Fanfic: Unconditionally - AyA | Tema: Rebelde, Ponny

``Dizem que se leva um minuto para conhecer uma pessoa especial, uma hora para apreciá-la, um dia para amá-la e mais do que uma vida inteira para esquecê-la.``

POV`s Narrador

Num dia frio, pouco ensolarado e um com vento frio passando sobre as peles dos alunos do Elite Way School, os obrigando a se agasalharem. Numa mesa qualquer do refeitório da escola estavam reunidos Camila e Austin. Uma conversa animada sobre música POP se instalara na mesa, os dois falando sobre o que gostavam e não gostavam, os principais artistas do momento. Poderia Katy Perry bater seu próprio recorde de 5 #1`s do mesmo álbum ou talvez ganhar um grammy? E quem bateria o recorde de views de Adele? Esses eram alguns dos assuntos empolgantes dos dois. Até que Austin interrompeu a conversa para falar sobre uma coisa, acredite se quiser, mais séria que POP.

- Preciso dizer algo a você, Camila, você irá me ajudar. - ele disse olhando diretamente para Camila. Em que enrascada Austin se metera agora? Camila pensou. Ela não concordava com seu amigo andando com aquelas más companhias, Brad e Aaron não eram legais, mas Austin estava cego em querer parecer popular na escola, querer ser algo que não era, que não enxergava o que estava a frente dele.

- Em que você se meteu. Tenho quase cem por cento de certeza que tem a ver com Brad e Aaron. Aqueles dois. - grunhiu Camila socando a mesa e depois reclamando da dor em suas mãos causada pelo impacto. Austin riu triste e assentiu. Camila suspirou pesadamente e disse para que ele prosseguisse.

- Eles estão fazendo uma aposta, e você faz parte dela. - ele a olhou triste. Ele realmente não queria envolver Camila nisso, mas ele não conseguiria fazer isso com nenhuma outra garota dessa escola.

- Oras, Austin! - ela riu em deboche. - E você acha que eu vou ficar com algum daqueles patetas? - ela riu mais ainda e ele olhou para baixo. - mas eu não entendi, ajudar em que?

- Não, mas é que você é tipo... - ele a olhou e ela parou de rir para o olhar séria. - Você é tipo a minha garota.

- MAS O QUE? - ela gritou desacreditada. Ela nunca esperaria alguma coisa como essa de seu melhor amigo dali. Ele abaixou a cabeça triste. - Mas você ficou louco ou o que?

- Você sabe, Camila! - ele bufou. Ela o olhou com desprezo. - Eu não conseguiria com outra garota. Você não poderia tipo, me ajudar com isso? Por favor! Você me entende, você é a que mais me entende daqui. - ele a olhou suplicando.

- Austin... - ela o olhou triste. Finalmente entendera o que ele quis dizer. Ela estava brava com ele, mas como ela iria negar isso a ele? A unica pessoa que a escutou esse tempo todo foi ele. Ela assentiu brevemente e ele radiante a abraçou sorrindo. Ela sorriu também, mas se separou do abraço.

- Mas eu quero que você me conte TUDO, absolutamente TUDO sobre isso. - ela disse frisando a palavra ``tudo``. Ele levantou uma sobrancelha e sorriu maligno. Ela escutou tudo o que ele lhe disse atentamente.

POV`s Anahi

Eram exatamente 6 horas da manhã, e não, Dulce não me acordou hoje. Eu acordei sozinha comprometida a colocar meu plano em prática. Só tinha um problema. Eu ainda não tinha um. Olhei para Dulce que ainda estava dormindo e me joguei em cima dela sem pensar duas vezes.

- ACORDA, VACA! - gritei em seu ouvido. Ela deu um pulo assustada com a mão sobre os seios.

- VADIA! VOCÊ QUASE ME MATOU FILHA DA... - ela me xingou e eu ri de sua reação.

- Tá vendo como é bom. - ri me levantando da cama.

- Por que você acordou agora, sua terrorista? - Dulce disse passando a mão pelo rosto. Senti uma almofadada na cabeça e gemi de dor.

- Onde vocês acham que estão? Casa da mãe Joana? Eu ein! - Maite disse irritada antes de sair do quarto batendo o pé. Para onde ela foi?

- Olha, vinhada. Me conta tudo antes que eu te mate. - Dulce disse olhando para mim. Ela não percebeu que a Maite saiu daqui de pijama?

- Como sabe que eu tenho algo para contar? - eu questionei. Essa mulher tem uns pactos só pode.

- Você nunca acorda antes de mim, mas hoje você colocou o celular para despertar. Estou realmente surpresa que você descobriu essa função do seu celular, mas se você a usou é porque está em problemas, estou certa? - abri a boca para responder, mas ela me cortou. - Estou certissíma, sou um gênio! - ela disse sarcasticamente e eu levantei uma sobrancelha. Ta louca mesmo.

