Fanfic: O Assassino || Vondy (Concluída) | Tema: Vondy ♥

— Não se preocupa Christopher, ela vai querer ficar longe. Eu vou buscar algo para você comer Dulce, precisa mesmo se alimentar.

Dulce e Christopher a encararam sem entender a certeza dela de que Dulce se afastaria da busca pelas cartas, mas focaram em Álvaro e as provas contra ele.

— Christian, e a análise do sangue? Já deve estar pronta, não está? — Perguntou Dulce. Ela percebeu o sorriso no rosto de Christian sumir no mesmo instante.

— Na verdade, sim a análise está pronta.

— E o que deu? — Perguntou ela impaciente.

— Eu não sei, não deu tempo de eu ver. A análise do seu sangue foi roubada Dulce, junto com a amostra do seu sangue que nós tínhamos.

Poncho recomeçou a gritar reclamando sobre a segurança de Christian, como era possível que Álvaro tivesse conseguido roubar a amostra e a análise do sangue dentro do hospital sem ser pego?

Enquanto ele e Christian discutiam, Dulce e Christopher se olharam, ela não sabia bem o que sentia, mas sabia que alguma coisa estava por vir. Coisa que não seria nada boa. Christopher parecia compartilhar sua intuição, pois parecia muito preocupado também.

Na tarde seguinte, enquanto Christopher ia se encontrar com Christian, para que tentassem conversar com Anahí, Dulce bem que brigou para ir, mas tinha uma coisa em sua mente nos últimos dias que precisava esclarecer.

Se a análise de seu sangue provaria que ela estava fantasiando o ataque de Christopher por causa da droga em seu organismo, devia ter alguma coisa parecida que explicasse os desmaios e as visões de Christopher matando Belinda. Ele nunca se lembrava do que acontecia quando desmaiava e parecia confuso sempre que isso acontecia.

O mesmo aconteceu a Dulce quando fora drogada, ela desmaiou e não se lembrava bem do que havia acontecido. As poucas coisas de que se lembrava, não sabia dizer se eram reais ou ilusão. Christopher poderia estar tomando alguma droga após a morte de Belinda? Algo que o fizesse desmaiar, esquecer as coisas e ter visões de coisas que ele não havia feito?

Era a única explicação que Dulce conseguia encontrar, ele estava de alguma forma, se drogando. E se conseguisse encontrar qualquer prova que fosse, sobre sua teoria, poderia inocentar Christopher sem precisar das cartas. Não condenaria Álvaro, porém, com Christopher livre de uma vez por todas do assassinato de Belinda, seria mais fácil provar a culpa de Álvaro.

Ela procurou pelo quarto de Belinda, mas não encontrou nada. Então voltou desanimada para o quarto de Christopher. Sentou-se na cama e ficou observando o quarto, de repente foi como se algo gritasse dentro dela: o quarto!

Se Christopher tomava algum remédio que provocava as alucinações, ele tomava até pouco tempo atrás, até os ataques a ela, e a Lucena, que ele não sabia se havia sido ele. Não estaria no quarto de Belinda, onde ele não ia há anos, estaria no quarto dele.

Ajoelhou-se em frente a cômoda e sentiu um peso no peito, iria mesmo revirar as coisas de Christopher? Não havia outra saída, precisava fazer aquilo. Ela abriu as gavetas e começou a retirar cada papel prestando toda atenção possível, mas eram apenas livros velhos, papéis empoeirados de compras, notas fiscais e cupons de promoção antigos que nem estavam preenchidos.

Dulce revirou as roupas, sacolas, malas, tudo o que encontrou, mas não havia nada. Nenhum sinal de qualquer droga nem coisa parecida. Ela sentiu novamente seu estômago embrulhar, o bacon que comera no almoço não havia lhe caído bem e depois de uma tarde inteira, no empoeirado quarto de Belinda, não podia mesmo esperar se sentir bem.

Correu ao banheiro com ânsia de vômito, mas era apenas um mal estar. Abriu o armário de Christopher para procurar algum remédio para enjoo, era a primeira vez que abria aquele armário, ela sempre andava com a própria escova, fio dental e pasta de dente, sempre carregava suas coisas de higiene, nunca usara nada dele.

