Fanfic: A Redenção De Um Cafajeste_Adaptada | Tema: Vondy
Capítulo 3
Dulce
Uma semana se passou. O mês de dezembro chegou e com ele as provas de fim de ano na faculdade, que me fizeram aproveitar cada momentinho livre para estudar cada vez mais. Lia no ônibus, no trem, no intervalo das aulas, na hora do almoço, onde fosse possível. Logo viriam as férias na faculdade e eu teria as noites para descansar. Juliane continuou saindo sem dizer pra onde ia, cada vez mais arrumada, com roupas novas e dinheiro na bolsa, pois Tereza estava exultante e comprara várias guloseimas como sorvete, chocolate, doces e seus biscoitos preferidos, além de encher a geladeira de refrigerantes. Como a mãe e a irmã não trabalhavam, eu compreendi que Juliane estava ganhando dinheiro e presentes de seu amante, ou de seus amantes. Na quarta feira, ao chegar em casa à noite, vinda da faculdade, eu encontrei minha irmã com os olhos vermelhos de chorar e a nossa mãe consolando-a. Preocupada, quis saber do que se tratava, mas elas não quiseram dizer nada e Juliane ainda acabou gritando que eu tinha inveja dela, torcia para que se desse mal, mas que isso não ia acontecer. Eu perdi a cabeça e a chamei de fútil, mimada, egoísta. Por fim, disse que nunca teria inveja de uma prostituta. Desde então, Juliane não falava mais comigo. Tinha horas que cansava lutar contra elas. Até então, Juliane era menor de idade e eu tentei evitar que caísse naquela vida de prostituição, mas agora era maior de idade e os conflitos entre nós só aumentavam. Só eu trabalhava e pagava as contas. E era sempre aquele inferno em casa. A cada dia mais tinha vontade de arrumar um cantinho e sair dali, sem me preocupar como as duas iam se virar. Mas no fundo, ainda tinha esperanças de recuperar a minha irmã. Na quinta-feira, Juliane dormiu fora de casa. Na sexta à noite, fez questão de sair impecável num novo vestido e de mostrar a mãe, na minha frente, os brincos e o colar de ouro puro com pedras preciosas, que o amante dera de presente. Em vez de despertar a suposta inveja em mim, deixou-me mais preocupada ao ver a minha irmã sair com aquelas joias, com risco de ser assaltada. Mas não falei nada. De que adiantaria? No sábado de manhã, dei um jeito na casa e preparei o almoço. À tarde estudei, pois na semana seguinte seriam minhas últimas provas daquele período. À noite, preocupada com a irmã que não via desde sexta-feira, não consegui mais me concentrar em meus textos e fui pra sala. Vi novela com a minha mãe, sem prestar atenção. Tereza deliciava-se com um chocolate branco em barra, sem tirar os olhos da trama. Sem que eu perguntasse nada, começou a explicar porque os dois personagens principais haviam brigado, emocionada. A culpa era da maldita vilã, que queria o mocinho pra si. Não sabia mais o que fazer, quando bateram na porta da frente. Já passava das sete horas da noite. Eu me levantei e abri a porta de ferro e vidro. Luana, a amiga de Juliane, estava ali, sem maquiagem e com o cabelo solto. Na certa não saíra com minha irmã.
-Oi, Luana. Juliane não está.
-Eu... eu sei. Percebi que algo estava errado. Luana, sempre fria e metida, parecia tensa e nervosa. Olhava-me, um pouco incerta.
-O que houve? - Segurei a maçaneta da porta com força, sentindo um frio estranho percorrer meu corpo. Murmurei:
- Aconteceu algo com ela? Luana fez que sim com a cabeça. “Oh, Deus, não... Por favor, não”, Implorei em pensamento, sentindo um medo atroz. Não queria que nenhum de meus pressentimentos ruins se concretizassem. Respirando fundo, consegui perguntar:
-O que foi? Diga, Luana!
-Hei, o que está havendo aí? – Indagou Tereza, de seu sofá
– Luana, é você?
-Sim, dona Tereza. Não aconteceu nada. – Luana levou os dedos aos lábios, pedindo silêncio. – Vim pedir um negócio à Dulce.
-Ah...
-Vem aqui. Sua mãe não precisa saber de nada agora. – Luana me puxou pelo braço e fechou a porta. Eu estava transtornada. Ela continuou, falando baixo:
- Olha, ela está lá em casa. Acalme-se. O alívio fez com que eu soltasse o ar.
-Na sua casa? Ela está bem?
