Fanfic: Noche de Sexo (Vondy) | Tema: Vondy

Olhei o horário no celular rapidamente e sorri minimamente para Annie. Estou ansiosa demais, merda!

- Acho que está na hora de ir.

- Não fique nervosa, Candy. – Ela me abraçou sorrindo de orelha a orelha, e eu tentei retribuir o mesmo sorriso. Acho que acabo de falhar em algo. – Vai dar tudo certo.

- Não tenho tanta certeza. – Annie desfez o abraço para me olhar nos olhos, abaixei a mirada, ficando mais nervosa.

- O que você tem, Dulce?

- Medo de não aguentar. Como Anastasia.

Ela semicerrou os olhos e por fim riu. Balancei a cabeça negativamente e peguei minha mochila com as roupas. Agora sim eu estava preparada.

- Você é importante para ele. Se disser que não quer algo, e for sério, ele vai lhe atender.

- É...

- Agora vai lá e experimenta bem isso, pela sua amiga safadenha.

Eu ri e dei um beijo estalado na bochecha dela. Annie protestou me dando tapinhas nos braços.

- Você vai me marcar! – Anahí parou de me bater e começou a rir. Me despedi devidamente dela e fui para o elevador do prédio com minha bolsa de corujinhas nas costas.

Ah, eu amo corujas. Não só por ser um dos animais mais espertos que já vi mas também por serem o simbolo da inteligência, da sabedoria. Elas são realmente importantes para mim.

Acenei para Robert, o novo porteiro e ele sorriu para mim. Sai do prédio e me pus a caminho da empresa dos Uckermann.

Quando estava na entrada da empresa parei por um momento para observar um Josh magro, com olheiras estranhas e olhar sombrio. Encarei ele e me aproximei, sem conseguir acreditar que aquele era realmente o Josh que eu tinha conhecido.

Quando Josh finalnente tirou o olhar do celular e me encarou, eu tive medo. Um sorriso cínico brotou em seus lábios enquanto ele me olhava e eu abaixei a cabeça.

Ele observou meu corpo. Na última vez que tínhamos nos encontrado eu não valorizava tanto minhas curvas e nem usava muita saia curta, acho que é demais pra ele. Vi o brilho de suas pupilas ficar mais escuro.

Quando finalmente tomei coragem para abrir a boca e falar algo, Christopher parou atrás de mim.

Próximo demais, Chris...

- Boa tarde. – Meu moreno cumprimentou eu e Josh. Hutcherson sorriu cínico e cumprimentou Christopher de volta com um aceno de cabeça. Os pelos do meu corpo se arrepiaram. Que droga aconteceu com ele?

Ele simplesmente foi largado no primeiro encontro oficial de sua nova ficante com seu chefe e, oh, ele foi substituído no mesmo dia.

- Josh... – Cumprimentei com um sorriso desculpa-por-tudo-foi-inevitável.

Ele levantou uma sobrancelha e fez um aceno com a mão esquerda, saindo da empresa em seguida.

- Acho que temos alguém magoado aqui... – Sussurrei para mim mesma.

Christopher agarrou minha cintura e virou-me pra si.

- Olá, Saviñón. – Senti sua respiração em meu rosto e fechei os olhos, embriagada. Estou grogue!

Ele tocou meu queixo no momento exato em que eu abri os lábios para respondê-lo.

- O-oi, Chris. – Gaguejei encarando a imensidão cor de mel em minha frente. – Está curioso, Chris. O que foi? – Ele sorriu e se aproximou mais, meu corpo amoleceu.

- Você está muito gostosa assim. – ouvi alguém engasgar e encostei a cabeça no peito de Chris. Keth se segurava para não rir. Piscou um olho para mim e fez um jóia com as mãos.

Mas que porra? Onde eu vou o povo me persegue. Não é possível!

- Dul? – Me virei duma vez na direção dele e minha mirada parou em seus lábios.

Fiquei na ponta dos pés e aproximei meus lábios dos dele sorrindo como uma idiota.

- Oi? – Perguntei sem deixar de observá-lo.

- Você tem cheiro de baunilha. – Ele disse e eu não consegui evitar rir. – O que foi? – Balancei a cabeça negativamente.

- Esteve conversando com Annie, não é? – Christopher estalou a língua, se rendendo. – Ela por acaso te indicou algum livro?

- talvez... – Ele respondeu, misterioso.

- Qual? – Ele sorriu de canto e eu fiz bico. – Diz... – Christopher me deu um beijo rápido e eu revirei os olhos puxando-o para a porta que nos levava até o estacionamento.

- Seu traseiro está realmente perfeito nessa saia... – ouvi ele sussurrar enquanto eu o puxava na direção do estacionamento subterrâneo da empresa.

