Fanfic: Unconditionally - AyA | Tema: Rebelde, Ponny

- Sim, senhor. - sorri. - E estou aqui para pedir que não o coloque em um colégio militar. Se não fosse ele eu poderia não estar mais aqui, ou provavelmente em uma clínica de tratamento. - continuei com os olhos marejados.

- Pois bem. - disse Sr. Herrera. - Estou muito feliz que ele tenha feito uma coisa como essa. Eu sei que ele é um bom garoto, afinal eu sou o seu pai. - ele suspirou. - Sinto muito srta. Portilla, mas mesmo ele tendo te ajudado ele me desobedeceu ao ir a festa.

- Mas se ele não tivesse ido, sabe Deus o que teria acontecido comigo. - eu disse com olhar triste. - Pelo que parece ele não tem sido um bom garoto na escola, mas ele tem uma parte boa que me salvou daqueles caras. Não acredito que alguém capaz disso mereça um colégio militar.

Sr. Herrera suspirou longamente. Me olhou com certa pena. O que ele estaria pensando? Ele deixaria o Alfonso no Elite Way? Ele está com dó de mim por ser quase estrupada? A ansiedade estava me corroendo por dentro.

- Irei pensar no caso, srta. Portilla. - ele disse finalmente. Eu pude soltar o ar que estava em meus pulmões e sorrir. Pelo menos não era um não.

- Muito obrigada sr. Herrera. - me levantei da cadeira. - Creio que o senhor irá fazer a escolha certa.

- Eu que tenho que agradecer a senhorita por ter visto o lado que ninguém mais viu de meu filho. - ele sorriu para mim e eu sorri de volta.

Nos despedimos e fomos para o carro de Maite. Dulce claro deu uma piscada para o moço da recepção.

- Isso foi incrível! - disse Mai animada e Dulce concordou.

- Isso foi assustador. - eu respondi.

Entrei no carro e me escorei na janela. O peso da minha consciência havia ido embora. Eu poderia finalmente dormir em paz. Nem acredito nisso. Meu celular vibrou e eu o peguei no meu bolso da calça. Quem me mandaria mensagem agora? O Alfonso? Não, não. Não era de se esperar algum agradecimento vindo dele. Abri a mensagem.

''Quanto tempo acha que a gratidão de Alfonso Herrera durará?
- A''

Mas isso era uma brincadeira ou o que? Olhei para as meninas e elas pareciam estarem presas em seus mundos, nenhuma com celular na mão ou algo. Não eram elas. Então quem seria?

POV's ALFONSO

Olhei minhas malas já prontas. Os garotos estavam me ajudando a guardar tudo. Nunca ninguém tinha feito isso por mim, por mais simples que seja isso. Eu agradeci a eles e fui para a saída da escola esperar o motorista que iria me levar a minha casa. Parece que eu iria para o colégio militar logo de manhã. Meu pai não parecia me querer por perto, eu mereço isso de qualquer forma. O jeito que eu me comporto esses anos não é de se orgulhar. Meu pai sempre me apoiou , mas eu joguei todo esse carinho e amor fora, como se não fossem nada. Mas eram. Irônico mesmo é eu só admitir isso para mim mesmo nessa situação. Não adiantava mais nada. Olhei para as arvores que formavam a paisagem da saída do colégio. Suspirei. Senti uma coisa vibrar em meu bolso. Oh, meu celular.

- Alô? - entendi.

- Olá, filho. - meu pai estava ao telefone. - Queria avisar você pessoalmente, porém não estou com tempo sobrando. - soltou uma risada fraca. Como sempre não é papai? Pensei e revirei os olhos. - Sua amiga Anahi Portilla veio aqui hoje.

- Espera o que? - eu perguntei e cruzei meus braços. O que aquela louca tinha ido fazer lá?

- Sim. Parece que ela ainda não te contou.

- Contou o que? - perguntei curioso. Meu pai suspirou e continuou.

- Bom, querido. Ela conseguiu me convencer a deixar você aí, no Elite Way. - ele disse. Ela o que? - Não tenho tempo para conversar agora, filho. Só queria dizer que você pode voltar ao seu dormitório.

Eu realmente não estava acreditando nisso. Como ela fez isso?

- E não esqueça de agradece-la. - ele afastou o telefone do ouvido, eu suponho, e falou com alguém sobre trabalho.- Desculpe, filho, tenho que ir. Até mais.

Não me preocupei em responder e desliguei. Peguei minhas malas e fui em direção ao dormitório encontrando um Ucker espantado e alegre por minha volta. Contei o que havia acontecido a ele. Agora estavamos sentados na minha cama conversando.

- Eu acho que é a chance perfeita para você! E para mim também. - ele disse. O olhei sem entender. Ele me olhou com um olhar sugestivo.

- Você tá falando para eu chamar ela para sair? - eu o olhei abismado.

- Sim. - ele balançou a cabeça sorrindo. - E seria minha chance de chamar Dulce para sair também. - ele disse.

- Olha, cara se você quer a garota por que não chama ela logo? - eu ri.

