Fanfic: Dominados - Vondy | Tema: Hot,Vondy
Capítulo 147 - Christopher Uckermann
Caminhei de volta à academia, porém, no último instante, decidi treinar. Precisava descarregar toda aquela raiva, e os pesos sempre foram boas opções para isso.
Troquei de roupa depressa no vestiário masculino e comecei o aquecimento. Não pretendia demorar muito, pois Dulce estava por perto. Preferia que acontecesse qualquer coisa comigo menos encontrá-la, menos olhar em seus olhos e admirá-los contra a minha vontade. A única coisa que podia fazer com o que sentia por ela era ignorar até que fosse embora.
Segui-la pela CMG era um ponto fora de cogitação. Mesmo depois de sair da esteira e começar a puxar ferro, ainda não acreditava que tinha feito aquilo. Eu devia mesmo voltar a ser quem era; clicar no meu botão reset interno e começar tudo de onde parei. Voltaria para o dia em que nos encontramos no elevador. O cara que estava ali não se preocupava com nada além de si mesmo, mas era assim que tinha conquistado as coisas. Ele queria ganhar o desafio, faria de tudo para conseguir.
Não era um idiota, não agia por impulso, não fazia coisas das quais se arrependeria depois. Ele era calculista, ambicioso e divertido. Não aquele carrancudo exausto e preocupado com a própria sombra.
Não estava satisfeito com aquela versão de mim mesmo. A versão apaixonada por uma mulher que não merece qualquer resquício de preocupação da minha parte.
Tudo bem que ela é linda, inteligente e guerreira, mas a maldita consegue ter tantos adjetivos quanto defeitos, portanto, no fim, é de se imaginar que não valha a pena estar ou gostar dela.
Todo o problema se resumia a este: não vale a pena gostar da Dulce Maria.
Foi durante as abdominais que decidi pensar mais em mim mesmo e no meu bem-estar. O que queria da vida? O que precisava fazer? Uma coisa era certa: eu,Christopher Uckermann, ainda queria ganhar o desafio. Era o mínimo que podia fazer para consertar os prejuízos, as cicatrizes enormes abertas dentro do meu peito.
Precisava do cargo novo e de uma nova submissa: uma repaginada impressionante na minha vida. Uma volta por cima que me faria conquistar a vitória absoluta diante de uma guerra quase vencida.
Precisava urgentemente de uma namorada, de verdade. A mulher tinha de estar totalmente disponível, pronta para se apaixonar por cada coisa que eu lhe proporcionar. Nosso sexo seria incrível, e absolutamente nada nela me deixaria com dúvidas sobre a relação que teríamos. Claro que lhe pagaria todas as contas,proporcionaria tudo para que fosse tratada como uma rainha. Ela jamais questionaria. Como deve ser. Como sempre gostei.
Depois de pouco mais de uma hora entrei no vestiário masculino novamente e tomei uma ducha. Meu corpo agradeceu o exercício e se regozijou com as minhas novas ideias. Voltaria a ser quem eu era, sem mais. Sem culpa, arrependimentos ou receio. Sem o fantasma da Dulce tentando comandar as minhas escolhas. Só eu mesmo podia me presentear com aquela liberdade.
Vesti jeans, tênis e camiseta branca. Era sexta-feira. O que sempre fazia nas sextas? Saía com os meus amigos, bebia algumas cervejas, paquerava algumas gostosas e, às vezes, o papo colava e eu me dava bem. Era disso que estava falando: a normalidade seria a minha salvação.
Saquei o meu celular e fui logo telefonando para um colega mais chegado. Ele já tinha marcado de tomar uma num barzinho novo com mais três colegas em comum, não hesitou em me incluir na reunião. Decidi que nem passaria em casa,partiria direto para o bar a fim de não perder um segundo sequer da minha vida me questionando se estava fazendo a coisa certa. Não é errado querer o próprio bem.
Já estava mais do que provado que o caminho oposto àquele só me traria mais dor.
Desci pelo elevador com um sorriso nos lábios e o ego inflando de possibilidades. Quase nunca costumava me dar mal em ambientes de paquera na verdade só não terminava a noite com alguém quando decidia não dar mole e somente curtir com os meus amigos, portanto a expectativa gritava dentro do meu corpo. Estar com outra mulher seria o meu remédio, o mais eficaz de todos.
Desliguei o alarme do meu carro e abri a porta, foi quando percebi um vulto se aproximando. Claro que me assustei, mas respirei aliviado quando notei a negra atirada da academia bem diante de mim. Ela vinha me ignorando depois do meu fora, isso quando nos encontrávamos. Acho que nossos horários não eram exatamente os mesmos, sequer me lembrava de tê-la visto lá em cima.