- Eu sei. – Respondi rindo. Soltei a mão dele e andei na frente mexendo meu traseiro de acordo com o meu andar.

Avistei seu carro e caminhei até lá, com ele atrás de mim. Parei com a mão na fechadura e Christopher no mesmo instante parou atrás de mim, sem encostar seu corpo no meu.

- Por que está tão provocante? – Eu sorri ao ver seu rosto no reflexo do vido do carro.

Christopher sorria como se estivesse realmente surpreso comigo vestindo esse tipo de roupa. Ainda bem que ele gostou.

- Por que eu realmente quero que hoje seja especial... – ele estava sério mas com um olhar divertido, talvez pervertido. – Agora desencosta. – o empurrei com meu traseiro em seu pênis e estremeci com sua expressão.

Christopher fechou os olhos, olhou pervertidamente para minha bunda e voltou a fechar os olhos. Enquanto ele ia para a outra porta do carro eu aproveitei para checar meu cabelo e a maquiagem rapidamente no reflexo escuro da película.

Entrei no carro de Christopher e logo apanhei o iPod em cima do painel para colocar alguma música.

- Onde está a privacidade? – Ele zombou cínico, dando ré com o carro. Escolhi uma música para então responder a provocação.

- a privacidade que eu tenho quando você invade meu quarto durante a noite?

- Com sua permissão.

- Não foi o que aconteceu nas últimas duas noites.

Christopher ficou em silêncio e eu finalmente dei play na música. Sorri ao ouvir a introdução. Eu prometo que vou tentar me segurar, eu vou tentar, prometo.

- Fifth Harmony, sério?

- Qual o preconceito das pessoas com essa banda? Cara, as letras são perfeitas. – Ele balançou a cabeça negativamente e se concentrou na estrada.

É inevitável não dançar I'm In Love With Monster.

- He buy me a thorn before he buy me a rose, be covered in dust before I'm covered in gold. – Cantei sem deixar de me remexer no banco ao balanço da música. – He's trying it on, yeah, it's taking me out. Say what you want, but I will never be told. – Paramos no sinal e Christopher me observou.

Ele me compra um espinho antes de me comprar uma rosa, ele me cobre de poeira antes de me cobrir de ouro. Ele está experimentando, é, e está acabando comigo. Diga o que quiser, mas nunca vai mandar em mim.

- Nunca vou mandar em você? – Ele perguntou ainda me observando. Olhei-o nos olhos olhos.

- 'Cause I'm in love with a monster. – Cantei junto com Lauren enquanto remexia meus quadris de um lado para o outro e Christopher sorriu de canto

Porque estou apaixonada por um monstro.

- Quero showzinho particular esta noite.

- Oh, não. – Ri parando de dançar. – Você realmente não vai ter showzinho particular esta noite.

- o que quer? – Christopher perguntou mudando a marcha, ele rapidamente ele me olhou.

As pessoas disseram que eu não era sexy, que não sabia como seduzir, como beijar e muito menos como dar prazer para um homem. Agora, estou aqui, namorando e transando com um cara louco por sadomasoquismo, e que nesse momento está perguntando meu preço para dançar uma música sensual pra ele. Que ironia.

- Oh, quero muitas coisas. – meu tom de voz sensual arrepiou-o e eu o provoquei tocando sua perna, perto de seu centro.

- Qual seu preço?

Estou parecendo uma prostituta com essa coisa de preço. Seja cavalheiro, Christopher!

- Não tenho preço, senhor. – Estou me excitando, Christopher. Vamos logo com isso. Me foda!

- Você se livrará de vários castigos com isso, princesa.

- Vai realmente apelar para os apelidos carinhosos? – Subi um pouco mais a mão enquanto falava e toquei a base de seu membro. Christopher se remexeu no banco e mudou a marcha, acelerando.

Olhei para a frente e estávamos na pista. Espere, pista?!

- Mudança de rumo. – Ele avisou tocando minha mão. Ele deu um pulo súbito quando minha pele encostou na sua e me empurrou minha mão.

- Para onde vamos? E por que está indo tão rápido? Está ansioso, Uckermann?

- Um hotel. – Um arrepio percorreu meu corpo e eu senti meus seios enrijecerem somente com suas palavras. E meu coração disparou.

- Um hotel? – Christopher assentiu concentrado no volante.

- Pelham Garden.– Sorri ao ouvir o nome do tão conhecido hotel.

Escolhi outra música e fechei os olhos para relaxar.

-/-

Entramos no estabelecimento e Christopher deixou algumas notas encima do balcão, e sem nem ao menos olhar a moça da recepção nos olhos pegou seu celular e digitou algo rapidamente.

