Fanfics Brasil - Quinto contato - Ato Marcas do silêncio

Fanfic: Marcas do silêncio | Tema: Violência, professor, estupro


Capítulo: Quinto contato - Ato

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Henrique


Ela estava parada em minha frente, com aqueles olhos azuis indescritíveis e a boca semiaberta, tentando entender porque meu humor havia mudado bruscamente. É claro que qualquer outra garota entenderia, mas ela não... Ela insistia naturalmente em manter o seu lado ingênuo, não percebendo sequer minhas reais intenções ao lado dela.


A verdade é que Cloe me instigava. Fazia-me abrir a porta da minha interna escuridão... Aquelas que a gente mantem fechada a sete chaves, não ousando nem mesmo passar perto. Quando eu a vi sentada em meio as meninas de sua sala mal podia imaginar que aqueles olhos, aquele rosto inocente, e seu jeito educado de se portar realmente existiam em uma só menina. Era isso que Cloe era apenas uma menina. Uma menina que possuía lábios grossos que eu imaginava todas as noites me chupando, que possuía todos os atributos de uma garotinha e a minha tentação era o quão apertada ela podia ser... Meu deus... Se ela soubesse que eu gozava apenas pensando em seu corpo...


Mas eu não podia estragar tudo agora. Eu estava tão perto... Tão perto de Cloe confiar o suficiente em mim para poder fazer o que quiser. Tão perto de tê-la de todas as formas que eu imagino desde que a vi. Eu não podia estragar tudo. DROGA HENRIQUE, CONTROLE-SE!


- O-o q-que está fazendo? – Ela gaguejou, mas minhas mãos não conseguiam soltá-la. Eu tinha que me manter no controle.


- Não se mexa se não vai cair o curativo que fiz em sua testa.


Levemente levei minha mão até o pequeno curativo e fingi o arrumar, e percebi que levemente ela relaxou. Tolinha.


- Você parecia...


- Quer que eu ligue para sua mãe? – A interrompi, antes de entrar em um assunto que eu detestava.


- Não precisa, eu já estou melhor.


Concordei, porém continue a observando minuciosamente. Ela soltou os cabelos loiros, atingindo sua cintura e deixando um cheiro maravilhoso emanar deles. Eu estava prestes a entrar naquele transe novamente...


- Cloe, você está...


Droga! Esse fedelho mimado tinha que aparecer justo agora?


Afastei-me de Cloe, deixando que uma de minhas mãos saísse naturalmente de suas pernas, não levantando suspeitas. Leonardo se aproximou, fazendo questão de se colocar ao lado dela, segurando uma de suas mãos e conversando como se nada tivesse acontecido.


Dei qualquer desculpa de que precisava conversar com o diretor e sai da enfermaria. Afinal, precisava estar tudo preparado para hoje à tarde. Ela mal imaginava o que estaria por vir.


 


Cloe


Eu estava louca pra sair daquela enfermaria, já não aguentava mais aquele cheiro de hospital. Léo foi ver como eu estava, e após os remédios da enfermeira eu já estava me sentindo bem melhor, a única coisa que doía ainda um pouco era minha cabeça.


- Quer que eu te leve pra casa hoje? – Léo perguntou com os olhos abaixados, segurando uma de minhas mãos com força.


- Não precisa Léo, obrigada.


Eu sorri, percebendo que em seus olhos habitava um sentimento de magoa... Será que eu havia feito algo?


- Eu fiz alguma coisa?


Ele levantou os olhos e em seus lábios surgiu um pequeno sorriso, que com certeza me deixou melhor.


- Não pequena, claro que não.


Léo levantou-se, remexendo em seus cabelos ainda molhados pelo jogo.


- Sei lá, você está estranho.


- Cloe... – Léo virou de costas, não querendo me dizer alguma coisa que tentava sair de seus lábios. – Você fala muito com o professor Ricardo?


- Às vezes... Ele que me ajudou a voltar pra casa depois da festa. Mas por quê?


Ele ficou em silêncio por alguns instantes, abrido e fechando os olhos como se algo o tivesse incomodando. E por fim apenas balançou a cabeça como se quisesse livrar pensamentos indevidos.


- Por nada, esquece.


Léo falou apenas isso e mudou de assunto, e eu também não insisti. Estava irritada demais pra me preocupar com as loucuras de Léo agora.


Na porta da sala, Mel já me esperava, com um sorriso maquiavélico que eu conhecia muito bem... Pronta para uma possível vingança.


- Então, o que vamos fazer? – Ela falou de forma empolgada, como se há muito tempo quisesse fazer isso.


- Eu não sei... O que você sugere?


- Hum, ainda preciso pensar melhor.


