Fanfic: Noche de Sexo (Vondy) | Tema: Vondy

VEI DO CÉU, QUANTO TEMPO MENINAS! Genteney, aconteceu tanta coisa. Minha cabeça explodiu com as apresentações de violão, provas da escola, OBMEP, os problemas da minha casa e da minha família. Minha cabeça literalmente explodiu! Fiquei sem inspiração por um bom tempo mas ontem antes de dormir ela voltou a ativa e aqui estamos!

UM CAPÍTULO DE 4 MIL PALAVRAS COMPENSA O TEMPO SEM POSTAR, NÃO?!

Aproveitem ele e sério, comentem o que acham que vai acontecer com nossa Dulcinha apaixonada e ficando cada vez mais liberal e pervertida, okay?

Bye!

- Isso não é normal, Candy. Não é! – Annie reclamou mexendo seu café na caneca.

Estalei os lábios encarando minha xícara.

- Ah, você ainda não viu nada.

- Por que merda você me acordou essa hora da madrugada?

- Aconteceu!

- O que?

- Sua amiga de infância está perdidamente apaixonada por um Grey da vida. – balancei a cabeça negativamente e fechei os olhos por um segundo tentando acreditar em minhas próprias palavras.

Me apaixonar por Christopher nunca esteve em meus planos. Claro que eu sabia que as possibilidades disto acontecer eram extremamente enormes mas aconteceu antes mesmo que eu pudesse me dar conta do que estava crescendo dentro de mim. Céus, eu odeio me apegar fácil as pessoas.

Olhei uma Anahí tranquila e sem expressão alguma ainda com os olhos pregados em sua xícara de chá.

- Alguma hora ia acontecer, Dulce.

- Uma hora em que eu teria tempo de me afastar enquanto o sentimento ainda era recíproco.

Annie sorriu e olhou-me nos olhos, vi uma pitada de pena em sua mirada. Não quero que tenha pena de mim, Anahí. Por Deus!

- Por que exatamente você não quer estar apaixonada por Christopher?

- Eu vi o quanto sofreu por causa de Johnny e eu realmente não quero isto para mim. – Desabafei sentindo um aperto no peito.

Annie suspirou.

- Essa história nunca será esquecido por você, não? – Abaixei a cabeça sentindo-me um lixo por fazê-la se recordar disto. – Dul, nem todas as paixão acabam em dor e sofrimento.

- É bom me previnir!

- Como? – Annie soltou com um tom de voz debochado. Respirei fundo. – Não tem como você esquecê-lo duma hora para a outra, ruiva. O jeito é você aproveitar o sentimento e esperar que essa dor que você tanto diz que vai sentir chegar. Ele durará por tempo indeterminado.

– Mas eu não quero que ele dure por um tempo. Quero que ele fique aqui! - Sorri sentindo as lágrimas brotarem. – Eu vi o quanto você sofreu, e eu realmente não quero isso pra mim, Annie.

– Eu também não, Dul. - ela contornou a mesa e me abraçou. Desabei em lágrimas.

– Não deixe que o sofrimento se apodere de você antes do tempo, Candy.... – Esperei-a continuar mas isso não aconteceu, suspirei e fechei as mãos à frente do rosto e tentei conter as lágrimas que não paravam de cair. – Boa noite, Dulce.

Annie saiu da cozinha. Deixei meus braços caírem na mesa e logo em seguida minha cabeça.

– Boa noite, Annie.

Sorri, limpei as lágrimas me levantei. Determinada para desta vez provar para o mundo – e para mim – que ninguém precisa sofrer por amor. Eu vou mudar isso da melhor forma possível.

-/-

- Que horas ele vai passar em casa? – Annie perguntou entrando na loja mais pervertida que eu já visto na vida, na verdade, nunca nem vi!

Victoria Secretc`s não é uma loja que eu costumo frequentar no shopping. Na verdade, se eu parar pra pensar, eu nunca nem frequentei esse andar do shopping.

Christopher misteriosamente ligou para casa e disse que nosso próximo encontro seria no próximo feriado, hoje. Um baile de máscaras, algo que eu sempre tive curiosidade de saber como seria.

