Fanfic: Street Fighter VS The King of Fighters | Tema: Cross Over

Agora o clima era tenso dentro do centro de eventos. Todos estavam perplexos com a crueldade de Yagami. Havia um murmúrio entre os expectadores.

- Esse cara é um animal! – comentou Ken.

- Que vontade de ir lá e dar uns sopapos nele! – disse Sakura.

- Não acredito que ele fez isso! – Shingo pensava perplexo.

Poison estava imóvel. Tinha medo de seu companheiro de equipe.

Alguns dos outros competidores também estavam boquiabertos. Kusanagi era um deles.

- Yagami, seu maldito. – ele dizia ao mesmo tempo em que gerava chamas em seu punho.

Romeu também estava assustado. Foi quando uma misteriosa mulher surgiu se aproximando de Romeu. Ela usava um tipo de manto que lhe cobria o rosto, não sendo possível identifica-la. Ela se aproximou de Romeu e disse algo em seu ouvido, se retirando logo em seguida.

- Mediante a esses fatos que ocorreram na última luta, estamos aqui para anunciar a vocês que... - dizia Romeu, dando uma pausa dramática, que gerou bastante movimento entre os expectadores, que gritavam exigindo que dessem prosseguimento ao torneio – Ora, acalmem-se! Nosso organizador disse que não haveriam regras, portanto, Yagami venceu a luta. Nosso próximo round será entre Iori e Mr. Karatê. Podem se aproximar.

Mr. Karatê caminhou até o centro do ringue, e Yagami também. Ambos se encararam.

- Há algo de estranho naquele cara! – disse Ken.

- Sinto calafrios só de olhar pra esse Yagami. – respondeu Sakura.

- Não é dele que eu falo, e sim desse Mr. Karatê. Sinto como se o conhecesse.

Ryu caminhava pelos corredores escuros. Ele ia para o centro de eventos. De repente, ele sentiu algo estranho, como se uma força sombria tentasse tomar o controle dele.

Round 5:

Mr. Karatê adotou sua postura de luta, porém, não era a que muitos esperavam. Sua postura habitual seria com uma de suas mãos para frente e a outra mais próxima de seu tórax e seu rosto. Desta vez ele adotou uma postura diferente, com um punho fechado próximo ao tórax e o outro mais adiante. Reconhecendo a postura, Ken deu um salto de seu assento.

- Mas é ele? – falou assustado.

- Essa não! Precisamos ver o Ryu agora. – disse Sakura.

- Aquele não é meu pai, então quem é ele? – disse Ryo.

Mr. Karatê fez o primeiro movimento, desaparecendo e reaparecendo na frente de Yagami, aplicando-lhe uma seqüência de golpes. Ao derrubar Iori, ele deu um salto e gerando uma onda de seu punho direito, a desferiu contra Yagami, que mal teve tempo de se esquivar.

- Incrível. Mr. Karatê pega Yagami de surpresa, desferindo-lhe poderosos golpes. - grita Romeu.

- É isso aí, acabe com esse animal. – gritou um homem na platéia e em instantes todos gritavam em coro para matar Yagami.

- Esses movimentos... - disse Ken.

- Se esse não é meu pai... Quem é esse homem? – resmungou Ryo.

Japão, dias antes...

Takuma Sakazaki, um homem de meia idade, cabelos negros, estava em seu dojo. Uma misteriosa mulher adentra pelas portas, observando cada aspecto do dojo. Seus tatames de cor verde, as paredes em madeira muito bem envernizadas, os quadros com seus discípulos em vários momentos: treinando, competindo, vencendo...

- Ora, ora! Seu dojo é bem mais cuidado do que eu esperaria. – disse a mulher, que tinha cabelos cacheados e rosados, trajava calça jeans, um par de tênis all-star e uma blusa branca de meia manga. Era uma jovem bonita.

- Em que posso ajudar? – respondeu Takuma.

- Venho em nome de um filantropo, que está organizando este ano, mais uma edição do King of Fighters. – respondeu.

- Mas... Eu soube que esse ano não haveria..

- Sim, sim! Muitos disseram isso, mas não passa de boatos! Aguardaremos o senhor, tudo bem? – respondeu a jovem.

- Tudo bem, mas qual o seu nome? – perguntou Takuma.

- É Helena. – disse, sorrindo de modo simpático.

Takuma estava pensativo.

Olhando da porta do dojo, Takuma via sua filha, Yuri, uma jovem de cabelos longos castanhos, olhos igualmente castanhos, que utilizava uma calça azul e blusa branca, treinando junto com o irmão mais velho, Ryo Sakazaki, um jovem loiro de cabelos desgrenhados e kimono laranja. Ele não ia com seus filhos. Pensava em outra equipe, embora não soubesse com quem iria.

