Fanfics Brasil - Capítulo 001 Lady L u c k y

Fanfic: Lady L u c k y | Tema: amor/drama


Capítulo: Capítulo 001

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Capítulo 1


 


Meses antes – Setembro:


Sentada no sofá mais confortável do mundo, ao lado de um pote lotado de pipoca, assistindo pela milésima vez ao clássico “Submarine”, Louise refletia sobre sua vida, e percebia que se tudo aquilo fosse um filme, ela com certeza não ganharia um Oscar. Muito pelo contrário, naquele momento sua vida poderia ser classificada em: Um grande fracasso. Apreciando mais uma canção do Alex Turner, desejava encontrar uma solução para alguns problemas, mas também desejava que um meteoro caísse em sua cabeça. Sim, Louise, ou, simplesmente Bia, é um pouco dramática. Tudo bem, ela é muito dramática.


Espere! Antes de continuar, deixe-me apresentar essa garota que não sabe, mas é uma garota de sorte: Bianca Louise, mas prefere ser chamada apenas de Louise. Tem 21 anos, se pudesse teria parado nos 17. É formada em design de moda, e se sente meio frustrada por ainda não ter ido a Paris como grande parte das pessoas que estudaram com ela. Divide um apartamento grande e muito bem localizado com duas amigas. Pode-se dizer que é uma pessoa fácil de conviver, mesmo tendo suas crises de existência e dias de mau humor. Ah, malditos dias de mau humor. Malditas crises de existências também. Nesses dias, Louise deseja apenas se deitar no escuro, colocar sua playlist mais depressiva e fechar os olhos, imaginando um mundo melhor, que com certeza nunca irá existir. Tem um gato amarelo de olhos incrivelmente verdes, chamado Benjamin, que muitas vezes é a sua única e melhor companhia. Sente uma vontade imensa de dar à louca e se jogar no mundo, deixando tudo para trás, disposta a começar uma nova vida. Desde sempre gosta de imaginar momentos e situações que gostaria de viver. Então, esconde dentro de um dos seus travesseiros um diário. Lá, estão todas as suas histórias e desabafos sobre os seus sentimentos. Ainda espera viver um amor que a faça se sentir em um clipe do The 1975, sua banda preferida. Em nenhum momento sentiu-se assim ao lado do Felipe, seu namorado. Estão juntos há três longos anos, e o máximo que ela se sentiu foi em um clipe de algum cantor idolatrado por adolescentes cheias de hormônios a flor da pele. Mesmo assim é maluca por ele. Louise sabe que seu dia irá chegar, e todos os seus sonhos irão se tornar realidade. Sabe também que todas as suas histórias vão sair do papel, assim podendo desfrutar de toda aquela magia. Certo, não precisa ser exatamente do mesmo jeito. Até por que a vida não é como queremos, mas podemos fazê-la chegar perto disso.


— Eu quero um Oliver Tate de 23 anos pra mim. — murmurou, referindo-se ao personagem principal do filme. — Eu quero...


Quase derrubou o pote de pipoca no chão quando a campainha tocou. Levantou-se rapidamente desviando do Benjamin, que dormia tranquilamente. Caminhou rapidamente até a porta, imaginando já quem era...


Felipe.


Lá estava ele. Sempre que o vê sente um frio inexplicável em sua barriga. Culpa do amor em excesso. Todos os dias ela deseja amá-lo um pouco menos. Ou espera apenas que ele a ame mais. Quem se importa menos, se ferra menos. Nos últimos meses ela tem sentido que seu relacionamento está em uma montanha russa que só vai para baixo. Não sabe se é por conta da falta de tempo ou pelo amor – por parte dele – que está diminuindo a cada dia. Simplesmente não sabe, só sente. Os braços do namorado a envolveram em um abraço sufocante.


— Como eu amo esse bafo de cerveja na minha cara. — disse rindo respirando pela boca. — Você não tem noção.


— Olha o que eu trouxe.  — levantou a sacola cheia de garrafas verdinhas de Heineken. — Por que você está aqui?


— Aqui é a minha casa. — fechou a porta. — Seu bêbado.


— Você entendeu o que eu quis dizer. É sexta-feira de madrugada. Tinha que estar comigo. — soltou um suspiro pesado. Os olhos castanhos esverdeados dele estavam pequenos e vermelhos. Seus cabelos loiros mais bagunçados do que de costume.


— Ah, merda, como você é lindo. — murmurou e ele sorriu. — Me dá isso aqui. Preciso beber pra não me importar com o cheiro de álcool e poder te beijar até perder o ar e ficar inconsciente.


— Você mexe com a minha cabeça, cara. Com as duas. Não faz assim.


Sentiu uma faísca de felicidade se ascender dentro de si ao ver que o Felipe dela estava de volta. Ou era só culpa da bebida. Louise pegou uma garrafa geladinha, batendo na estante. A tampinha foi parar longe. Ele deu risada, dando um “high-five” nela. Seus olhos percorreram suas pernas branquinhas, passando pelo moletom velho do Hard Rock Café que um dia foi dele, e por fim parou no rosto dela. Os olhos de Louise brilham toda vez em que ela o encontra, e ele percebe isso. Sente amor pela namorada, mas não da mesma forma. Não como antigamente.


Quando percebeu estava no ambiente cor de rosa familiar, de joelhos na cama, livrando-se rapidamente das roupas dela, e ela das dele. Seu nível de álcool estava tão elevado, que ele não tinha controle dos seus movimentos. Enquanto isso, Louise não se importava mais com o cheiro de cerveja. Sua felicidade por tê-lo ali a beijando loucamente falava mais alto.


Ela riu baixinho. Ele beijou seu pescoço. Ela unhou as costas dele. Ele a pressionou na cama. Ela o queria ainda mais perto. Ele enfiou as mãos entre os cabelos dela. Ela o puxou para mais um beijo. Ele caiu pro lado. Ela não entendeu nada. Ele desmaiou.


Silêncio.


Louise se sentou com os cabelos bagunçados caindo sobre parte do seu rosto. Suas bochechas estavam extremamente coradas e a respiração descontrolada. Por um momento pensou que o namorado tivesse tido um troço, mas logo percebeu que ele só estava dormindo. Roncando.


— Fe! — disse alisando com carinho rosto dele. — Amor, acorda. Você já foi melhor nisso.


Ele resmungou alguma coisa. Aproximou sua orelha da boca dele na tentativa de entender.


— O que? — perguntou.


Laura. — disse virando-se para o lado, ficando de costas para a namorada.


— Que porra é essa? — questionou.


Sentiu seu coração bater na garganta e o rosto começar a formigar. Olhou para Felipe sem poder acreditar no que ele tinha dito. O chutou para fora da cama. Não se importou com o vizinho do andar debaixo, simplesmente o empurrou para longe. Queria que ele fosse parar no inferno, bem no garfo do capeta.


— Saí da minha cama, seu bosta.


Quando se levantou pisou nas costas dele, que soltou um gemido abafado. Continuou de olhos fechados dormindo no chão do quarto. Louise pensou em jogá-lo da janela, mas já estava ferrada demais. Respirou fundo olhando para o namorado. Certo, ele tinha sussurrado o nome de outra mulher.


— Isso deve ter uma explicação. Pode ser a Laura, nossa amiga. — disse tentando se acalmar. — Pode ser uma baita gostosa com mais bunda do que eu. Ah, Felipe, você não fez isso! 



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Autor(a): iamlolab

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