- Eu tenho que salvar o Alfonso. - disse.

- Alô, alô graças a Deus! Parece que você acordou para a vida. - ela abriu um sorriso daqui até na China. - Já tenho tudo planejado na verdade. Eu descobri que o pai dele trabalha numa empresa enorme, mas não se preocupe. - ela falava balançando as mãos toda animada e eu só piscava com a boca aberta. - Eu na verdade tenho um amigo que é primo do amigo dele que é irmão do cara que trabalha lá. - Oi? - Então vai ser fácil e não vamos ter que arrombar a empresa ou alguma coisa assim.

- Espera, arrombar?!

- Sim, garota! Mas se bem que eu ainda não quero ser presa, então vai ter que ser por esse amigo mesmo, mas claro se você quiser a gente arromba! Ou distraímos os seguranças com nosso sex appeal! - ela disse com os olhos brilhando. - Sempre quis fazer isso!

- Não! - exclamei antes que essa doida continuasse. - Tá, louca? Eu vou conversar com ele e não roubar alguma coisa. - ela bufou.

- Não vamos roubar! Seduzir ou arrombar não é roubar, dã. - ela disse como se fosse óbvio.

- Mas é o inicio de um roubo! Já imaginou se nos pegam arrombando o lugar, Deus me livre! - disse. Ela bufou.

- Mas e distrair os seguranças? - ela disse com carinha pidona.

- Não.

- Por favor!

- Não, Dulce.

- Mas eu já até separei a que roupa usar quer ver? Vou pegar! - suspirei e passei as minhas mãos no meu rosto. Antes que eu pudesse dizer que não ela já estava com a roupa em mãos.

- Olha que sexy! - ela exclamou olhando a uma calça de couro preta apertada, um cropped cinza e uma jaqueta preta. - Ninguém irá resistir a Dulce Gostosa aqui vestida nisso! - ela disse e eu suspirei.

- Dul, se quiser usar pode, mas nada de distrair seguranças, meu Deus! - disse. Ela bufou e revirou os olhos.

Nós estávamos na porta da Herrera`s Industries. Um prédio alto e assustador. Incrível como várias coisas na vida são assustadoras, olhando esse prédio eu sou tão pequena, nós somo tão pequenos. Como as pessoas conseguem vir trabalhar aqui todos os dias? Tudo tão cinza, automático e vazio.

- Que luxo! - Dulce dizia animada saindo do carro de Maite. Logo depois eu saí. Olhei o prédio mais uma vez.

Aos olhos dos outros realmente era lindo o prédio, mas para mim não. Aqui não tem vida, pessoas entram, trabalham e saem, todos os dias, repetidamente, mas não faz sentido. Todos em busca do dinheiro e da felicidade, como se dinheiro fosse sinônimo de felicidade, mas não é! Dinheiro é essencial, mas a felicidade é mais que fundamental. Será que essas pessoas realmente são felizes vindo em busca do dinheiro?

- Precisamos ir. - disse saindo do meu transe. Dulce assentiu e olhou para Maite que continuava no carro. Olhei para ela também, afinal o que ela estava esperando? Ficamos olhando Maite com cara de desentendidas e ela nos olhando de volta. Até que Dulce solta um ``Mai?" e ela reage.

- Que? - Maite disse confusa. - Eu sou o carro de fuga, ué. - ela disse como se fosse óbvio.

- A gente não vai precisar disso! - Dulce respondeu rindo.

- Mas vocês não iam... - Maite não terminou a frase. - O que a gente tá fazendo aqui mesmo? - ela disse sorrindo sem graça.
- Eu vim aqui para falar com o pai de Alfonso, e não para assaltar o lugar ou algo assim. - eu ri.

- Oh, desculpe. - ela disse saindo do carro. Dulce fez uma cara de ``finalmente``.

Saímos em direção a empresa, até chegarmos a sala que o amigo do primo do amigo, não, o filho do amigo da mãe do, enfim, disse que era do chefão, digo, pai de Alfonso. E não, não foi preciso seduzir ninguém, já que tivemos livre acesso pela empresa, na verdade Dulce achou umas entradas loucas lá e encontramos aquele amigo coiso, e entramos finalmente. Ufa!

- Olá, posso ajudá-las? - um senhor com aparência adulta, adulta mesmo, loiro muito bonito por sinal, disse nos olhando séria. Maite se encolheu atrás de mim.

- Olá, eu sou Anahi Portilla. - sorri. - Quero saber se você poderia, ér... tipo a gente, não, eu, eu quero, desculpe. - respirei fundo. - Então eu-
- Ela quer saber se pode falar com o chefão Herrera. - Dulce me cortou. Eu a olhei a repreendendo e ela revirou os olhos. - Desculpe-me. - o secretário nos olhou com certo desprezo eu diria. - Ela poderia se encontrar com o sr. Herrera? - Dulce disse finalmente.