-Mais ou menos. Nem sei direito o que aconteceu. Ela chegou lá ainda pouco, num táxi. Estava muito nervosa e não falava coisa com coisa. Só pedia pra deixá-la entrar, pois não queria vir pra casa naquele estado. -Que estado? Pelo amor de Deus, Luana, fale tudo de uma vez!
-Calma! – Luana passou as mãos pelo cabelo, tensa. Depois me encarou. – Olha, ela tem saído com um cara aí e durante a semana ele deu um fora nela. Deu-lhe joias de presente e mandou-a passear. Sabe como Juliane é! Ela não se conformou muito com isso.
-Você está falando de Christopher Uckermann
-Ele mesmo. Bem, ontem ia ter uma reunião na casa dele e a Ju cismou de ir, mesmo sem ter sido convidada. Ela achava que poderia fazer Arthur mudar de ideia. Falei que era loucura e não quis ir. Ela foi assim mesmo. Droga! Como me arrependo de não a ter acompanhado! Se eu...
-O que ele fez com ela? – Perguntei baixo, cerrando os punhos.
-Nem sei se foi ele! Como eu disse, Juliane chegou confusa, chorando, não entendi nada! Só sei que ela não queria vir pra cá e... ela estava toda machucada
-Oh, meu Deus...
-Calma, Dulce.Olha, meu tio é médico e ele já cuidou dela. Agora Juliane está bem e dormindo. Tomou um tranquilizante e só acorda amanhã. Graças a Deus ela não corre risco de vida.
-Quero vê-la.
-Dulce...
-Eu quero vê-la!
-Está bem. Vamos lá. -Tá, espere um pouco. Tentando controlar o nervosismo, eu entrei em casa.
-O que Luana queria? – Tereza lambia os dedos com chocolate derretido.
-Ela... quer uma... uma bolsa de Juliane emprestada. Eu... – Já ia para o corredor. – Vou pegar uma pra ela e depois vou ali, na casa de uma amiga. Não demoro.
-A Ju não gosta que mexam nas coisas dela.
Corri para o quarto, já tirando o short. Enfiei uma calça jeans, sandálias rasteiras e peguei minha bolsa. Passei pela sala tão rápido que a mamãe só foi me ver na porta.
-Qual bolsa da Ju você vai pegar? – Indagou Tereza.
-A pequena – Inventei, já saindo
– Volto logo, mãe. Já no carro de Luana, perguntei quais os machucados da minha irmã.
-Parece que bateram no rosto dela. Um dos olhos está inchado e ela tinha sangue no nariz e na boca. Meu tio disse que o nariz não foi quebrado, mas... – Ela hesitou –
O que foi?
-Ela... quebrou os dois dentes da frente. Eu fechei os olhos por um momento, arrasada. Coitadinha ... Como ela devia ter sofrido e sentido dor!
-Continue.
-O corpo também está machucado. Ah, Dulce, é horrível! Que merda!
-Continue, Luana.
-Mordidas, marcas de queimaduras nos seios e no bumbum... Meu tio disse que pareciam ser de charutos. Alguém judiou muito dela.
-Ela precisa ir para um hospital!
-Não! Ela implorou que não! Se fosse para o hospital, iam chamar a polícia!
-Mas é isso que eu vou fazer! Acha que vou deixar esse maldito Christopher Uckermann livre, como se não tivesse culpa de nada? – Quase gritei, cheia de raiva e revolta.
-Nem sabemos se foi ele!
-E quem poderia ser? Ela não foi na casa dele? Talvez tenha ficado com raiva porque ela apareceu sem ser convidada e foi insistente! Então, resolveu lhe dar um castigo! Mas ele vai pagar! Ah, vai!
- Dulce, se você fizer algo sem que a Juliane queira, ela vai te odiar. Não chame a polícia agora. Ao menos espere ela acordar e contar o que aconteceu. Por favor,Dulce. Chegamos em frente à casa de dois andares que Luana morava, bem no centro de Nova Iguaçu. Saí do carro rapidamente, tremendo, e segui Luana para dentro como um robô, automaticamente, pois minha vontade era a de não ver seus machucados. Teria dado tudo para que ela não passasse por aquilo. Luana morava com a mãe, uma mulher divorciada e de pouco mais de quarenta anos, que era bonita, esguia e mais parecia a sua irmã. Ela era alegre, faladeira e jogava charme
para todo homem que passava em seu caminho. Eu a tinha conhecido em uma festa. Cláudia nos recebeu na sala.
- Oi, Dulce. Lamento nos encontrarmos novamente em um momento tão ruim! Meu irmão, que é médico, já cuidou da Ju. Agora ela está dormindo. - Obrigada. – Murmurei.
