Fanfics Brasil - Maratona [3/7] Dominados - Vondy

Fanfic: Dominados - Vondy | Tema: Hot,Vondy


Capítulo: Maratona [3/7]

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Capítulo 91 - Christopher Uckermann


 


Dulce não se cansa nunca! Ela não cansa de discutir comigo, de dar uma de durona, de demonstrar o quanto é inteligente e de foder cada vez mais gostoso. O domingo passou de um jeito que, sinceramente, nem percebi. Mesmo não tendo absolutamente nada mais interessante para fazer além de sexo. Não tínhamos noção alguma da hora, mas vimos que já tinha escurecido através da pequena janela do banheiro.


Aquela mulher era uma companhia muito esquisita. Reclamou do meu gosto musical enquanto escolhíamos alguns CDs para ouvirmos, reclamou que estava de dieta toda vez que eu tirava algum chocolate ou qualquer coisa gordurosa de dentro das sacolas,mas ela comeu mesmo assim!, reclamou da maldita gaveta mais umas cem vezes e também do fato de eu estar querendo me meter na sua vida. Em contrapartida, não negou nem uma das vezes em que a procurei para transar,escutou todas as coisas que desabafei sobre a minha família, inclusive sobre o Christian,até prometeu que ia me ajudar a lidar com ele, claro, não sem antes ter me chamado de machista dos infernos e homofóbico e encontrou um novo jeito de ficar assanhando os meus cabelos quando nos deitávamos, exaustos, depois de mais uma sessão de sexo louco.


E era isso o que Dulce estava fazendo naquele momento, enquanto eu tentava ganhar a sua confiança contando cada minúcia da minha história. Percebi que a única maneira de conquistá-la era oferecendo a minha própria. Seria uma troca.


Precisava confiar nela para que confiasse em mim. E então as coisas se tornariam mais fáceis para ambos os lados.


– Quer dizer que você amou mesmo a va/dia? – resmungou depois que lhe contei sobre a minha ex-namorada, a que o Marcos fez questão de me roubar.


A história toda foi meio sinistra. Quando gosto de alguém ou de alguma coisa sou muito possessivo, mas quando amo... Admito que posso ser destruidor. Havia destruído a minha relação com a ex por causa do ciúme excessivo e do domínio constante que exercia sobre a vida dela em todos os sentidos. O meu orgulho não admitia que cada respiração que ela desse não fosse especialmente para mim. Claro que se sentiu sufocada, e então me deixou. Em um belo dia, suas coisas não estavam mais no meu armário e não atendia às minhas ligações. Não a procurei mais por puro orgulho. Dois meses depois o Marcos apareceu com a filha da mãe.


– Sim. Eu não funciono direito gostando de alguém, Dulce. Por isso que evito ao máximo. Sou muito egoísta, não consigo não estar sempre no topo, sempre no comando. É a minha personalidade.


Ela apertou o meu couro cabeludo. Senti um arrepio delicioso. Estava exausto e com o p/au doendo de tanto sexo, mas mesmo assim senti novas vontades.


Suspirei. Aprumei o meu corpo entre as suas pernas. Estávamos na cama, e Dulce sentada apoiada em vários travesseiros. Eu permaneci deitado, com a cabeça sobre a barriga dela.


Parecia um garoto sendo consolado, mas eu tinha um objetivo. Queria fazer o mesmo com ela mais tarde. Sabia que valeria a pena. Quando Dulce finalmente me contasse sobre os seus traumas, teria certeza de que os meus planos deram certo.


Compreenderia que cada esforço não havia sido em vão.


– Fez bem em desistir do amor. É uma merda, a maior perda de tempo.


Fiz uma careta diante do seu conselho. Ou consolo, sei lá o que foi aquilo. Só sei que nenhuma pessoa normal me diria algo assim. O mundo inteiro mantém uma esperança romantizada, e sei que muita gente me aconselharia a não desistir de encontrar alguém bacana, a continuar tentando.


– Pois é... – sorri de leve. Não ia adiantar discutir sobre sentimentos com ela.


Até porque eu mesmo não me agrado em tal assunto.


Mesmo assim, foi estranho ouvir tanta falta de fé saindo de sua boca. A gente espera que as pessoas te digam o que é certo. Por exemplo, sei que o certo era estar procurando alguém para amar, e acho que preferia que ela tivesse me dito para manter a esperança. Nem eu mesmo consegui entender o que tanto havia me decepcionado nas palavras da Dulce. Minha mente ficou bem confusa.


Ouvi um suspiro prolongado.


– Já amei uma vez – Dulce disse com a voz insatisfeita e rígida.


Sorri de novo. Havia chegado a hora de colher o fruto. Finalmente! Precisei me controlar muito para ficar na mesma posição. Achei que qualquer movimento bruto fosse fazê-la desistir de me contar, por isso cheguei até a prender a respiração.


– O que aconteceu? – perguntei baixinho, com medo que recuasse.


– Me apaixonei por um cara como você.


Mordi o meu lábio inferior. Esperei que continuasse, mas o silêncio que invadiu o quarto se manteve constante durante muito tempo.


