Fanfics Brasil - Você consegue ver? Os únicos!

Fanfic: Os únicos! | Tema: Magia, Poder


Capítulo: Você consegue ver?

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Aqueles olhos eram diferentes de tudo o que já presenciou. Carter Trent pareceu ser atraído por cada detalhe de seu rosto, e enquanto suas mãos suavam mais que o costume, uma imensa paz invadiu aquele lugar. Algo estava diferente... Na verdade, completamente diferente do que seu pai havia dito ou contado.


- Olá Amy.


Trent estranhou. Não havia nada de tão apavorante assim. Nenhuma energia horrível, nenhum sinal de que ele morreria de forma instantânea, nem nada que o fizesse duvidar de que ele não poderia matá-la.


- Quem é você?


- Sabe, eu esperava mais... Pra alguém que já matou milhares de pessoas, você até que é bonitinha.


Amy se levantou bruscamente, afastando-se de Trent que caminhava em sua direção.


- Eu não sei do que está falando. – Ela sussurrou.


- Não sabe?


“Não se aproxime muito Trent”


Ele ouvira a voz do pai pelo comunicador em seu ouvido.


- Me deixa, eu quero ir pra casa!


- Você acha mesmo que ainda vai sair daqui?


Os olhos de Amy mudaram para uma expressão triste, fazendo a loira abaixar o rosto.


- Você não me conhece, não sabe nada de mim...


- Eu sei o bastante sobre você.


Trent aproximou-se de Amy, fazendo a garota bater as costas na parede fria. Suas mãos tremeram, e por um segundo Trent sentiu um frio na espinha... Uma sensação fria e profundamente apavorante, como se não quisesse mais estar naquele lugar.


“Trent não abaixe a guarda!”


- Se soubesse não estaria aqui.


Aquelas palavras foram o bastante para Trent recuar. A paz que emendava naquele lugar pareceu ter desaparecido completamente, mas algo no coração de Trent não parecia perceber o mesmo. Algo estava errado.


- Qual o seu nome?  - Amy sorriu.


“Não fale Carter!”


Se eu não falar nunca descobriremos nada.”


- Carter.


A garota sorriu, caminhando em direção a Carter lentamente enquanto o garoto mal se movia. Cerrou uma das mãos de uma forma nervosa, no mesmo instante em que ela parou em sua frente, erguendo o rosto para cima.


- Carter... Me faça cafuné?


Amy apoiou sua cabeça no peito de Carter, fazendo mais do que uma surpresa, ele se sentir intimidado. O moreno se aproximou mais, erguendo sua mão e acariciando o cabelo de Amy lentamente. Ela fechou os olhos, lembrando-se de alguém que há muito não via...


 


- O que está acontecendo?


 JL que observava de outra sala pelas câmeras, perguntou para Cecilia. A mulher o fitava mais confusa que ele, enquanto Valter acabara de entrar na sala.


- O que está acontecendo? – Valter repetiu a pergunta, fazendo JL engolir seco.


- Carter realizou um desejo. – JL se pronunciou de forma nervosa e completamente confusa. – E porque ela pediu apenas isso? Não entendo...


Os olhos de JL se encontraram com as câmeras de forma apreensiva, assim como os de Valter. O general aproximou-se, sentindo um frio na espinha.


- Alguma coisa vai acontecer...


 


As mãos de Carter pararam instantaneamente após sentir um frio intenso invadir em seu corpo. A pele de Amy agora estava mais pálida, e lentamente uma sombra tomou conta de seus cabelos dourados, os tornando negros. Os olhos de Amy se abriram em choque, revelando todo o seu globo ocular escuro como seus cabelos. Carter estremeceu... Sentindo um pavor tão grande que nunca imaginara sentir na vida.


“Faça um desejo Carter”


Carter ouviu a ordem de seu pai, mas isso era a única coisa que conseguia fazer. Ouvir. Seus músculos pareciam paralisados com aquela presença em sua frente. Aquilo era terrível.


- Amy... Conte-me como funciona o seus poderes.


JL sorriu com aquela pergunta. Definitivamente, Carter sabia o que estava fazendo.


- Realize meu desejo, e terá qualquer outro em troca. Recuse dois desejos e desaparecerá junto com que mais te ama. Não se pode realizar dois desejos a mesma pessoa simultaneamente. Não se pode fazer desejos a alguém desconhecido. Se o desejo realizado for ruim, o próximo pedido também será.


Amy ergueu a cabeça para cima, com os olhos agora azuis reluzentes e os cabelos tão dourados quanto antes. Ela sorriu, afastando-se um pouco de Carter.


- Você sabe onde está meu irmão?


