Fanfic: Um Anjo Caiu do Céu ♡ AyA | Tema: Ponny

Cecília riu altou assim que o filho se afastou. Se antes tinha dúvidas em relação aos sentimentos dele perante a doce Anahí, agora tinha a absoluta certeza de que seu menino estava completamente apaixonado pela babá, ou melhor, poderia dizer que era algo mais forte. E o fim de semana na fazenda seria extremamente divertido com Alfonso e Alex disputando a atenção de Anahí. Óbvio que ela sabia que o filho mais velho não deixaria passar em branco a bela loira de olhos azuis com sorriso meigo e encantador, mas também sabia que Anahí não fazia o tipo de Alex.

Um pouco distante dali, Enrique olhava para uma porta, decidindo se tocava ou não a campainha. Estava visivelmente nervoso, segundo as informações recebidas pelo detetive, ali dentro estava a única mulher que lhe fazia continuar vivo. Antes de tocar a campainha respirou fundo e repassou todo o seu discurso que há três dias repetia para si mesmo com as desculpas mais esfarrapadas possíveis, para tentar conseguir o seu perdão.

O barulho de alguém destravando a porta lhe causou batimentos desconpassados: seria ela? Ageitou o paletó, passou as mãos nos cabelos, sorriu largamente, o que logo deu lugar a uma cara de espanto.

- Maite? – exclamou, sem entender o que sua secretária fazia ali naquele apartamento.

- Enrique? – a morena disse basicamente ao mesmo tempo que aquele senhor, tão confusa quanto ele e ambos se manteram em silêncio por uns segundos.

- Acho que houve um engano, me informaram que Anahí mora nesse apartamento. – Enrique quebrou o silêncio, um pouco decepcionado.

- Morava. – Maite confirmou balançando a cabeça, e torceu a boca - Ela é minha amiga, dividia o apartamento comigo e mais uma pessoa. – tagarelou rapidamente e pode notar a expressão triste na face do patrão - O senhor quer deixar recado? – questionou curiosa.

- E onde está agora?

 - O que o senhor quer com ela? – rebateu com outra pergunta, jamais daria informações da amiga sem saber o real interesse daquele senhor a sua frente, mesmo que o conhecesse por quase dois anos.

- Tenho assuntos a tratar com ela. – limitou-se a dizer.

- O senhor me diz o que quer, e eu digo onde ela está. - propôs Maite, empinando o nariz.

- Posso entrar? – Enrique pediu e apontou para dentro, não poderia de forma alguma revelar seu segredo ali no corredor – É algo um tanto delicado.

Enrique procurou ser rápido e Maite ouvia boquiaberta a confissão: Enrique, seu patrão era o pai que Anahí tanto odiava, e consequentemente ela também, pois esteve presente no dia em que um homem de terno apareceu e disse a Anahí que o pai não a queria. Recordava-se perfeitamente da pequena de apenas seis anos que recebeu a notícia e chorou por dias por ter sido rejeitada pelo próprio pai. E ainda com ordens restritas de que jamais fosse adotada, deixando uma boa quantia em dinheiro para a diretora do orfanato. Maite sentiu-se dividida, porém não contaria nada sobre a amiga sem sua permissão. Assim que Enrique saiu ela sentou-se no sofá de sua sala, tentando digerir toda aquela história que acabara de ouvir.

Não muito confiante no que Maite lhe havia dito, Enrique entrou no carro, que deixara estacionado em frente ao prédio e ali permaneceria por algum tempo. Algo lhe dizia que a filha estava próxima e que apareceria ali em breve. Mais uma vez seu celular tocou e dessa vez teve de atender. Alfonso já havia ligado algumas vezes, e parecia ser algo urgente, caso contrário não teria insistido tanto.

- Desculpe não te atender antes, estava ocupado. – apressou em se desculpar, o que nem foi escutado por Alfonso, que queria livrar-se logo de sua viagem.

- Não poderei ir Enrique a viagem, surgiram imprevistos aqui em casa. – Alfonso falou normalmente, sem preocupar-se com o que estava po vir.

- Preciso que você vá Alfonso, é o único em quem posso confiar para fechar esse contrato milionário. – Enrique foi rude, enfático e duro.

- Terá que mudar o seu conceito e confiar no Otávio, ou em um de seus filhos. – rebateu Alfonso, estava decidido a não ir e nada lhe faria voltar atrás.

- Tem que ser você! – Enrique gritou, já irritado – Perderemos dinheiro se não for.

Alfonso respirou fundo, escorou-se no encosto de sua cadeira giratória. O sócio e amigo não o intimidaria com sua arrogância e agressividade verbal.

- Que se foda esse contrato, que vá para o espaço! – respondeu calmamente - Eu não estou em condições de ir, não vou e nada do que me diga me fará mudar de ideia.

- Nossa sociedade está acabada. – ameaçou, o que fez o moreno rir baixo.

- Converse com meu advogado e ele irá lhe lembrar da multa milionária que terá que me pagar por quebra de contrato. – lembrou-o, curvou o corpo para a frente e apoiou um dos braços sobre a mesa - Eu investi tanto quanto você nessa empresa, sou eu quem sempre viajou para fechar contratos.

- Você sempre gostou de viajar, conhecer mulheres e se divertir. – Enrique mencionou, buscando fazê-lo mudar de ideia - Eu não saberia ser tão eficiente como você com esses clientes.

- Gostava, agora tenho outro foco em minha vida. – confessou sorrindo, abriu a gaveta e retirou dali uma foto e seu sorriso de alargou, colocou-a de volta e fechou a gaveta - E além do mais, está na hora de aprender a andar com as próprias pernas e não depender de mim para isso. Leve Júnior contigo, ele tem bons argumentos e saberá o que fazer. – Alfonso sugeriu.