– Ele era o seu dom – podia ter feito uma pergunta, mas resolvi simplesmente afirmar. Cheguei sozinho àquela conclusão há algum tempo.


– Era.


Caraca! Difícil demais imaginar Dulce como uma submissa. Não consigo nem pensar nisso, parece algo impossível de acontecer. Minha cabeça deu um nó, e me senti nervoso nem sei por qual motivo.


– Ele também exagerou – continuei com as minhas afirmações.


Dulce sorriu com desdém.


– Exagerou? Não sei te dizer... Talvez ele tenha exagerado em me proibir de fazer tudo, inclusive de terminar a minha faculdade. Exagerou quando ordenou que ficasse em sua casa vinte e quatro horas por dia, esperando pela sua boa vontade.Exagerou quando descobriu que continuei estudando às escondidas. E depois exagerou quando não aceitou o fim do relacionamento! O auge do exagero deve ter sido me sequestrar e torturar até a morte! – ela bem que começou calma, mas o desespero foi tomando forma até começar a chorar copiosamente. Eu realmente não consegui sequer me mexer, juro. – Porque eu morri,Ucker. Morri e, de alguma forma, continuo viva.


Continuei sem sair do lugar. Dulce ainda chorou muito, mas foi se acalmando aos pouquinhos. Estava morrendo de medo de deixá-la desesperada, de fazer ou falar alguma besteira que fizesse com que fosse embora. Cada soluço dolorido que soltava foi como se uma facada cruzasse a boca do meu estômago.


Qualquer um poderia julgar, mas ninguém fazia ideia do tipo de sofrimento pelo qual aquela mulher passou. Fiquei olhando para as correntes que pendiam do dossel,pensando em como eu era idiota. A minha vida, os meus carmas, sofrimentos e problemas não chegavam nem perto dos de Dulce. Tudo havia sido fácil demais para mim.


Ela ainda choramingava um pouco quando me levantei da cama. Puxei-a para mim, tomando uma decisão muito importante.


– Vamos sair daqui – propus seriamente. Sentia meu corpo inteiro pegar fogo.


Estava morrendo de raiva, um tipo de ódio que nunca experimentei antes.


– O quê? – Dulce ergueu o rosto transformado pela dor e me observou atentamente. Estava linda; completamente nua e vulnerável em cima da cama. Mas não era justo. Eu não estava sendo justo.


A quem queria enganar? Conheço-me perfeitamente, sei o que o meu ego queria com ela ali no meu quarto BDSM. Era uma armadilha. Mesmo que uma parte de mim tentasse desmentir, tentasse fingir que só estava tentando ser um cara com gostos normais, sabia bem o que estava fazendo: desarmando a fera aos poucos,fazendo-a tomar doses de tranquilizante para atacá-la sem dó.


Contudo, por mais que eu quisesse, por mais que fosse o meu desafio, o meu objetivo maior... Não podia. Não conseguia ser tão injusto assim.


– Vamos para o meu quarto, para sala... Qualquer lugar, mas vamos sair daqui agora.


Ela ficou meio desapontada.


– Temos um trato, vamos ficar aqui por quanto tempo nos for permitido. Eu estou bem, Christopher, não sinta pena de mim.


Sentei-me na cama, exausto. Dulce invadia a minha mente e bagunçava todas as ideias que lá residiam. Olhei para as suas pernas e fui subindo pelo seu sexo, barriga, seios e, por fim, olhos.


Balancei a cabeça.


– Não estou sentindo pena.


– O quê, então? – resmungou com impaciência. A Dulce perdida foi embora muito rapidamente. Nem deu tempo para me despedir dela, e a chata e grosseira já tinha dado as caras.


– Admiração – alisei a lateral do seu rosto. – Respeito. E é em nome desse respeito que peço para que estendamos o nosso trato para o resto da casa. Não quero mais ficar aqui,Dulce. Foi em um lugar como este que ele te mantinha, não?Por isso que não quis entrar?


– Já passou. Tudo já passou. Estou aqui, não estou? Eu derroto cada um dos meus medos, Christopher.


– Não precisa ser assim. Não precisa lidar com isso sozinha.


Ela passou longos segundos apenas me encarando.


– Você está sentindo pena. E me deixando decepcionada.


Senti a raiva invadir o meu corpo com força total. Por que ela nunca entendia nada? Cerrei os punhos, sentindo o sangue subir e esquentar a minha pele.


– Não estou com pena, estou com ódio! – rosnei alto. – Eu quero matar esse sujeito, Dulce. Quero destruí-lo, persegui-lo até o inferno! Por mais que eu não seja inocente, nunca teria coragem de fazer o que ele fez contigo. Posso ser egoísta, e talvez tenhamos mais em comum do que posso calcular, mas não sou como esse verme. Não suporto o fato de ele ter te destruído tanto... Te machucado tanto...


Dulce se levantou da cama, caminhando até a porta. Virou-se na minha direção e passou as mãos pelo cabelo. Estava nervosíssima.


