Fanfic: Marcas do silêncio | Tema: Violência, professor, estupro
- MÃE PARA COM ISSO!
Cloe berrou em direção a sua mãe, que de forma sorrateira entrava no quarto da filha a cada um minuto, segurando a empolgação de vê-la se arrumando para a primeira festa.
- Desculpe filha, é que você está tão linda. – Falava Sra Marta enquanto tentava discretamente tentar tirar alguma foto pelo espelho.
- Mas eu ainda nem me vesti mãe!
- Eu sei! – Sra Marta entrou no quarto de forma empolgada, beijando o rosto da filha. – Imagina então quando estiver!
Cloe apenas respirou fundo, balançando a cabeça negativamente enquanto sua mãe saia do quarto.
- Eu consigo entender porque nunca deixa ninguém te visitar amiga.
Mel colocara o rosto para fora do banheiro, abrindo a porta logo em seguida e segurando um vestido preto enquanto prendia os cabelos. Por segundos Cloe observou Mel... Ela tinha o corpo realmente muito bonito, fazia jus à fama de conseguir ficar com vários garotos sempre que quisesse. Mel possuía os seios fartos, cintura fina e coxas grossas. Seu cabelo caia em cachos um pouco abaixo de seus ombros, desviando a atenção de seu rosto que dava um ar mais comum.
A morena ergueu o vestido tomara que caia até os seios, deixando os mesmos juntos e convidativos em um decote provocante. O vestido justo ia até a metade se suas coxas, destacando as curvas de seu corpo que ficaram mais evidentes com os detalhes belíssimos do mesmo.
- Nossa você está linda! – Falou Cloe de forma admirada, fazendo Mel sorrir.
- Obrigada! – A morena saiu do banheiro, indo em direção a armário de Mel. – Com que vestido você vai?
- Com qualquer um...
Mel girou os calcanhares encarando atônita e face de Cloe, que falava sem importância. A morena fitou as roupas de Cloe, tirando do fundo do Closet um vestido que ela nem sabia que ainda existia.
- Não! Eu ganhei esse vestido da minha mãe ano passado, e eu menti que perdi pra não precisar usar.
- E por que fez isso? – Perguntou Mel se aproximando de Cloe com o vestido. – Ele é lindo!
Cloe sorriu, estendendo o vestido em direção a Mel se forma autoritária, fazendo a loira girar os olhos e seguir em direção ao banheiro.
Minutos depois Cloe saiu, fazendo Mel a encarar com um grande sorriso.
- Você tá linda!
Cloe foi em direção ao espelho, fitando o vestido branco de renda que caia perfeitamente em seu corpo pequeno. Era reto no busto acompanhado de pequenas alças que deixavam seus ombros a amostra, seguindo justo na cintura e com um caimento logo após a mesma. A única parte provocante do vestido era que deixava suas coxas inteiramente à amostra, que ficavam mais evidentes à medida que ela caminhava junto a uma leve transparência. Cloe deixou os cabelos soltos e lisos, acompanhados de sua franjinha angelical, passando uma leve maquiagem que destacou seus olhos azuis, e pela insistência de Mel, usou um batom mais marcante um pouco mais vermelho que seus lábios.
- Você parece uma boneca... – Comentou Mel deslizando as mãos sobre o cabelo da amiga.
- E você tá muito sexy, quero ver alguém resistir. – Falou Cloe entre risos.
- Quer trocar o meu corpo pelo seu rosto?
Cloe não respondeu aquela pergunta retórica. Na verdade, seu rosto era a única coisa que gostava em si mesma, o que não era suficiente acompanhada das milhares que ela detestava.
- Mel... – Cloe engoliu seco, mudando um assunto que ela sabia a resposta, mas precisava tentar para as esperanças de seu amigo. – Por que você não fica com o Joe?
Mel continuou esfumando seus olhos com um preto chamativo, não se surpreendendo com a pergunta da amiga.
- Eu sei que ele gosta de mim Cloe. Mas entenda... – Mel virou em direção a Cloe, dando um pequeno sorriso. – Eu não gosto dele, e sei que um beijo pra ele ia significar muito, e pra mim nada.
Cloe não contestou aquela afirmação. Realmente pra ela fazia sentido as palavras de Mel, achava válido um beijo quando possuía sentimentos de ambos as partes, por isso não tocou mais no assunto.
- CLOE, MEL, OS MENINOS JÁ ESTÃO AQUI EM BAIXO!
Cloe ouvira sua mãe gritar fazendo Mel erguer a mão a amiga e ambas descerem.
- Não se esqueçam das condições... – Sra Marta conversava com os meninos na porta, enquanto os mesmos desviaram a atenção em direção à escada. – Quero ela em casa antes das 2horas e nada de bebidas! Entenderam?
- Ela parece um anjo...
Léo sussurrou para si, mas o suficiente para os outros garotos escutarem.
- Sim... – Joe suspirou enquanto fitava Mel chegando ao lado deles.
- Ian, está escorrendo uma babinha ai do lado. – Mel gargalhou, fazendo Ian e léo despertarem de seu transe.
