Fanfics Brasil - Capítulo 151 Dominados - Vondy

Fanfic: Dominados - Vondy | Tema: Hot,Vondy


Capítulo: Capítulo 151

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Capítulo 151 - Dulce Maria


 


O domingo me trouxe mais um desafio a ser travado. Foi o dia que separei para fazer o que ainda precisava ser feito, começando com um problema chato: o maldito cafajeste do Sebastian Rulli. Resolvi dirigir novamente, fazendo a Angel me guiar até a casa do infeliz. Não fiquei surpresa quando paramos de frente a um prédio luxuosíssimo.


Ainda bem que eu tinha escolhido roupas elegantes. Obriguei a Angel a se vestir super bem também. Não queria que pensassem que estávamos ali pedindo dinheiro ou algo assim.


O porteiro não encrencou conosco, muito pelo contrário, foi gentil até demais. É disso que estou falando, roupas são superestimadas por essa sociedade hipócrita de merda. Só faço parte dela porque não tem outro jeito, mas ainda tenho vontade de sumir para algum lugar bem distante de tudo. Identifiquei-me como Doutora Dulce Maria, alegando que tinha um assunto muito importante a tratar.


Depois de alguns minutos aguardando autorização dos donos da casa, o porteiro nos pediu para subir. Vou te dizer, até o elevador era chique. Muito diferente do da CMG, e olha que o de lá era bem bacana mesmo. Angel reparava em tudo com os olhos esbugalhados, estava encantada até com o chão reluzente encerado com algum produto cheiroso.


– Não faça essa cara de pobre, pelo amor de Deus. Também não fale que vocês iam fugir. Aliás, não fale nada. Deixa que eu resolvo.


– Ok, mamãe – ela falou aquilo ironicamente, mas mesmo assim eu curti.


– Você nunca esteve aqui, certo?


– Não...


Assenti. Foi o que imaginei. O otário não teria coragem de apresentar Angel aos pais. Ela é tão estúpida que sequer havia reparado nos sinais evidentes diante de si: aquele imbecil só queria diversão.


Oscar, o pai do Sebastian, estava de saída, mas pedi para que ficasse por mais alguns minutinhos. A mãe, que se chamava Nadir, nos olhou com carinha de nojo,toda desconfiada. Tinha jeito de perua: loira, maquiada logo pela manhã, unhas longas e esmalte vermelho. Não fazia ideia do que nós queríamos com eles, mas mesmo assim nos guiaram até uma sala de estar ampla. Sentamos em sofás tão macios que quase dormi ali mesmo.


– Vocês querem beber alguma coisa? Suco, café, refrigerante...?


– Não, obrigada – respondi.


– Não... – Angel falou de um jeito viajado, estava muito nervosa. Segurei a sua mão e apertei, tentando lhe dar algum conforto. Sou péssima nisso, mas tinha de me acostumar a ser legal novamente. Angel dependia de mim.


– Bom... O que tenho para dizer não é fácil – decidir ser sucinta. – A minha irmã Angelique, que é praticamente a minha filha, está grávida. – Parei um pouco sópara gerar um suspense. – Do filho de vocês.


Nadir levou uma mão à boca, horrorizada. Oscar fez uma careta incrédula.


– Qual... Qual filho? – a mulher perguntou. Eu nem sabia que eles tinham mais de um.


– Sebastian. Ele sabe muito bem da situação, mas decidiu largá-la mesmo assim. – Acabei deixando um pouco clara a minha irritação. O meu timbre de voz não negou. – Não acho isso certo, e é por isso que estamos aqui. Não queremos nada além de que ele se comporte como um homem e assuma a paternidade. Não é direito uma garota cuidar de um filho sozinha.


Àquela altura Nadir já chorava. Incrível como não senti um pinguinho sequer de pena. Oscar continuou rígido, plantado no sofá sem conseguir se mexer. Por isso que levei um susto quando ouvi o seu grito:


– Sebastian! Sebastian Rulli, venha aqui na sala!


Depois de alguns segundos, ouvimos a resposta:


– Já vou!