– Ora, ora... – murmurei.
Ela sorriu.
– Você tem uma moto fo/da e um carro mais fo/da ainda.
Olhei para o meu carro e cocei a cabeça. Acho que a doida era uma espécie de Maria Gasolina. Ou ela reparava demais nos meios de transporte que possuo ou estava apenas com segundas intenções. Bom, não se sabe. Já peguei muita mulher na minha vida, com ou sem carro.
Pensei bastante antes de falar qualquer besteira que fosse. Tinha uma frase na ponta da língua, mas seria ousada demais. Não sabia se queria atiçá-la. Ficar com aquela mulher talvez não fosse uma boa opção. Sua reação diante do meu silêncio foi meio tímida.
– Juro que não fico te seguindo pelo estacionamento. Não sou uma maníaca,só estou esperando a carona de uma amiga.
Sorri de leve.
– Relaxa. Para onde quer ir? Eu te levo.
– Nem sei o seu nome – riu um pouco, desviando os olhos de mim. Fiquei instantaneamente possesso. A minha reação me trouxe uma sensação de vitória incrível, pois se eu tinha voltado a ficar com raiva de um olhar desviado, significava que o velho Christopher dominador estava de volta. Finalmente!
Aproximei-me como um predador que ronda a presa antes de atacar.
Toquei o seu queixo com força calculada, empurrando-a até se encostar ao meu carro.
– Não tire os olhos de mim – sussurrei, meio rouco. Ela se assustou, mas eu apenas sorri. – Christopher, prazer.
– Amanda... – arfou o próprio nome.
Amanda era bonita. Não tanto de rosto ela tinha traços meio grosseiros que não curto muito, prefiro mulheres de aparência delicada, indefesa, mas o corpo era excepcional. E o cabelo era incrível; bem cacheado, longo e cheio. Uma beleza afro interessante.
Deixei nossos rostos próximos de propósito. Segurei-lhe a cintura com uma mão enquanto a outra continuou em seu queixo. Percebi que ela cheirava bem, por isso afundei o meu nariz em seu pescoço.
– Vem comigo? – murmurei a pergunta.
Amanda apenas balançou a cabeça afirmativamente. A facilidade me impressionou, mas era tudo de que eu precisava. Além de que aquela mulher não parecia mesmo ser do tipo difícil. Acredito que era envolvida demais pelo desejo; o tipo de submissa perfeita para mim.
Estava pensando em levá-la ao barzinho para conversarmos um pouco mais. A minha ideia era ter uma submissa e não uma transa qualquer, sem importância. Por isso que um bom papo era bem-vindo; veria como se comportava em público,analisaria os modos que possui, as ideias que lhe rodeiam a mente... E daria o meu veredito no fim. Se valesse a pena... A noite seria daquelas. Eu foderia tanto aquela mulher que ela nem perdia por esperar.
Afastei-me um pouco, o bastante para vê-la de perto. Seus olhos escuros eram legais: redondos e amedrontados. Balancei a cabeça por instinto, afastando-me de vez.
Ia dar a volta no carro para abrir a porta do carona, como um bom cavalheiro,quando estaquei. Sorri, pois foi o que me restou. É claro que alguma coisa assim teria de acontecer, o Universo estava em pleno estado conspiratório para o meu lado. Claro, óbvio, que Dulce Maria estaria observando toda a minha cena com a negra.
Nem devia ter ficado surpreso. Aliás, realmente não fiquei. Talvez uma parte de mim tenha feito de propósito.
– Até amanhã, Dulce – falei sem pesar, segurando a mão da Amanda e pronto para fazer exatamente o que estava em meu plano inicial.
– Até amanhã é o car/alho, quem é essa vagabunda?
Era de se esperar. Sorri, mas a Amanda se ofendeu.
– Vagabunda? Você nem me conhece, sua louca. – Amanda deu alguns passos para frente, mas a segurei. Não era prudente deixá-la se aproximar, ela certamente perderia feio o embate. Qualquer mulher parecia fraca como cristal diante de Dulce Maria, independente da altura ou de outros fatores.
– Deixe-a, Amanda – alertei. – Essa mulher é louca, não se meta com ela.
Dulce continuou com a sua expressão dominadora, queimando de ódio. O nariz empinado, as costas arqueadas e os olhos em fendas: reações que eu já estava tão acostumado a expiar que nem metia mais medo.