- Christopher Uckermann – A moça arregalou os olhos e um sorriso sedutor brotou em seus lábios enquanto ela observava o corpo do meu homem.

- olá, moça. Ele tem dona e acompanhante. – Eu disse extremamente baixinho, sorrindo. Christopher riu e a mulher corou, abaixando o olhar.

Um homem já de idade e de olhos puxados saiu do elevador e nos cumprimentou com um simples boa noite. Chris sorriu e assentiu com a cabeça para o velho homem educado.

- suíte coroa. – Christopher concluiu puxando-me para o elevador.

- Não há necessidade da suíte coroa. – Parei de andar com a sobrancelha levantada e puxei meu braço. Chris observou meu rosto.

- Vamos, Dul.

- Não quero tudo isso, não há necessidade, Chris. Não vou me aproveitar de você assim.

- Você não está aproveitando de mim, Dulce. Vamos.

- Não, Chris! Você já gastou demais comigo.

- Você não vai querer que eu diga o quanto eu ganho por dia, Dulce.

A recepcionista nos olhava de olhos arregalados. Tadinha.

Não quero saber quanto ele ganha, não quero. Só não quero tanto pra mim, não quero me acostumar.

- Você ganha 3600 dólares por mês. – Assenti com a cabeça. – Multiplique por 120 e divida por 24. – Puta que pariu. – Quanto?

- 18 mil.

- Ganho 18 mil por hora. Agora vamos.

MEU DEUS É MUITO DINHEIRO!

- Dios mio. – ouvi a recepcionista murmurar surpresa. Olhei Chris nos olhos e sem dizer absolutamente nada, entrei no elevador. – Mierda!

Ele pode gastar quanto quiser que não afeta porra nenhuma. Deus é realmente bom para alguns.

- essa banda de novo! – Christopher resmungou e eu ri.

- Existe uma teoria que diz que quando um cantor ou uma música toca sempre quando você está com alguém, é o que você ou essa pessoa sente. – Eu disse sem perceber. – Annie fala muito disso. – Completei para tentar disfarçar.

Chris levantou uma sobrancelha e sorriu de canto me olhando profundamente através do espelho, como se realmente aquela música dissesse algo.

- Esse hotel tem alguma influência latina? – Perguntei após analisar algumas coisas.

O sotaque da moça da recepção, os olhos puxados do homem de terno no primeiro andar, as músicas...

- Dame, dame esta noche. Baby esta noche. – Chris sussurrou se aproximando arregalei os olhos. – Uh, huh, mi noche. Dame, dame esta noche. Dame, dame esta noche. Baby esta noche. Uh, huh mi noche. Dame, dame esta noche.

Me dê, me dê essa noite. Baby essa noite. Uh, uh, noite. Me dê, me dê essa noite. Me dê, me dê essa noite. Baby essa noite. Uh, uh noite. Me dê, me dê essa noite.

Eu sei que Christopher sabe espanhol. Ele entende tudo o que estou dizendo, tenho certeza.

Se um dia seu homem cantar para você, pedindo para que você dê para ele, você realmente dê para ele!

Christopher me encostou na parede do elevador e segurou minhas mãos acima da cabeça.

- Fifth Harmony é quente, não? – Ele perguntou com os lábios em meu pescoço. Respirei fundo quando seus lábios desceram para minha clavícula.

- Ya dime tu ya dime tu. – Chris afastou a blusa e apertou os dentes na minha clavícula. – Ya dime tu dime que quieres tu y si lo que escondes tu es verdad, – ele ergueu a cabeça e eu aproximei meus lábios de sua orelha. – vas a tocarme tu – Sussurrei em seu ouvido, com a voz fina. –, yo no hablo por hablar. Ven a mi, y lo probaras. A que no te animaras – Parei para olhá-lo nos olhos. – hazlo ya o me perderas.

Me diga você, me diga você. Me diga você o que você quer e se o que você esconde aí for real, vou deixar me tocar. Eu não falo por falar, venha e vai experimentar. Espero que você se anime, faça agora ou vai me perder.

Essa foi a gota d'água.

Christopher me beijou com fogo e eu toquei seu cabelo com cuidado, puxando-o como se fosse seda - e era o que parecia realmente. Pela primeira ele não estava me beijando com força, como que para me seduzir. Tem algo a mais nesse beijo, eu tenho certeza.

As portas abriram e Christopher nos separou. Observei sua expressão única de surpresa e ele desceu as mãos para minha cintura.

- Vamos. – Saímos do elevador e logo já estávamos dentro do quarto.

Aquele quarto não era o que eu tinha pensado ser. Não tinha nada que poderíamos usar para nossas brincadeiras. Que merda é essa?