Annie insistiu para que eu fosse ao shopping com ela para comprarmos roupas novas e um vestido especial para esta noite, não sei de onde iremos tirar dinheiro para isso mas lets go.

- A lingerie é o essencial para hoje. – Annie sussurrou sorrindo de canto para mim – Sua fase de menininha dos suspiros acabou de passar, certo? –, olhei Annie nos olhos interrogando-a silenciosamente. – Jesus Cristo, Dulce. Você já não é mais virgem! – Sorri meio de canto e parece que ela gostou. – Tem de ser um tanto mais pervertida.

- Ou seja, eu vou ter que vestir uma lingerie mais provocante? – Disse começando a observar os modelos à disposição, bati os olhos num conjunto azul escuro e me aproximei, com Annie logo atrás de mim.

- Acho que já está se saindo muito bem.

- Só despertei uma eu muito diferente da de antes. – Dei um meio sorriso e Annie me abraçou.

- Só espero que essa outra você continue sendo a minha mesma amiga tímida e fofinha de sempre.

Gargalhei e peguei o modelo da lingerie, partindo para o provador em seguida.

-/-

- O fato de a senhorita estar apaixonada ainda não foi esquecido, Saviñón. – Corei violentamente. – Afinal, você vai ou não tentar conquistá-lo?

- É o que pretendo fazer...

Silenciamos por um momento enquanto Annie tomava um gole de seu milkshake rapidamente.

- Quer um conselho, não é? – Perguntou olhando para trás de mim. – Não pire e aja naturalmente! E não olhe para trás, não agora.

O aperto desesperado das mãos de Anahí no meu braço e o sorriso simpático na direção da entrada da praça de alimentação me faz congelar e pirar (exatamente tudo o que ela mandou eu não fazer).

Fecho os olhos e coloco meu sorriso mais natural no rosto quando sinto suas mãos fortes no meu ombro. Ignorando o arrepio forte que me percorreu o corpo me levantei e dei um abraço - como nunca - em Christopher.

Annie se levantou da mesa e saiu sem simplesmente dizer nada. Olhei na direção em que Annie foi e nossas miradas se encontraram. Dei uma sorriso nervoso e ela bateu palminhas de incentivo.

- Olá, srta. Saviñón. – Me separei dele e com a mão apoiada na sua me sentei delicadamente. – É uma grande surpresa encontrá-la aqui.

Seu tom de brincadeira me fez rir e revirar os olhos em seguida.

- Acho que alguém esteve me perseguindo. – Sussurrei fingindo-me de desentendida. – Já descobriu onde trabalho, Chris?

- Claro que sim! Escritório de Mariana Scalon no centro, certo? Se não me engano, você é secretária da irmã mais nova de Mariana.

- Exatamente. – Sorri observando-o. Seus olhos de um brilho intenso se bateram com os meus e num segundo estávamos nos beijando sem nos lembrar de que estávamos num shopping totalmente movimentado.

Que saudade desse beijo.

- Esta noite às 8, por favor, não esqueça. – Suspirei assentindo. – Roupa social e máscara. Tchau, Dulce.

- Tchau, Christopher. – Assim que ele passou pela porta fechei os olhos e toquei meus lábios lembrando-me de segundos antes, quando os dele ainda estavam junto aos meus.

- Jesus Cristo, Dulce. Você está mesmo apaixonada. – Annie se senta na mesa novamente me tirando de meus devaneios. – Tanto que chega até a ser perigoso.

- Eu disse que era sério. – Ri e me encostei na cadeira ainda extasiada.

- Levanta essa bunda gorda daí que nós precisamos ainda comprar um vestido para você.

Revirei os olhos e fiz bico.

- Vamos, vamos! – Annie disse animada, batendo palmas. – Sem enrolação!

É, está tarde será longa.

-/-

- Estou morta! – gritei me jogando em minha cama. – Boa noite, Anahí!

- Boa noite nada, senhorita! – Annie gritou no corredor. – Vá para o banho agora!

- Não, Annie! – Choraminguei abraçando o travesseiro. 

- Vai logo, Maria. Você precisar ficar limpa pra depois passar esses hidratantes aqui. – Ela disse mostrando dois potes desconhecidos. – Vamos lá, Dul. Isso só é pra você surpreender o Uckermann e provocá-lo a noite inteira. Já se esqueceu do combinado?

