Fanfics Brasil - Capítulo 2 Renascer da Esperança

Fanfic: Renascer da Esperança | Tema: Levyrroni


Capítulo: Capítulo 2

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William se virou, pronto para uma briga, e viu quem falava... então sentiu a tensão desaparecer.


— Reyes — disse, sorrindo. Lucas Reyes sorriu também.


— O próprio.


William estendeu a mão, mas acabou puxando o velho amigo para um forte abraço.


— É bom ver você.


— Sinto o mesmo. — Lucas recuou, o sorriso hesitan­te. — Pronto para almoçar?


— E não estou sempre pronto para almoçar no Portoflno's?


— Sim. Claro. Eu só... só quis dizer... — Lucas lim­pou a garganta. — Está tudo bem?


— Estou bem.


— Você devia ter ligado. Quando li sobre o... acidente...


William ficou tenso.


— Esqueça isso.


— Deve ter sido terrível, amigo. Perder a noiva...


— Eu já disse, esqueça...


— Eu não a conheci, mas...


— Lucas, não quero falar sobre isso.


— Se é o que quer...


— É exatamente o que quero — disse William, com tanta convicção que Lucas achou melhor desistir.


— Ok — ele disse, forçando um sorriso. — Nes­te caso... Pedi que Antônio nos reservasse a mesa dos fundos.


William se esforçou para sorrir.


— Ótimo. Talvez tenham Trippa alia Savoiarda no cardápio de hoje.


Lucas estremeceu.


— Qual o seu problema, Levy? Não basta comer massa?


— Mas tripa é uma delícia — afirmou William e logo ambos começaram com as brincadeiras comuns a ami­gos de longa data.


— Como nos velhos tempos — disse Lucas.


Nada seria como nos velhos tempos novamente, William pensou, mas sorriu e deixou o comentário passar sem resposta.


O compartimento dos fundo estava confortável como sempre. Havia tripa no menu, mas William não fez o pe­dido. Nunca fazia. Compartilhava com Lucas a aversão pelo prato.


A provocação era apenas parte da velha amizade.


Mesmo assim, depois de fazerem seus pedidos, de­pois das bebidas já estarem na mesa, os dois continua­vam em silêncio.


— Então — disse Lucas —, quais as novidades?


William deu de ombros.


— Nada demais. E você?


— Ah, sabe como é. Estive no Taiti na semana passa­da, vendo uma propriedade na praia...


— Que inconveniente — William comentou e sorriu.


— Sim, mas, alguém precisa fazer o trabalho duro. 


Mais silêncio. Lucas limpou a garganta.


— Vi Nicolo e Aimee no fim de semana. Naquele jan­tar. Todos lamentaram sua ausência.


— Como eles estão? — perguntou William, ignoran­do deliberadamente o comentário.


— Muito bem. O bebê está ótimo também. Silêncio novamente. Lucas tomou um gole de uísque. — Nicolo disse que tentou te ligar, mas...


— Sim. Recebi os recados.


— Eu também tentei. Durante semanas. Fico feliz que tenha decidido atender o telefone ontem.


— Tem razão — respondeu William, embora não se sentisse exatamente satisfeito. Estava ali há dez minutos e já estava arrependido de ter concordado em encontrar Lucas.


Mas enganos assim podiam ser remediados, pensou, olhando para o relógio.


— Só que surgiu um imprevisto. Não sei se posso fi­car para almoçar. Vou tentar, mas...


— Mentira.


William ergueu a cabeça.


— O quê?


— Você ouviu, Levy. Eu disse "mentira". Não existe imprevisto algum. Você só quer escapar do que está por vir.


— E isso seria...?


— Uma pergunta.


— Faça a pergunta, então.


— Por que não contou nada para Nicolo ou para mim? Por que deixou que soubéssemos através destes malditos jornais mexeriqueiros?


— São duas perguntas — comentou William calma­mente.


— Sim. E tem uma terceira. Por que não confiou em nós? Não precisava passar por tudo isso sozinho.


— "Tudo isso" o quê?


— Dá um tempo, William. Sabe do que estou falando. Droga, homem, perder a mulher que amava...


— Você fala como se eu fosse o culpado — respondeu William, a voz fria e monótona.


— Sabe que não foi isso que eu quis dizer. Mas é que eu e Nicolo conversamos e...


— É tudo que você e Barbieri têm para fazer? Fofocar feito duas velhinhas?


William viu Lucas estreitar os olhos. Por que não o faria? Estava menosprezando a preocupação de Lucas, mas não se importava. A última coisa que queria era de­monstrações de solidariedade.



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Autor(a): romances_adaptados

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— Nós nos preocupamos com você — disse Lucas. — Só queremos ajudar. William deu uma risada melancólica. — Ajudar a superar a dor, é o que quer dizer? — Sim, droga. Por que não? — A única maneira de me ajudar — disse William calmamente — seria trazendo Kay de volta. — Eu ...


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