Fanfic: Um Anjo Caiu do Céu ♡ AyA | Tema: Ponny

Estranhando o silêncio, Anahí foi verificar o que Júlia aprontava, o que para sua surpresa foi algo equivocado e a deixou surpresa, pois a menina estava dormindo. E daquela forma aparentava ser um anjo, tão serena e linda, porém acordada era um perigo, uma ameaça a qualquer um, literalmente. Como não teria outra obrigação, mais uma vez ajudaria Fátima na cozinha, coisa que gostava muito, pois a mulher lhe passava tranquilidade e era como uma mãe para si. Encontrou a cozinha vazia e estranhou, deu de ombros e pegou um copo para servir o suco de laranja que estava sobre a bancada.

Sentou-se na cadeira e cortou um pedaço de bolo de chocolate e seu estômago roncou. Diferente de outras casas que haviam restrições a empregados, ali podia sentir como se estivesse em sua própria casa. Seu celular soou anunciando uma nova mensagem e sorriu ao ver o remetende.

“Perigo, sinal vermelho! Seu pai apareceu aqui no apartamento, aliás acabou de sair daqui. Como nunca me falou que era o Enrique Puente?”

- Como assim? – perguntou olhando para o aparelho. – Maite está louca, não existe essa possibilidade! – negou, digitando rapidamente uma resposta para a amiga.

“Como? Enrique, seu patrão e sócio do Poncho é o meu pai?”

Largou o celular sobre a bancada e buscou por um garfo para comer seu bolo. Rapidamente voltou e olhou para a tela de seu aparelho e o “digitando” de Maite a deixou angustiada.

- Vai logo Maite, seja eficiente, não me deixe nessa curiosidade. – bufou e como consequência de seu nervosismo sua perna direita tornou-se inquieta, mexendo-a.

Quando o anúncio da mensagem chegou ela praticamente jogou o garfo no prato, tomou o celular nas mãos e leu o pequeno texto.  

“Ao que parece sim. Me assustei com ele aqui na porta perguntando por você, e acho que ele também se assustou ao me ver. Me interrogou bastante, mas não se preocupe, não contei onde estava. Disse que havia ido ao interior trabalhar em uma casa de família como cuidadora.”

Seu coração batia apressado, precisaria tomar cuidado de agora em diante com ele tão próximo de encontrá-la.

“Ótimo. Agora preciso tomar cuidado para que ninguém aqui fique sabendo. Nem pense em passar algum contato meu.”

Sorriu minimamente com seus pensamentos maquiavélicos contra a amiga caso ela resolvesse dar com a língua nos dentes.

“Fique tranquila, não farei isso. Nasceu com a bunda para a lua viu, que puta sorte. Você é uma tonta sabia? O coroa parece estar mesmo arrependido.”

Riu algo com o comentário sobre ter sorte que a amiga fez, rapidamente a respondeu. Era rápida em suas respostas, e Maite que deveria ser mais rápida por ter experiência devido ao trabalho, era mais lerda do que uma tartaruga.

“Ele que enfie esse arrependimento lá naquele orifício auricular enrugado... Eu não quero nada que venha dele, muito menos que me reconheça como filha.”

Largou novamente sobre a bancada o aparelho, deu uma garfada no bolo e quando ia leva-lo a boca, Maite respondeu. “Que rápida”, pensou.

 “Any! Se ele é o seu pai... Isso faz de você minha patroa? Posso folgar semana que vem?”

Novamente a gargalhada de Anahí ecoou pela cozinha. Quem a visse rindo e olhando para o aparelho pensaria que estava ficando louca, ou que lhe faltava algum parafuso.

“Vai trabalhar Maite, deixa de ser preguiçosa. Nada de folga!”

Ansiosa, ficou olhando para a tela do aparelho e o digitando a fez rolar os olhos, e mais uma vez Maite não demorou.

“Poxa, só um dia para que eu possa curtir meu love!”

Um latido chamou atenção de Anahí e ela congelou ao ver Marley a sua frente, abanando o rabinho.

- Marley! Se te pegam aqui estamos na rua. Menino malvado, não pode sair do quartinho.

“Preciso ir, obrigada por me avisar. Não esqueça da camisinha! Sou muito nova para ser titia. Besos gatinha!”

Largou o celular sobre a bancada e abaixou-se para pegá-lo no colo. Olhou para o cão e levou o dedo indicador sobre os lábios em sinal de silêncio.

- Fátima? – a voz masculina a fez estremecer.

Em um pulo Anahí levantou e a única coisa que Alfonso viu foram alguns fios de cabelo dela. O moreno apressou-se em ir até a porta atrás da babá, mas foi interrompido com o toque do celular. Deu três passos para trás e sorriu ao se dar conta que era o de sua amada babá. Tomou-o nas mãos e fechou a cara.

- Quem é Roberto? – perguntou já com ciumes, atendeu a ligação sem se pronunciar.

- Desde ontem não paro de pensar em você meu anjo. – a voz masculina do outro lado ecoou nos ouvidos de Alfonso, que segurou firme no aparelho, tão forte que poderia até quebrá-lo.

- Anjos é o que verá quando acabar com sua vida. – ele praticamente rosnou como um cão demarcando seu território - Fique bem longe da MINHA mulher. – finalizou dando ênfase no minha e antes de obter resposta desligou.

Olhou para o aparelho e seu peito doeu, sentiu como se arrancassem seu coração e passassem com um caminhão sobre ele. Ela havia falado sério quando disse que precisava namorar? Será que já estava com outro? Ele já a teria tocado?

- O que está acontecendo comigo? O que essa mulher está fazendo comigo? Não posso amá-la, eu não amo niguém. Você apenas está com medo de perder a mulher que lhe deixa louco na cama. – disse a si mesmo tentando ser convincente.

O celular vibrou na mão de Alfonso e após olhar o visor e ver novamente o nome de Roberto, ele jogou o aparelho contra a parede. Foi então que ele a viu, estática e assustada o observando com os olhos arregalados.