Fanfic: O Assassino || Vondy (Concluída) | Tema: Vondy ♥

Capítulo 23

Poncho correu atrás de Álvaro, mas não conseguiu alcançá-lo. Voltou para perto de Christopher, que abraçava forte Dulce, que parecia em choque.

— O que ele falou com você? Dulce! — Gritou Poncho.

— Não grite com ela! Ela precisa de um tempo. — Reclamou Christopher.

Quando Christian e Anahí se aproximaram vendo a confusão, Poncho foi logo gritando com Christian.

— Como um homem perigoso como ele, foragido, pode se aproximar de sua principal vítima desse jeito! Cadê a segurança que você prometeu?

— Fica calmo Poncho, eu estou fazendo o que posso. — Defendeu-se Christian.

— Não está fazendo o suficiente! Ele poderia tê-la matado Christian! Ele passou muito perto! — Falou Christopher tentando controlar sua raiva e não gritar para não assustar ainda mais Dulce que tremia em seus braços.

— Dulce, o que ele te disse? — Perguntou Christian, mas Dulce parecia realmente em choque — Dulce! Por favor! O que ele disse?

— Ele não a machucou. — Defendeu Anahí, mas percebendo que Dulce parecia realmente assustada, aproximou-se dela e segurou sua mão — Dulce pode falar. Eu prometo acreditar em você, o que ele te fez? Por que está tão assustada?

Dulce a encarou, precisava ter forças, ter coragem, Anahí precisava se afastar de uma vez por todas de Álvaro. E Poncho precisava ser avisado, ou não precisava? Ainda pensava o que seria melhor para ele, mas percebeu que não gostaria de ser a última a saber se a ameaçada fosse ela, era bom que Poncho tomasse mais cuidado dali em diante, até a prisão de Álvaro.

— Ele disse, que seu eu continuar procurando as cartas, algumas pessoas da cidade vão desaparecer. — Ela parou de falar e encarou Poncho — Começando por você, Poncho. Ele acha que você está perseguindo a Anahí.

Poncho engoliu em seco enquanto Anahí parecia incrédula. Ela não disse nada, apenas encarou Poncho com certa culpa e saiu correndo. Poncho queria ir atrás dela, mas não teve forças. Ele era o próximo, e sabia que dessa vez Álvaro não jogaria para machucar, ele queria parar Dulce, e assustá-la não estava resolvendo, teria que pegar mais pesado.

Dulce e Christopher esperaram que Poncho implorasse a eles que deixassem de lado a história das cartas, e Dulce até começou a tentar acalmá-lo.

— Eu não vou mais procurar as cartas Poncho. Vamos encontrar outro jeito de encurralar o Álvaro. O que não falta são crimes que ele cometeu que poderemos usar.

— Tudo bem Dulce. Se ele está atrás de mim é melhor do que estar atrás da Anahí, ou de você. Você não precisa se render às chantagens dele, se ele quer que você pare de procurar as cartas, é porque elas vão provar que ele é o verdadeiro assassino.

— Poncho eu não vou colocar você em risco…

— Ele está certo, Dulce. — Falou Christian — O que precisamos fazer é encontrar as cartas de uma vez e acabar logo com isso. Mas precisamos fazer isso sem que ele saiba.

— Isso é loucura! É claro que ele vai saber se continuarmos procurando as cartas. Elas estão com a dona Ester, ele pode tirar dela quando quiser. Nem sei por que ainda não fez isso. Não podemos brincar com ele. — Ao perceber que Christian e Poncho pareciam irredutíveis, encarou Christopher esperando que ele tivesse o mesmo ponto de vista dela, mas ele também parecia pensar como os garotos.

— Dulce, eu sei que é perigoso, mas mais perigoso é deixá-lo solto. Parar de procurar as cartas agora é fazer o que ele quer. Deixá-lo livre. Chega de contradições na sua vida, lembra? Precisamos detê-lo. Se ele não tirou as cartas da Ester é porque ele sabe que estão seguras com ela. Ele sabe que ela não vai entregá-las.

Christopher olhou para um canto e Dulce, despistadamente seguiu seu olhar.

— E não vai mesmo! — Continuou ela — Ele está ameaçando a Anahí!

— Então talvez ele não precise saber que ela nos entregou as cartas. Nós só precisamos fazer tudo direito.

— Nós não podemos Christopher! Se cometermos um erro, um erro qualquer, são três vidas que estaremos entregando a ele. Ele foi claro, ele vai matar o Poncho, a Anahí e a dona Ester se mais alguma carta aparecer e se a gente não parar agora!

Christian parecia não acreditar que Dulce fosse se acovardar depois de tanto esforço, de tanto risco. Ele a encarava incrédulo, mas ela parecia decidida a não arriscar, e o fato era que sem a ajuda dela, seria muito mais difícil encontrar as cartas.

— Eu proíbo qualquer um de vocês de sequer falar sobre essas cartas novamente! — Esbravejou ela.

Á noite, Christopher e Dulce aguardavam ansiosos na sala do castelo, que estava bem iluminada por várias velas.

— Você acha mesmo que ele não percebeu nada? — Perguntou Dulcd preocupada, como ela dissera, qualquer erro deles e três vidas seriam entregues a Álvaro.

— Claro que não! Nem mesmo o Christian e o Poncho perceberam.

Finalmente Christian e Poncho apareceram. Eles haviam combinado o mais disfarçadamente possível, mesmo assim ainda corriam o risco de Álvaro descobrir a reunião secreta, Christian botou dois policiais à paisana, próximo à casa de Anahí e dois próximos a casa de Marta, o que Dulce achou quase uma confissão de que alguma coisa estava acontecendo. Contavam com o senso de Álvaro de não aparecer próximo ao castelo após a ameaça de mais cedo. Mas Dulce sabia que não podiam contar com nada que os ajudasse vindo de Álvaro.

— Essa reunião não deveria estar acontecendo. —  Alertou Dulce.

— O que deu em você Dulce? Desde quando é tão medrosa? — Perguntou Christian com certo desapontamento na voz.

— Vocês não entenderam nada. — Respondeu ela.

Christian e Poncho estavam realmente confusos, então Maite chegou com o café que tinha preparado.

— É muito simples, o Álvaro estava por perto ouvindo a conversa. Eu o avistei e a melhor forma de despistá-lo foi fazendo-o acreditar que não vamos mais procurar as cartas por causa da Dulce. — Explicou Christopher.

Christian abriu um enorme sorriso concordando com o plano improvisado:

— Claro! Desse jeito ele passa a vigiar a Dulce e nós ficamos livres para encontrar as cartas.

— Eu não quero ficar parada enquanto vocês fazem tudo! — Reclamou Dulce.

Maite se aproximou dela com o café, mas no mesmo instante, Dulce sentiu seu estômago revirar e virou o rosto batendo a mão na xícara.

— O que foi? — Perguntou Christopher preocupado.

— Eu não comi nada o dia inteiro. Acho que estou meio fraca.

— Você precisa se alimentar Dulce. Mais um motivo para você ficar longe disso tudo. Isso tudo te afeta demais!

— Eu não vou ficar longe! Nós chegamos juntos até aqui! Vamos finalizar tudo juntos.