Como já estava no terceiro período apenas entramos na sala, nos acomodando na mesma classe.


- Elas só voltam pra escola daqui há dois dias. – Mel me olhou surpresa, e eu não segurei um sorriso. – O diretor as suspendeu e comunicou os pais.


Mel gargalhou de forma diabólica, mas antes que pudesse dar um grito à professora entrou na sala, começando a cansativa e entediante aula de inglês.


E era em aulas típicas como essas que eu pensava em tudo o que já havia feito, nas amizades que eu tinha e nas pessoas que eu detestava. Sim, havia muitas. Mel era diferente de mim, gostava das aulas que os professores interagiam com os alunos e vice versa... E eu tentava passar longe de aulas que precisava falar mais que duas palavras. Mesmo com tantas diferenças não sabia por que ela andava comigo, mas gostava da sua companhia.


- Hei! – Despertei com Joe do meu lado me cutucando. – A aula já acabou.


Eu balancei a cabeça tentando me concentrar nesse mundo, pelo menos para voltar pra casa. Mel se despediu com pressa dizendo que iria sair com os pais para fazer compras, o que fazia Joe sempre me acompanhar até o estacionamento, assim também ficava a par da vida de Mel.


- Mel te contou alguma coisa sobre a festa?


- Não... Por quê?


- Por nada.


Ele deu um sorriso triste, caminhando de cabeça a baixar até chegar ao estacionamento.


- Se quiser me dizer alguma coisa, pode dizer. – Falei de forma séria, fazendo Joe apenas dar um sorriso de canto e balançar os ombros.


- A Mel ela...


- CLOE!


Avistei Kevin se aproximando, sem camisa com uma toalha em volta do pescoço. Não sei como meu queixo não caiu no chão.


- Oi...


- O Vitor pediu pra mim te avisar que ele vai ficar treinando hoje.


- Há tudo bem.


Ele deu um daqueles sorrisos lindos e piscou, saindo correndo em direção à parte de trás do colégio.


- Então o que ia me dizer?


Voltei ao Joe, que apenas me abraçou e sorriu.


- Nada. Preciso ir pra casa, até amanhã!


Ele saiu depressa, e eu apenas coloquei a mochila nas costas e segui caminhando para frente do colégio, e depois teria que caminhar até em casa... Não que fosse muito longe, mas era uma boa caminhada para quem estava com fome, já que eu nem havia almoçado ainda.


- Cloe Medson? – Era a secretária do diretor, Joana, uma mulher baixinha de cabelos curtos. – Está sendo chamada na sala do diretor, com urgência.


Eu apenas consenti, e segui em direção à sala do diretor que ficava no terceiro andar. Eu nunca fui chamada antes na sala dele, e isso fez com que eu imaginasse as milhares de coisas que podia ter feito de errado. Provavelmente foi por causa da briga...


Passei pelo longo corredor e não havia mais ninguém, as saladas estavam quase todas fechadas. Parei em frente à porta de madeira maciça e respirei fundo, tomara que eu não leve advertência.


- Entre Cloe.


Eu entrei confiante, afinal não havia feito nada de errado.


- Olá.


Eu suspirei aliviada com a figura do professor Henrique que sentava na cadeira do diretor como se fosse o próprio.


- Eu jurava que iria levar uma advertência...


Ele sorriu, levantou-se e perambulou pela sala, enquanto meus olhos foram em direção ao misterioso quadro em cima de uma prateleira, onde o colégio havia ganhado primeiro lugar no ranking das melhores escolas.


Foi quando ouvi um estralar na porta duas vezes, ele a havia trancado. Girei os calcanhares com calma ficando a poucos metros de um homem estranho colocando a chave em cima do armário, onde seria impossível para mim alcançar. Respirei fundo... Só podia ser uma brincadeira.


- Por que trancou a porta?


Sim, eu estava nervosa, alguma coisa em meu coração me fazia querer gritar e sair correndo daquele lugar.


Henrique sorriu, aproximando-se de mim calmamente com uma expressão diferente. Não era confortante e tampouco calmo, era um sorriso fúnebre, vazio.


Eu recuei, e confirmei minhas suspeitas quando ele não parou de caminhar em minha direção com o mesmo sorriso, mesmo após eu ter batido minhas costas na parede fria.


- Eu andei reparando em você Cloe. – Sua voz mudou, e ele me olhava como se eu fosse apenas um simples inseto. – Tímida, insegura, sem saber por que não se encaixa nos lugares. Sabia que você é a única garota que consegue continuar linda mesmo sem qualquer maquiagem ou erguendo a saia mais pra cima como suas colegas?