Aquela pergunta tirou Carter de seu transe emocional, fazendo o moreno piscar duas vezes e fitar a garota loira parada em sua frente.


- Sim.


Amy sorriu abrindo a boca categoricamente e aproximando-se da cama, tirando uma foto de Caio e estendendo a Carter.


- Foi ele que você viu?


Carter fitou a foto de Caio e Amy pequenos sorrindo.


- Sim. Ele está muito bem Amy. – Carter falara sério, mas de uma forma triste, incompreendida. – Você quer vê-lo?


O sorriso da garota se desmanchou, mas não porque seu coração estava infeliz, e sim, porque nunca imaginaria escutar isso logo agora... Depois de tanto tempo.


- Eu posso mesmo?


Carter fitou aqueles olhos... E meu deus, que olhos lindos. Cerrou o punho com força, a fim de controlar-se para não estragar tudo, e tirou suas forças para mostrar um sorriso tão falso quanto suas palavras.


- Claro. Vamos?


Ele estendeu a mão, fazendo Amy segurá-la sem hesitar.


Carter a puxou para si, abraçando seu corpo, fazendo a cabeça de Amy atingir seu peito com força. O sorriso dela se desmanchou, no mesmo instante em que Carter levou uma das mãos à seus cabelos, fazendo Amy cair inconsciente em seus braços. A expressão vazia de Carter não desapareceu, mas após segurar Amy seu peito pareceu ter levado um soco invisível... Como se por algum motivo, fosse se arrepender amargamente de ter feito aquilo.


“Muito bem, Carter.”


JL falou da sala de operações, fazendo Valter o encarar com uma expressão indignada.


- Isso é um erro. E o senhor sabe disso.


O general saiu apressado da sala, e enquanto Cecilia ficou em completo silêncio, JL não teve seu sorriso desmanchado nenhum segundo após Carter executar o plano perfeitamente. Ajeitou a gravata e foi em direção ao quarto de Amy onde a garota era retirada por alguns médicos e seguranças.


O presidente se aproximou do filho, colocando a mão direita em seu ombro, enquanto Carter não mostrava qualquer expressão. Apenas fitou a porta por onde Amy era levada, transmitindo uma profunda tristeza em seu olhar.


 


...


 


O relógio marcava 21h quando Amy foi colocada na cadeira de ferro, onde seus pulsos e seus pés foram presos à mesma. Exatamente, quase vinte cientistas, médicos e seguranças ocupavam o local, onde todas as medidas de seguranças eram tomadas. Atrás de um espelho que cobria toda uma parede em frente à cadeira, JL observava tudo junto com Cecilia e Carter, que se manteve em silêncio todo o percurso.


- O que vão fazer? – Valter se manifestou, ao lado de um cientista que monitorava os batimentos de Amy.


- Exames comuns pra saber se está tudo certo, depois vamos injetar um soro para ela continuar dormindo para que possamos estuda-la.


Valter fitou o espelho em sua frente, transmitindo um olhar raivoso, mas que foi desmanchado rapidamente com um barulho alto em uma das maquinas.


- O que houve?


Os médicos foram em frente à mesma, onde agora a máquina voltou ao normal.


- Deve ter sido um sonho. – Sussurrou um dos médicos.


Valter se aproximou da maca, fitando a expressão de Amy que parecia dormir tranquilamente. O general olhou para seus batimentos na máquina ao lado, e após isso voltou a fitar novamente a face da garota.


Um frio percorreu toda a sua espinha, no mesmo instante em que seus olhos se arregalaram. Aquilo não deveria acontecer.


- Valter? – Os olhos de Amy se abriram completamente, no mesmo instante em que Valter segurou uma de suas mãos.


- Está tudo bem Amy... Vai ficar tudo bem.


Amy olhou para os lados... Muitas pessoas... Muitas coisas... Ela não estava nem um pouco acostumada com aquilo. Tentou levantar, mas suas mãos presas não deixavam ela se movimentar, o que fez com que ela entrasse em desespero.


Os médicos observaram, correndo rapidamente em direção a ela com uma seringa na mão.


- VALTER!


Amy gritou alto fazendo sua garganta arder, enquanto o general Valter se aproximou do médico.


- Ela está assustada, esteve por oito anos presa!


- Esse é o procedimento, general! – O médico falou sério, fazendo Valter fitar o espelho, onde JL observava atrás.


- Solte-a!


O general se aproximou, no mesmo instante em que o vidro que separava os dois se quebrou em pequenos cacos imperceptíveis. Valter levou uma das mãos ao rosto protegendo os olhos, fazendo Carter franzir o cenho e correr em direção ao general.


- Por que fez isso?


- Eu não fiz nada!


