Fanfics Brasil - Bem-vindo ao nível 10 Os únicos!

Fanfic: Os únicos! | Tema: Magia, Poder


Capítulo: Bem-vindo ao nível 10

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5 anos depois


 


12 DE ABRIL DE 1999


A floresta onde ele estava era escura, mas não por falta de sol, e sim pelo excesso de árvores que não deixavam a luz entrar. Suas mãos cobertas por luvas de couro seguravam fortemente nas árvores, enquanto ele saltava a distâncias incríveis. Nem sequer estava cansado após fazer isso uma manhã inteira, mas nem se estivesse quase morrendo o general o deixaria parar um segundo.


Apesar de parecer grande o lugar onde ele estava era uma gaiola, coberta de árvores e aços grossos que poderia matar quem ao menos chegasse há uma distância de vinte metros.


- Mais rápido Caio!


O general gritou fazendo o loiro se irritar e ir mais depressa, enquanto as luvas de suas mãos derretiam com o calor. De longe, cinco conjuradores o perseguiam, lançando poderes que poderiam o deixar paralisado se chegasse muito perto. A diferença era que isso nunca acontecia.


- Temos que pegá-lo! – Gritara uma jovem garota de cabelos negros. Ao lado, um rapaz lançava bolas de fogo que era desviadas por Caio facilmente. – Não seja estúpido Jack! Isso nunca vai Pará-lo!


- E o que você sugere então? – Jack, o garoto mais gordinho falara com uma expressão irônica.


- Vamos tentar cercá-lo...


Os cinco correram mais depressa fazendo o chicote grosso do general atingir as costas de Caio.


- Acha que isso é uma brincadeira? CORRA!


 O general Valter gritou fazendo Caio parar de correr e fitar o general como um leão persegue sua presa. Seu sangue ferveu.


- Chega de ser a presa. – Caio sussurrou para si, correndo em direção ao general com uma fúria imensa.


Os cinco conjuradores se aproximaram , e bastou Caio dar um chute no primeiro para ele cair desacordado. Com os outros não foi diferente, um a um, ele os derrubou com extrema facilidade, até se aproximar do general em passos largos.


- Não faça nenhuma besteira...


Foi o que o general conseguiu dizer antes de Caio levantar o homem de dois metros pelo pescoço. O general segurou o braço dele com força, concentrando sua aura na garganta para poder respirar.


O loiro cerrou os dentes de raiva, no mesmo instante que sentira suas costas queimando, onde uma dor absurda o invadiu. Caio caiu de joelhos, soltando o general, que por trás o atacara com seu poder: O de levitar e transformar em uma arma qualquer coisa feita de metal.


O general Valter arrancou as grades de ferro os pressionando contra o corpo de Caio, não o dando possibilidade de fuga.


- A raiva não te deixa pensar direito. Tem que aprender a controlá-la!


A cabeça de Caio parecia que ia explodir, fazendo o mesmo tentar encostar no general que prendera sua mão antes de tocar em seu rosto.


- Se não se controlar, vou desacordá-lo Caio...


- Vá pro inferno! – O loiro grunhiu fazer o general respirar fundo.


- Você é forte Caio, forte até demais... – O general levantou o rosto, seriamente. – Mas se não controlar sua raiva... Nunca vai sair desse lugar.


Caio sorriu, fazendo o general sentir um frio na espinha, continuando sério.


- Vamos ver...


As grades que prendiam Caio se desmancharam, fazendo o general respirar fundo e caminhar em direção a saída.


- Está mais calmo?- Caio não respondeu, apenas levantou-se e ergueu o olhar que agora estava mais triste que o de costume. - Levantem-se. Vão para os quartos... Amanha vamos treinar mais.


Caio abaixou o rosto passando pelo general, enquanto Valter esperava os outros conjuradores levantarem. Caio não parou de andar, na verdade não sentira nada em si naquele momento, apenas uma profunda angustia que sentiria desde que viu Amy pela última vez. Cerrou o punho com uma tristeza no olhar, desaparecendo por entre as portas.


O general aproximou-se dos alunos lentamente assim como alguns seguranças. E foi apenas se aproximar alguns metros dos corpos imóveis para entender, e fitar a porta por onde o garoto saíra friamente como se nada tivesse acontecido.


- Estão... Mortos...


 


...


Eram apenas olhares intimidadores trocados dentro daquele furgão de aço. De um lado, sentado com a boina tampando seus olhos negros estava o general Valter, e do outro, cercado por quase dez seguranças, estava um garoto loiro que mantinha uma expressão fria, com as mãos e pés cobertos por barras de ferro. Caio fitou a única fresta da janela por onde passava, mirando o que parecia ser uma imensa mansão... Enganadora, na verdade.


- Onde estamos indo?


- Você foi transferido para o nível dez. – Caio ficou em silêncio, fazendo Valter respirar fundo. – O que queria depois de matá-los, Caio?


