Fanfic: Um Anjo Caiu do Céu ♡ AyA | Tema: Ponny

Assim que o dia clareou Anahí pulou da cama e saiu do apartamento de Maite bem antes dela acordar. Apesar de não estar sentindo-se bem, tinha obrigações a cumprir, como levar as meninas a escola e despedir-se de Júlia.

Mal abriu a porta da frente da mansão Herrera e o moreno apareceu em seu campo de visão. A quanto tempo ele a aguardava ali na sala? Um pequeno sorriso reluziu no rosto da loira.

- Onde esteve? – ele perguntou rapidamente, com aquela voz grossa que a deixou arrepiada, mas a loira não se permitiu abater, rolou os olhos e ignorou a pergunta – Onde passou a noite Anahí? – questionou, dessa vez em um tom mais alto do que o anterior.

- Não lhe devo explicações. – Anahí disse calmamente, sorriu ironicamente - Mas não se preocupe, estive em boa companhia a noite toda.

Alfonso fechou os olhos buscando manter a calma e quando voltou a abrí-los não a encontrou mais. Ultimamente era o que Anahí mais fazia: fugir.

Sorridente a loira entrou no quarto de Júlia e a encontrou fechando a mala.

- Porque passou a noite fora? Onde esteve e com quem? – Júlia indagou curiosa.

- Está pior que o seu pai. – Anahí murmurou – Eu estava na minha antiga casa, precisava colocar o papo em dia com minha melhor amiga.

- Eu sou uma ótima pessoa para uma boa conversa. – a menina disse empinando o nariz.

- Coisas de adultos Júlia.

- Ah, foi falar com ela sobre sexo. - comentou na maior naturalidade possível.

- Júlia! – repreendeu-a - Não foi isso que me levou a ir em busca da minha amiga, e sim outros motivos. – respirou fundo, torceu a boca de um lado para o outro - Estou carregando algo comigo que poderá gerar muita confusão ainda.

- E o que é?

- No momento certo você saberá. – a loira piscou e a menina fechou a cara - Agora venha cá me dar um abraço, já está quase na hora de ir ao internato. – disse abaixando-se.

- Saco. – Júlia reclamou batendo um dos pés no chão, Anahí riu e abriu os braços para recebê-la - Porque não posso ir mais tarde? – indagou dengosa assim que se separaram do abraço, segurou uma mecha de cabelo nas mãos e enrolou ela nos dedos - Assim poderia aproveitar um pouquinho – gesticulou com as mãos deixando um espaço mínimo entre o dedo indicador e o polegar e depois apontou para a loira - você antes de ir.

Anahí sentiu um aperto no coração e uma vontade imensa de chorar, porém segurou-se e puxou Júlia para outro abraço e distribuição de beijos, fazendo a menina sorrir.

- Eu quero que me prometa que irá se comportar. – Anahí falou erguendo a mão direita, assim como fazem nos tribunais quando prometem algo.

Júlia ergueu a sua e assentiu com a cabeça sorrindo.

- O motorista já está te aguardando em frente a casa, apresse-se Júlia. – a voz masculina soou alto no ambiente.

- Que mania que você tem de estragar um momento de troca de carinhos. – Júlia reclamou e olhou feio para o pai, aproximou-se da loira que ainda estava agaixada – Lembra que me prometeu ter paciência com o ogro. – sussurrou, Anahí riu e assentiu, levantou-se e fitou o moreno.

E foi aí que lhe ocorreu algo. A loira levou a mão a testa e fingiu cambalear. Em segundos o moreno estava com ela em seus braços.

- Está tudo bem? O que sente? – Alfonso indagou preocupado.

- Não sei, um mal estar... – murmurou.

- Quer que eu chame um médico? Eu levo você ao hospital se quiser. – disse rapidamente e Anahí negou.

- Não precisa Poncho, logo vai passar. – falou baixo, quase em um sussurro, afastou-se dele e olhou rapidamente para Júlia e lhe piscou.

A menina rapidamente entendeu o recado da babá e sorriu.

- Sabe, não acho uma boa ideia a Any sair assim pra levar minhas irmãs. – argumentou olhando séria para o pai - E se ela bater o carro? Sofrer um acidente?

- Me encarrego de levar elas a escola. – Alfonso falou, olhou para Anahí - Tire a manhã de folga, e a tarde se precisar. – a puxou e beijou-lhe a testa demoradamente -  Descanse meu anjo.

Anahi assentiu, beijou demoradamente a bochecha do moreno, retribuindo o beijo recebido por ele.

- Vamos ficar bem.

- Agora vá Júlia, Pedro está te aguardando. – Alfonso a lembrou e a menina bufou, fazendo birra batendo os pés no chão, resmungando coisas inaudíveis ao moreno. Pegou a mala e foi até a porta, girou o corpo e deu aquele famoso sorriso colgate.

- Preciso trocar umas palavrinhas com a Any, é rapidinho. – fez um biquinho, o moreno assentiu e retirou-se.

Assim que Alfonso saiu de casa, Anahí mandou uma mensagem para Maite avisando que estava a caminho do shopping e que a esperaria na entrada do mesmo.

Trapacear Alfonso nunca fora tão fácil. De mãos dadas com Júlia ela ficou aguardando Maite na porta, e a morena parecia demorar a chegar.

- Hello para a mais fresca de todas as... – Maite gritou ao ver a loira, porém calou-se ao ver Júlia – Porque trouxe a chaveirinho? Ela não tinha de estar indo para o internato?

- E você não tinha que estar trabalhando? - Júlia rebateu a altura.

- Quem com ferro fere, com ferro será ferido. – Anahí comentou e riu alto, Maite bufou. - Com esse sol escaldante até as cobras decidiram vir ao shopping. – falou olhando para o estacionamento.

Imediatamente Júlia e Maite olharam na direção que a loira olhava e entenderam.