O projeto de cafajeste ficou ainda mais branco do que já era quando nos viu ali.


Começou a gaguejar alguma coisa ininteligível, tentando explicar uma situação que já estava clara para todo mundo.


– É verdade o que esta mulher disse? A garota está grávida de um filho seu?


Dava para perceber que o Oscar estava quase batendo no Sebastian. E eu acharia ótimo.


Estava doida por um segundo round desde que vi sua cara de sonso.


– Vai saber, pai! – ele conseguiu berrar depois da série de gaguejos. – Vai saber com quem ela dormiu!


– Filho de uma... – murmurei, mas parei antes que piorasse.


Nadir fez cara feia para mim.


– Como pode dizer uma coisa dessas, Sebastian? – Angel se pôs de pé, já soluçando.


– Sabe muito bem que este filho é seu! Éramos namorados. Sempre fui fiel!


Sebastian prendeu os lábios. Ora encarava o pai, ora a Angel.


– Não sei... Não... Não coloco a minha mão no fogo.


Franguinho de merda. Queria matar aquele moleque.


– Como pode? – Angel berrou e avançou na direção dele, mas consegui segurá-la a tempo. Fiz com que voltasse a se sentar no sofá e a abracei. Ela enterrou o rosto em mim, iniciando um choro profundo, cheio de soluços.


– Fale a verdade Sebastian! – Nadir gritou com o filho. Havia caído em um chororô ruidoso que me deixava agoniada a cada segundo.


– É verdade, mãe. Eu não sei! Pode ser que sim ou que não. Essa maluca sempre quis o meu dinheiro. É uma aproveitadora.


Desta vez fui eu que me ergui. Angel quase caiu com a cara no sofá por causa da minha ausência repentina. Fui até o cretino, mesmo com o joelho fodido, e lhe segurei a gola da camisa. O pai se aproximou, mas não me segurou. A mãe só assistiu à cena.


– Ninguém aqui quer dinheiro de ninguém. Angel tem o que quer, sempre teve,pois eu sempre lhe dei. Seja um homem, maldito!


Comecei a chacoalhá-lo, e foi então que o pai se aproximou para me tocar.


Soltei um rosnado, furiosa. Não permiti o seu toque nem fod/endo. Larguei o Sebastian com força, quase não contendo a minha vontade de dar um chute bem no seu saco. Ele nunca mais faria um filho de novo.


– Vamos, Angel. Vamos embora daqui – rosnei, morrendo de ódio. Já não enxergava um palmo diante de mim. – Não quero nada dessa gentinha.


Angel ainda chorava muito, mas se levantou do sofá e veio ao meu encontro.


Abracei-lhe e encarei o Oscar. Ele estava analisando o Sebastian com muita irritação. Acho que ia fazer com ele o que eu estava doida para fazer: dar-lhe uma surra muito bem dada.


– Doutora Dulce, iremos manter contato – Oscar falou, desviando os olhos agora para nos analisar. – Aqui está o meu cartão. Se tiver qualquer dificuldade não hesite em ligar. – Entregou-me um pedaço de papel estúpido. – Iremos fazer o DNA quando a criança nascer, mas não queremos que a Angelique fique desamparada. Ajudaremos no que precisarem.


– Ninguém vai ficar desamparada. Já disse que não precisamos de nada. Nem sei se quero o nome deste nojento na certidão do meu sobrinho – dei um murro no Sebastian, só que mentalmente. Olhei-o com tanta raiva enrustida que não sei como omaldito não explodiu.


– Não fale assim do meu filho! – Nadir berrou, fuzilando-me com os olhos. Fiz o mesmo.


– Vamos ter uma conversinha séria com ele – Oscar parecia o mais centrado ali dentro. – Entramos em contato em breve. Tudo bem?


– Certo... – foi o que me restou: concordar com a palhaçada.


