Fanfic: . Submissa ao Amor | Tema: Vondy

Terceiro Capítulo

- A madame não olha por onde anda, não? - eu deveria ter respondido de imediato, mas me perdi em seu olhar - 

Ele era tão bonito, alto, e eu provavelmente estava ficando louca. Tratei logo de me recompor e voltar a ser a Dulce Saviñon fria que não se deixe abater por nada nem ninguém.

- Escute aqui, rapaz, eu sou Dulce Saviñon e não uma madame qualquer como você parece pensar.

- Oh, então você é Dulce Saviñon? - ele estava debochando de mim? - Bem dizem que você é insurportável. - ele gargalhou fazendo com que eu pudesse ver seus lindos dentes brancos - 

- Sou eu sim, agora saia da minha frente que tenho mais o que fazer do que conversar com um maluco da rua. - ele nem sequer se moveu -

- Se a madame se chama Dulce Saviñon, o malucoda rua aqui... - apontou para si mesmo - ... também tem um nome e é Christopher. E eu não sou da rua, estou trabalhando na festa do casamento como barman.

A minha vontade era esganalo. Quem ele pensava que era para falar daquela forma comigo? Cretino! Mais um para minha lista de pessoas odiadas.

- Que seja! Não me importo. - eu fui passar, mas ele fora mais rápido e me segurou - Me solte ou eu gritarei!

- Calma lá, madame! - ele me soltou e ergueu as mãos em sinal de rendiçção - Eu sei que a madame vai dar uma festa em comemoração aos 1 milhão de cópias vendidas da sua revista e queria saber se não tem nenhum emprego sobrando. Eu faço de tudo.

- Um qualquer da vida? - fui o mais sarcástica possível - 

- Não. Não qualquer coisa. Eu sou barman, cuido de idosos, cachorros, gatos, essas coisas.

- Na minha festa não terão animais e acredito que todos os idosos estarão aptos a cuidarem de si mesmos. Quanto a sua profissão de barman, tenho certeza que estarei bem servida deles. 

- Tudo bem. - ele pareceu não se importar e começou a mexer no bolso. Por um momento achei que tiraria uma arma ou um canivete de lá. - Olha, se souber de alguém que precise de algum desses serviços. - ele me estendeu um papel com seu telefone e seu nome escritos à mão. 

Eu deveria ter pego e jogado no lixo, mas não. Eu o peguei e guardei em minha bolsinha de mão. O olhei mais uma vez antes de sair dali. Era cada coisa que me acontecia. Pelo menos o tal de Christopher não tentou me agarrar nem nada do tipo.

Cheguei em casa e larguei o par de sandálias na primeira lixeira que vi pela frente. Fui até a cozinha e tomei um copo de água. Suspirei e me preparei para mais uma noite naquela imensa casa que, a não ser pelos empregados, sempre estava vazia. Nenhum amigo, nenhum namorado. Apenas eu. Eu. Isso era mais que suficiente. Tomei um banho e caí na cama, resolvi abrir o convite de casamento de Anahí. 

- O QUE? - gritei me levantando - Essa droga de casamento é daqui um mês? Só pode ser mentira. Arrrrrg! - amassei o convite, mas logo tentei concerta-lo. - Eu vou, ah querida Anahi, eu vou nesse casamento. 

Comentem que depois tem mais!