- Estão me treinando todo esse tempo para ser um assassino não é? Então, é isso que assassinos fazem!


- Você sabe o que quis dizer. – Caio desviou o olhar, fazendo o general levantar-se. – As coisas são diferentes aqui. No nível dez há muito mais regras Caio. E você deverá segui-la.


- Tanto faz. – Sussurrou o garoto, fazendo as algemas de Caio se abrirem e apenas um aço grosso ser colocado em seu pulso. – O que é isso?


Caio gritou antes de ter tempo de fazer outra pergunta. O aço lhe perfurou o braço, enquanto o furgão estacionava na entrada e outras algemas foram colocadas.


- A partir de agora você só usa 50% do seu poder... E se usar mais que isso, esse bracelete vai te desacordar.


Caio o fitava praticamente bufando, com uma vontade gigante de matar Valter. As portas do camburão se abriram e todos desceram, onde o dono e o líder do nível dez os esperavam.


Os seguranças se aproximaram junto com Caio, passo após passo. E após o loiro levantar o olhar, ele pode ver a expressão quase surpresa e de certa forma apavorada dos homens em sua frente. Odiava esse tipo de olhar que o incriminava e que o tratava como se fosse uma aberração.


O homem de cabelos um pouco grisalhos, olhos castanhos e um sorriso até “simpático”, dono do nível dez se aproximou. Colocando a mão no ombro do general Valter e o cumprimentando.


- Rapazes, tire essas algemas, aqui somos todos companheiros.


- Tive ordens para mantê-la, senhor Delgado. – Falou Valter de forma séria.


- Creio que Caio não nos dará problemas, certo?


Caio não respondeu, apenas abaixou a cabeça com um ar cansado. O general fez um sinal positivo com a cabeça, fazendo os seguranças abrirem as algemas.


- Sigam-me.


E assim ambos entraram em passos lentos, com olhares que iam desde a uma calma sem tamanha á uma preocupação inevitável.


Os corredores eram de cores escuras, e dentro daquele lugar mal se podiam enxergar a luz. Alguns conjuradores que conversavam pelos corredores paravam para fitar o garoto de apenas dezessete anos que era rodeado por seguranças e pelo general Valter, muito conhecido entre todos.


- Esse é o setor que vai ficar.


Caio levantou a cabeça, fitando uma imensa porta de ferro com um símbolo de uma águia, detalhadamente cromada no centro. Magnífica.


- Mostre respeito quando entrar. Aqui estão hospedados o futuro dos conjuradores. Os melhores da geração que está por vim.


O loiro girou os olhos, no mesmo instante em que Delgado abriu a porta com as digitais de um dos dedos.


- Bem vindo ao setor A.


Caio de certa forma se surpreendeu. Não esperava algo diferente das prisões que frequentava há cinco anos. Mas aquilo era completamente, outra vida.


Ambos começaram a caminhar pelos corredores, onde Delgado o explicava cada sala por onde passava, como se Caio estivesse de alguma forma prestando atenção.


- O setor A é a última fase para se tornar um conjurador profissional. É aqui que você aprende todas as técnicas necessárias para efetuar as missões com segurança. – Delgado parou de caminhar, virando em direção a Caio. – Cada setor tem um líder, o nome do seu é Carter Trent.


- O filho de JL? – Valter se pronunciou, fazendo Delgado balançar a cabeça positivamente.


- Garoto incrível.


Delgado continuou andando, abrindo outra porta em seguida.


- A maioria dos garotos tem no mínimo vinte e dois anos aqui Caio, então, seria bom ficar apenas entre nós o seu passado. – Caio desviou o olhar, fazendo o homem respirar fundo e fitar o bracelete de Caio. – Valter me contou do incidente no setor quatro. Estamos tomando as providencias necessárias para que isso não se repita. Mas se repetir... Você voltará para a zona de isolamento. E nunca mais vai sair lá... Entendido?


Caio soltou uma risada debochada, fazendo a arma de choque de um dos seguranças atingir suas costas. Ele caiu, fazendo alguns conjuradores fitarem a cena instigados.


- Entendido?


O cabelo loiro do garoto caia sobre o rosto, mas Valter pode sentir a raiva de Caio pressionando os pés no chão de pedra.


- Caio... – Valter sussurrou, fazendo Caio cerrar os olhos e os abrir. Respirando fundo.


- Não se preocupe, ele irá aprender o que precisa aqui.


Os seguranças levantaram Caio, fazendo uma parte do chão de pedra se despedaçar quando ele levantou os pés. Seus olhos estavam em um azul celeste, mas antes que parte de si desaparecesse completamente, ele se acalmou... Erguendo o corpo e fitando friamente o homem em sua frente.


O general deu um longo suspiro, e após mais algumas caminhadas Caio foi largado em seu quarto, mas precisamente o último do corredor.


