filhos, não rejeitaria nunca um bebê, sangue do seu sangue. Viajaria feliz, e em Seatle procuraria por Perla para se divertir, e quem sabe dessa vez ela aceitaria a missão de lhe dar um filho. E então lhe restariam mais dois para cumprir sua promessa.

- Não faltará nada a vocês, vou me encarregar de que tenha o melhor obstetra da cidade. – afirmou, fitando-a com um pequeno sorriso nos lábios, não recebendo a mesma felicidade em troca o fazendo estranhar.

- Tenho o de minha confiança Pon, e não vou trocar. – rebateu, fugindo do olhar do moreno - Vanessa é acima de tudo minha melhor amiga, e vai cuidar de meu pré natal.

- Você vai ao de minha confiança e não adianta discutir. – foi até ela e a segurou firme em um de seus braços a fazendo olhar para ele - Vou marcar uma consulta para amanhã mesmo.

- Amanhã não poderei, tenho outro compromisso. – rapidamente respondeu, tentando mudar o foco da conversa - Quando voltar poderemos ir ao obstetra que quiser. – completou, sorrindo a Alfonso que assentiu e a soltou - Agora preciso ir, te vejo quando voltar. – lhe deu um selinho que não foi retribuído, fazendo com que ela fechasse a cara.

- Fique aqui essa noite. – pediu segurando-a novamente pelo braço - Preciso de você, de seu corpo colado ao meu.

Claudia melhor do que ninguém sabia o que significava a Alfonso: apenas um objeto sexual ao qual teria que o satisfazer. Despediu-se do moreno, precisava pensar em como sua vida mudaria dali para frente, e mais tarde voltaria para seus braços. Por mais que quisesse ficar longe, a paixão que sentia por ele falava mais alto. Em seu carro encostou a cabeça no volante, olhou-se no regrovisor e sorriu vitoriosa.

- Você será apenas meu Herrera. – murmurou a si, ligou o carro e partiu, ligou o som e cantarolou feliz com sua cartada.

Anahí estacionou o carro próximo ao portão, pois teria que planejar algo para que por enquanto Alfonso não visse o cachorro. Assim que desligou o veículo, o portão se abriu e ela sentiu seu corpo todo gelar com o arrepio que percorreu em sua espinha. Se Alfonso visse o carro ali parado e encontrasse o animal, estaria despedida por justa causa, com certeza. Mas para seu alívio, quem saiu dali foi outro carro, muito conhecido pelas meninas.

- A bruxa xexelenta foi embora! – Júlia vibrou erguendo os braços, acompanhada de um bater de mãos com as irmãs.

- Não suporto ela! – Eduarda resmungou virando os olhos.

- Esqueçam a bruxa xexelenta e vamos manter o foco no cachorro. – Anahí bateu palmas chamando a atenção das meninas, virou o corpo para olhá-las.

- Marley, o cachorro se chama Marley! – Fernanda lembrou a babá, enquanto ria, a loira rolou os olhos.

- Duda e Nanda vocês distraem o ogro, digo o pai de vocês, enquanto eu e Júlia levamos o Marley para o quartinho dos fundos. - ordenou enquanto as pequenas assentiam sorridentes.

- Pela primeira vez você chamou o Marley de Marley, isso é mágico. – Júlia brincou e Anahí lhe deu língua.