O encontro foi tão rápido quanto ridículo, de modo que me senti uma otária quando saí daquele prédio. Não devia ter ido tirar satisfações. Estava arrependida de procurar por aquela gente, com certeza o meu sobrinho não cresceria bem envolvida com a família do pai. Nadir era mesmo uma perua fútil que havia mimado o moleque, imagina o que faria com o neto? E o Sebastian? Seria horroroso, o filho da Angel cresceria cheio de traumas com relação ao pai. E isso já basta a Angel e eu.


– Como fui idiota! – Angel choramingou quando entrou no carro. – Caí como uma patinha na conversa dele!


– Pois é... Não queria dizer isso, mas eu avisei. Agora levante essa cabecinha e pense no bebê – falei seriamente e dei partida. Tinha outro assunto importantepara resolver. Não queria levar a Angel, mas acabei fazendo. Deixá-la em casa paradepois ir aonde eu queria só atrasaria as coisas.


Angelique soltou vários soluços.


– Acalme-se, não é o fim do mundo.


– Ninguém vai me querer! Ninguém quer uma mulher que é mãe solteira!


Bufei.


– Em que século você vive, Angelique? – Ela deu de ombros. – Claro que vai. Só que não quero que pense nisso agora. Uma coisa de cada vez, precisa se dedicar ao seu filho.


– Não quero... Não sei se quero ter um filho. Não vai dar certo – berrou como uma criancinha, entre lágrimas.


Puta merda, hein? Angel era infantil demais. Precisava crescer muito ainda, e aquele filho com certeza lhe traria a maturidade.


– Cale a boca – foi o que consegui dizer. Estava indignada, pela milésima vez em minha vida, com o fato de não poder estar grávida. Daria qualquer coisa para ter aquele bebê no lugar dela.


– Falo sério, Dulce... Muito sério.


Olhei-a, aproveitando um sinal fechado.


– Eu também. Cale essa maldita boca antes que fale mais besteira. Você vai ter este filho sim. Seja uma mulher, assuma a responsabilidade. Reclama do Sebastian, mas está fazendo a mesma coisa que ele, sendo uma imbecil, uma fraca que não assume o que faz.


Ela aquiesceu, finalmente compreendendo o que eu queria dizer. Ficou quieta e, depois de alguns minutos, parou de chorar. Deixei-a no carro quando cheguei ao meu destino, pois não pretendia demorar muito. Peguei tudo o que eu queria em menos de dez minutos, e só assim retomamos o caminho de volta para casa. Estava gostando de ter a liberdade de dirigir. Não precisei de nada além da ausência de medo. Não sentia mais medo de ter um ataque, e, portanto, faria coisas que pensei que nunca mais conseguiria fazer de novo. Nem mesmo o meu novo joelho bichado havia me impedido de sair de casa.


– A gente devia almoçar fora – Angel soltou a proposta. – Estou com tanta fome, mas é uma fome de coisa gostosa. Nada daquela comida saudável que temos em casa...


– Mas você precisa dela.


– Também preciso de algo gorduroso.


– Já comeu pizza ontem.


– Eu sei. Affe, está bem – revirou os olhos e ligou o som.


No último instante, decidi pegar outro caminho. O cruzamento estava bem diante de mim, e só precisei me permitir, dar a mim mesma e a Angel uma oportunidade. Ela estranhou muito quando chegamos muito perto da antiga comunidade onde morávamos.


– Lembro-me deste lugar... Por que não me é estranho?


– Porque nascemos aqui. É o nosso lugar.


– Uau! – Angel riu e me olhou de um jeito esquisito. – O que vamos fazer aqui?


– Podemos ir a qualquer restaurante do mundo, mas nenhum tem uma comida tão boa quanto o mini-bistrô da Dona Betinha. – Sorri. – Nem sei se ainda existe,mas vale a pena tentar.


Angel ficou muito feliz. E eu fiquei mais feliz ainda quando percebi que o bistrô havia se transformado em um restaurante relativamente grande. Ainda estava no mesmo lugar, incrível. Estacionamos o carro na frente da pracinha onde eu costumava levar a Angel. Tudo por ali era simples: as casas, as ruas, os estabelecimentos... Tudo. Era um bairro composto por gente humilde, cheia de dificuldades. O sentimento nostálgico não me deixou nem por um segundo.