Após alguns conselhos do general Valter, Caio ficou sozinho, fitando seu quarto mais detalhadamente. Não iria ser só ele. Havia mais três camas já com roupas e objetos pessoais em cima, porém o quarto era espaçoso, e bem mais que o suficiente para quatro pessoas.


Largou a mala em cima da cama vazia e arrumou suas coisas, tudo em seu devido lugar. Por fim, tirou da mala uma foto de quando era pequeno. Quando vivia com seus pais e com Amy... Feliz de certa forma. O loiro deu um leve sorriso, largando a foto novamente sobre a mala, no mesmo instante em que três garotos entraram pela porta correndo.


- Vamos nos atrasar!


Falou um garoto moreno mais robusto, enquanto os outros dois acabam de pegar os materiais. O garoto parou por um segundo e fitou Caio, fazendo os outros dois fazerem o mesmo.


- Quem é você? – O garoto robusto se aproximou. – Está perdido, ou o que?


Caio não respondeu. Na verdade, nem desviou os olhos de suas coisas ou prestou atenção nos garotos que entraram.


- Fernando, esquece ele! Vamos embora! – Um garoto ruivo de uma estatura mais baixa se pronunciou fazendo Fernando, o garoto robusto, girar os calcanhares e os dois saírem apressados pela porta.


O terceiro garoto, de cabelos castanhos acabou de arrumar as coisas calmamente e respirou fundo... Fitando Caio.


- Não deve se atrasar no primeiro dia. Trent odeia atrasos. – Ele jogou um papel em cima da cama de Caio e saiu pela porta.


O loiro se deitou na cama, pegando o papel com a dificuldade de uma preguiça matinal e o leu:


1 aula – Teste sua força: Sala 9


2 aula – Enfrentando nossos medos: Sala 2


3 aula – Desafio em campo: Quadra 3


4 aula – Estratégia com armas: Sala 7


5 aula – O assassino perfeito: Centro 1


Caio bufou, levantando-se e fitando aquele bracelete que pouco a pouco o deixava mais irritado. Mas era impossível... Quanto mais o forçava, mas ele se agarrava a sua pele. Parecia estar vivo.


Por fim, saiu do quarto, caminhando de forma curiosa pelos corredores. Todos naquele lugar eram mais velhos e o olhavam como se fosse apenas um “garoto perdido”... Quem sabe... Ele já não sabia mais o caminho de casa.


Caio parou em frente à sala 9 e entrou. Ao que parecia ser uma sala média se transformou em uma imensa sala de treinamento. Uma das maiores que já tinha visto. Aproximou-se sem chamar a atenção, onde duas pessoas duelavam: Uma garota de cabelos negros e olhos castanhos, e um rapaz musculoso de cabelos acinzentados. Sentou-se na única cadeira vazia da última fileira e observou todos a sua volta. Realmente, ninguém com menos de vinte anos.


- Vejo que estão se divertindo.


Um rapaz de vinte e um anos, cabelos negros, olhos claros, vestindo vestes militares, de coturno, com um sorriso “debochado” nos lábios, se aproximou fazendo a luta parar e todos se levantarem com a presença do mesmo. Atrás, o treinador aparecia lentamente fumando um charuto, passando pelos conjuradores e se colocando em frente a eles.


Observou todos atentamente, até fitar um garoto loiro sentado como se nada acontecesse.


- Trent!


- Sim? – O rapaz de cabelos pretos se pronunciava.


- Eu não sabia que o presidente estava recrutando jovens cegos, você sabia?


Trent o fitou não entendendo, até olhar para os conjuradores, onde um garoto agora o encarava.


- VOCÊ! LEVANTE-SE!


Caio recebeu um cutucão, levantando calmamente.


- Qual o seu nome rapaz? – Perguntou o treinador.


- Caio. – O loiro praticamente sussurrou, mas ambos conseguiram ouvir.


- Caio... Parece muito novo para estar aqui. Tem quantos anos?


- Deze... Vinte.


Todos se olharam e começaram a cochichar com aquela resposta, fazendo Trent gritar para todos se calarem.


- Porque não nos mostra o que sabe? – Trent sorriu fazendo Caio abaixar o rosto.


- Não estou afim.


- O que está fazendo aqui então? – Trent se irritou fazendo o treinador respirar fundo.


- Deixe-o Trent. Vamos começar...


Ambos caminharam em direção ao meio do salão. E enquanto olhares curiosos eram depositados em Caio, o mesmo ainda se perguntava se realmente ia sobreviver a tudo aquilo.



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Autor(a): eowyn19

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Os conjuradores foram todos colocados em fileiras, enquanto o treinador ditava as regras, passando pela frente de todos de forma autoritária. Caio não cruzou olhares com a pessoa em sua frente nem por um segundo, mas pode sentir aquele olhar raivoso o encarando como se fosse o estraçalhar a qualquer momento. O loiro sorriu... Que ingenuidade. - Vamos ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • emillyvondy1 Postado em 20/12/2015 - 19:22:50

    Nossa *_* Amei... Continua.


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