Fanfic: M E M O R Y | Tema: Herroni , RBD

Ah vai mais um capitulo para voces espero que gostem! Boa Leitura Meus amores

–MAITE! - gritou Dulce pela milionésima vez naquele dia. A morena se encontrava avoada desde o dia anterior quando avisara passar mal e foi embora mais cedo.

–Hã...? Dul? - balbuciou a menina desnorteada. A ruiva revira os olhos e estalando os dedos em frente a seu rosto.

–Terra para Maite. Está mais avoada que o Christian... - afirmou Dulce fazendo a morena sorrir sem graça.

–Aconteceu alguma coisa Mai? - perguntou Anahi encarando preocupadamente a amiga. A garota sorriu assentindo.

–Não ocorreu nada Any, sem problema nenhum. - disse a menina com um sorriso forçado e doloroso. Ambas sabiam que ela estava mentindo mas resolveram deixar passar, por hora.

As aulas naquela sala passavam sempre batidas, nunca havia sequer um aluno a prestar atenção nas aulas e, consequentemente muitos ficavam retidos. Nesse dia não foi diferente.As aulas passaram vagarosas e dolorosas, principalmente a morena que ainda tentava absorver o que o rapaz lhe dissera no dia anterior:

– Você é igual as outras. Tentando de tudo para se aproximar de mim sem nem ao menos ter um motivo concreto.

[...]

–Hn. Esse seu jeito... É meio irritante.

A mesma debruçou sobre a mesa fechando os olhos fortemente ainda pensando nas palavras do rapaz que martelavam em sua cabeça confusa. O que queria dizer tudo aquilo que ele pronunciou? Por que ela era irritante?

Afundava-se ainda mais em seus braços suspirando pesadamente.

–"Você não gosta de mim Herrera?" - pensou a menina que se assustou com o sinal do termino da aula. Ela levanta a cabeça encarando os alunos que saíram euforicamente da sala de aula ficando somente ela e o moreno que sempre esperava eles saírem.

A menina o olhava indiscretamente tentando decifrar seus pensamentos. O rapaz a olha de canto de olho a fazendo estremecer e sair rapidamente da sala. O moreno suspira fechando os olhos e andando por seu mesmo caminho, afinal, ainda participavam do mesmo grupo.Ela sentou-se ao lado de Any para ter uma certa segurança. A loira era a menina de maior respeito na escola, tanto por seu estilo extrovertido quanto por ser meio “paty” e ser também uma das mais belas garotas do colégio, rapidamente, extinguiu-o.Anahi a olhou calorosamente oferecendo um pedaço de seu bolo, de tamanho razoável, fazendo a menina sorrir e negar.

–Você ta quieta hoje Mai - falou Any enquanto mordia um pedaço de seu bolo tamanho Família. A menina encarou o chão para depois a olhar com um sorriso doloroso.

–Nada de mais Any. São só pensamentos incômodos. - afirmou a morena fazendo todos na mesa a olharem-na sem colocar muita fé.

–Jura é? - insistiu Zoraida fazendo a morena sentir-se desconfortável. Somente pode assentir. Zoraida deu de ombros assim todos encerraram o assunto e voltaram as conversas banais de sempre, principalmente as discussões.

A garota não sabia se era impressão mas, sentia o olhar esverdeados do moreno sobre si a fazendo se encolher na cadeira. Encarou o chão por alguns segundos antes de voltar a encarar Dulce que fazia reboliços na frente da mesa.

O tempo passou devagar aos olhos de Maite, na verdade não somente devagar, mas parecia que havia parado e que nada andava. Sentia-se mal e, de certo modo, ele havia dito que a errada era ela. Não sabia no que tinha errado, não tinha certeza se o que tentara fazer era o certo ou não, mas sabia realmente que ele estava bravo consigo e que não esqueceria tão logo.

Deu o horário da saída fazendo o alvoroço de todos os dias se aglomerar na porta da sala, enquanto todos tentavam sair, inutilmente, ao mesmo tempo. A garota não evitou o riso que brotou em seus lábios.

–"Eles não mudam." - assim, pegou sua bolsa e se dirigiu a saída, onde seus amigos a esperavam. Andavam pelos corredores conversando alto, enquanto ela ficou para trás sem estar a par da conversa, ficando ao lado de Poncho que havia colocado os fones de ouvido e andava fitando a frente.

Ela sentia um incomodo na barriga, sendo julgado por ela como nervosismo por estar ao lado dele. Ousou olhá-lo de canto de olho dando diretamente com o olhar dele. A mesma volta imediatamente a atenção para frente com as bochechas róseas. Fechou os olhos acelerando o passo ficando à frente dele.