- Não enche Mel.
- Vamos logo, a festa já começou!
Falara Mel empolgada, fazendo todos caminharem em direção ao carro de Ian, já que o mesmo era o único que já tinha habilitação.
- Você está linda Cloe. – Léo murmurou, fazendo Cloe o fitar discretamente e sorrir.
- Obrigada. Você até que está bonitinho...
Cloe gargalhou, fazendo Léo a segurar no colo e correr em direção ao carro enquanto Cloe gritava para ela o soltar. Joe apenas girou os olhos, enquanto Mel tinha mesma expressão.
- Eles nunca mudam. – Sussurrou Joe.
- Talvez no dia, em que um deles se permitir sentir... Eles mudem. – Comentou Ian com um meio sorriso, fazendo os dois o fitarem desconfiados. – Se vocês não perceberam por si sós, não vai ser eu que vou dizer.
Ele levantou as mãos em um ato de rendição, correndo em direção ao carro e abrindo a porta para todos entrarem.
A casa de Laura Mascarter, uma das alunas mais populares do colégio, não era muito longe, apenas uns quinze minutos de carro e eles já estavam em frente à mesma. Era como uma mansão, havendo tanta gente ali que parecia que o colégio inteiro havia sido convidado.
Os meninos foram na frente, com Léo já abraçando algumas meninas e seguindo para dentro. Ian e Joe já foram em direção as bebidas, fazendo as meninas respirarem fundo antes de entrarem.
- Preparada? – Mel perguntou aa Cloe, fazendo a loira balançar a cabeça de forma positiva. – Então, vamos lá.
As duas entraram fazendo com que inevitavelmente olhares malicioso e de admiração pairassem sobre elas fazendo a loira tremer. Mas dessa vez, parecia que alguma dizia para Cloe que tudo iria ser diferente...
...
Os meninos bebiam, as garotas dançavam como se não houvesse amanhã, e dessa vez Cloe se desprendeu de tudo que a fazia ser apenas uma intrusa em meio deles. Conversou, bebeu a pedido de Mel, e não chegou a notar quantos olhares desejosos pairavam sobre ela.
- Isso aqui tá demais!
Falava Mel empolgada, tendo sua voz abafada pelo ritmo da música.
- Quer mais bebida?
- Eu já estou ficando tonta. – Falou Cloe rindo sem saber o porquê.
- VAMOS PROCURAR OS RAPAZES!
Mel puxou Cloe para o outro lado da casa, enquanto a mesma mal conseguia caminhar em meio as pessoa dançando enlouquecidas. Provavelmente, não estavam apenas bêbadas.
- AI ESTÃO AS DUAS MULHERES DA MINHA VIDA! – Gritava Joe com duas latas de cerveja nas mãos.
- Vocês viram o Léo?
Ian apenas apontou para o lado, fazendo Cloe fitar Léo que estava aos beijos com outra garota, que, aliás, não era Giovana.
- Cada um cada um... – Comentou Mel.
- O que está achando da festa Cloe?
Perguntou Joe empolgado, não dando tempo de reposta, já que Cloe ficara completamente perdida com a expressão do rapaz em sua frente. Ele estava com uma das “amigas” de seu irmão, mas parecia despir Cloe com os olhos. Mel apenas se aproximou.
- Hum, que cara é essa?
Cloe despertou de seu transe, percebendo que Kevin, sua paixão platônica não estava mais lá.
- Você viu quem estava aqui? – Falou Cloe mais empolgada que o costume.
- Cloe, cai na real! – Mel a repreendeu. – Esquece o Kevin, ele não é pra você.
Sim, Mel tinha razão no que falava. Cloe já deveria ter aprendido ou aceitado que absolutamente nada aconteceria entre eles. Mas isso não a proibia de pelo menos imaginar.
- Eu já volto...
Cloe se afastou, fazendo Joe fitar Mel de forma repreendedora, enquanto a mesma apenas dava de ombros.
A mesa de bebidas estava lotada e embora seus pensamentos não estarem no lugar hoje ela não se importou muito com o que tomaria dessa vez, e nem o que sentiria no dia seguinte. Segurou com força uma garrafa de uísque para não deixa-la cair, e a levou a boca sem pudor, sentindo o gosto amargo rasgar sua garganta em poucos goles. O ritmo da música a fazia balançar de um lado para outro, rindo sozinha de suas próprias tolices. Por um segundo lembrou das palavras de Mel, e embora achasse que ela estava certa não queria ouvi-las... Continuar em seu mundo de ilusões? Talvez... mas pelo menos era um mundo que a pertencia.
- Está sozinha?
Cloe levantou a cabeça em direção a um garoto loiro que possuía profundas olheiras junto a pupilas severamente dilatadas. A loira não respondeu, na verdade nem sabia o que dizer já que isso nunca acontecia com ela.
- Não, ela não está.
Aquela voz fez o garoto se afastar, enquanto Cloe sorriu ao ouvi-la próxima ao seu corpo.
- Isso não é justo sabia? – Gargalhou Cloe tomando outro gole de uísque.
