Fanfics Brasil - Capítulo 32 A Redenção De Um Cafajeste_Adaptada

Fanfic: A Redenção De Um Cafajeste_Adaptada | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 32

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Christopher


Na quarta-feira levei minha avó ao cemitério de manhã. Andamos entre as lápides até o jazigo da nossa família, sempre bem cuidado e com flores frescas. Minha avó pagava para que fosse assim. Era uma manhã bonita e fresca, as folhas das árvores balançando sobre as nossas cabeças, algumas voando pelo chão. Dantela parou olhando para a lápide onde estava o corpo de seu único filho, muito quieta. Pequena e magra, se apoiava em meu braço, embora fosse forte e empinada. Mas a idade começava a cobrar o seu tanto. Ficamos quietos. Todo ano era a mesma coisa. Para falar a verdade, eu pouco lembrava dele. Um homem quieto, introspectivo, distante. Da minha mãe então, quase nada. Minha família foi minha avó, que fez tudo para me proteger, me fortalecer e tentar suprir o que não tive dos meus pais. Ela me criou para ser forte, totalmente o contrário do filho. Sabia que sofria ainda. Não era de chorar, mas depois de anos de convivência, eu sabia quando estava triste. Reconhecíamos os sentimentos um do outro sem precisar de muito, só sentindo. Depois de ficarmos lá um bom tempo, de pé, ela disse baixo:


- Dizem que o pior crime que uma pessoa pode cometer é o suicídio. Muitas religiões dizem que a alma não tem paz. Teodoro só queria isso, sabe. Paz. Era o tipo de homem romântico para quem dinheiro nunca importou muito. E quando se apaixonou, projetou todos os seus sonhos em Joana. Foi ela quem o destruiu.


Era uma história que eu ouvia há anos. O pai fraco e sonhador, a mãe interesseira e traiçoeira. E uma tragédia. Era estranho saber que nenhum dos meus pais se incomodou comigo, cada um mergulhado em suas próprias necessidades. Mas tive Dantela e isso me bastava.


 - Podemos ir. – Disse fria, como se não suportasse mais tudo aquilo. Acompanhei-a calmamente até o carro com motorista e voltamos para a mansão. Lá ainda insistiu para que ficasse mais e, apesar de estar cheio de trabalho, a senti um tanto desanimada, apática, e fiquei para almoçar com ela. Na hora de ir embora, me abraçou e beijou.


- Obrigada, meu reizinho. Sempre posso contar com você.


- Sempre, vó. – Sorri com carinho quando afastou-se o suficiente para me olhar.


- Sei que às vezes me meto demais em sua vida, mas sempre com o objetivo de proteger você, querido. Prometi a mim mesma que nunca o deixaria sofrer. E enquanto eu estiver viva, faço de tudo para evitar isso. Você é um rei. É rico, lindo, poderoso. Não precisa de ninguém que o prejudique. Pense nisso com calma. Principalmente nesse momento da sua vida.


 - Vó, eu já disse ...


- Eu sei, vai negar. Mas essa mulher está dominando você. Tome cuidado com ela. Não tenho bons pressentimentos. Fitamo-nos nos olhos e percebi sua preocupação genuína.


 - Fique tranquila. Está tudo sob controle.


- Está bem. Confio em você. – Sorriu, mas continuou um tanto abatida. – Só fique atento nos sinais. Em geral estão com mais de um homem, tendo sempre uma segunda opção caso a primeira não der certo. Se observar bem, vai ver. Passei o resto da tarde também um tanto desanimado, com vontade de ficar sozinho.


 Sempre que minha avó falava aquelas coisas, ficava desconfiado. Havia algo me remoendo, um desejo cada vez maior de estar com Dulce. Eu pensava nela noite e dia, eu a queria o tempo todo. E aquilo era no mínimo preocupante. Ainda mais levando em consideração os pressentimentos da minha avó. Pensei em não ir buscá-la na faculdade, como tinha prometido. Poderia ir ao clube, ficar com outras mulheres, tentar reafirmar a mim mesmo que ela não era especial para mim. Afinal, desde o início era para ser assim. No entanto, não sentia nenhum desejo de fazer aquilo. Desde o dia em que transei com a ruiva, senti a diferença entre Dulce e as outras. Estava obcecado por ela. E mesmo que fosse ao clube, seria ela a estar comigo o tempo todo. Não, o melhor era transar com Dulce até cansar, até enjoar dela. E só então seguir normalmente a minha vida. Fui em casa, tomei banho, troquei de roupa, tomei um dose de uísque. Encomendei um jantar em um restaurante ali perto, para entregarem um pouco depois que eu chegasse com ela. Então fui ler uns relatórios sobre a editora da família, para tentar me distrair. Finalmente saí para buscá-la. Às dez hora da noite, quando cheguei em frente à Uerj, ela já me esperava no portão. Estava linda como sempre, com sapatos de salto alto pretos, um vestido até os joelhos comportado e em um tom escuro, quase grafite, uma bolsa vermelha. Seu cabelo preso em um coque, expondo o rosto perfeito. Os outros estudantes que passavam por ela a olhavam, mas nem parecia se dar conta. Sua expressão era preocupada. Olhou quando parei o carro em frente e entrou logo, pois ali ficava na rua. Eu o pus em movimento e estranhei seu silêncio e o fato de nem ter me cumprimentado ou dado um beijo.


- Oi. – Lancei um olhar a ela, enquanto dirigia.


- Oi. – Fitou-me, ainda fechada, estranha.


- O que houve,Dulce? – Franzi o cenho, estranhando tudo aquilo.


- Nada.


- Claro que há alguma coisa. Diga.


 - Quero conversar com você. Parei em um sinal e nos encaramos, eu preocupado. Pensei no lance da camisinha, mas não tinha nem uma semana que o fato tinha ocorrido, então não podia ser nenhuma novidade. Então o quê?


