Fanfic: Um Anjo Caiu do Céu ♡ AyA | Tema: Ponny

- Cláudia precisamos conversar. – o moreno levantou-se rapidamente, deu alguns passos para frente, aproximando-se da mulher, ignorando a presença masculina ao lado dela.

- Pensei que estivesse viajando Alfonso. - Claúdia ironizou - O que te fez mudar de idéia e vir pra esse local asqueroso cheio de mosquitos e que cheira mal? – disse cínica, olhou para Anahí, torceu o nariz e encarou o moreno - E ainda trazer a empregadinha?

- Papai não te falou porque não te queria aqui! – audaciosa, Júlia gritou fazendo cara feia para a mulher, sendo mais rápida que o pai.

- Olá Julinha! – Claudia exclamou acenando para a menina, sorriu falsamente -  Já contou a elas que vou me mudar para a sua casa na próxima semana? – indagou para Alfonso que engoliu em seco, a mulher olhou para Anahí novamente e levou a mão ao queixo - E aquela mocinha não deveria estar de uniforme? Ela já sabe que cuidará de nosso filho? Porque eu tenho certeza que será um menino. – tagarelou deixando o moreno irritado.

Alfonso a segurou pelo braço com firmeza, ela resmungou e ele ignorou. Quem ela estava pensando que era para chegar de surpresa e falar dessa forma se referindo a sua Anahí?

- Precisamos conversar, algumas coisas mudaram aqui. – disse convicto, com a face enrijecida, virou-se para Anahí – Eu volto. – sussurrou gesticulando com a boca, a loira assentiu sorrindo forçadamente.

Anahí observou-os se distanciando e seu coração apertou. A expressão triste foi inevitável, e o olhar estava fixo nele ao longe. Como doía seu coração! Levou a mão sobre opeito e massageou, respirou fundo e tragou saliva. Ao longe viu que os dois pararam e pareciam conversar, ou discutir, pois gesticulavam muito.

- O papai vai voltar, ele prometeu. – Eduarda falou afagando os cabelos da loira que sorriu minimamente.

- O que está rolando entre você e o papai? – Júlia pediu de supetão.

A loira arregalou os olhos e saiu correndo dali, sem responder a menina. Acabara de ver Alfonso beijando Claudia, ou era o que parecia. Seu estômago embrulhou e ela colocou para fora tudo o que havia ingerido durante o dia. Preocupada, Júlia correu até a babá e segurou em sua mão.

- O papai não ama ela, ele ama você e eu sei que é contigo que ele quer casar.

Novamente o embrulho no estômago. Lembrar do moreno com a bruxa lhe dava náuseas. Júlia correu em busca de um copo de água, não demorou e voltou trazendo consigo as irmãs. Carinhosamente ajudaram a babá a voltar para o pano estendido no chão.

- Está tudo bem Any? – Júlia pediu preocupada, a loira assentiu – A mim também dá vontade de vomitar vendo o papai beijando aquela bruxa.  

- Nossa nem perceberam que eu também cheguei. – disse dengoso e as crianças riram.

- Você não tem mais idade para fazer manha tio Alex! – Eduarda o chamou fazendo sinal com as mãos, então ele foi e sentou-se ao lado de Anahí.

A loira logo o reconheceu: o tarado da mercearia mais cedo. Ele era o irmão que Alfonso tanto detestava? E o que ele estava fazendo ali? Ou melhor, a quanto tempo estava ali?

- O tarado. – Anahí murmurou rolando os olhos.

- A gata selvagem do povoado! – ele riu alto, e passou a língua nos lábios.

Júlia olhou de um para o outro, estreitou os olhos e encarou o tio com uma expressão nada agradável. Anahí levantou-se impaciente, cruzou os braços sobre o peito e fixou seu olhar no caminho percorrido por Alfonso e Claudia que agora estava vazio.

- Pode tirar o cavalinho da chuva tio Alex! – falou estalando os dedos da mão direita - A Any vai casar com o papai. – avisou empinando o nariz, fazendo o tio cair na gargalhada.

O homem encarou Anahí que novamente rolou os olhos, ela bufou e sentou-se novamente sobre o pano estendido ao chão, um pouco entristecida. Risos, conversa vai e vem, as meninas se distanciaram para se refrescar no riacho com o tio, aos olhos atentos da loira, que seguia aborrecida. Alfonso parecia que não voltaria e seu estomago embrulhava só de imaginar o que poderiam estar fazendo naquele momento, na mesma cama que havia dormido ao lado dele.

- Eu acho que é agora que você deveria me beijar. – Alex disse enquanto sentava-se ao seu lado.

Assustada, Anahí levou a mão ao peito. De onde ele havia surgido se a poucos segundos estava com as crianças no rio? E que loucura era aquela de beijo?

Alex curvou o corpo para frente e instintivamente Anahí curvou o seu para trás. O homem soltou um riso pelo nariz e estalou com a língua.

- Por favor Anahí, não se faça de difícil. –disse confiante, sorriu, coçou a barba por fazer - Ou está tão apaixonada pelo meu irmão que é incapaz de provar outros sabores?

- Você ficou louco, aliás você é louco. – ela disse apontando o dedo para ele, que riu e jogou a cabeça para trás.

- É dado como louco um cara que esta perdidamente apaixonado pela babá das sobrinhas? – jogou a pergunta no ar e a loira arregalou os olhos, levantou-se rapidamente e fechou a cara, cruzando os braços sobre o peito.

- Eu não vou pra cama contigo Alex, pode tirar seu cavalinho da chuva.

Em questão de segundos Alex estava de pé, e o corpo de Anahí colado ao dele. Ela tentou soltar-se, mas o homem era bem mais forte que ela, entrelaçou seus braços na cintura da loira e colou seus lábios aos dela.

- Que cena linda de ser presenciada! – palmas ecoaram chamando atenção dos dois. - Até onde eu sei você é a babá das minhas filhas e não de meu irmão.

Os olhos azuis encararam os olhos verdes que faiscavam de raiva e ciumes.