– Você nunca me viu louca, Christopher – disse sem alterar a expressão, mas no instante seguinte praticamente voou em cima de nós. – Vai me ver é agora!
Dulce conseguiu puxar o cabelo da Amanda com força, empurrando-a para o lado até fazê-la se estatelar no chão. A queda foi feia e barulhenta. Segurei as mãos dela não sei como, porém a maldita se contorceu e começou a jogar os pés para frente, querendo atingir a Amanda de todo jeito.
– Pare! – berrei.
– Como pôde, Christopher? Como? – Dulce já chorava, e senti a outra parte de mim, aquela que não queria que nada daquilo estivesse acontecendo, chamar-me de otário.
Amanda se levantou com pressa e aprumou o vestido curto que trajava.
– Olha... – disse olhando para mim. – Não vou ficar aqui e comprar uma briga que não é minha.
Dulce soltou um grito de ódio. Contorceu-se bastante, mas eu a imobilizava com perfeição.
– Tudo bem. Desculpe-me, sério – respondi.
Amanda deu de ombros e foi andando apressadamente na direção da saída do estacionamento. Acho que esperaria a tal carona do lado de fora. Aguardei que se afastasse até não conseguir mais vê-la.
– Dá pra parar de ser estúpida? – rosnei, soltando as mãos da Dulce apenas para lhe girar e mobilizar contra o capô do meu carro. – Qual é o seu problema?
– Quem é a pu/ta dos infernos? – choramingou, tremelicando de ódio. Seu rosto estava roxo, o que me fez temer pela sua saúde.
– Ninguém, não a conheço. Ia conhecê-la se não a tivesse espantado. O que deu em você, Dulce? Vai me impedir de viver a minha vida?
Ela tentou me empurrar, mas não me movi. O seu toque grosseiro doeu, mas me contive. Encará-la tão de perto era um martírio terrível.
– Como pôde? Como pôde? – repetiu feito vitrola quebrada. – Como pôde fazer isso comigo?
Bufei de indignação.
– O que mer/da eu fiz contigo?
Ela fez que ia dizer alguma coisa, mas creio que desistiu. Até os seus lábios tremiam. Os olhos pareciam querer escapar das órbitas, e soltavam lágrimas sem parar.
– Você é nojento!
– Eu? Nojenta é você, Dulce. Dá pra sentir o cheiro do capacho na sua pele.
– Não exagere e nem tente se justificar... É diferente. É muito diferente!
– Me diz qual é a diferença, então! Não vejo diferença alguma! Você transa com quem quiser, e eu também. Já avisei que era tarde, Dulce. Não confio mais em você, não quero mais você.
– É mentira! – berrou.
– É a mais pura verdade! Cansei, Dulce... Cansei de você. Vá embora! Saia da minha vida. Estou falando muito sério!
Chacoalhou-se até conseguir a liberdade. Eu tinha enfraquecido depois daquela troca de gritos, por isso foi fácil para ela se afastar. Com lágrimas nos olhos, deu passos para trás que quase a levaram ao chão.
– Cretino... – murmurou, e senti tanta pena da sua expressão que quase joguei tudo para os ares e pedi desculpas. – Você não presta.
– E nem você.
– Pare de nos separar, Christopher... Pare.
Ergui os braços.
– Será possível que não tenho direito a uma escolha? Já fiz a minha, Dulce.Você me faz mal. Não vou ficar com quem não me traz nada bom.
Ela balançou a cabeça. Parecia desesperada.
– Estou mudando... Estou... Estou tentando.
– Transando com o Jaime? É esta a sua mudança? Poupe-me, Dulce. Não consigo olhar para você e ver outra coisa além da decepção.
Dulce deu um passo à frente.
– É mentira.
– Não é. Só consigo imaginá-la com ele.
– Fiz o que precisava ser feito. Não me orgulho disso.
Tive que rir. Ela ainda estava brincando comigo, era a única explicação.
– Ninguém precisa dormir com ninguém. Você fez a sua escolha. Eu fiz a minha.Nossos caminhos não se cruzam sem que haja dor, Dulce. Volte para ele... O cara te ama e nunca teve problemas contigo. Eu vou continuar a ser quem sempre fui. Nunca mais mudo por ninguém.
– Eu não queria que mudasse por mim. Me apaixonei pelo Christopher orgulhoso e mesquinho. Pelo divertido e sarcástico. Me apaixonei pelo cara que me enchia o saco todos os dias.
– Já chega, Dulce. Chega. Que tipo de paixão é a que você sente? Desde que descobri a que eu sinto tento fazer tudo para ficar contigo... Em vão. Todos os meus esforços foram em vão. Estou cansado.
