Fanfic: Um Anjo Caiu do Céu ♡ AyA | Tema: Ponny

Anahí e Alfonso só saíram do quarto naquele domingo ao meio dia, e se Fátima não tivesse vindo avisá-los de que o almoço estava pronto, não sairiam dali.

- Já decidiram a data? - Júlia indagou fazendo ar de mistério.

- Que data? - Alfonso questionou sem entender, olhou minunciosamente para a filha buscando alguma resposta.

- Mas é lerdo! – exclamou e deu um tapa na testa - Vou desenhar com maçãs querido papai. – piscou, a menina sorriu mostrando os dentes, Alfonso estreitou os olhos, gesticulou com a cabeça para que a pequena prosseguisse - A data do casório ué! – disse como se fosse óbvio.

Anahí, que bebia um gole do suco de laranja engasgou-se ao ouvi-la. Alfonso a socorreu dando tapinhas em suas costas, ela tomou um gole novamente do suco para tentar se recompor, sob os olhares atentos de Júlia, Fernanda e Eduarda que riam disfarçadamente.

- Relaxa mamãezinha, papai mudou da água para o vinho. – Júlia comentou estalando os dedos.

 Novamente engasgou-se. Eduarda e Fernanda soltaram uma deliciosa gargalhada, e Alfonso não sabia se socorria a loira ou se repreendia as filhas.

- Júlia controle sua boca! – esbravejou o moreno.

- Alguém me disse isso ontem. – lembrou Anahí, fitando-o.

- Fico impressionado com a semelhança de vocês. – Alfonso comentou olhando de uma para a outra e ambas riram - Não sei qual quem tem a língua mais afiada no quesito sinceridade.

- Eu sou um anjo. – defendeu-se Anahí fazendo biquinho.

- Um anjo que caiu do céu diretamente nos braços de Alfonso ex chato Herrera. – Júlia basicamente declamou enquanto as gêmeas faziam corações com as mãos.

- Estou perdido no meio de tanta mulher! – brincou Alfonso, recebendo um tapinha no ombro de Anahí.

Um clarear de garganta lhes chamou atenção. Fátima, que havia recusado sentar-se a mesa com eles estava com um ar de mistério no olhar.

- Desculpem-me atrapalhar a festinha, mas acabei esquecendo de avisar que ligaram mais cedo da escola para avisar que Júlia não foi aceita.

- Ela vai ao internato. –  Alfonso disse de imediato.

- Alfonso! – Anahí praticamente gritou, o repreendendo.

- Não há outra solução. – ele respirou fundo, olhou para Júlia seriamente - O Instituto Brighton é de meu sócio, Júlia será bem recebida lá, vai ser bom para ela.

- Vai ser bom para ela – a loira o imitou fazendo caretas – O melhor para Júlia é estar com a família!

- Eu sei o que é melhor para a minha filha Anahí. – esbravejou dando um tapa sobre a mesa - Peço gentilmente que não interfira nisso.

A loira fechou os olhos e grunhiu, levantou-se da mesa e retirou-se, ignorando ele a chamar. Júlia trincou os dentes e as gêmeas cruzaram os braços sobre o peito. O trio fechou a cara para o pai que pouco se importou para a reação delas.

- Suba para arrumar suas coisas Júlia. – ordenou – Peça ajuda a Anahí, amanhã cedo alguém a levará para o internato.

- Eu não vou para aquele inferno!

- Sou o seu pai e enquanto estiver sob minha responsabilidade terá que me obedecer.

- OGRO! - gritou e saiu correndo.

As gêmeas se olharam e saíram da mesa ignorando o pai.

- O que há com as mulheres dessa casa? – perguntou olhando para Fátima, que negou com a cabeça, puxou a cadeira que antes Anahí estava, sentou-se e o encarou.

- Talvez a pergunta seja: O que há com o homem dessa casa? – pausou, o moreno rolou os olhos - Não aprovo a ida de Júlia ao internato, e assim como Anahi, penso que a menina tem de ficar aqui. Deixe de agir por impulso Alfonso, pense muito bem antes de tomar uma decisão.

Sem falar mais nada, deixando-o pensativo Fátima saiu do ambiente. Alfonso esmurrou a mesa. O que havia de errado? A pouco estava um mar de rosas e uma tempestade parecia insistir em instalar-se sempre que as coisas começavam a ajeitar-se. Será que Anahí tinha razão de que não conseguiriam ser felizes enquanto houvesse tantos empecilhos entre eles? Porém o que Fátima havia dito a pouco o deixara literalmente com a pulga atrás da orelha: o problema estava nele?