Fanfic: Caminhos Perversos | Tema: Rebelde RBD Vondy Ponny Chaverroni DyC AyA MyC

            Alfonso e Lily caminhavam por uma das ruas da cidade lado a lado, conversavam sobre coisas cotidianas, assuntos aleatórios, eles caminhavam ate que passaram por uma praça onde se encontravam crianças brincando enquanto suas mães mantinham uma conversa animada umas com as outras. O olhar de Lily parou em um casal do outro lado daquela mesma praça o que fez com que ela interrompesse momentaneamente a conversa que estará tendo com Alfonso, atitude essa que não passou despercebida pelo mesmo.

– O que houve Lily? – perguntou ele percebendo que ela observava um ponto fixo do outro lado da praça.

– Nada, é só que... – ela hesitou em falar.

– Pode se abrir comigo. – pausou – Se você se sentir a vontade, claro! – disse simples.

– Não é nada demais, Poncho. – disse levantando seu olhar novamente – É só que às vezes eu queria ter uma vida normal. – disse cabisbaixa.

– Como assim? – perguntou ele realmente sem entender.

– Sabe... Sair para fazer compras, paquerar como uma garota normal, aproveitar pequenos prazeres da vida humana como aquele jovem casal lá. – disse ela apontando com a cabeça na direção para onde olhava instantes antes, onde um casal estava sentado na varanda de uma sorveteira com seus sorvetes em mãos. – Nem me lembro de quando foi à última vez que tomei um desses, de verdade, queria poder sentir o sabor de comida mesmo, ao invés de ter de me alimentar com sangue. – disse com o semblante triste.

            Alfonso ao escutar o pequeno desabafo da garota sentiu um aperto em seu coração, ele sabia que nada poderia fazer quanto as paqueras e a comida, mas ele certamente faria algo para animar a garota a sua frente. Após pensar por alguns segundos ele se pronunciou.

– Não tenho como fazer nada quanto a sua alimentação – disse fazendo aspas com as mãos – ou mesmo em relação às paqueras. Mas posso fazer algo...

– Fazer o que? – pergunta o interrompendo.

– Vamos as compras! – disse rindo, o que a fez rir também.

– Sério? – Lily sabia que Alfonso jamais brincaria com ela, mas mesmo assim precisava ouvi-lo dizer.

– Claro que sim! – disse observando o sorriso que se formava no rosto da garota. – Então, vamos?

– Lógico! – falou animada. Então voltaram a caminhar rumo ao shopping.

                                                               ****

            Maite deu um pulo pra trás visivelmente assustada, ela olhou pra porta e se deparou com Jack que tinha um ar de desconfiança no olhar, Maite olhou  para a camisa de Poncho em sua mãe e logo em seguida para o rapaz alto que tinha os braços cruzados a fitando, ela pensou rápido em algo para justificar sua atitude.

– Jack você não saiu com a Angel? — Maite falou ainda com o semblante assustado.

– Sim, mas acabamos discutindo por bobagem e eu vim embora e deixei ela lá com os amigos idiotas dela. – Ele bufou olhando para o chão, porem se recordou rapidamente do que viu instantes antes. – O que você está fazendo cheirando a camisa de Alfonso? – Ele deu um sorrisinho malicioso, se Maite corasse estaria com o rosto em chamas envergonhada.

– É... Eu... Hum... – Ela gaguejou incerta do que falar, mas logo encontrou algo para se justificar. – Eu estava cheirando porque vou lavar roupas, e aí como não temos o costume de sentir cheiro eu quis me certificar antes, entendeu? – Maite deu um sorriso amarelo.

– A muito eficaz sua ideia, espera fica aí, eu tenho um cesto de cuecas ali e não sei se estão todas sujas, mas já que você gosta de cheirar roupas vou buscar pra você—Jack saiu do quarto e se encostou na parede, prendendo o riso.

– Jack espera – Maite saiu e viu o amigo gargalhando – Não tem graça seu idiota! –Ela deu um tapa firme nele.

– Claro que tem graça – Ele soltou uma gargalhada estridente – Essa sua desculpa esfarrapada foi hilária – Maite se sentiu envergonhada, mas não falou nada – eu sei que você é apaixonada pelo Poncho, na verdade todos sabem só o idiota  do Alfonso que nunca percebeu. – Maite olhou para o chão se odiando por se sentir tão embaraçada.

– Não chama ele de idiota. – Ela falou mais baixo do que o normal.

– Caramba Maite, você está ferrada – ela então olhou pra ele, meio confusa.

– Por quê? – perguntou ela sem entender direito o amigo.