Estranhou ao perceber a quantidade de comprimidos que havia no armário dele. Estavam em pequenos potes transparentes, os comprimidos estavam aos montes. Pegou um dos potes e leu a prescrição colada nele, dizia apenas Benzil-Piperazina, nada mais. Nenhuma posologia, nenhum efeito colateral. Todos os outros remédios tinham a mesma escritura, apenas o nome. Pegou um frasco e jogou no bolso de seu casaco, sabia o que fazer.

O vento gelado do fim da tarde no rosto de Dulce estava lhe fazendo bem. Seu enjoo havia passado e não se sentia mais fraca, sem falar que andar lhe causava uma fome que há muito tempo não sentia. Passou pelos cochichos e olhares pelo caminho, já nem se incomodava mais, e parou diante de seu destino: a biblioteca.

Assim que entrou, avistou Anahí no balcão, que se levantou no mesmo instante, mas resolveu não discutir naquele momento, tinha coisas mais importantes para resolver, precisava descobrir o que era o remédio que Christopher tomava e, como na cidade não havia internet, teria que descobrir à moda antiga, num livro, ou numa balsa.

Ela foi até a ala onde havia livros sobre ervas e começou a procurar, havia muitos livros e levaria muito mais tempo do que imaginava. Pensou em levar todos os livros para o castelo, mas Anahí não a emprestaria. Ela nunca se preocupara em abrir uma ficha na biblioteca, como poderia levar os livros? Foi então que Anahí apareceu atrás dela:

— Procurando alguma coisa?

Dulce se sobressaltou com a voz repentina dela, mas fingiu que era apenas uma bibliotecária ajudando uma leitora totalmente perdida.

— Procuro algum livro que possa verificar o que é esse remédio. — Entregou a Anahí o pote com o nome estranho.

Anahí encarou o nome por algum tempo.

— Onde arranjou isso?

— Por favor, apenas me ajude a encontrar.

Anahí concordou cabisbaixa e Dulce percebeu que ela se chateava que não pudesse mais saber seus segredos.

— Você sabe se isso é algum tipo de droga ilícita? Ou um remédio receitado?

Dulce não havia ligado as coisas até aquele momento, mas assim que Anahí comentou, percebeu que Christopher poderia estar se drogando com alucinógenos, sem saber que o estava fazendo. E se ele estivesse tomando algum remédio?

— Eu não sei se foi receitada, mas acredito que seja algum remédio alucinógeno.

Anahí encarou Dulce por um tempo.

— É o que sua tia usou para drogar você?

Dulce a olhou de volta com uma expressão que deixava claro que não entraria em detalhes sobre o remédio.

— Por favor, Anahí, é importante.

Anahí devolveu o frasco a Dulce e retirou um enorme livro de capa verde e colocou sobre a mesa. Abriu verificando o índice e em seguida abriu numa página empoeirada para Dulce.

— Você deu sorte que isso não queimou no incêndio. — Falando isso Anahí olhou as mãos de Dulce, as marcas de queimadura já estavam bem melhores, quase invisíveis.

Dulce agradeceu e esperou Anahí se afastar para ler o que procurava, estava escrito:

“O Benzil-Piperazina é uma droga que provoca alucinações, perda de memória e sensação de ilusão misturada à realidade. Ela traz a tona o que você mais tem medo e te faz cometer aquilo que teme, ou revelar suas culpas e ter perda momentânea de memória. Durante a “viagem” do efeito da droga, é possível se movimentar e agir como se estivesse acordado, mas raramente o cérebro registra o que você vê ou faz durante a “viagem”. A droga foi proibida no ano de 2000, mas ainda é permitida em alguns países da Europa.”

Hummmm gente o que acharam desses capítulos? 😏😏 me digam. E esse Christian é meio lerdo, não acham? Se fosse eu já teria prendido esse idiota do Álvaro faz tempo 😪😤

Volto em breve e aproveitem a reta final de O Assassino 😍🎉

Ahhhh, e pra quem não sabe essa fic é uma adaptação tá? Kkkk Não vai pegar bem se vocês acharem que sou eu que escrevo, por favor.

COMENTEM! 🙋💕