Corei instantaneamente e me levantei. Peguei a toalha pendurada na cadeira em frente a escrivaninha e abracei Annie.

- Obrigada por tudo isso. Não sei o que seria sem você! – Senti os músculos dela relaxarem e lágrimas tocaram meu ombro. – Meu Deus, Anahí! Você tá sensível demais.

- Não! – Ela riu se afastando, limpou as lágrimas com as costas da mão e balançou a cabeça negativamente. – Só estou carente e de coração partido. Alfonso desapareceu.

- Sei...

-/-

- Você quer algo mais leve, mais pesado...?

– Eu preferia algo que me deixasse com um ar superior. – Revelei me olhando no espelho.

- Vamos ao trabalho! – Annie sorriu.

-/-

- Oh. Meu. Deus.

- Oh. Meu. Deus. – Repeti olhando-me no espelho. – Quem é aquela?

- A nova Dulce Saviñón. – Annie respondeu. – Você está perfeita! 

- Como se você ficasse para trás. – Revirei os olhos e sai do quarto a caminho da sala.

Desci as escadas com Annie em meu encalço, com medo de que eu caísse com aqueles saltos perigosamente altos.

Senti as voltas em minha barriga ficarem mais intensas quando vi Christopher de costas, observando a cidade através da grande vidraça da sala.

Nova York estava completamente iluminada e ativa - como todos os dias -, o brilho da cidade combinava perfeitamente com a personalidade astuta e dominante de Christopher. Não pude deixar de e lembrar da cena em que Grey está fazendo exatamente a mesma coisa que Christopher agora: observando a cidade que a maior parte lhe pertence.

Me lembrei do quanto Christopher se mostrará diferente do que pensará assim que seus olhos se bateram com os meus. Ele nao era simplesmente um cara parecido com Christian Grey, ele tinha seu próprio charme marcante, sua originalidade.

- Jesus Cristo, Dulce. Você está perfeita! – ele sussurrou, pegou minha mão direita e carinhosamente beijou as costas da mesma. Minhas pernas fraquejaram.

- Sem mel até que estejamos na festa. Por favor, não se esqueçam que tem uma amiga acompanhando-os. – Annie protestou.

- Desculpe? – Alfonso perguntou atrás de Anahí. A mancha de felicidade que aparecera nos olhos de Annie me fez rir.

Sorri para ela, a mesma retribuiu com outro provocante. Arregalei os olhos

- Vamos sair daqui. – Sussurrei com os lábios próximos do ouvido de Christopher. Não resisti e aproveitei pra deixar uma mordidinha em seu pescoço.

Segurei sua gravata com a mão esquerda e delicadamente puxei-o para a porta do apartamento. Só parei de andar quando estávamos dentro só elevador.

Me virei para ele e semicerrei os olhos colocando um sorriso malicioso no rosto. Observei enquanto Christopher me olhava através do espelho do elevador.

- O que você quer? – Ele perguntou ajustando o colarinho do terno.

- Você dentro de mim, fundo. Forte e intenso. – Respondi com uma sinceridade fora do normal.

- Sua sinceridade chega a ser perigosa, baby. – Me aproximei e toquei seu ombro no momento exato em que o mesmo se virou e encostou-me na parede do elevador.

Christopher suspendeu minhas mãos e enquanto eu ainda tentava pensar nas possibilidades de nos verem em um momento tão íntimo, os lábios dele se colaram aos meus com uma pressão gostosa e excitante.

Retribui o beijo de Christopher na mesma intensidade que ele estava me beijando e meu Deus, estou perdida.

Christopher se afastou de repente.

- Sonhei com você. – Ele sussurrou olhando para o chão.

- É?

- É. – Olhou-me nos olhos e o brilho intenso de luxúria presente neles me excitou ainda mais. – Você pedia para que eu lhe entregasse logo o contrato porque não conseguia esperar para ser dominada por mim. – Minhas pernas fraquejaram e eu me encostei na parede, Christopher se aproximou ainda mais. – Dizia que estava pronta, que se sentia forte e segura o suficiente para se entregar aos encantos da dominação. – Ele se aproximou de meu ouvido e colou nossos corpos. – Você disse que amou as maravilhas que eu fiz com os lábios na primeira vez que dormimos juntos e que queria que eu repetisse aquilo todas as vezes que nos deitassemos novamente.