- Venha,Dulce. – Luana me levou ao andar de cima. Juliane estava num quarto rosa, cheio de bonecas e ursos de pelúcia nas prateleiras. A luz do abajur iluminava seu rosto pálido, inchado e cheio de hematomas. Uma colcha branca a cobria até os ombros. Eu não aguentei vê-la tão machucada e comecei a chorar baixinho. Inclinei-me e acariciei os cabelos dela, arrasada, indagando a mim mesma como a garotinha doce e carinhosa da minha infância tinha se tornado tão irresponsável.
- Ju, eu te pedi tantas vezes para você tomar cuidado ... – Murmurei, me erguendo de novo. Tinha passado as últimas semanas preocupada com ela, rezando, temendo que algo ruim acontecesse. E agora meus temores se confirmavam. - Desgraçado ... – Falei baixo, enxugando os olhos, cheia de raiva. – Esse desgraçado covarde! Eu queria matar esse covarde! Uma onda de ódio me engolfou e virei para Luana, de pé ao meu lado. - Eu vou falar com esse Christopher Uckermann. A moça arregalou os olhos.
- Pra que? Não vai adiantar nada! E se ...
- Vou descobrir agora o que aconteceu. – caminhei até a porta do quarto e Luana me seguiu.
– Quero saber se foi ele! Não vai escapar impune dessa!
- Dulce ... - Você sabe onde ele mora, pode me lavar lá. - Você está nervosa e descontrolada. Saímos para o corredor e virei para olhá-la
. - Se você não me der uma carona, vou à uma delegacia e apareço lá com a polícia!
- Mas e se não foi ele?
- É o que vou descobrir!
– Espere até Juliane acordar amanhã.
- Amanhã esse cara pode estar em outro estado ou país! E eu vou explodir com essa revolta! – Olhei-a determinada e raivosa. _ Você vem ou não comigo? Luana suspirou, sem saber o que fazer.
- A Ju vai te odiar! – Eu a encarava e ela capitulou de má vontade:
- Tá bom! Ah, que droga! A viagem foi feita em um silêncio tenso entre nós. Luana estava preocupada e irritada. E eu sentia a raiva borbulhar dentro de mim, cegando-me. Queria ser um homem bem forte para quebrar a cara daquele maldito Christopher Uckermann
Autor(a): May que ama o Dulgasmo
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Christopher Uckermann Eu tinha terminado de tomar banho quando o interfone tocou. A empregada já tinha ido embora e, impaciente, ainda me enxugando, saí do banheiro e fui para o quarto, atendendo lá. - Sr.Uckermann – Disse um dos porteiros, em tom respeitoso. – Há uma senhorita aqui querendo falar com o senhor. Eu suspirei, irritado. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 380
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ennyojo Postado em 09/06/2020 - 21:46:36
consegui finalmente o livro...mas qria q a autora voltasse, infelizmente acho q isso nao vai acontecer.
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ennyojo Postado em 09/06/2020 - 21:34:33
mds gnt eu preciso saber o final disso, preciso ver o christopher sofrer mais. o link nao funcionaaaaa e acho q a autora nao vai mais voltar.. ):
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luanavondy2015 Postado em 07/06/2016 - 14:19:43
May vamos esperar vc nao vamos te abandonar resolva seus problemas primeiro seus estudos e nao abandona ok n abandona
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luanavondy2015 Postado em 07/06/2016 - 14:04:35
May sua gata não abandona nao amiga eu amo essa fic por favor continua postando to louca pra ver o ucker de quatro pela dul
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cmsvondy Postado em 30/05/2016 - 15:02:37
Fiquei muito triste quando vi que você ia abandonar, mas obrigada por pensar em nós leitoras e deixar a fic original para a gente saber o final, achei muito legal da sua parte !!!! Espero que uma dia você volte a postar fics !
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portisavirroniever Postado em 28/05/2016 - 21:57:40
Da um tempo,fica 3 meses sem postar mas por favor n abandona
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portisavirroniever Postado em 28/05/2016 - 21:51:07
N,por favor n faz isso,da um tempo,mas abandonar n,pelo amor de Deus,vai perder toda a magia,sei quanto é difícil mas por favor n abandona
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millamorais_ Postado em 28/05/2016 - 13:17:25
Eu tava imaginando que isso iria acontecer, assim como aconteceu com a Ally.. :/ Mas bem, eu não tava aguentando e comprei o livro kkkk vou comprar o resto da série também kkk obrigada por nos apresenta um livro tão forte, gostoso de ler :*
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josyvondy Postado em 20/05/2016 - 14:15:44
posta mais
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leticia.tomaz Postado em 18/05/2016 - 23:13:22
continuaaa.. isso é maldade...vou morrer de tanto esperar