Ele caminhou pela rua, observando o movimento ao redor. Era uma pequena rua de paralelepípedos e com calçadas estreitas, mal cabiam pessoas nelas. O trânsito de bicicleta era intenso, assim como o de pessoas. Haviam vendedores nas calçadas, o que dificultava o tráfego. Eles vendiam todo o tipo de bugiganga, assim como vendiam comida: churrasco, sushi, yakissoba...

A rua dava pra uma pracinha pequena, com banquinhos de madeira e muitas cerejeiras, que estavam bastante floridas. De longe ele avistou um homem gordo, com cabelos negros, anunciando que precisava de lutadores para sua equipe. Takuma sabia que era a sua deixa.

- Olá! Em que posso ajudar? – disse o homem gordo.

- Vejo que você precisa de integrantes para sua equipe, ainda há vagas? – perguntou Takuma.

- Claro que sim! Mas tem certeza que o senhor vai agüentar... - iniciou, em tom provocativo.

- Você não me conhece, e nem precisa! Eu vou com você, porém, me chame de Mr. Karatê, é tudo o que você precisa saber. – respondeu.

- Ok, Ok ! Encontro o senhor no aeroporto de Kansai as 3:15AM.

Takuma se despediu e seguiu seu caminho.

À noite, quando se dirigiu ao aeroporto, Takuma foi subitamente atacado por um homem de aspecto demoníaco. Ambos travaram uma breve luta, onde Takuma foi derrotado com tamanha facilidade. O misterioso homem o deixou a beira de uma estrada semi-deserta, apenas com suas roupas de baixo e os ferimentos, assumindo assim o seu lugar na equipe.

Hoje, no centro de eventos do Blacknoah...

Sakura já havia se retirado, indo à procura de Ryu.

Ryu estava se contorcendo pelos corredores, quando uma jovem de longos cabelos púrpura e uniforme colegial, uma saia azul e blusa branca, o avistou.

- Você está bem? – perguntou.

- Saia daqui. – disse Ryu.

- Não, você precisa de ajuda. – respondeu.

Ryu então explodiu em raiva, gerando um ki negro. Ele concentrou esse ki em suas mãos e o desferiu, na forma do Hadouken.

A jovem, vendo o projétil, ergueu uma barreira refletora, que devolveu o projétil de seu adversário. Ryu, que não aguardava, foi arremessado longe e, assim que se levantou, sua oponente estava com ambas as mãos brilhando e os braços abertos. Ela concentrara seu ki, e estava pronta para atirar contra ele.

- Você vai mesmo querer fazer isso? – ela perguntou.

Ryu se retirou, indo em direção ao centro de eventos.

Ela apenas abaixou as mãos, porem, permaneceu com suas rajadas preparadas, caso ele voltasse.

Guile, Heidern e Cammy conversavam sobre seus próximos passos a bordo do navio. Tentavam definir o que fariam durante as investigações e também debatiam a natureza de tanto mistério.

- Sinto que algo terrível vai acontecer aqui. – disse Guile.

- Tenho certeza de que, seja lá quem for que está por trás desse torneio, tem outros planos além de entretenimento. – reforçou Heidern.

- Precisamos investigar melhor esse navio, mas podemos ser os próximos a lutar, o que nos entregaria, se desaparecêssemos. – comentou Cammy.

- Tudo bem, tenho um plano B. – disse Heidern.

- Hã? Como assim? – Guile indagou.

- Existe outra equipe aqui dentro, com quem podemos contar. São dos nossos, e estão investigando o navio junto conosco, então eles podem nos dar cobertura enquanto lutamos no ringue. – explicou.

- E quem são esses? – perguntou Cammy.

- Eles já vêm. – disse Heidern, apontando para o trio que se aproximava. O trio era composto por dois homens e uma mulher. Um dos homens usava um boné azul, óculos escuros, calça jeans, sapatos pretos, camisa preta, um colete azul escuro e luva em sua mão esquerda. Já o outro usava calça jeans, sapatos, blusa branca, um colete preto, bandana vermelha e sua luva eram apenas na mão direita. A mulher usava uma versão feminina de um tipo de farda: uma blusa verde que exibia seu abdômen, calças verde-escuras e botas, seus cabelos eram azuis e tinha luvas negras em ambas as mãos.

- Senhores, lhes apresento Leona, Ralf e Clark. – disse Heidern, apontando o trio. – são nosso reforço aqui dentro do complexo. Leona é minha filha, já Ralf e Clark são companheiros de batalhas. – completou.

Ralf era o homem de bandana, enquanto Clark era o de boné.