Ambos ficaram em silêncio, e giraram os calcanhares, olhando para trás, onde o médico que portava a seringa teve seu corpo arremessado longe.


Carter respirou fundo, observando atentamente as brechas, por onde podia se aproximar.


 - CARTER NÃO SE ATREVA!


JL gritou, mas isso não chegou nem perto de impedir Carter a correr em direção à maca. Valter impediu um dos seguranças de se aproximar, fazendo Carter saltar em direção a Amy.


Carter a segurou no mesmo momento em que o teto do prédio foi desintegrado, fazendo um vento absurdo tomar conta do local. Os médicos correram para fora, fitando o céu negro que já começava a trazer chuva. A maca foi lançada para cima, fazendo Carter segurar os braços ainda presos de Amy da maca.


- AMY OLHA PRA MIM!


Carter gritava fazendo Amy o olhar frustrada, com os longos cabelos balançando com o vento.


- Você que fez isso...


Ela não estava como da última vez. Parecia estar apenas triste, magoada, assustada... A outra face de Amy que Carter não conhecia.


- Foi preciso. – Carter falou sério, fazendo a loira franzir o cenho.


- Eu não quero estar aqui Carter. Eu não sei o que essas pessoas querem comigo...


Como ela não sabia? Como ela parecia não entender nada do que estava acontecendo? – Eram perguntas que Carter se fazia, e que ele mesmo não encontrava qualquer resposta.


- Estou cansada.


Ela sussurrou, fechando os olhos como se fosse adormecer profundamente. Mas ao invés disso, um imenso trovão atingiu o lado do prédio, fazendo a chuva grossa começar a cair.


- Eu posso te ajudar. – Carter sussurrou, fazendo Amy erguer a cabeça e o fitar de forma raivosa.


- Eu não confio em você... Mas eu não aguento conviver com isso.


Sem nem conseguir ter alguma reação, os braços de Amy foram soltos da cadeira, fazendo ela segurar o rosto de Carter com as duas mãos e olhar profundamente em seus olhos. Carter fitou seus lábios, que tentavam dizer alguma coisa, no mesmo instante em que imagens surgiram em sua cabeça.


 


“Passos eram ouvidos pelos corredores do colégio. A aula estava acontecendo normalmente. A porta foi aberta, onde um garoto de 15 anos parou em frente à classe portando duas armas. Os alunos com idade entre 14 e 16 anos se apavoraram, tentando correr de um lado para outro... Sem chances de escapar ou qualquer de sobreviver. O garoto atirou. 25 mortos”.


 


Carter fechou os olhos, e os abriu novamente, onde agora Amy o fitava com lágrimas nos olhos. A maca foi pousando lentamente no chão... O vento foi se acalmando, e a chuva já não se fazia presente. Carter segurou o corpo de Amy após a mesma pousar no chão, fazendo a garota olhar em seus olhos.


- Você consegue ver?


Ela sussurrou, onde logo depois foi atingida por um tranquilizante, que saíra da arma de Cecilia. Os médicos se aproximaram assim como Valter, fazendo Carter a largar novamente na maca e se aproximar do pai.


- O que aconteceu Carter? – JL falou preocupado, analisando o filho precisamente.


- Pai... Estou bem!


JL respirou fundo, abraçando Carter logo em seguida. O moreno não retribuiu... Na verdade aquelas imagens não saiam de sua cabeça. O que foi aquilo? O que Amy queria mostrar? O que era pra ele ver?


Carter se afastou do pai, mas antes de sair pela porta fitou o mesmo. Onde JL se aproximava de Valter.


Pensou em contar o que havia visto... Mas o que seu pai faria a respeito? Se aquela visão fosse o que imaginava, as coisas seriam completamente diferentes. A vida todos estaria prestes a mudar.


 


...


As cortinas balançavam com o vento. A janela de vidro possuía grandes rachaduras, e o quarto estava quase completamente destruído. Seu corpo era tomado por uma energia negra e enraivecida, enquanto seus olhos azuis fitavam a janela em sua frente... Onde na mais calada imensidão, a parte de cima do prédio há poucos quilômetros de onde estava, havia sido completamente destruída. Seu punho manchado de sangue fazia sujar o piso branco, enquanto seus dentes trincados de ódio torciam para que alguém entrasse no quarto, para que ele pudesse acabar com sua angustia.


Os músculos de seu corpo quase nu se contraíram de forma voluntária, fazendo em seus olhos assassinos brotar o mais profundo desejo de vingança e ódio. Seu coração doía, e dessa vez, Caio não teria piedade.


- Estou indo Amy.



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Autor(a): eowyn19

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • emillyvondy1 Postado em 20/12/2015 - 19:22:50

    Nossa *_* Amei... Continua.


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