Fechei os olhos me recordando dos lábios dele na parte mais sensível e mais quente do meu corpo. Os círculos e penetrações que ele fazia com a língua... Hmn.

- Quero fodê-la, Dulce. – ele disse, com a voz rouca. Estremeci com o roçar de seus lábios sob a sensível curvatura de meu pescoço. – Aqui... – Porra, Christopher! – Bem aqui... – Fechei os olhos imaginando ele me possuindo no elevador, com todos estes espelhos a nossa volta e ideia não me parece ruim.

Por um instante desejei que estivéssemos num quarto escuro para que ele me fizesse gozar do jeito que bem desejasse.

BLAM!

O elevador parou com rispidez fazendo eu e Christopher cairmos no chão com um por cima do outro. As luzes se apagaram.

Mesmo no escuro pude ver o sorriso safado de Christopher.

Engoli em seco quando minhas mãos foram amarradas logo acima de minha cabeça. – Vamos lá, diga-me o que deseja e eu o farei.

Parei um momento pensando eem tudo que queria que ele fizesse comigo. Sem ideia de por onde começar balancei a cabeça negativamente.

Christopher se aproximou lentamente e puxou meu lábio inferior com os dentes lentamente, fechei os olhos.

- Quero que me beije. – Sussurrei com a voz cheia de desejo.

Christopher passou a beijar meu pescoço e a esfregar nossas intimidades. Ele tocou meu clitóris por cima de minha calcinha e começou esfregá-lo devagar, sem parar com os beijos pelo meu colo.

- Chris... – Gemi deliciada.

- Senhor. – Ele sussurrou em meu ouvido com a voz rouca.

Respirei fundo tentando conter o desejo crescente que se espalhava por todo o meu corpo.

Não contido Christopher procurou o fecho de meu vestido nas minhas costas e na parte direita de meu corpo. Olhou para mim tentando ver se encontrava algo em minha expressão, sorri desafiadora.

Christopher baixou a alça do vestido em meus dois braços e com um puxão violento desceu o mesmo até minha barriga.

Christopher passou as pontas dos dedos por meus seios, provocando-me. Arqueei as costas pedindo por mais, ele entendeu e logo abocanhou meus seios.

- Chega! Entre em mim, por favor. Não aguento mais! – Ele abriu o zíper da calça e afastou minha calcinha para o lado. Relaxei pronta para recebê-lo.

As luzes se acenderam.

- EU VOU ME MATAR! – Gemi frustrada e olhei para as câmeras logo acima de nós. Merda!

Meu Deus do céu. Eu sei que eu tô pecando mas isso é um castigo intenso demais, tenha piedade!

Christopher ergueu meu vestido da cintura e tapou meus seios. Se levantou sem demonstrar raiva, ódio ou qualquer coisa relacionada. Mas o que?

- Arrume seu vestido, já estamos no térreo. – Ele falou simples e grosso. Está irritado.

Me levantei e virei-me de costas. Chequei a maquiagem e o cabelo, retoquei o batom. Abri o vestido e ajustei-o direito em meu corpo, tentei fechar o fecho do vestido mas não consegui. Ai meu Deus.

- Chris?

- Sim?

- Poderia me ajudar? Não consigo fechar... – Apontei para o fecho do vestido. Ele sorriu safado, corei. – Não seja pervertido! Só me ajude!

-/-

- Onde está sua máscara? – Ele perguntou assim que o carro parou em frente uma mansão muita bem iluminada.

- Em meu rosto. – Me virei para ele.

Olhei profundamente em seus olhos e dei um sorriso tímido, ele me abraçou.

- E você continua me surpreendendo. Ponto para Dulce Maria. – Sorri.

- E a sua máscara, onde está?

Ele de virou de costas e a colocou no rosto, amarrou o laço por trás da cabeça. Peguei meu celular e fiquei pronta para tirarmos uma foto.

- Foto? – Ele perguntou me olhando. Assenti sorrindo. – Tudo bem.