O moreno havia desligado a música e encarava a morena pelas costas com o olhar rotineiro, com somente uma pontada de curiosidade. Chegaram ao portão onde ali todos se separaram, deixando Maite ir sozinha para casa, ou melhor, ir com Poncho, já que suas casas eram próximas.

Ficou um silêncio constrangedor entre os dois. Ela não pode evitar de observar a rua e todos os tipos de coisas que tomassem sua atenção e que pudesse fazê-la esquecer que ele se encontrava a seu lado. Encarou o céu limpo e belo a fazendo rir gostosamente, parou brusco ao encarar o caminho por onde tinha ido no dia em que esbarrara com Alfonso.

Fitou por um tempo o lugar lembrando-se do lago que havia visto ali outro dia.

–"Será que ainda está lá?" - perguntou-se ela rindo de si mesma. Sim, obviamente estava lá. Encarou a frente para continuar a andar dando com o moreno que havia parado e observava, por cima do ombro, o que ela fazia.

A mesma desviou o olhar suspirando e continuando o caminho até sua casa. Olhou a rua onde Poncho havia entrado naquele dia, dando graças por isso. Não que não gostasse dele, mas tinha certeza que ele não gostava dela. Assim que ficaram de frente a rua, a morena se preparou para dizer um adeus até que o rapaz passou reto.

A morena se assustou. Encarou ele que andava normalmente como se não fosse ali que entraria.

–"Será que errei de rua?" - refletiu ela enquanto fitava Poncho criando coragem para falar algo, abriu a boca para lhe perguntar, mas ele fora mais rápido.

–Vou te levar à sua casa. - Disse ele sem se virar a ela. A mesma se assusta parando bruscamente o fazendo parar e olhá-la. Ela mantinha uma expressão temerosa, o que ele queria?

–Por que? - perguntou ela em baixo tom fazendo o rapaz arquear a sobrancelha.

–Porque você parece se perder fácil. - Assim virou-se de costas a ela retomando o caminho novamente. A morena o olhou perplexa.

–"Será que, é daquele dia do lago?" - indagou a si mesma correndo um pouco para alcançar ele. Ficou a seu lado com um rosto mais alegre. Tinha uma certeza, ele não odiava ela, se não ele não a levaria a sua casa.

Chegaram em frente a casa de Maira rapidamente, mesmo com o silêncio foi rapido e, não tão incomodo como achou que seria. Ele parou olhando-a.

– Está entregue. - Assim virou-se novamente e retomou seu caminho até sua casa, a morena sorriu.

–Obrigada, Poncho. - disse ela sorrindo. O mesmo a olhou de canto abrindo um sorriso de leve para, depois, voltar seu caminho.

Ela entra em sua casa sorridente e alegre, foi até a cozinha encontrando sua tia com um sorriso malicioso nos lábios. A mesma estranhou a presença dela tão cedo.

–Tia? O que faz aqui a essa hora? - perguntou a Maite fazendo a loira cruzar os braços.

–Trouxe o trabalho para casa, minha querida. - disse ela se aproximando da morena. - Mas me conte, está se dando bem com o Herrera? - indagou a mulher com uma voz audaciosa fazendo a garota encará-la com um sorriso.

–Sim, até que ele é legal, mas do seu jeito. - Assim ela subiu para seu quarto deixando sua tia pensativa.

Jogou sua bolsa num canto de seu quarto sentando à cama com um lindo sorriso em seu rosto. Olhou seu celular em sua cômoda que brilhava e vibrava. Abriu-o vendo uma mensagem de Dule:

"Eae?

Como foi aturar o Herrera?

Espero que ele não tenha sido grosso com você, se não ele vai ver só!

Beijos minha morena s2"

A garota não evitou o riso. Respondeu a ruiva para depois deitar-se na cama.

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A garota já havia se levantado, estava mais animada do que nunca para ir à escola, ainda mais por Poncho mostrar não ter raiva dela - caso tivesse.

Apressou o passo até a escola entrando na mesma que já se encontrava movimentada, mesmo tenho chego 20 minutos antes do seu normal, talvez fosse a ansiedade em poder conversar com o moreno.

Passou por um dos corredores do colégio com um enorme sorriso estampado em seu rosto alvo, todos acenavam a ela, sorriam-lhe e até mesmo vinham a conversar contigo. Somente sabia definir aquele sentimento momentâneo: felicidade. Algo que ela nunca soube se realmente existia, já que sua vida passada se extinguiu, desapareceu como se nunca houvesse existido ao certo.