Ele parou em minha frente, cuspindo palavras que eu não entendia... Não sabia do que ele estava falando, e sinceramente não fazia questão, só queria sair dali.


- Mas... – Sua mão foi em direção ao mesmo rosto, me fazendo virar para o lado e ele o segurar fortemente. – É muito tolinha. Muito bobinha para realmente não perceber o quanto você causa inveja e desejo. E mais tola ainda, por não saber desde o inicio minhas intenções com você!


Minha respiração ficou pesada, eu não conseguia me mover... Intenções... Será que... Não...


- Eu não sei do que está falando. – Minha voz saiu trêmula, mas quase imperceptível.


- Vai saber...


Meu corpo gelou, sentindo suas mãos grossas segurarem minha cintura e seus lábios vindo em minha direção. Eu recuei com a toda a força que pude. Não queria aquilo... Não acredito que isso esteja acontecendo comigo.


Minha cabeça rodou, onde apenas uma mão de Henrique foi o suficiente para segurar meus pulsos. Eu fechei os olhos, sentindo a língua do professor preencher a minha boca e fazer movimentos circulares. Sem pensar eu apenas juntei as forças de meus dentes e o mordi, fazendo em questão de segundos ele me soltar e eu correr em direção à porta trancada. Comecei a bater de forma desesperada, gritando com toda a força dos meus pulmões.


Foi quando uma dor horrível tomou minha cabeça, onde meus cabelos pareciam ser arrancados. Ele me trouxe de volta com tanta força que eu senti uma segunda pancada na minha cabeça, e ele tampar minha boca com uma das mãos.


- Não devia ter feito isso Cloe. – Henrique cuspiu o sangue que eu havia tirado de seus lábios, me olhando com raiva. – Vai aprender a se comportar.


A mão do professor foi em direção ao mesmo rosto, me fazendo cair no chão. Lágrimas brotaram de meus olhos, e eu não sabia mais o que estava sentindo: Pavor, tristeza, medo...


- Guarde essas lágrimas, vai precisar delas quando eu te fuder...


O que? Não... Não.. Não..


Eu fui em direção ao canto da sala, tentando me segurar em alguma coisa que pudesse me proteger. Mas não havia nada... Não havia ninguém... Eu estava sozinha.


- Por favor, não me machuca. – Foi a única coisa que consegui pronunciar, antes de o medo me tomar completamente, ao vê-lo tirar o cinto das calças e se aproximar de mim.


- Tira a blusa.


Eu não respondi, não consegui me mover, sentindo o cinto cortar minhas pernas duas vezes.


- TIRA A PORRA DA BLUSA!


Henrique me olhou com uma mistura de raiva, observando minhas mãos trêmulas se moverem em direção aos botões, e eu abri-los um por um. Deixei a blusa no canto e cobri meus seios com os braços, vendo ele se aproximar de mim lentamente.


- Tira o sutiã Cloe.


- Por favor...


- AGORA!


Meu rosto estava completamente molhado por lágrimas, minhas pernas doíam assim como meu rosto... E eu só conseguia implorar a mim mesma, que tudo isso fosse um maldito pesadelo.


Tirei o sutiã, o largando próxima a blusa e vi o professor deslizar sua mão e tirar as calças, apalpando a cueca negra que cobria seu membro. Ele me levantou sem dificuldade e abaixou minha saia, aproximando seu corpo nu ao meu, me fazendo sentir um frio na espinha. Em desespero fitei qualquer possibilidade de sair dali... Mas isso parece que o fez ler meus pensamentos.


- Se você correr, eu te arrebento.


 Sim. Aquilo me fez perder o pouco de coragem que ainda tinha.


Foi quando senti suas mãos segurarem meus seios, apertando com força, e com um gesto me fazendo cair novamente no chão.


Não.... Não... Eu quero sair daqui... Não... Não... Por favor... Não... Isso vai doer.... Não... Não... Não...


Senti seu corpo pesado cair em cima de mim, e uma de suas mãos arrancar a minha calcinha.


- Você é muito gostosa sabia... – Sua mão invadiu meu sexo, me fazendo sentir uma ponta de dor e minhas mãos socarem seu peito com força. Ele pegou o cinto, me fazendo achar que iria me bater, mas ao invés disso ele prendeu minhas duas mãos, puxando o cinto pra cima. – Se gritar você vai ficar sem andar amanhã.


Senti uma lágrima quase seca manchar meu rosto, enquanto sentia sua mão deslizando pelo meu corpo e sua boca tomando meus seios com força.


- Por favor, me deixa ir... Eu não quero... Por favor...


- Isso, implora mais. – Ele mordiscou minha orelha, me fazendo sentir um forte arrepio. – Isso só me deixa com mais tesão.