Posicionei o celular e enlacei meus braços em seu pescoço, beijei sua bochecha e aproveitei o sorriso dele. Toquei a tela.

- Meu Deus, ficou perfeita! – Eu disse rindo. – Pronto, um desafio cumprido!

- Vamos, estamos atrasados. – o motorista abriu a porta. Christopher segurou minha mão e puxou-me delicadamente para fora, sorri. – Obrigado, Johnny.

- Por nada, senhor.

Minha boca secou e meu coração gelou. Anahí...

Olhei para o rosto do dono da voz e suspirei. Estou vendo coisas.

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- Espero que não se importe em conhecer meus pais nesse exato momento. – Christopher sussurrou enquanto andávamos juntos até uma mesa reservada para a família Uckermann. Suspirei relaxada ao ver o sorriso animado de Anahí logo ao lado das únicas duas cadeiras vagas na mesa.

- Christopher! – Uma mulher de cabelos castanho claro se levantou rapidamente. – Filho, quanto tempo. Que saudades! – Ela disse abraçando Christopher com força.

A mãe de Christopher me lançou um olhar intenso. Arregalei os olhos hipnotizada pelos olhos escuros. São como os de Christopher!

- E quem é essa linda jovem? – Ela perguntou com os olhos ainda vidrados em mim. Sorri tímida e ela riu.

- Sou Dulce, sra. Uckermann. – Estendi a mão para cumprimentá-la mas ela ignorou o cumprimento partindo logo para um abraço forte e confortante. – Sou acompanhante de Christopher.

– Namorada. – Ele corrigiu.

Suspirei e a mãe dele se afastou.

- Seja bem-vinda à família. Sentem!

Sentei-me ao lado de Annie e Christopher na outra cadeira vaga, a minha direita.

- Eu não sei que diabos vocês tem na cabeça para arranjarem namoradas e não me dizerem ao menos que estão saindo com alguém! – Annie riu das palavras de nossa sogra, eu a acompanhei.

- Primeira regra: Deixar em segredo até ser realmente sério. – Alfonso respondeu. Olhei de relance para Christopher, ele olhava para uma mulher no fundo do salão. Quem é aquela?

- Segunda regra: A mãe deve sempre saber se os filhos estiverem tendo encontros com alguém.

Sorri ao sentir a mão de Christopher se enlaçar na minha. Isso e fofo, meu Deus!

- Dul... – Annie sussurrou em meu ouvido. Virei-me para ela e fiz careta quando uma coloração vermelha atingiu seu rosto.

- Está passando mal? – Perguntei preocupada. Ela fechou os olhos e fez um som estranho com a garganta, espere aí, nem tão estranho assim. – O que foi Anahí?

– Alfonso. – Ela sussurrou mais baixo que o normal. Olhei para o moreno ao lado dela, concentrado na conversa com a mãe. Franzi o cenho.

Olhei novamente para Alfonso e só então percebi. Ele estava curvado sobre a mesa e um de seus braços estavam curvados na direção de Anahí discretamente.

Annie me deu tapa quando viu que eu iria rir. Passei a calcular um plano. 

Alfonso estava praticamente na mina frente, se eu puxasse um pouquinho mais minha cadeira e me apoiasse em Christopher devagar acertaria seu cotovelo. Perfeito!

- Tem certeza do que quer que eu faça? – Perguntei com o pé na mira do pé dele.

- Faça logo antes que eu desista e procure um canto para nós. – Ela murmurou rouca.

Fui certeira. Dei um chute forte no braço de Alfonso por debaixo da mesa.

Anahí suspirou de frustração e alívio e sorriu. Alfonso lançou um olhar discreto para mim, deu um sorrisinho de canto e eu soube que ele se vingaria.

Me ajeitei novamente na cadeira. Christopher me olhou sentindo que alguma coisa estava acontecendo na mesa, me abraçou de lado para ouvir o que eu tinha para falar.

- Seu irmão estava provocando Annie por debaixo da mesa... Nem pense nisso, Uckermann! Sua mãe está bem ali.

- Prometo me comportar. – Ele disse. – Enquanto Dona Alexandra estiver aqui.

Ele vai aprontar alguma, estou sentindo, Deus!