Passou por um grupo de garotas, aparentemente eufóricas, onde nelas havia uma menina de cabelos loiro e olhos de azuis, uma saia azul, meias negras altas com umas botas pretas, blusinha também roxa até a metade da barriga não utilizando adequadamente o uniforme.

A morena a fitou por alguns instantes, mais pela curiosidade perante a imagem exótica que via, . A loira retribuiu o olhar fitando-a odiosamente. A menina assusta-se virando o rosto e apressando o passo.

–Oe, Garota! - chamou a loira fazendo Maite parar bruscamente. Olhou-a temerosamente enquanto a loira mexia nos cabelos. Deu uma leve arregalada nos olhos antes de fechá-los.

–Você é a sobrinha da diretora correto, Santinha? - vociferou a jovem fazendo a morena assentir e curvar-se.

–Sou Maite Perroni, 1ºB. Prazer em conhecê-la. - disse a morena fazendo a loira arquear uma das sobrancelhas para depois bufar.

–Sou Ximena Gonzales, 3ºB. Mas não sinto prazer em conhecê-la. - assim a loira da um sorriso torto acompanhada de risadas falsas de suas companheiras.

A loira encarou a menina por alguns instantes.

–"Esse Sobrenome..." - pensou ela. - "...Me é tão familiar." - refletiu ela antes de sorrir a loira

–Sinto por atrapalhá-la. Bom, já me vou. Com licença. - Assim a garota retomou sua caminhada. A loira range os dentes em desagrado. Acelera o passo aproximando-se da morena e pegando pela blusa e lançando-a ao armário. A mesma grunhe de dor.

–Não vá saindo assim garota mimada. Mesmo que você seja a sobrinha da diretora não terá um mínimo privilégio quanto ao terceiro. Coloque-se em seu lugar. - ameaçou Ximena fazendo a morena encolher os ombros.

–De-Desculpe, Ximena. - murmurou Maite fazendo a loira sorrir vitoriosa.

–Assim mesmo que eu gosto. - soltou a roupa da garota distanciando-se um pouco para visualizá-la da cabeça aos pés. -Me diga, eu vi você andando com o Ponchito anteontem e ontem, posso saber o porque de estar o amolando? - indagou a garota com a voz venenosa. A menina observou-a sem entender.

–Não o estou amolando, só converso com o Alfonso. Ele parece não se importar mais com minha presença. - afirmou a morena convicta de suas palavras. A loira semicerrou os olhos.

–Não vou deixar uma garota sem sal como você persuadir meu Ponchiito. - assim a mesma avança a menina como se ameaçasse-a com um soco sendo segurada por um rapaz.

A loira o olha por cima do ombro a ponto de xingá-lo por segurá-la, mas engole as palavras. O rapaz que a segurava era moreno, com seus olhos azuis, alto e uma feição angelical. A garota range os dentes se soltando dele.

–Por que estava tentando bater nela, Ximena? - perguntou o rapaz indiferente, mas quem prestasse atenção poderia perceber um pouco de ira em sua voz.

–N-Nada de mais Eugenio. - respondeu a loira virando-se para suas amigas. - Estou-me indo. - assim saiu de perto deles batendo o pé furiosa.

O rapaz suspirou em sina de decepção. Aproximou-se da morena com um lindo e singelo sorriso.

–Não se preocupe com a Ximena, ela ladra mas não morde. - afirmou ele afagando os cabelos da garota que lhe retribuiu o sorriso, sentia-se - por algum motivo - mais segura. Ela assentiu.

–Hm, obrigada Eugenio . - disse ela dando um sorriso deixando sem jeito.

–Não por isso Maite. - retribuiu ele

–Como sabe meu nome? - perguntou a menina o fazendo retirar o sorriso. Pareceu pensar em algo, mas somente fechou os olhos.

–Você virou o assunto mais comentado na escola, por ser a sobrinha de Maira. - responde ele a fazendo refletir.

–Verdade não é? Bom, tenho que ir, se me der licença! - Assim acenou a ele e saiu rumo a sua sala.

O rapaz acenou de volta e, assim que se perdeu de sua vista, abaixou o braço deixando uma face séria pairar em seu rosto alvo. Trincou os dentes antes de virar as costas e sair dali, como se aquele momento tivesse sido doloroso ou houvesse recobrado sentimentos e lembranças à tempos esquecida.

Não evitou de colocar uma das mãos sobre o cabelo e olhar de canto de olho a Ximena que somente se encolheu no lugar.

–Se você tivesse acertado-a, pagaria caro vadia. - ao dizer-lhe isso, continuou seu caminho de antes com pensamentos sórdidos assolando-o dolorosamente.

Fechou os olhos encarando o teto da escola abrindo um sorriso.

–"Esse ano será, deveras, curioso."