- Fale,Dulce.


 - Vamos deixar para conversar no apartamento


- Não, estou nervoso com esse suspense todo.


 O sinal abriu e voltei a me concentrar na estrada, mas esperando. Por fim, começou:


- Você gosta de mim,Christopher?


 Eu não esperava aquela pergunta.


- Claro que gosto, ou não estaria com você. – Respondi, tentando entender aonde queria chegar.


 - Você me respeita?


 -Dulce...


 - Só quero saber.


- Sim, eu respeito.


- Estamos namorando, não é? Olhei-a, cada vez mais encafifado. Acenei com a cabeça, antes de virar para a frente.


 - É.


 - Só mais uma pergunta,Christopher: Você me trai?


 Fiquei muito quieto, nenhum músculo se moveu enquanto mantinha os olhos na rua em frente. Lembrei da ruiva e das outras, durante o primeiro mês de namoro. Sim, eu a traía. E ao mesmo tempo não. Eu havia tentado traí-la, pois no fundo nunca quis aquilo de verdade. Pois o tempo todo tinha estado comigo. Era complicado até para eu mesmo entender. Hoje mesmo pensei em deixá-la e ir ao clube, pegar qualquer mulher. Mas seria tão ruim, quando eu desejava tanto estar com Dulce, que desisti.


 - Não, eu não traio você. – Consegui falar, sem vacilar. Senti seu olhar sobre mim. Virei o carro em uma curva e fitei-a rapidamente quando seguimos em linha reta. - O que é isso tudo,Dulce?


- Não sei nada de você. Não sei se tem outras mulheres, nem o porque de estar comigo.


 - Estou com você por que gosto da sua companhia, tenho tesão, admiro você. Qual o problema? E você, por que está comigo? – Indaguei secamente.


 - Você sabe.


- Diga.


 - Eu amo você,Christopher.


 Disse de maneira tão simples, tão certa, como se não houvesse nenhuma dúvida. E eu acreditei. Mesmo tendo ainda minhas desconfianças todas, achava difícil fingir aqueles olhares de amor profundo para mim.


- E você me trai,Dulce?


 - Nunca! – Garantiu, firme. – É o único homem na minha vida.


- Então, por que tantas dúvidas assim de repente?


- Acho que você era muito mulherengo e tenho medo de ser só mais uma, entre outras.


 - Eu era mulherengo, pois estava sozinho.


 - Então admite?


 - Sim. Mas agora estou com você. – Parei em outro sinal e nos encaramos, sérios. Eu havia desligado o som ambiente e o silêncio nos cercava, um tanto pesado. Dulce parecia tentar ler minha alma. Por fim, disse baixo:


 - Eu nunca perdoaria uma traição,Christopher. As pessoas costumam achar que sou boba, mas não é verdade. Eu confio até que me mostrem o contrário. Aí então excluo a pessoa da minha vida. Para sempre.


Por algum motivo, aquelas palavras me abalaram. Mas me mantive quieto. O sinal abriu e voltei a dirigir. Fizemos o resto da viagem em silêncio. Eu a sentia mais na dela, como se estivesse chateada. Comecei a achar que alguém tinha contado alguma coisa pra ela. E essa pessoa só podia ser Juliane.



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Autor(a): May que ama o Dulgasmo

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Christopher  - Não entendo por que está assim,Dulce. Alguém tentou envenenar você contra mim? - Não. – Garantiu. – É que já vi as pessoas sofrerem muito por isso e fiquei com dúvidas. Mas agora, está tudo bem. Eu acredito em você,Christopher.  - Acredita mesmo?  - Sim. Relaxei ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 380



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  • ennyojo Postado em 09/06/2020 - 21:46:36

    consegui finalmente o livro...mas qria q a autora voltasse, infelizmente acho q isso nao vai acontecer.

  • ennyojo Postado em 09/06/2020 - 21:34:33

    mds gnt eu preciso saber o final disso, preciso ver o christopher sofrer mais. o link nao funcionaaaaa e acho q a autora nao vai mais voltar.. ):

  • luanavondy2015 Postado em 07/06/2016 - 14:19:43

    May vamos esperar vc nao vamos te abandonar resolva seus problemas primeiro seus estudos e nao abandona ok n abandona

  • luanavondy2015 Postado em 07/06/2016 - 14:04:35

    May sua gata não abandona nao amiga eu amo essa fic por favor continua postando to louca pra ver o ucker de quatro pela dul

  • cmsvondy Postado em 30/05/2016 - 15:02:37

    Fiquei muito triste quando vi que você ia abandonar, mas obrigada por pensar em nós leitoras e deixar a fic original para a gente saber o final, achei muito legal da sua parte !!!! Espero que uma dia você volte a postar fics !

  • portisavirroniever Postado em 28/05/2016 - 21:57:40

    Da um tempo,fica 3 meses sem postar mas por favor n abandona

  • portisavirroniever Postado em 28/05/2016 - 21:51:07

    N,por favor n faz isso,da um tempo,mas abandonar n,pelo amor de Deus,vai perder toda a magia,sei quanto é difícil mas por favor n abandona

  • millamorais_ Postado em 28/05/2016 - 13:17:25

    Eu tava imaginando que isso iria acontecer, assim como aconteceu com a Ally.. :/ Mas bem, eu não tava aguentando e comprei o livro kkkk vou comprar o resto da série também kkk obrigada por nos apresenta um livro tão forte, gostoso de ler :*

  • josyvondy Postado em 20/05/2016 - 14:15:44

    posta mais

  • leticia.tomaz Postado em 18/05/2016 - 23:13:22

    continuaaa.. isso é maldade...vou morrer de tanto esperar


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