- E aí! – cumprimentou Ralf.

- É um prazer conhece-los! – disse Clark.

Leona permaneceu em silêncio, apenas assentiu com a cabeça.

- Prosseguindo, eles estarão nos ajudando a investigar o navio, enquanto nós lutaremos. – disse Heidern.

Os seis prosseguiram com a conversa, enquanto no ringue, a luta prosseguia.

Yagami estava irritado, já que não conseguia fazer frente ao seu oponente.

- Seu miserável, eu vou acabar com você! – gritou Iori.

Mr. Karatê começou a elevar seu ki. Nesse instante, uma aura negra o envolvia. Seu kimono, que era branco, se desfez, dando lugar a um kimono azul escuro que estava sob o outro. Sua pele agora estava escura. Em suas costas surgiu a palavra “Destruição” em japonês. Então ele removeu sua máscara, revelando-se assim como o lutador com o qual Ryu sonhara. Era Akuma.

- AKUMA? – gritou Ken, horrorizado.

- O lutador conhecido como Mr. Karatê revelou o seu rosto (e que rosto feio). – disse Romeu.

Akuma concentrou seu ki na palma de sua mão e o disparou contra Iori, que por muito pouco não teve tempo de se esquivar. A esfera de energia negra colidiu com uma das arquibancadas, levando assim uma dezena de expectadores à morte.

Yagami estava desesperado. Ele agora tinha certeza que não iria sobreviver a esta luta.

- As lutas estão tomando um rumo perigoso. – comentou Romeu

Na sala de comando do Blacknoah, o anfitrião agora estava empolgado.

- Akuma? Hmm...essa luta será interessante. – disse.

Sua equipe apenas observava os monitores. A diferença entre os poderes de Akuma e Yagami era gigante.

- Senhor, é seguro seguir com esse torneio? – perguntou um homem.

- Sim! Prossigam, e ao fim desta luta, quero Akuma aqui...com vida. – exigiu.

Akuma era um lutador violento, até mais do que Yagami.

Poison estava com medo. Shingo estava boquiaberto. Kazumi e Honda agora tremiam (eles não tinham idéia de que alguém tão terrível fosse parte de sua equipe). Kusanagi e sua equipe agora se prepararam para o pior.

- É só uma questão de tempo até a coisa ficar realmente perigosa. – disse Kyo.

- Sinto que algo de ruim vai acontecer.

Akuma e Yagami continuavam lutando, quando a arquibancada foi tomada por figuras misteriosas. Uma dúzia de mulheres cercaram o local. Todas usavam um tipo de cola preto, gravata vermelha e botas.

Guile avistou a confusão de longe e, se aproximando, viu as garotas.

- Essa não! Heidern, Cammy, pessoal..Venham aqui!

- O que foi Guile...ah, não! – disse Cammy, reconhecendo as mulheres.

- São colegas de vocês? – disse Ralf.

- São as Dolls. – Cammy respondeu.

- Dolls? O que diabos isso quer dizer? – perguntou Heidern.

- Quer dizer que estamos muito, MUITO encrencados. – disse Guile.

As Dolls cercavam a arquibancada, e aguardavam o desfecho da luta que seguia feroz.

Yagami nunca havia apanhado tanto.

Iori então começou a sentir pontadas em seu coração. Ele já conhecia essa sensação. Sua visão ficou turva, e então ele se curvou.

- Ah não! – exclamou Kyo.

Yagami se reergueu, com os braços abertos ele curvou-se totalmente para traz e emitiu um grito. Ele agora já não era mais dono de seus atos.

Adotando uma postura mais curvada, Yagami agora investia em ataques selvagens. Ele atacava com tudo o que tinha. E assim a luta se equilibrou, porém permanecia violenta. Os expectadores saíram correndo, enquanto as Dolls permaneciam imóveis, aguardando.

Ryu chegou no momento em que ambos trocavam golpes. Assim que o viu, Ryu congelou.

- Akuma? – disse.

- Ryu, você precisa sair daqui AGORA! Vamos, vamos! – disse Ken, puxando seu amigo pela camisa.

Akuma, ao ver Ryu, deixou de dar atenção a Yagami e, assim que se virou, Yagami estava próximo. Iori o derrubou e com uma selvageria extrema, o atacou até que ele ficasse inconsciente. Agora, era preciso parar Yagami.

Abaixo...

A sala de comando agora era só movimento. Homens e mulheres corriam de um lado a outro, agitados com o rumo do torneio. Os painéis exibiam níveis elevadíssimos de energia emanada pelos competidores...

O anfitrião agora se regozijava, pois tudo estava indo melhor do que ele esperava.