- A senhorita possui hora marcada? - o secretário disse nos olhando sério. Ele não sorri não?

- Bom, - sorri sem graça. - na verdad-

- Tem sim. - Dulce disse me cortando, DE NOVO. Eu a olhei desentendida e ela sorriu antes de se voltar para o secretário. - Na realidade, - ela disse se escorando na mesa.- ela entrou em contato com o seu chefe, Sr. Herrera, hoje mesmo, e ele pediu que ela viesse aqui para acabarem de conversar. - ela sorriu para o moço. Não! Ela não está! Sim ela está. MICÃO. Gente socorro alguém me tira daqui! Vou cavar um buraco e me esconder para sempre! Nunca mais voltar a vida again. Socorro.

O secretário a analisou e riu discretamente.

- Me desculpe, mas a senhorita. - riu de novo. Agora que eu morro de vergonha mesmo. - Acho que a senhorita não me-

- Sr. Acker, o senhor  poderia me- Sr. Herrera parou quando nos viu ali. Graças a Deus. Quer dizer, eu acho. E agora?! - E quem são as senhoritas? - ele perguntou nos analisando.

- Eu sou Anahi Portilla. - o respondi antes que Dulce falasse bosta. Parece que meu nervosismo tinha sumido pelo medo dela abrir a boca. - Não sei se o senhor se lembra de mim. - sorri sem graça. Dulce e Maite, que até agora não falou nada, me olharam com cara de interrogação.

- Oh, sim, a garota do Elite Way. - ele disse se lembrando, mas ainda com cara de desentendido. - Mas o que a senhorita está fazendo aqui?

- Eu queria conversar com o senhor sobre o sr. Herrera. - ele me olhou desentendido. Pera o que eu falei? - Digo, sobre o Alfonso.

- Oh, sim. - ele sorriu entendendo, mas o logo o sorriso deu lugar a uma cara preocupada. - Ele te fez alguma coisa? O que ele aprontou dessa vez?- ele suspirou cansado. Hum, parece que Alfonso costuma a dar trabalho. 

- Muito pelo contrário sr. Herrera, ele me ajudou. - eu disse e parece que ele soltou todo ar que tinha nos pulmões.

- Bom, entrem na minha sala, por favor. - ele sorriu e andou até a sala. - Sr. Acker, cancele todos meus compromissos para agora e anote os recados das ligações que receber, por favor. - ele disse radiante. - Afinal, não é todo dia que eu recebo notícias como essa.

Entramos na enorme sala do sr. Herrera. Os moveis eram todos pretos, e as paredes brancas, tudo muito sério, formal e, sim, assustador. Nos sentamos nas cadeiras em frente a enorme mesa de vidro que nos separava da cadeira do sr. Herrera. Ele nos olhou com um olhar esperançoso e pediu para que eu continuasse.

- Bom, o senhor sabe como são as escolas. - comecei. - As fofocas voam.

- Não só nas escolas, querida. - ele riu. Ri também.

- Com toda certeza, sr. Herrera. Como eu estava dizendo, fiquei sabendo que o senhor queria tirar Alfonso de lá por causa de uma festa que ele foi.
- Isso é totalmente verdade, senhorita. - ele disse. O olhei triste e me virei para as meninas que também estavam assim. Era agora que eu precisava praticar meu ato de bravura, me senti mais que pronta.

- Mas eu queria dizer o que ele fez por mim nessa festa. Ele me ajudou quando uns caras bebâdos tentaram se aproveitar de mim, ele chegou lá e colocaram eles para correr. - suspirei. - Nem quero imaginar o que poderia ter acontecido comigo se ele não estivesse lá naquele momento.
Sr. Herrera me olhou com os olhos marejados, porém felizes. Ele abriu um sorriso enorme, parecia tão radiante que nem se lembrava mais de nós naquela sala. Ele me olhou com os olhos brilhando.

- A senhorita está me dizendo que meu filho te salvou de um provável estupro? - ele disse. Estremeci quando ouvi aquela palavra, as imagens ameaçaram a vir, mas eu as bloqueei.

- Sim, senhor. - sorri. - E estou aqui para pedir que não o coloque em um colégio militar. Se não fosse ele eu poderia não estar mais aqui, ou provavelmente em uma clínica de tratamento. - continuei com os olhos marejados.

``Amigos podem ser duros com você. Talvez esperem mais de você do que estranhos. Estranhos te veem do jeito que você quer que vejam. Mas... não dá para enganar amigos. É isso que os torna amigos.`` - Pretty Little Liars.