 



Não vai dar pra responder os comentarios,mas uma pergunta me chamou atenção,sobre a nova fanfic só falarei uma coisa: EU QUERO ESSE CHRISTOPHER PRA MIM <3333333


 




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Autor(a): unavondy

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Capítulo 152 - Dulce Maria   Dona Betinha ainda estava viva e fazendo os seus quitutes como ninguém. Ela não se lembrou de mim quando foi nos cumprimentar,fazia questão de cumprimentar os clientes desde sempre, mas não me importei. Eu me lembrava dela, e isso já é mais do que o suficiente. Depois de um almoç ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 484



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  • T ♛ Postado em 04/11/2016 - 21:44:33

    Amore, a Mila Wander odeia que adaptem os livros dela, mas ainda sim acontece e isso acho que está díficil de evitar, ams coloque os créditos da história ok? Fica feio parecendo que você está plagiando sabe? E plágio é crime, e vc não é nenhuma criminosa certo? https://www.skoob.com.br/dominados-371904ed419781.html

    • recuerdosvondy Postado em 13/01/2022 - 19:39:54

      MDS que coisa chata, deixa a menina adaptar a FANFIC. Fica com essa pikuinha

    • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 18/02/2018 - 22:32:10

      Ai mds odeio isso, quando a pessoa resposta a história da escritora original e nem créditos dá ;-; isso sim é plágio

    • garotama2 Postado em 28/04/2017 - 02:30:43

      Legal, ninguém perguntou

  • Azevedos2 Postado em 24/07/2016 - 00:02:27

    Com certeza perdoamos!!! É totalmente compreensível.. Sinto muito pela perda de seu amigo, sei como é doloroso perder alguém que é tão importante para nós. Um beijo enorme e eu com certeza vou ler a próxima fic que vc posta.

  • stellabarcelos Postado em 22/07/2016 - 23:47:52

    Tudo bem linda! Lamento pelo seu amigo e desejo que Deus conforte o seu coração! Beijinhos

  • natty_bell Postado em 22/07/2016 - 18:22:15

    GENTE SCRRRRR COMO ASSIM??? Dsclp mais não da de te perdoar por abandona assim... cara essa era minha fic fav <3 Mas é aquele ditado né... Eu sei como é perder uma pessoa e tal e eu espero de verdade que VC esteja recuperada... agora é so esperar a outra vim né...

  • min_vidal2003 Postado em 22/07/2016 - 18:18:04

    Noooossa, te entendo perfeitamente e sei como é ruim perder um amigo, falo por experiencia própria pois já passei por isso !!!! Amo essa fic de paixao, pois foi a primeira q li quando me inscrevi no site <3 Bj e já estou esperando a outra !!!

  • 💙MariVondy💙 Postado em 22/07/2016 - 17:55:08

    Que Triste. Eu Realmente Amei Essa Fic Rs'. Se Isso Te Tranquiliza, Eu Não Te Odiei Rs'. Essa é a Terceira Vez Que Vou Falar Isso Aqui, Eu Já Perdi Uma Amiga Sei Como Dói, Sei o Quando é Ruim Não Poder Matar a Saudade Dessa Pessoa Pq Ela Não Volta Mais.. Espero Que Vc Esteja Bem. Esperando Sua Nova Fanfic <3.

  • ❤Queen❤ Postado em 15/07/2016 - 13:21:15

    CADÊ VOCê MULHER?TO LOUCA PELA 2 TEMPORADA.........VOLTA LOGO!

  • natty_bell Postado em 18/05/2016 - 22:52:05

    GENTE CADE A DONA DAQUI??? Agora que o Pablo voltou a gente não vai ter continuação?? Choremos :'(

  • HellenCristyn Postado em 17/05/2016 - 07:38:45

    Você nos abandonou??? Volte por favor...

  • talila Postado em 11/05/2016 - 19:50:50

    Pouxaaa!!!! PQ parar?...........:´(


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