Fanfic: Um Anjo Caiu do Céu ♡ AyA | Tema: Ponny

- Homens não podem ver um rabo de saia que já abanam o rabo. – Anahí comentou sozinha assim que entrou no carro e perceber que o homem estava na porta da mercearia.

Preferiu não comentar com ninguém sobre o tarado do povoado, pois ciumento do jeito que Alfonso era, bem capaz de querer ir tirar satisfações com o tal homem. Seu foco esteve apenas no almoço daquele sábado que era mais alegre e colorido devido aos últimos acontencimentos.

E como Anahí havia mencionado, realmente o risoto era de lamber os dedos. As meninas repetiram e Alfonso comeu três vezes alegando que precisava repor energias, deixando Anahí envergonhada.

Logo após Cecília e Anahí foram lavar a louça enquanto que Alfonso ficava com as filhas na sala.

- Obrigada. – Cecília agradeceu enquanto lavava a louça.

- Por? – Anahí perguntou confusa.

- Devolver a felicidade para a minha família. – Cecilia falou com um enorme sorriso, e Anahí não soube o que dizer, as palavras pareciam fugir de sua boca.

Alfonso teria dito algo a ela? Pelo canto do olho observou o que a senhora fazia e se conteve. Não interrogaria nada, até porque ainda era a babá das filhas de Alfonso. Assim que terminou na cozinha, a loira foi até a sala em busca de um moreno de olhos verdes e não o encontrou. Apenas as meninas estavam ali deitadas no sofá, cada uma com seu filhote.

- Que horas nós vamos? – Eduarda questiounou assim que viu a babá - Papai contou sobre o piquenique. – a menina sorriu - Vamos poder levar os filhotes?

- Podemos adiantar o relógio e ir logo? – Júlia perguntou empolgada, Anahí ia responder, porém Alfonso surgiu na sala e a menina se virou para ele – Já podemos ir?

- Que empolgação é essa filha? – ele riu.

- Sinto que esse piquenique promete apenas coisas boas. – deu uma piscadinha para o pai e uma rápida olhada para Anahí - É como se fosse uma vibração assim...  

- Tudo pronto Any? – Alfonso perguntou a olhando e ela fez um sinal de mais ou menos com a mão.

- Falta o bolo que acabei de colocar para assar.

- Enquanto isso tenho que tratar uns assuntos contigo, pode me acompanhar? – ele falou com a voz rouca e Anahí ofegou.

O que ele queria? Seu coração deu um solavanco e ela sentiu como se estivesse sendo pisoteado. Será que ele estava arrependido e lhe desferiria golpes sem anestesia, terminando tudo com ela?

- Eu já volto. – sussurrou para as meninas e foi atrás do moreno, fechando a porta que ele entrara.

Assim que ela entrou ele a prendeu contra a parede e a beijou.

- Que tortura te ver e não poder te beijar quando desejar. – falou entre os beijos -  Sinto que vou pirar até esse piquenique.

- Mais algumas horas. – ela sussurrou com um pouco de dificuldade.

- E a noite você é minha.

- Sem condições, mal consigo me mover. – ele riu e levou um tapa – Não ria, é verdade poxa. – murmurou manhosa e ele a beijou outra vez.

Como amava aquela mulher! E como ela conseguia o deixar mais apaixonado a cada segundo a seu lado. Anahí realmente era uma mulher completa, totalmente diferente de todas as outras.

- Papai! Papai! – Eduarda entrou correndo e os dois se afastaram. – Seu bolo está cheirando queimado Any.

A loira correu desesperada para a cozinha. Por sorte o bolo ainda não havia queimado, e sim crescido demais, derramado dentro do forno.

Com tudo pronto seguiram a pé, cada uma das meninas com o seu filhote no colo. Estenderam uma toalha xadrez embaixo de uma árvore que ficava próxima a um riacho: uma bela paisagem. Logo serviram-se do bolo de Anahi, que estava muito cheiroso e gostoso, e suco.

- Tenho algo muito sério para falar com vocês. – Alfonso falou de repente, fazendo com que Anahí se engasgasse com o suco.

- Lá vem bomba... – Fernanda comentou rolando os olhos.

- Depois da bruxa grávida, nada mais me assusta. – Júlia deu de ombros.

- Eu tenho certeza de que o que vou comunicar a vocês fará uma enorme diferença. – o moreno afirmou e sorriu, Júlia bufou - Sei que andei ausente esse tempo todo, que não fui um pai para vocês, mas de agora em diante isso vai mudar...

- Pegadinha do malandro? – Júlia o interrompeu sarcástica.

- Júlia! – Anahí bronqueou. – Ouça o que ele tem a dizer a vocês.

- Só porque você pediu. – ela fez um bico enorme e cruzou os braços sobre o peito - Ele é um trouxa.

- Sou trouxa, ogro, cego e tudo o que quiserem pensar, imaginar. – Alfonso soltou o riso pelo nariz, deu uma olhada para Anahí, respirou fundo e olhou para as filhas a sua frente - Eu quero mudar, mas para isso preciso da ajuda de vocês. – pausou olhando para cada uma das filhas, depois para a loira e entrelaçou seus dedos aos dela - Anahí me fez ver tudo com outros olhos – ele sorriu e beijo a mão da loira, que sorriu também – Me fez enxergar o quanto errei com vocês. – ele tragou saliva e a loira puxou a mão ao perceber o olhar minuncioso de Júlia para as mãos dadas do casal, porém ele segurou firme a impedindo - Não sou perfeito e vou errar sempre. Tudo irá mudar de agora em diante, a começar por meus relacionamentos.

- A bruxa vai morar na nossa casa? – Eduarda perguntou curiosa fazendo uma careta, Júlia arregalou os olhos e negou com a cabeça.

- Claudia terá um filho meu que será irmão ou irmã de vocês, mas isso não quer dizer que ela vá viver em nossa casa. – o moreno explicou calmamente.

- Bruxa má eliminada! – Júlia vibrou.

- Estou comunicando a vocês que irei me casar com a mulher da minha vida.

- Que bela declaração meu amor! - a voz masculina soou, enquanto batia palmas

Os olhares foram direcionados a voz. Anahí soltou a mão do moreno imediatamente.

- Piquenique e não nos convidaram? – ele questionou, parado de braços cruzados ao lado de uma mulher que era muito conhecida por todos ali.