– As coisas mudaram agora – choramingou, dando mais passos para frente.
Afastei-me, abrindo a porta do meu carro.
– Você não entende?
– Só entendo que eu sou bem melhor sem você – fui taxativo. Senti o meu corpo se transformando em migalhas, pequenos pedaços de nada. – Se gosta de mim de verdade, Dulce... Se realmente se importa comigo... Afaste-se.
Ela deu três passos para trás. Enxugou algumas lágrimas e aquiesceu.
Entrei no carro lentamente, pois o meu corpo parecia ter sido levado por um tsunami ou algo assim. Tudo doía. Absolutamente tudo. Quando decidi olhar pelo retrovisor Dulce não estava mais lá.
Juro que nunca tinha me sentido tão só em toda a minha vida.
Deixei o meu rosto afundar no volante e, indo de encontro a todas as minhas promessas, chorei em silêncio. Chorei por ela.
Autor(a): unavondy
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Capítulo 148 - Dulce Maria Eu só rezava para o maiô não entrar na minha bu/nda. Só isso. Diante de tanta gente barulhenta, um solo profissional, flashes e câmeras miradas em mim e a Kátia em algum lugar próximo me dizendo para fazer o meu melhor, eu realmente só rezava para que o maiô purpurinado n&a ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 484
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T ♛ Postado em 04/11/2016 - 21:44:33
Amore, a Mila Wander odeia que adaptem os livros dela, mas ainda sim acontece e isso acho que está díficil de evitar, ams coloque os créditos da história ok? Fica feio parecendo que você está plagiando sabe? E plágio é crime, e vc não é nenhuma criminosa certo? https://www.skoob.com.br/dominados-371904ed419781.html
recuerdosvondy Postado em 13/01/2022 - 19:39:54
MDS que coisa chata, deixa a menina adaptar a FANFIC. Fica com essa pikuinha
Tia_Olaf Grey♥ Postado em 18/02/2018 - 22:32:10
Ai mds odeio isso, quando a pessoa resposta a história da escritora original e nem créditos dá ;-; isso sim é plágio
garotama2 Postado em 28/04/2017 - 02:30:43
Legal, ninguém perguntou
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Azevedos2 Postado em 24/07/2016 - 00:02:27
Com certeza perdoamos!!! É totalmente compreensível.. Sinto muito pela perda de seu amigo, sei como é doloroso perder alguém que é tão importante para nós. Um beijo enorme e eu com certeza vou ler a próxima fic que vc posta.
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stellabarcelos Postado em 22/07/2016 - 23:47:52
Tudo bem linda! Lamento pelo seu amigo e desejo que Deus conforte o seu coração! Beijinhos
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natty_bell Postado em 22/07/2016 - 18:22:15
GENTE SCRRRRR COMO ASSIM??? Dsclp mais não da de te perdoar por abandona assim... cara essa era minha fic fav <3 Mas é aquele ditado né... Eu sei como é perder uma pessoa e tal e eu espero de verdade que VC esteja recuperada... agora é so esperar a outra vim né...
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min_vidal2003 Postado em 22/07/2016 - 18:18:04
Noooossa, te entendo perfeitamente e sei como é ruim perder um amigo, falo por experiencia própria pois já passei por isso !!!! Amo essa fic de paixao, pois foi a primeira q li quando me inscrevi no site <3 Bj e já estou esperando a outra !!!
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💙MariVondy💙 Postado em 22/07/2016 - 17:55:08
Que Triste. Eu Realmente Amei Essa Fic Rs'. Se Isso Te Tranquiliza, Eu Não Te Odiei Rs'. Essa é a Terceira Vez Que Vou Falar Isso Aqui, Eu Já Perdi Uma Amiga Sei Como Dói, Sei o Quando é Ruim Não Poder Matar a Saudade Dessa Pessoa Pq Ela Não Volta Mais.. Espero Que Vc Esteja Bem. Esperando Sua Nova Fanfic <3.
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❤Queen❤ Postado em 15/07/2016 - 13:21:15
CADÊ VOCê MULHER?TO LOUCA PELA 2 TEMPORADA.........VOLTA LOGO!
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natty_bell Postado em 18/05/2016 - 22:52:05
GENTE CADE A DONA DAQUI??? Agora que o Pablo voltou a gente não vai ter continuação?? Choremos :'(
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HellenCristyn Postado em 17/05/2016 - 07:38:45
Você nos abandonou??? Volte por favor...
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talila Postado em 11/05/2016 - 19:50:50
Pouxaaa!!!! PQ parar?...........:´(