Fanfic: O Assassino || Vondy (Concluída) | Tema: Vondy ♥

Capítulo 18

Dulce andava de um lado para o outro no hospital, Christopher já havia desistido de tentar acalmá-la. O pior era que nem noticias de Anahí eles tinham. Ela sabia que precisava avisar Ester, mas não tinha como entrar em contato com ela, estranhou que Álvaro também não tivesse aparecido, mas, quando pensou melhor, viu que era o mais normal que ele não aparecesse logo. Apareceria depois fingindo surpresa, precisava dar um jeito de afastar Anahí o mais rápido possível de Álvaro, antes que alguma coisa mais grave acontecesse. O lado bom era que pelo menos Anahí não poderia acusar Christopher, pois Dulce estava com ele na hora do ataque.

Durante a madrugada, Christian apareceu, conversou com alguns médicos e depois se aproximou de Dulce e Christopher.

— Dulce, nem preciso dizer que mais uma pessoa discutiu com você e foi atacada. Você não tem mesmo ideia de quem esteja fazendo isso?

Dulce queria contar que não só tinha ideia, ela sabia quem estava fazendo aquilo, mas não podia enquanto não tivesse provas. Então apenas negou com a cabeça.

— Você recebeu mais algum bilhete? Mais alguma ameaça?

Dulce negou novamente, mas fez aquilo tão sem vontade, que Christian e Christopher a encararam. Christian bufou, parecia impaciente.

— Dulce, você precisa colaborar. Sua amiga podia ter morrido. Eu sei que você desconfia de alguém, precisa nos dizer quem é.

Ela olhou para Christopher, ele a encarava ansioso, então respondeu:

— Não vou acusar ninguém sem provas, sinto muito. — Christian assentiu e Christopher parecia em choque.

— Se não pode dizer, vou vigiar você, e se eu descobrir, vou intervir. — Falou Christian.

— Faça isso. — Respondeu Dulce, então Christian se afastou deles. Assim que Christian saiu, Christopher a segurou:

— Você desconfia de alguém? É isso que tanto esconde? Você precisa me dizer quem é Dulce.

— Eu não tenho prova alguma.

— Você é muito esperta, se desconfia de alguém é porque sabe de alguma coisa, está correndo perigo. Tem que me dizer quem é!

Dulce teve medo de Christopher por um momento, ele parecia descontrolado, mas logo percebeu que ele estava realmente preocupado.

— Sem perguntas Christopher.

— Dulce, isso não se aplica…

Antes que Christopher terminasse de falar, um vulto passou por ele e pulou em Dulce. O impacto foi tão forte que o braço dela se soltou da mão dele no mesmo instante.

Vitória estava agarrada ao pescoço dela, e um enfermeiro, quase sem ar, chegou logo atrás dela.

— Me desculpe, ela escapou. — Falou o enfermeiro para Dulce.

— Tudo bem, eu a conheço. — Respondeu Dulce, então se virou para Vitória — O que faz acordada a essa hora?

— Eu tive um pesadelo. — Respondeu ela — Com o monstro.

Dulce a abraçou.

— Está tudo bem, vai ficar tudo bem. Não precisa ter medo.

Christopher encarava as duas, não estava entendendo nada, então Vitória sorriu para ele.

— Tio, — disse a menina — o senhor já tem outro anjo. A tia Belinda está muito feliz.

Christopher abaixou a cabeça e Dulce percebeu que Vitória contava para Christopher as vezes que via Belinda, ela não falava por mal, mas sem dúvida isso o atormentava. Pensou que podia ser por isso que ele montara um altar e não gostava que Dulce mexesse nas coisas dela, achava que ela estava por perto, queria vê-la. Sentiu vontade de abraçá-lo, de confortá-lo de alguma maneira, mas se apertou mais a Vitória e se conteve.

Enquanto conversava com Vitória, percebeu a recepcionista chamar Christopher num canto, quando ele retornou, ela o olhou de uma forma que nem precisou perguntar o que tinha acontecido, Christopher logo explicou:

— Não é nada demais, é só o Álvaro que está vindo para cá. — Rapidamente Dulce se soltou de Vitória e a olhou com ternura.

— Querida, é melhor você ir agora.

A menina assentiu e se despediu dela e de Christopher, indo com o enfermeiro. Christopher encarou Dulce, ela sabia que ele tinha mil perguntas para fazer:

— Por que a mandou sair? Alguma coisa a ver com o Álvaro?

De fato Dulce não queria que Vitória visse Álvaro, não sabia o que isso causaria a mente dela naquele momento. De qualquer forma, não precisava que a menina o reconhecesse e o acusasse antes de ela ter qualquer prova contra ele, por mais injusto que fosse, Poncho estava certo e ninguém acreditaria na palavra dela, nem mesmo Christopher.

— Está tarde para ela estar acordada. — Falou fugindo de responder exatamente o que Christopher perguntara.

— E desde quando você a conhece?

— Isso está incluído na parte em que você não pode me fazer perguntas.

— Eu não gosto desses segredos entre nós. — Reclamou ele.

— Eu não gosto do seu amigo, mas tenho que conviver com ele assim mesmo.

Christopher até pensou em defender Álvaro, não entendia de onde Dulce tirara essa birra dele, mas não o fez. Dulce era encantadora e era o tipo de mulher por quem Álvaro se apaixonaria. Era melhor para Christopher que ela realmente não gostasse dele. Logo, a conversa pendente com Dulce veio a sua cabeça:

— Por que estava perguntando pelo Álvaro poucos dias antes de ele chegar?

— Já disse, achei um papel com o nome dele no quarto da Belinda. — Respondeu.

— E por acaso ele não seria a pessoa de quem você está desconfiada, não é? — Dulce deu de ombros.

— E por que seria ele?

Christopher pensou por um momento, ela não afirmara, mas também não negara, típico de Dulce fazer mistério quando não queria que alguém descobrisse o que ela não estava disposta a revelar.

— Não tem base para desconfiar dele. Mas por que ainda acho que desconfia?

Antes de Dulce responder, ouviram a voz de Álvaro na recepção, então ela apontou o dedo indicando que o assunto acabara de chegar e se afastou de Christopher, era melhor não ver Álvaro naquele momento.

Quando o dia estava quase amanhecendo, Dulce estava recostada em uma cadeira da sala de espera lutando para manter os olhos abertos, foi então que Álvaro se aproximou dela.

— Não acredito que isso tenha acontecido com ela! — Falou ele num tom tão falso, que Dulce chegou a sentir náuseas.

Chritopher se aproximou dos dois e se sentou do outro lado dela, recostando a cabeça dela no ombro dele.

— Eu sinto muito, sei que ela é sua melhor amiga. — Falou Álvaro colocando a mão sobre as de Dulce, que estavam em seu colo.