Fanfic: O Assassino || Vondy (Concluída) | Tema: Vondy ♥

Dulce sentiu seu peito gelar, pela forma como ele falava, era difícil distinguir se ele era louco, ou frio. Mas sabia que podia esperar qualquer coisa dele àquela altura, ele estava ficando sem saída, o circo estava se fechando, ele agiria dali para frente com menos controle e inteligência e mais por instinto.

Ela soltou-se dele novamente e o olhou com todo desprezo possível, então disse:

— Eu prefiro morrer a precisar ser salva por você.

Álvaro se aproximou dela com agressividade, mas uma voz o interrompeu:

— Ou, o que está havendo aqui Dulce? — Dulce e Álvaro encararam Maite. — Você está bem? — Perguntou ela a amiga.

— Sim, vamos embora.

Quando Dulce puxou Maite pelo braço, Álvaro a puxou para perto dele.

— Calma Dulce, não apresenta as amigas? Eu sou Álvaro, é um prazer conhecer você. — Álvaro tocou a mão de Maite, que no mesmo instante sentiu-se arrepiar.

Ela se soltou dele, parecia assustada. Anahí chegou à porta para ver o que estava acontecendo e encarou Maite e sua expressão sem entender nada.

— O que foi Maite? — Perguntou Dulce preocupada.

— Foi ele Dulce. Ele é o verdadeiro assassino.

— Do que ela está falando? — Perguntou Anahí.

— Vem comigo May. — Dulce afastou a amiga de Álvaro aos poucos, mas ela estava gelada e Dulce quase podia ouvir seu coração acelerado.

Quando as duas estavam a alguma distância da casa de Anahí, Maite comentou assustada:

— A aura dele Dulce é de um demônio. Ele não tem sentimentos, não tem nada bom é negro como... — Maite parecia procurar a palavra que descrevesse o que sentira ao tocar em Álvaro — É como a morte.

Christopher encarou as duas, mas Dulce logo explicou:

— Ela sempre teve essa sensibilidade com o caráter das pessoas e ela raramente erra.

Após Maite se acalmar, e avisarem Christian sobre Álvaro, eles foram para o castelo, onde ela ficou fascinada pela beleza e riqueza de detalhes. Fascinação essa, que passou assim que pediu para carregar o celular e descobriu que o castelo não tinha energia.

— Como não tem energia? O único lugar na cidade que tem uma boa recepção e não tem energia! — Ela encarou Christopher com uma expressão zangada. — Que você tenha se trancado para sofrer sozinho por anos e precisou cortar a energia para ninguém desconfiar, eu entendo. Mas por que ainda não ligou de volta? Você tem noção de como a Dulce é dependente de energia? Não se engane com essa cara de simples dela.

Christopher ria enquanto Dulce tentava acalmar Maite.

Logo Poncho chegou e Dulce contou a eles toda a história, e com a ajuda de velas, eles conseguiram ler as cartas que Dulce encontrara. Ela decidiu não mostrar o diário, não queria que a privacidade de Belinda fosse tão dividida. Achou graça, há algum tempo atrás tudo o que mais queria era desvendar a privacidade de Belinda, agora era ela quem tentava protegê-la.

Poncho e Maite conversaram um pouco com eles, mas à noite foram embora, Dulce se preocupou que Maite fosse sozinha, mas Poncho prometeu deixá-la na porta da pensão.

De madrugada, Dulce e Christopher já estavam dormindo, quando ouviram chamar no portão. Algumas pessoas gritavam por Dulce e batiam palmas. Eles se levantaram sobressaltados e enquanto Dulce se vestia, Christopher desceu na frente e foi ver o que havia acontecido.

Dulce lembrou-se da última vez em que precisou ir ao portão à noite com Christopher, foi quando Anahí fora atacada. Algo dentro dela sabia que não podia ser notícia boa.

Desceu ainda terminando de abotoar o sobretudo que jogara por cima da camisola e ouviu apenas o final de alguma coisa que Christopher estava falando com Fred, o filho da dona da pensão.

— Vou buscá-la imediatamente, ela ficará aqui conosco.

— O que aconteceu? — Perguntou aproximando-se deles.

Christopher passou os braços em volta da cintura dela e falou com todo cuidado possível.

— Parece que a Maite foi perseguida, mas ela está bem, não chegou a se machucar. Eu vou buscá-la.

— Eu vou com você.

— Não precisa amor. Fica aqui e prepara um quarto para ela ficar.

Dulce queria discutir, mas Christopher a beijou e a afastou para o lado de dentro do portão, trancando-o por fora.

— Para garantir que ninguém vai entrar. Você sabe onde tem outra chave. — Falou ele. Dulce assentiu e Christopher saiu com os dois garotos que haviam ido buscar ajuda.

Dulce andava de um lado para o outro e nada. Por que eles estavam demorando tanto? Será que Maite havia se machucado e Christopher só não queria que Dulce saísse feito louca atrás dela?

Quando não aguentava mais de preocupação, jogou novamente o roupão por cima da camisola e se preparou para sair, mas quando abriu a porta, avistou Christopher e Maite entrando pelo portão.

Ela correu até Maite que a abraçou, parecia assustada, mas aparentemente bem. Reparou que ela não estava machucada, então respirou aliviada. Ela a levou para dentro do castelo e esquentou uma xícara de leite, então se sentaram na sala e Maite começou a contar:

— O Poncho me deixou na porta da pensão, eu fiquei olhando ele sair até que ele virou a esquina, e Dulce, eu juro que não sei de onde ele surgiu, mas quando me virei ele estava parado na porta da pensão com um capuz preto e um machado nas mãos.

— Eu sei bem como é. — Falou Dulce.

— A minha primeira reação foi correr, então ele correu atrás de mim, mas eu gritei e acabei acordando algumas pessoas. Uns caras o viram atrás de mim e correram atrás dele, mas ele desapareceu. — Então Maite segurou a mão de Dulce. —  Eu nunca senti tanto medo na minha vida.

Dulce se sentiu culpada, a amiga só estava ali por causa dela, Álvaro só tinha ido atrás de Maite por causa dela. Como que adivinhando seus pensamentos, Christopher logo a abraçou falando:

— Não é culpa sua, amor. Não é culpa de ninguém que o Álvaro seja assim.

— Claro que não é sua culpa! — Gritou Maite — Mas passado o susto eu pensei, e acho que isso serviu para alguma coisa. Algumas pessoas o viram correndo atrás de mim, e dois garotos acordaram o Christopher aqui no castelo. Logo, não era o Christopher que estava atrás de mim, o perseguidor foi para o outro lado totalmente oposto ao castelo. Não daria tempo de você ter chegado aqui Christopher.

Dulce finalmente deu um meio sorriso.

— E isso te inocenta das acusações da minha tia de que foi você que a perseguiu. — Ela comentou.  Christopher beijou a testa dela percebendo que nem uma boa notícia apagaria o susto de Dulce pelo que acontecera a Maite.

— Eu pedi a Maite que fique aqui com a gente no castelo, para te fazer companhia, o que acha? — Perguntou ele tentando animá-la e deu certo. Dulce abriu um enorme sorriso adorando a ideia.

***

Quando Dulce acordou, não encontrou Maite. Ia se preocupar, mas Christopher a abraçou e a jogou na cama para que se acalmasse.

— Ela saiu cedo.

— Sozinha?

Volto em breve amores 💕 O que acharam desses capítulos? 👀

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