Christopher me jogou na cama sem esperar e logo foi tirando minha blusa, sem hesitar. Puxei-o para um beijo e ele ignorou, descendo para beijar minha clavícula.

- Dulce. – Ele tocou meu colo, afastando-se de mim, ainda ofegante. – Não posso fazer isso.

Eu fiquei semanas me preparando para isso e agora você me diz que não vai acontecer. Coisa linda!

- Você não pode fazer isso? – O olhei nos olhos e suas pupilas dilataram.

- Eu não posso fazer isso com você, Dulce. – Christopher abaixou a cabeça e mirou o chão, passando a mão no cabelo constantemente.

- Você não pode. – Balancei a cabeça negativamente e meus olhos lacrimejaram. Merda, Dulce!

- Por favor, não chore. – Ele implorou e estendeu a mão para me tocar, me afastei instantaneamente dele e me levantei da cama, pegando minhas roupas.

- Por que você não pode, afinal? – Indaguei olhando-o com raiva. Por que estou com raiva?

Eu passei o mês inteiro me preparando para ele. Dediquei muitas horas para ficar desejável para ele e chegando ele me rejeita? Mas que merda, Christopher!

- Eu não consigo te machucar. – Me virei para ele rapidamente e minha mirada encontrou a sua. – Quando eu disse que você era diferente, eu não estava brincando. Você realmente mexeu comigo. Isso me da medo.

Me aproximei dele e fechei os olhos com força para perguntar:

- Você se apaixonou, Chris? – Ele riu, um riso nervoso até. Meu Deus.

- Eu não não consegui segurar, Dulce. – Me joguei no colo dele, esquecendo a raiva. – Estou completamente apaixonado por você.

Ele só me rejeitou com medo de me machucar, e está com medo porque gosta de mim. MEU DEUS!

Me apertei a ele e respirei fundo. Vou ter uma parada cardíaca.

- Repete.

- Eu estou completamente apaixonado por você.

- De novo. – Idiotice.

- Eu estou completamente apaixonado por você. – Ele sussurrou em meu ouvido. – Mas isso não quer dizer nada, Dulce.

Ele me deixou no chão novamente e se virou de costas. Ele não quer olhar pra mim.

- Eu não quero iludir você. Não quero que pense que sou o que não sou. Eu não presto, você merece coisa melhor! – Ele despejou com a voz falha.

- Nós podemos tentar Christopher. Pode não ser do jeito que você imagina. Podemos cortar esse Christopher pela raiz.

- Como cortar se a flor já brotou? – Me aproximei dele e toquei seu ombro. Seu corpo inteiro reagiu e ele se afastou. – Eu não quero tentar para depois você sair machucada, Dulce. É melhor cada um para seu canto.

- Cada um para seu canto? – Olhei-o nos olhos sentindo meu coração se despedaçando aos poucos. – Sua baixa auto-estima vai te fazer perder tudo um dia.

Sai do quarto tem olhar para trás, coloquei minha mochila nas costas e sai do quarto sem conseguir conter as lágrimas.

Entrei no elevador, coloquei o fone no último e deixei que Miss Movin' On tomasse conta de mim e de minha mente, sem medo algum.

- Desgraçado! – Gritei chutando a porta no momento exato em que ela abriu. A recepcionista me olhou com os olhos arregalados. – Fique com o Uckermann para você.

Sai do prédio e então me lembrei. Eu vim com Christopher, então estava a pé.

- Você é realmente muito idiota, Christopher.

-/-

- EU VOU DAR NA CARA DELE! – Annie gritou esmurrando o volante, eu deixei as lágrimas caírem e apertei as mãos em punhos. – O que esse cara tem de errado? Desistir sem tentar devia ser crime!

- Se acalma, Annie. Você está me deixando mais nervosa do que já estou.

- Talvez você devesse se acalmar e botar a culpa nele. – Ah, isso seria injusto. Annie me olhou como que adivinhando o que eu pensei e trocou a marcha com rispidez. – Se você estiver se sentindo culpada eu juro que...

- A culpa não é só dele, Annie. Eu acreditei nele, eu tive esperanças de que pudéssemos ficar juntos.

- Sonhou com um cinto de fadas. – Assenti com a cabeça e coloquei Rolling In The Deep para tocar. – Melhor música da Adele.

- Sim.

- E agora?

- O que?

- As coisas voltarão a ser como antes? – Respirei fundo e sorri limpando o rosto com a manga do moletom. Foda-se a maquiagem.

- Eu não sei Annie. Eu realmente não sei.

Olhei através da janela a lua grande e laranja que parecia sangrar junto com meu coração e ri.

A vida é uma bosta.