- Veja mamãe, aquela não é Zoé na mesa dos McCartneys? – EU SABIA!

- Oh, sim! – Dona Alexandra se levantou e se despediu de nós, caminhou até a mesa da garota e se sentou ao lado da mesma. Annie arregalou os olhos e também se levantou da mesa.

- Vamos ao toalete. – Eu disse me levantando e indo junto com Annie para o fundo do salão.

- Merda! – Ouvi Christopher dizer para o irmão.

– Merda dupla. – Alfonso concordou.

- Meu Deus, esse homem vai me deixar louca! – Annie disse assim que entramos no banheiro do salão. – Te devo uma ruiva!

- Não deve mais! – Murmurei encostada na parede. – Me salvou da mesma coisa quando se levantou da mesa.

- Por que demoraram tanto para vir?

Corei. 

- Acredito que por problemas técnicos do elevador. – Annie me olhou nos olhos.

- Vocês transaram! No elevador!

- Não!!! – Disse corando ainda ma, Annie ergueu uma sobrancelha. – Quase. – Admiti relaxando os ombros.

Annie empalideceu e o sorriso sumiu de seu rosto. Correu para um box rapidamente e derramou tudo o que tinha no estômago dentro do vaso.

Segurei deu cabelo e acariciei seu ombro direito esperando o enjôo passar. Após minutos as pernas de Annie fraquejaram e ela quase caiu dentro do vaso.

Levantei-a do chão e a levei para a pia. Após ter certeza de que ela conseguia ficar em pé sozinha me afastei.

Annie pegou uma escova e uma pasta de dentes dentro da bolsa e começou a escovar os dentes. Enxagüou a boca e  limpou os vestígios de água pelo rosto, e começou a passar seu batom com paciência.

- Estou preocupada contigo. – esfreguei meu braço esquerdo olhando para o chão. – Só hoje já é a terceira vez que está vomitando, Annie.

Anahí suspirou e olhou-me nos olhos através do espelho.

- Acho que estou grávida. – Ela sussurrou se virando para mim, arregalou os olhos. – Pense só: Enjôos, menstruação, sensibilidade e irritação (hormônios).

- Meu Deus! – Me apressei em abraça-la. – Annie...

- Marquei um exame de sangue para depois de amanhã. Preciso de companhia. Se não quiser ir comigo, eu vou entender. Você é um mulher ocupada...

- Não precisa nem pedir, sabe que sempre vou estar com você! – Beijei sua bochecha e sorri apertando-a mais contra mim 

- Eu te amo!

- Eu amo mais!

Ela riu chorosa e a porta do banheiro foi aberta. Olhei para a porá do banheiro e então percebi que alguém havia entrado no do lado que, por sinal, era interligado com o outro por uma parede.

- Mas que... Merda! – Uma mulher gritou do outro lado do banheiro. Fiz sinal de silêncio para Annie. – Aquela meretriz roubou meu homem. Meu Uckermann!

Eu e Annie fizemos careta. Qual Uckermann, senhora?

- Se acalme, Mirella! – Uma voz doce e calma murmurou entrando no banheiro logo atrás da tal Mirella. Espere! Mirella Scalon!

- Eu vou agarrar aquele demônio exatamente por aquela juba vermelha que é chamado de cabelo! – Sorri desafiadora, Annie segurou o riso e implorou para dizer algo com as mãos juntas. O que tenho a perder? Assenti com a cabeça.

- Céus, Dulce! Como vocês conseguem ser tão pervertidos?! – Annie começou com a brincadeira me olhando nos olhos.

- Eu não sei o que Christopher estava pensando ao começar aquela masturbação perfeita por debaixo da mesa, sério. Acho que o desejo dele por mim não se sacia de jeito algum.

Tapei a boca para prender o riso ao ouvir um rosnado no outro banheiro.

- Vocês dois são perfeitos um para o outro. – Ela disse com voz de bebê. A naturalidade com que atuava enquanto passava a base me deixou indignada. Que droga ela está fazendo cursando História? – Não consigo imaginar ele com outra pessoa. – Soltei um riso baixo. – É sério! A visão de sua cabeleira vermelha junto ao corpo dele parece bem melhor do que seria junto com alguma loira oxigenada.