– Não estou entendendo mais nada. Isso se trata de mim, de você ou dele?


– De todo mundo! – gritei. – Sobretudo de você. Eu quero te proteger de mim,Dulce. Isso é loucura... Mas é o que quero.


– Sei me defender! – retrucou com ar possesso.


– Eu sei que sabe! Mas a troco de quê? Para existir a defesa precisa existir o ataque, e eu não quero ser o cara que ataca.


Ela andou para trás, atônita. Parou apenas quando se encostou à porta. Apoiou a cabeça nela e soltou um suspiro. Ainda fazia uma expressão incomum de surpresa.


– Está desistindo do nosso jogo? – perguntou com a voz meio rouca. – É isso?Não acredito... Não acredito que está desistindo porque tem medo de me magoar.Você deve me achar muito inferior, muito fraca, não? – endureceu a voz e olhar,simultaneamente.


Fiz que não com a cabeça, mas aquilo não convenceu ninguém.


– Acha que não estou à altura do combate. Pois bem... Vou te mostrar que... –continuou, caminhando até a parede onde vários chicotes estavam pendurados –você está... – pegou um deles – muito... enganado.


Meu corpo simplesmente congelou.


– O que vai fazer com isso? – murmurei, incapaz de acreditar no que via diante de mim.



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Autor(a): unavondy

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Capítulo 92 - Christopher Uckermann   Dulce veio desfilando na minha direção, sem tirar os olhos dos meus. Duas luzes exalavam desejo e poder, uma combinação bombástica que acabou me atingindo em cheio. Resfoleguei, abrindo os olhos ao máximo. Onde estava a mulher indefesa de um minuto atrás? Onde, pelo amo ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 484



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  • T ♛ Postado em 04/11/2016 - 21:44:33

    Amore, a Mila Wander odeia que adaptem os livros dela, mas ainda sim acontece e isso acho que está díficil de evitar, ams coloque os créditos da história ok? Fica feio parecendo que você está plagiando sabe? E plágio é crime, e vc não é nenhuma criminosa certo? https://www.skoob.com.br/dominados-371904ed419781.html

    • recuerdosvondy Postado em 13/01/2022 - 19:39:54

      MDS que coisa chata, deixa a menina adaptar a FANFIC. Fica com essa pikuinha

    • Tia_Olaf Grey♥ Postado em 18/02/2018 - 22:32:10

      Ai mds odeio isso, quando a pessoa resposta a história da escritora original e nem créditos dá ;-; isso sim é plágio

    • garotama2 Postado em 28/04/2017 - 02:30:43

      Legal, ninguém perguntou

  • Azevedos2 Postado em 24/07/2016 - 00:02:27

    Com certeza perdoamos!!! É totalmente compreensível.. Sinto muito pela perda de seu amigo, sei como é doloroso perder alguém que é tão importante para nós. Um beijo enorme e eu com certeza vou ler a próxima fic que vc posta.

  • stellabarcelos Postado em 22/07/2016 - 23:47:52

    Tudo bem linda! Lamento pelo seu amigo e desejo que Deus conforte o seu coração! Beijinhos

  • natty_bell Postado em 22/07/2016 - 18:22:15

    GENTE SCRRRRR COMO ASSIM??? Dsclp mais não da de te perdoar por abandona assim... cara essa era minha fic fav <3 Mas é aquele ditado né... Eu sei como é perder uma pessoa e tal e eu espero de verdade que VC esteja recuperada... agora é so esperar a outra vim né...

  • min_vidal2003 Postado em 22/07/2016 - 18:18:04

    Noooossa, te entendo perfeitamente e sei como é ruim perder um amigo, falo por experiencia própria pois já passei por isso !!!! Amo essa fic de paixao, pois foi a primeira q li quando me inscrevi no site <3 Bj e já estou esperando a outra !!!

  • 💙MariVondy💙 Postado em 22/07/2016 - 17:55:08

    Que Triste. Eu Realmente Amei Essa Fic Rs'. Se Isso Te Tranquiliza, Eu Não Te Odiei Rs'. Essa é a Terceira Vez Que Vou Falar Isso Aqui, Eu Já Perdi Uma Amiga Sei Como Dói, Sei o Quando é Ruim Não Poder Matar a Saudade Dessa Pessoa Pq Ela Não Volta Mais.. Espero Que Vc Esteja Bem. Esperando Sua Nova Fanfic <3.

  • ❤Queen❤ Postado em 15/07/2016 - 13:21:15

    CADÊ VOCê MULHER?TO LOUCA PELA 2 TEMPORADA.........VOLTA LOGO!

  • natty_bell Postado em 18/05/2016 - 22:52:05

    GENTE CADE A DONA DAQUI??? Agora que o Pablo voltou a gente não vai ter continuação?? Choremos :'(

  • HellenCristyn Postado em 17/05/2016 - 07:38:45

    Você nos abandonou??? Volte por favor...

  • talila Postado em 11/05/2016 - 19:50:50

    Pouxaaa!!!! PQ parar?...........:´(


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