Léo entrelaçou suas mãos, a levando em direção a parte de trás da festa.
- Achei que precisava de ajuda.
- Com certeza!
Ambos se sentaram em frente a escada que dava para o outro lado da casa, enquanto Cloe tentava beber o resto da garrafa sem vontade.
- Sua mãe vai me matar se aparecer vomitando em casa... – Comentou Léo entre risos.
- Ela te adora muito pra chegar a um homicídio.
Cloe apoiou a cabeça no ombro de Léo, fazendo o garoto acariciar seus cabelos e respirar fundo. Aquela era uma noite linda , e por segundos Cloe pensou que seus dias podiam ser exatamente assim, sem se preocupar com o amanhã e como se nada no mundo fosse estragar isso.
- O que está acontecendo ali?
Léo levantou-se, observando quando alguns garotos recolhiam as bebidas rapidamente, enquanto outros corriam para fora da casa.
- SAIAM TODOS! A APOLICIA TA VINDO!
Laura gritou, fazendo a multidão se dissipar e Cloe levantar-se fitando Léo apavorada.
- E agora?
- Eu vou buscar os outros, me espera aqui!
Cloe não teve tempo de contestar já que Léo saíra correndo indo em direção ao outro lado da casa. A garota ficou abaixada, ouvindo aos poucos as sirenes de aproximando e Laura fazendo gestos para todos irem embora.
Cloe respirou fundo, olhando para os lados sem nenhum sinal dos garotos, correndo até o muro e pulando com certa dificuldade para o outro lado. A policia já estacionara em frente a casa, enquanto os restos dos jovens tentavam fugir pelo portão. Cloe saltou em direção ao outro lado, sentindo seus pés amortecerem o baque e caminhando lentamente em direção contrária a casa. Não sabia o que fazer, para onde ir, ou onde estavam seus amigos nesse momento, sentindo sua cabeça rodar por causa da bebida que insistiu em tomar, e desejando estar em casa e nunca ter saído dela.
Mas apesar das lastimas algo em seu interior, bem lá no fundo, a transmitia uma ponta de felicidade. Como se ela estivesse exatamente onde deveria estar.
- Temos que parar de nos encontrar assim...
Cloe deu um pulo de susto com aquela voz, mas sentindo um completo alivio ao fitar o dono dela, que sorria caminhando em sua direção.
- Professor! – Cloe sorriu, aproximando-se também de Henrique.
- Eu sabia que quando os alunos do segundo ano falaram que iriam dar uma festa ela ia ser extremamente barulhenta, mas não avisaram que o local era a uma quadra da minha casa.
O professor falou de forma divertida, fazendo Cloe mostrar um pequeno sorriso.
- Bom, a festa não durou muito...
- Algum vizinho chato deve ter chamado a polícia. – Comento Henrique com um ar inflável de ironia. – Você veio sozinha]?
- Não, mas me perdi dos meus amigos.
Henrique sorriu, fazendo seus olhos analistas percorrerem tanto o corpo frágil de Cloe à situação que eles se encontravam. É claro, que nada acontecia por acaso.
- Você não viu ele?
- Não. Todos que estavam na festa já foram.
Cloe bufou, fazendo o professor soltar uma risada e estender a mão para Cloe.
- Vem!
- Pra onde?
- Pra minha casa... – Cloe ficou em silêncio, porém Henrique se adiantou com sua lábia infalível. – Você está toda suja de bebida, quer mesmo aparecer em casa assim?
Cloe balançou a cabeça negativamente, lembrando do que sua mãe havia dito. É claro que ela iria enlouquecer se soubesse de tudo o que aconteceu.
- Vamos! – Insistiu Henrique, escondendo seu ar impaciente. – Você se limpa e eu te levo pra casa.
Cloe segurou sua mão sem hesitar, fazendo Henrique a guiar até algumas ruas atrás, caminhando de vagar e sentindo a textura da pele de Cloe.
Ambos atravessaram a rua, no mesmo instante em que um homem mais velho passou por eles fitando Cloe de forma amedrontadora. A garota se encolheu, segurando o braço forte de Henrique com as suas mãos, e ficando mais próxima ao seu corpo.
O professor sorriu discretamente com aquela reação de medo. Ela mal suspeitava que estava abraçada ao próprio perigo.
Autor(a): eowyn19
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Cloe Acho que nem me lembro da última vez que estive tão transtornada daquele jeito. Minhas pernas não pareciam querer se manter erguidas, meus braços tremiam um pouco onde a única coisa que me mantinha ainda em pé eram meus dedos cravados na camiseta do professor Henrique. Ele abraçou meu corpo de lado e paramos em f ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
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toy Postado em 30/12/2015 - 20:20:57
Continua, tá ótimo!
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Postado em 20/12/2015 - 21:27:04
Continuaaaaaa!!!
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toy Postado em 16/12/2015 - 11:30:29
Divulga pra mim? http://fanfics.com.br/fanfic/51310/after-love-ponny Ficarei muito grata.. 😉
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toy Postado em 16/12/2015 - 10:26:18
Primeira Leitora... CONTINUA!!!