Dessa vez não me contive e Soltei uma gargalhada gostosa e cheia de emoção. Anahí Portilla, a rainha da atuação.

- Eu apostaria algo muito valioso numa aposta de que um dia vocês irão se casar.

- Pois vamos apostar que ele não me pedirá em casamento! – Eu declarei erguendo a mão, Annie percebeu que aquilo agora era real e tocou minha mão com a cabeça erguida. – Se eu perder você dirá alguma coisa para eu fazer no casamento e se você perder terá de fazer um algo na formatura em dezembro. – Sorri de canto.

- Fechado. O prazo que temos então e de 3 messes, não?

- Exato! – Disse olhando para a parede que separa os dois banheiros. – Nenhuma de nós duas podemos interferir na aposta e muito menos mandar alguém fazer isso, ouviu, Anahí? – Ela gargalhou animada.

- Eu te amo, Dulce Saviñón!

- Eu amo mais, tinker. – Disse olhando para a parede. – Beijos recalque. Adeus.

Saímos do banheiro e já lá fora ouvimos um grito de ódio de Mirella. Annie segurou o riso e voltamos para nossa mesa.

- Preciso te dizer uma coisa. – Annie disse olhando para Alfonso,  ainda de pé. – Eu sei que aqui não é o lugar e nem o momento mas... – Prendi a respiração. Não faz isso Anahí! – Quero dizer que acho que estou a apaixonada por você.

Suspirei aliviada, ao menos ela não contou que pode estar grávida. Calma aí, apaixonada?

- Oh ho!!!! – Christopher aplaudiu sorrindo para o irmão. – Tá esperando o que pra beijar ela, meu jovem?

- Enquanto você acha, eu já tenho certeza. – Alfonso puxou Anahí subitamente pela cintura e lhe beijou carinhosamente. Meu queixo caiu.

Anahí Portilla, minha melhor amiga que sofrera por causa de um romance durante anos, acabara de se declarar para o cara com quem ela estava saindo com tanta naturalidade que nem eu mesma acredito que ela tenha sofrido por amor algum dia.

Eu sofrendo e chorando durante a noite por ter descoberto estar apaixonada e ela quando foi me reconfortar nem ora dizer que também estava xonadinha no Alfonso. Como não percebi?

Olhei novamente para os dois se beijando e jurei que Anahí tinha caído de cabeça no chão quando suas pernas fraquejaram. Felizmente Alfonso se inclinou e segurou-a firme.

A imagem romântica fez os paparazzis do salão se voltarem para nossa mesa e procurar o melhor ângulo para a fato perfeita do beijo.

- Você parece surpresa. – Christopher sussurrou perto de meu ouvido.

- Estou chocada. – Respondi ainda não acreditando em tudo o que via.

- Vamos lá fora. – Ele se levantou e estendeu a mão com cavalheirismo. – Preciso lhe dar uma coisa.

Peguei sua mão no momento exato que os olhos frios de Mirella bateram em minha direção. Encarei-a nos olhos e para provocar puxei Christopher para mim e beijei-o como se não houvesse amanhã.

Christopher colaborou melhor do que eu imaginava. Agarrou minha cintura firmemente e retribuiu o beijo com muito fervor e desejo. Enlacei meus braços em seu pescoço e puxei-o mais para mim querendo me fundir a ele. Desejei que esse beijo nunca acabasse no momento exato em que Christopher parou o mesmo com selinhos demorados. Sua respiração estava ofegante.

Olhei de relance para a direção em que Mirella estava nos observando com os olhos cheios de fúria e ri sentindo-me a melhor das pessoas.

- Vamos lá para fora, agora!

Sorri mais ainda. Essa festa vai ser melhor do que eu esperava.

Eu tava morrendo de saudades de escrever pra vocês, sério! Prometo que nessas férias eu vou fazer de tudo para postar capítulos grandes em pouco tempo.

Ahhhhhh eu tenho uma pergunta. Alguma de vcs joga Minecraft? Briguei com meus mes parceiros do game e tô sentindo muita saudade de jogar no multiplayer com alguém. Caso joguem, deixem nos comentários.

(͡° ͜ʖ ͡°)

BYE!

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