Fanfic: O Assassino || Vondy (Concluída) | Tema: Vondy ♥

Christian se levantou e deu algumas voltas.

— Dulce, você precisa aceitar que faz sentido, o dia em que preparamos a armadilha não daria tempo do perseguidor ter fugido, e o Christopher estava lá.

— Mas ele não estava com o machado.

— Mas eu não vi machado algum, Dulce! Nem durante a perseguição! Isso pode ser coisa da sua cabeça.

— Eu não sou louca!

— Eu não estou dizendo que seja. Mas todos os álibis do Christopher desde então podem ter sido criados pela sua cabeça, todos estão ligados apenas a você.

— Não a perseguição da Maite. Os moradores da cidade correram atrás do perseguidor, não era o Christopher, ele estava comigo.

— Estava mesmo? Porque você estava dormindo.

— A Maite disse que não daria tempo do Christopher ter chegado ao castelo se fosse ele, o perseguidor correu para o outro lado.

— Há um atalho para o lado que o perseguidor entrou que vai dar muito próximo ao castelo, por isso os meninos chegaram tão rápido a vocês. A Maite estava confusa, preocupada, disse qualquer coisa para te ver melhor, para que não se sentisse culpada. Mas pela hora do ataque, daria tempo tranquilamente do Christopher ter voltado ao castelo, Dulce.

— O que você está falando? Não acredito que está achando que o Christopher é culpado. Ele pode não ter um álibi forte, mas você não tem provas suficientes contra ele, quais são as provas? Um foragido da polícia que rouba exames em hospitais e uma garota que já mentiu diversas vezes para protegê-lo?

— É justo. Mas até sabermos qual lado está falando a verdade, é melhor você vir comigo.

— Eu não vou com você. Eu vou para o castelo.

— Dulce, você não pode voltar para lá. — Alertou Anahí que parecia realmente preocupada. Christian tentou segurar Dulce, mas ela se soltou.

— Vocês não mandam em mim! Não podem decidir por mim.

— Dulce, é perigoso. — Alertou Christian.

— Perigoso é o jogo que o Álvaro faz com a mente de vocês e vocês caem feito palhaços. Eu estou realmente decepcionada com você Christian.

Dizendo isso Dulce correu de volta ao castelo. Chegando ao castelo, encontrou Christopher preocupado. Ela pulou em seus braços aos prantos.

— O que houve? Dulce, o que aconteceu? — Ela retirou o remédio do bolso e o mostrou a Christopher.

— Desde quando você toma isso?

Christopher pareceu surpreso, mas respondeu:

— Desde a morte da Belinda. Me ajuda a dormir.

— Quem te receitou esse remédio Christopher?

— O Álvaro, por quê? Qual o problema?

— Você tem uma receita?

Christopher estranhou, mas abriu a porta da cômoda e retirou uma pasta preta de papel que estava em pé no fundo, pasta que Dulce não tinha reparado quando revirara as coisas dele. Da pasta ele tirou várias receitas com uma letra conhecida de Dulce:

Tomar Benzil-Piperazina duas vezes ao dia todos os dias.

Dr. Álvaro Palinari

Dulce leu a receita assinada e carimbada por Álvaro, era mesmo a letra dele, Anahí estava mentindo. Abraçou Christopher, aliviada, e permaneceu em seus braços por um longo tempo. Christopher não sabia o que tinha acontecido, mas pela angústia com que Dulce chegara, sabia que algo não estava certo.

— O que aconteceu? — Perguntou ele quando finalmente a soltou.

— O Álvaro, ele fez a cabeça da Anahí para que acredite que você é o verdadeiro assassino da Belinda, e ela acabou convencendo o Christian. — Christopher ficou surpreso.

— Como ele conseguiu isso?

— Ele é um ótimo mentiroso, ele sabe como mexer com a mente das pessoas, sabe como ser convincente.

Christopher ainda parecia não acreditar que Christian estivesse desconfiando dele, não depois de tanto tempo.

— Eu não entendo, como o Christian pode desconfiar de mim? Ele não faria isso, Dulce! A menos que a Anahí tenha apresentando alguma prova contra mim. — Então ele encarou Dulce — O que ela fez Dul? Como ela o fez desconfiar de mim?

Dulce encarou a receita e o pote de remédio em suas mãos.

— O Álvaro te receitou esse remédio antes ou depois da morte da Belinda?

— Depois, por quê? O que tem a ver?

— Você tem mais receitas em nome dele? Mesmo que de outros remédios?

— Dulce o que está acontecendo? O que tem demais nessas receitas e onde encontrou esses frascos de remédio?

— Você não toma mais esses remédios  toma?

Christopher pareceu impaciente que Dulce não respondesse suas perguntas.

— Não. — Respondeu de má vontade. — E eu tenho outras receitas de outros remédios e até desse mesmo, assinadas pelo Álvaro.

— E não teve mais desmaios, nem alucinações?

— Não. Será que dá para você me explicar o que está acontecendo?

Dulce se sentou e ele sentou-se ao lado dela, olhou-a de forma insistente, para que explicasse.

— A tal prova que a Anahí e o Álvaro dizem ter contra você são esses remédios Christopher. Eles são feitos de uma droga alucinógena que provoca visões, desmaios, perda de memória. A pessoa que usa, não sabe distinguir realidade e ilusão, ela pode se ver fazendo o que mais teme e não se lembra do que fez depois, mas pode se movimentar enquanto está sob o efeito da droga. A prova que ele quer usar contra você é dizer que você estava drogado quando matou a Belinda e fez os ataques. Mas a verdade é que você nunca se lembra de ter feito nada, porque nunca fez nada, ele estava vigiando você, se aproveitou de cada vez que você teve um desmaio, ou uma crise por causa da droga e fez com que você parecesse o culpado.

Christopher estava perplexo.

— Você está dizendo que as lembranças que eu tenho de ter matado a Belinda…

— Não são reais. São apenas seu medo e o efeito da droga pregando uma peça em você. Mas com essas receitas você pode provar que quem trouxe a droga para você foi ele, foi receitada por ele e você não sabia do que se tratava. Isso pode provar sua inocência Christopher. Não precisaremos mais das cartas.

Christopher ainda parecia em transe, mas sua expressão perplexa foi mudando para uma expressão de raiva. Ele se levantou num rompante.