Fanfic: A Redenção De Um Cafajeste_Adaptada | Tema: Vondy

Capítulo 54                    

Dulce

Eu estava imóvel. E então veio. A dor lancinante, o desespero, a decepção, o horror. Não bastasse ter ouvido todas as acusações infundadas de Christopher, saber agora que transava com minha irmã às minhas costas, talvez o tempo todo, foi o golpe fatal. Pensei que fosse morrer.

Quis morrer. Perdi o ar, senti que poderia desmaiar a qualquer momento. Apoiei a mão na parede, pálida, toda dormente. Christopher disse com frieza:

- Pare de teatro, Juliane. Não tenho nada com ela,Dulce.

 - Não mesmo? – Ela se levantou e pegou sua bolsa. – Ah, querido ... E o que estou fazendo aqui no seu apartamento, no seu quarto?

 Eu queria reagir, queria dizer alguma coisa, mas não conseguia. Estava como que dopada, além de qualquer reação.

 - Saia daqui, Juliane. Agora. – Ordenou seco. Sentia seus olhos sobre mim.

- Está bem, vou confessar,Dulce. Estou aqui por negócios. Eu e Christophertemos um acordo e vim cobrar a minha parte.

 - Juliane ... – Disse ameaçador, mas ela continuou, venenosa:

 - Ele me prometeu a capa da revista MACHO, desde que eu colocasse você nas mãos dele. Um acordozinho básico, sabe. Estava tarado para comer você, maninha, ser o primeiro a te fo*der. E vamos combinar, isso ele faz muito bem, não é querido? Aposto que não foi nenhum sacrifício. No final, estamos todos satisfeitos!

 Pisquei, sem acreditar no que tinha ouvido. Olhei horrorizada para Christopher, sem reconhecê- lo naquele monstro.

 - Não ... – Sacudi a cabeça. – É mentira ...

Mas ficou apenas me olhando, maxilar cerrado, olhos duros. A culpa em seus olhos. Algo se quebrou dentro de mim. Abracei meu próprio corpo, quase me dobrando em duas, tentando conter as ânsias.

- Não ...

- Desculpe, maninha, mas estava na hora de saber a verdade.

- Cale a boca, sua pu*ta! – Furioso, Christopher foi até Juliane e agarrou seu braço.

 Arrastou-a para fora do quarto, mas ela tirou algo da bolsa e jogou aos meus pés.

- Você nunca foi importante! Ele fo*dia tudo quanto era mulher por aí! Só foi mais uma! – Gritou com tanta raiva, que parecia me odiar.

 Berrou mais ainda quando Christopher a levou com ele. E eu olhei para as fotos espalhadas aos meus pés. Várias delas. Ele com a roupa com que tinha me levado ao clube no sábado e em vários estados de nudez, transando com mulheres diferentes, fazendo de tudo. Era como uma faca me rasgando por dentro. As lágrimas pingavam nas fotos. A dor atroz me prostrava. Senti que algo dentro de mim de rompia para sempre, sem volta. Christopher voltou ao quarto e veio até mim, cauteloso. Parou perto. Sua voz, pela primeira vez naquela noite foi sem ódio ou cinismo. Saiu preocupada:

- Não foi assim, como ela falou. No começo ... No começo foi, mas depois ...Dulce...

Eu ergui os olhos. Fitei aquele homem, que amei mais do que tudo na vida, que me ensinou o que era a verdadeira felicidade, mas que agora eu sabia ter sido uma ilusão só da minha parte ... Que seria o pai do meu filho e me acusou de dar um golpe, quando o tempo todo me usava e traía ...

Que agora me jogava no inferno. E soube que ele acabou com meus sonhos e com o melhor de mim. Ele me destruiu. Pisei nas fotos. Ajeitei minha bolsa nos ombros e me dirigi à porta, concentrada, um passo de cada vez.

-Dulce... Veio atrás de mim, passando a mão pelo cabelo. Fez menção de segurar meu braço, mas dei um pulo para o lado e o fitei com ódio mortal. Avisei baixo:

 - Nunca mais toque em mim. Pareceu chocado com o que viu em meu rosto ou no meu olhar. Tentou:

- Precisa me ouvir. Não foi daquele jeito. Eu gostei de você. Tudo o que tivemos não foi fingimento.

 Eu o ignorei. Não corri. Só andei até a porta. Tudo o que precisava era sair dali, mais do que até respirar.

- Não pode sair assim. Deixe só eu te levar em casa,Dulce.

 Abri a porta e saí para o corredor. Christopher veio atrás, sem saber o que fazer. Disse com certo desespero:

 - Eu mereço tudo, mas não vá assim.

Entrei no elevador e apertei o botão para descer. Quando fez menção de entrar, eu o olhei cheia de ódio. Parou, surpreso, a culpa espelhada em seu olhar.

-Dulce...

 As portas se fecharam. Permaneci imóvel, quando por dentro me sentia morrer. Não sei como cheguei em casa. Tudo foi automático. Os ônibus que peguei, o caminho que fiz. Parecia que não era mais eu. Que outra pessoa me empurrava para o canto e se estabelecia em meu lugar.

Gente estou postando pelo celular 🙄😒 meu not tá com problemas 

vo mandar arrumar na próxima semana okay 😊

Bom depois vou responder vcs ok 

bjs amores 

mayU💕