Seus dedos faziam movimentos circulares em minha intimidade, o que me fez tentar fechar as pernas e ele como consequência dar um tapa com força em minha bunda. Eu gemi de dor, fechando meus olhos e virando o rosto para o lado. Pela primeira vez, tentando pensar em alguma coisa que me levasse pra longe de tudo aquilo.


- Olhe pra mim Cloe. - Maldito. – Olhe pro homem que vai te comer pela primeira vez.


Ele mordeu um de meus seios com força, me fazendo dar um grito abafado. Aquilo doeu muito, mas não foi nada comparado ao que veio a seguir.


O seu membro tocou minha intimidade, brincando na entrada como um teste psicológico. Mais lágrimas que eu pensei não possuir caíram de meus olhos, fazendo ele sorrir.


Não... Por favor... Me leve pra longe.... Eu quero sair daqui... Não quero sentir isso.... Comigo não.... por favor... Não...


 


Após alguns segundos, Henrique me penetrou com força e sem qualquer pudor. Uma dor imensa me invadiu, me fazendo segurar meus gritos na garganta, enquanto meus ouvidos e minha cabeça eram tomados pelos gemidos incansáveis do estranho em cima de mim. Eu queria desaparecer... Queria morrer... Qualquer coisa que me livrasse daquela dor.


Henrique acelerou o ritmo, enquanto eu ouvia seus gemidos mais frequentes e altos, e uma das mãos segurarem meu pescoço com força me fazendo perder o ar. Aqueles minutos pareceram uma eternidade, e ele só soltou meu pescoço quando me via fechar os olhos, quase desmaiando.


- Para... Por favor... Isso dói...


- Isso... Implora...


Eu não tinha mais forças. Meus pulsos doíam da força que eu fazia para tentar soltar meus braços. Minha cabeça rodava e dor entre minhas pernas era inimaginável.


Por que? Por que comigo?


Era só o que eu conseguia pensar... Era só o que vinha na minha cabeça.


Henrique se contorceu, apertando meus seios com força e eu apenas sentindo um líquido preencher minha intimidade. Ele deu gemidos altos, soltando o peso do seu corpo em cima de mim, e caindo para o lado.


Eu fiquei alguns segundos chorando, tentando ter forças para erguer meu corpo dolorido, sentindo o sangue misturado ao seu esperma escorrer pelas minhas pernas.


Um sorriso mais do que satisfeito cobria os seus lábios, e um profundo sentimento de nojo e raiva me invadiu. Nojo dele... Nojo de mim.


- Isso foi muito bom. – Ele levantou, caminhando em direção à mesa e tirando um cigarro. – Você é mais apertada do que eu imaginava.


Ele acendeu o cigarro, tragando e soltando a fumaça pelas narinas.


Eu ergui um pouco meu corpo, conseguindo ficar sentada, mas não conseguia abraçar meus joelhos, já que minhas mãos ainda estavam presas.


- Não chore Cloe, logo você se acostuma.


Logo? Acostumar? Como assim? Eu vou sumir dessa cidade e ele nunca mais vai me ver.


- Que cara é essa? - Ele se aproximou de mim, soltando a fumaça do cigarro em meu rosto. – Fique de boca bem fechada sobre isso. É o nosso segredo, e apenas você deve saber disso. Entendeu?


Ele não obteve resposta, o que o fez aproximar o cigarro de meu rosto e deixar cair a cinza quente na minha perna. Eu gemi de dor, e isso pareceu ser o suficiente para ele perceber que eu havia entendido.


Ele tirou o cinto de meus pulsos, observando com satisfação as marcas roxas e jogando minhas roupas em meu colo.


Eu me vesti com pressa... Queria sair dali... Queria desaparecer.


Fui em direção a porta, mas antes que pudesse atingir Henrique puxou-me de volta, beijando meus lábios novamente e se colocando em minha frente. Eu não protestei, já estava acabada tanto por dentro como por fora. Sua mão esquerda pegou a chave em cima da estante e abriu a porta.


Eu segurei minha mochila, e ele lentamente saiu da minha frente com um sorriso que eu vou lembrar por toda a minha vida.


- Lembre-se Cloe, esse é o nosso segredo.


 



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Autor(a): eowyn19

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • toy Postado em 30/12/2015 - 20:20:57

    Continua, tá ótimo!

  • Postado em 20/12/2015 - 21:27:04

    Continuaaaaaa!!!

  • toy Postado em 16/12/2015 - 11:30:29

    Divulga pra mim? http://fanfics.com.br/fanfic/51310/after-love-ponny Ficarei muito grata.. 😉

  • toy Postado em 16/12/2015 - 10:26:18

    Primeira Leitora... CONTINUA!!!


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