– Você se apaixonou pelo mais feio, porque não por mim? – Ele falou num tom brincalhão apenas pra descontrair ela um pouco – Eu sou um gato, gostoso e tenho uma barriga definida – Ele levantou a camisa revelando uma barriguinha sarada.

– Para de palhaçada Jack, você está muito devasso –Ela passou na frente dele o deixando parado no corredor sorrindo.

– Mais agora falando sério, você tem que contar pra ele. – ao escuta-lo ela parou imediatamente, se virou e o encarou.

– Está louco Jack? – Ela perguntou perplexa.

– Claro que não, porque você não conta? – Ele respondeu a fitando.

– Não é óbvio? – Maite deu de ombros e continuou indo em direção a sala.

– Eu sei que você tem medo, todas às pessoas que amam alguém estão propensas a escutar um eu sinto muito mais não sinto o mesmo por você ou um eu a tenho como um irmão e... – Ele parou ao vê Maite olha-lo surpresa. – O que foi? – perguntou ele sem entender a reação da mesma.

– Você não é tão idiota como eu pensava – Ela falou zombeteira.

– Sua engraçadinha – Ele sorriu de canto e então caminhou ate ela. — Você sabe, eu sou brincalhão mais já passei por essa situação torturante.—Jack balançou a cabeça como se estivesse lembrando da sensação.—Amar alguém em segredo é a mesma coisa que viver aprisionado dentro da alma.—Jack falou fitando o nada, o que fez Maite acha esquisito a reação do brincalhão da casa.

– Quem era ela? – Perguntou Maite a Jack que sorriu terno.

– Ela se chamava Maria Fernanda, bom pelo menos era isso que ela me falou – Maite franziu o cenho sem entender.

– Ela mentiu pra você, sobre o nome dela? – Ela perguntou para o amigo.

– Essa foi somente mais uma das mentiras dela – Ele bufou.

– Você quer me contar? se não quiser tocar no assunto eu não vou ficar chateada. – ela tocou o rosto do amigo.

– Eu nunca contei isso a ninguém, acho que já está mais do que na hora de falar sobre isso com alguém – Ele forçou um sorriso.

– Sou toda ouvidos – Maite sorriu sincera.

– Na época eu morava em Madri na Espanha, meu pai era muito rígido e queria que eu ajudasse ele com os negócios da família, por essa razão comecei a cursar Administração, mas meu negócio mesmo era artes, assim que comecei a fazer faculdade eu não me enquadrei em nenhum grupo, nem dos nerds, nem dos populares, eu gostava de ficar sozinho e por esse motivo eu era o alvo dos engraçadinhos, sempre aprontavam comigo eu já tinha até me acostumado. – Ele suspirou – Mas um dia ela me defendeu, e me ajudou a pegar os meus matérias do chão, me falou o nome dela e me disse que era novata que estava cursando Direito, a levei pra sala dela já que ela se encontrava meio perdida, depois disso começamos a nos esbarra com frequência e acabamos nos tornando amigos, o tempo foi passando e eu me dei conta que já não a olhava com os menos olhos. – Ele sorriu tristonho.

– Você se apaixonou! – Jack assentiu.

– Sim, me apaixonei e sofri o diabo com isso era horrível vê-la saindo com outros caras, amar em segredo e um martírio sem fim, eu comecei a empurrar com a barriga esse sentimento até o dia que eu não consegui mais controlar, o sentimento estava me sufocando e eu acabei me declarando – Maite o escutará com atenção.

– E qual foi à reação dela? – perguntou curiosa ao extremo.

– Ela ficou surpresa de início, mas depois abriu um sorriso maravilhoso e disse que sentia o mesmo por mim. – Maite abriu a boca em surpresa.

– E você o que fez? – Jack encarou Maite.

– O que qualquer cara apaixonado faz a beijei e depois disso mergulhei de cabeça na nossa relação, a amava tanto que só o fato de imaginar a minha vida sem ela era doloroso.

– Se vocês se amavam tanto o que ela fez pra ter fim? Porque pela sua expressão algo sério aconteceu. – Jack olhou para qualquer ponto fixo naquele corredor, não conseguia se perdoar por ter sido um idiota ao acreditar em uma mentirosa.

– Simples, ela se esqueceu de me contar que era uma vampira e que eu era somente uma presa pra ela! – Maite abriu a boca perplexa.

– Nossa Jack, foi assim que você se transformou? – Ele assentiu.

– Sim, na noite que ela resolveu joga às cartas na mesa e me transforma, ela me disse que nunca me amou que eu era apenas um alvo fácil, que só se aproximou de mim porque no dia que me matasse ninguém iria da a mínima, ela gargalhava e zombava de todas às declarações de amor que fiz a ela, me disse que nunca se chamou Maria Fernanda e que eu era apenas mais um humano de patético – Jack olhou para Mai – A princípio eu achava que tudo aquilo era um delírio, aquela cena toda era tão surreal que eu não conseguia acreditar, pra mim vampiros só existiam nos livros e na ficção, pra mim foi um choque tudo aquilo. – Ele falou fitando Maite novamente.

