Fanfic: O Assassino || Vondy (Concluída) | Tema: Vondy ♥

— Você retribuiu querida, fez o Christopher me salvar primeiro. — Ao perceber as lágrimas que brotavam no rosto de Dulce, Lucena segurou forte a mão dela. — O importante é que estamos bem, não foi nada mais grave. Cabelo cresce de novo e a pele não é nada que umas boas blusas de frio e luvas não escondam. O importante é que você quase não teve queimaduras, essas aí vão sumir rapidinho.

Dulce abraçou Lucena com cuidado para não machucar onde estava enfaixado. Foi então que avistou uma movimentação pela janela. Ela se levantou rapidamente e abriu a porta. Um grupo de pessoas se aproximava do carro em que Christopher estava com pedras nas mãos, gritando que ele era incendiário.

Assim que viu Dulce, Christopher desceu do carro, e ela o abraçou, tentando protegê-lo.

— O que estão fazendo? — Gritou Lucena.

— Vamos pegar esse incendiário! — Gritou um homem do meio do grupo.

Álvaro e Anahí chegaram nesse momento e, enquanto Álvaro observou um pouco distante de Christopher a confusão, Anahí fez como Dulce e entrou na frente dele, tentando protegê-lo.

— Não foi ele! — Gritou Anahí.

Mas as pessoas gritavam que havia sido ele e que ele pagaria pelo que tinha feito. Então, quando um dos homens deu um passo na direção de Christopher com um porrete na mão, Lucena entrou na frente e segurou a mão do rapaz.

— Não foi ele! — Gritou ela. — Christopher Uckermann salvou nossas vidas. Ele arriscou a própria vida para nos tirar de lá. Ele deveria estar sendo homenageado agora e não ameaçado! Christopher Uckermann foi o nosso herói! Se não fosse por ele estaríamos mortas, Dulce e eu.

Dulce só não ficou mais surpresa com a reação de Lucena do que o próprio Christopher. Ele encarava Lucena como se não acreditasse no que ela estava dizendo. Quando desviou o olhar dele, Dulce percebeu outra pessoa que encarava Lucena com um enorme desgosto nos olhos, Álvaro. Ele também não estava nada feliz que ela o defendesse depois de tantos anos.

Lucena os conduziu de volta para dentro de sua casa, e convidou Christopher a entrar. A opinião dela sobre o incêndio valia muito para os moradores da cidade, já que ela era respeitada e principalmente, a mãe de Belinda. Se ela defendia o possível assassino da filha, ele devia mesmo ser inocente. Christopher se sentou meio desajeitado ao lado de Dulce, mas Lucena se aproximou dele emocionada.

— Filho. Perdoa-me por todos esses anos em que te acusei da morte da minha filha. Eu sempre soube que você nunca faria nenhum mal a ela, mas a dor me fez querer por a culpa em alguém e acabou sendo você. No fundo eu culpei você por não ter cuidado dela, mas sei que você fez tudo o que pôde. Minha filha amava você e era muito feliz ao seu lado, Christopher. Eu nunca devia ter acusado você nem ter te punido como eu fiz.

Christopher se levantou também emocionado e abraçou Lucena.

— Me perdoa. — Pediu Lucena novamente.

— Está tudo bem. Não sabe como fico feliz que tenha me perdoado. — Falou ele.

— Você não tem que ser perdoado filho, você não é culpado, eu sei que não é. — Então ela olhou para Dulce. — Menina, me desculpa por não ter acreditado em você também, você me deu várias provas que ele era inocente, mas eu não queria acreditar. Eu sei que você está investigando o que aconteceu a Belinda, e eu quero que saiba que pode contar comigo. Eu quero ajudar você a provar a inocência do Christopher, eu quero que o verdadeiro assassino da minha filha pague pelo que fez.

Dulce não podia estar mais feliz, ter a ajuda de Lucena defendendo a inocência de Christopher deixava tudo muito mais fácil. Era mais fácil que as pessoas acreditassem nele, que ele mesmo acreditasse em sua inocência. Só não contaria a ela o que tinha descoberto, o verdadeiro assassino de Belinda era mais perigoso do que ela havia imaginado e Lucena não podia se arriscar novamente.

Falando do assassino, Dulce lembrou-se de Álvaro, olhou em volta, mas ele não havia entrado com eles na casa de Lucena, devia ter ficado realmente irritado.

Anahí que parecia nem reparar que Álvaro havia sumido, se aproximou de Dulce e a abraçou.

— Que bom que está bem! Eu achei que você não fosse... — Anahí parou de falar, emocionada.

— Tudo bem Any. Está tudo bem agora. — Anahí tocou o nó no cabelo dela.

— Seu cabelo amiga, vamos dar um jeito nisso. — Ela arrastou Dulce para o banheiro de Lucena e pediu a ela uma tesoura.

Então soltou o cabelo de Dulce, que pôde ver as pontas totalmente queimadas. Anahí teria que cortar pelo menos dois palmos para conseguir tirar tudo. Dulce sentiu as lágrimas escorrerem quando Anahí aproximou a tesoura do cabelo dela.

— Calma Dulce. Sai seu lindo cabelo comprido para entrar um lindo cabelo moderno.

Anahí tirou toda ponta queimada, mas repicou o cabelo de Dulce na frente, de forma que ela pareceu mais jovem, seu cabelo ainda estava comprido, não como antes, mas gostou do resultado. Aproveitou a situação para puxar o assunto incêndio com Anahí:

— Any, aquele dia, no galpão, você fixou os olhos em alguma coisa antes do incêndio. O que você viu? — Dulce percebeu que Anahí parecia tensa.

— Nada. Não quero falar disso agora, Dul.

Dulce assentiu e não insistiu mais, mas sabia que ela estava escondendo alguma coisa.

Christopher olhou para Dulce com o corte novo e ficou sem palavras, ela percebeu que ele a olhou por um bom tempo, mas não dava para saber se ele tinha aprovado. De qualquer forma, não era como se Dulce tivesse escolha a não ser aceitar o corte no cabelo. Assim que Dulce se aproximou de Christopher, ele sussurrou no ouvido dela:

— Você está linda! Parece uma menina!

— E isso é um problema? — Perguntou ela temendo pelo fato de ele já a achar nova demais para ele.

— Problema nenhum. — Respondeu ele.

Quando saíram da casa de Lucena, antes que Dulce entrasse no carro, foi abordada por Poncho, que se aproximou dela com uma rosa na mão. Ele nem olhou para Christopher que estava perto de Dulce.

— Que bom que está bem, Dulce. — Falou ele entregando a ela a rosa.

— Obrigada.

— Se precisar de alguma coisa é só falar.

Dulce assentiu e ele já ia saindo, mas ela foi atrás dele se afastando um pouco de Christopher.

— Na verdade, eu preciso que me ajude com uma coisa. — Pediu ela.

— O que você quiser.

— Preciso que me diga quem mandou você me entregar aquela carta. — Poncho negou com a cabeça.

— Pode me pedir qualquer outra coisa, menos isso.

— Por favor, Poncho.

— Não posso falar. Eu prometi! E a pessoa deixou bem claro que se eu falar qualquer coisa ela pode se machucar, então não vou falar.

— Você leu aquela carta?

— Não, a pessoa me pediu que não lesse, para não me arriscar também. Olha Dulce, eu não sei em que vocês estão metidos, mas não posso ajudar. Sinto muito. — Dizendo isso ele se afastou de Dulce. Ela voltou para o carro e foi para o castelo com Christopher, que ficou fazendo pirraça por ela ter corrido atrás de Poncho.