– Imagino, Mais me diz como você sobreviveu....digo quem te salvo? –  Mai o olhou se sentando direito.

– A Angel, foi assim que a conheci ela estava procurando o Clã de Poncho para o seguir, apenas ela sabe da minha história e agora você, mas os outros não sabem nunca contei – Ele sorriu sem graça.

– Entendo, e a garota que te transformou você já a viu alguma vez depois de transformado? – Maite não parava de fazer perguntas.

– Sim, inclusive você também — Ele falou passando a mão pela cabeça.

– Eu? quem é ela? – Maite não tinha ideia de quem poderia ser.

– A Fuzz! –  falou ele pegando Maite totalmente de surpresa.

— O QUE?

                                                               *****

                Não demorou muito para que Christian e Dulce saíssem do armazén, ambos compraram um pacote de bolachas para disfarçar a visita ao local. Quando estavam certa de um metro do local avistaram uma lixeira onde jogaram os pacotes ainda fechados, Dulce permanecia em silencio porem um sorriso enorme estampava seu rosto, então Christian se pronunciou.

– Eu acho que isto já esta indo longe demais! – afirmou ele olhando para a amiga.

– Do que está falando? – ela perguntou.

– dessa sua fissura por esse tal de Christopher! – Ao escutar o nome dele ser pronunciado Dulce abriu um novo sorriso.

– O nome dele é muito bonito né?! Até se parece com o seu! – ela realmente havia ignorado ao comentário dele.

– Dulce, me escute, isso é loucura, ele é humano... – ela o cortou.

– Não estou fazendo absolutamente nada, e olhar não arranca pedaços! – ela brincou.

– o problema é a frequência a qual você esta olhando e como olha pra ele, Dulce você se torna uma garotinha tímida, se quer perguntou o nome dele, a Dulce que eu e os demais conhecemos não é assim! Você muda quando esta perto dele e isto não é um bom sinal. – Dulce abriu os lábios para argumentar porem ele foi mais rápido – Não pode se apaixonar por um humano Dulce, isso não é só perigoso como proibido! – afirmou. Então ela respirou fundo.

– Não estou fazendo nada de errado! – usou a sua defesa.

– Não estou dizendo que esta, só quero o seu bem, você sabe que não pode se envolver com ele!

– Eu sei, sei que não posso me apaixonar como uma menina normal! – o tom de voz dela era duro.

– Tem o Jack... – sugeriu fazendo com que ela parece de andar e o encarasse incrédula então ele riu. – estou brincando! – então ela sorriu e voltou a andar ao lado dele. – Não se chateie comigo, tudo o que quero é o seu bem, tenho medo que sofra se você se apaixonar por ele, e não adianta negar por que sei que olha pra ele diferente, não quero que sofra, eu amo você! – Ao escuta-lo Dulce abriu um imenso sorriso, sabia que Christian só estará protegendo e ela amará ser protegida, então ela o puxou e o abraçou forte.

– eu também amo você! – ela depositou um beijo na bochecha dele.

                                                               ****

– Você é demais! – disse Lily após saírem de mais uma loja, cheios de sacolas com roupas, sapatos e tudo mais que mulheres adoram.

            Alfonso adorava ver a garota assim, contente. Já Lily, estava tão animada que se jogou nos braços de Alfonso o abraçando como sinal de agradecimento pelo dia que tiveram.

– Muito obrigada Poncho! Não sabe como me fez bem esses momentos. – falou feliz depositando um beijo na bochecha esquerda dele.

– Não tem nada o que agradecer. – disse ele pegando as sacolas das mãos dela. – E tem mais, quem disse que o dia já terminou? – falou arqueando uma de suas sobrancelhas.

– Ah não?! – perguntou divertida.

–  Lógico que não! Já que estamos aqui, que tal assistirmos um filme? – disse ele.

– Acho uma ótima ideia! – respondeu animada.

– Então vamos! – falou já indo em direção à bilheteira do cinema.

            Eles optaram por um filme de comédia que estava em lançamento nos cinemas, o qual os fez dar umas boas gargalhadas com as confusões nas quais os personagens se metiam durante o filme. Após o filme eles decidem ir embora para casa, afinal na madrugada seguinte parte do clã sairia em busca de se alimentar.

        -  Meeus amores aqui é a Cynn, a Chris no cap anterior havia dito que responderia os comentarios neste cap, mas como sou eu que estou postando vou deixar ela  responder no proximo :D