- Porque não, ué. - ele disse abrindo os braços.

- Não sei não. Por que a Anahi se daria o esforço de fazer isso por mim? - coloquei a mão no queixo.

- Não sei, ué. Talvez porque você a salvou de ser estrupada. - ele disse como se fosse óbvio. Bufei.

Realmente, mas quando eu fiz aquilo não queria algo em troca. Ela fez uma coisa por mim que eu nunca poderia agredece-la o bastante. Ela praticamente me tirou de uma prisão. Eu poderia ficar irritado por ela estar se metendo em minha vida. Normalmente eu o faria, mas acho que estou em uma parte da minha vida que não quero mais ser como eu era. Eu cresci. Ou talvez eu apenas esteja com pena dessa pobre garota, que desperdiçou seu tempo para me ajudar. Quando estamos ajudando os outros nós estamos nos ajudando? Ralph Waldo estaria certo ao dizer essa frase? Talvez eu devesse agradece-la pelo que ela fez por mim.

- Vou chamá-la para um jantar, para agradece-la por tudo. - suspirei lembrando daqueles olhos azuis, lindos diga-se de passagem. O que eu estou pensando? Eu apenas irei agradece-la.

- Sim, e você também vai chamar a Dulce para ir comigo. - Ucker disse distraído com seu celular na frente do seu rosto.

- Eu? - o encarei e ele me olhou afirmando. - Cara você que tem que chamá-la, algumas mulheres gostam de homem de iniciativa, sabia? - eu ri.

- Não ri não. - bufou. - Ok, eu vou chamá-la. Eu sou o cara mais desejado dessa escola também. - ele sorriu convencido.

- Depois de mim, claro. - eu ri e ele revirou os olhos.

Hoje eu teria física, seria minha chance de chamá-la e agradecê-la por tudo. Andei pelos corredores pensando em como chamá-la. Vamos se dizer que treinei algumas vezes. Não sei por que fiz isso... Eu sou o charme em pessoa. Ri com meu pensamento. Provavelmente ela não vai aceitar. Eu sou um ''putão'' vamos se dizer, qualquer garota sairia comigo, mas ela... Ela é diferente toda certinha, e bonita. Ela nunca se envolveria comigo quando se tem cara com fama melhor que a minha. Ou talvez eu estivesse enganado e ela aceitasse o meu pedido. Eu não queria que ela achasse que eu iria tratar ela como as outras. Aliás isso nem se quer é um encontro de verdade, isso é como se fossemos amigos. Claro, se ela aceitar, será como amigos. E nada além disso, se ela quiser eu quero. Mas se ela não quiser eu também não quero.

Entrei na sala e passei os olhos por ela a procura de Anahi. A encontrei no mesmo lugar de sempre e sorri. Ela percebeu e sorriu de volta. Isso me deu uma sensação diferente. Normalmente as garotas sorriem para mim com malícia, ela pórem me mandou um sorriso, não sei... sincero.

- Olá. - eu disse sorrindo de lado.

- E aí. - ela respondeu sorrindo também.

A professora ainda não havia chegado na sala, então era hora de agir.

- Obrigado. - eu a olhei.

- Pelo o que? - ela me disse desentendida.

- Meu pai me contou. - eu disse. - Eu realmente não sei como te agradecer.

- Huh. Isso não foi nada. Depois do que você fez por mim. - ela disse. - Eu nunca saberei como te agradecer por aquilo.

- Mas eu sei. - eu sorri. - Você poderia me ajudar com uma coisinha. É simples na verdade. - passei a mão pelos meus cabelos.

- Se eu puder eu o farei. - ela me olhou curiosa.

- Sabe a Dulce Maria, sua amiga? - comecei. Ela assentiu. 

- O-oh, você quer um encontro com ela? - ela perguntou.

- Não. - eu ri. - Na verdade eu quero um encontro. - ela me olhei sem entender. - Mas não é para mim, e sim para o meu amigo Ucker. Ele quer sair com a sua amiga, mas não sabe como chegar. Ele vai provavelmente chamar ela hoje.

- Oh, mas onde eu entro nisso? - ela franziu o cenho.

- Eu sugeri para ele que nós fossemos a uma espécie de encontro duplo, só que não precisa se assustar e pensar outras coisas. - ri fraco. - Eu só quero que você me acompanhe porque como ele é tímido seria melhor se a gente tivesse lá com eles. - expliquei. Ela riu.

- Desculpe, não consigo imaginar o Christopher tímido ele é tão... descolado. - ela disse.

- Pois é. Sempre soube que ele tinha uma queda por ela, mas eu até que entendo ele.

- Como assim? - ela me perguntou.

- Ah, sabe como é ela é durona e tal. Isso assusta algumas pessoas.

- Ele que é meio fraco, eu acho. - ela disse tirando uma mecha da frente dos seus olhos. Isso foi tão... Para Alfonso.

- É, realmente... - eu disse. Ela riu.

- Você não vai defende-lo? - ela levantou uma sobrancelha. E então eu percebi que falei igual retardado. Eu ri.

- Eu acho que ele precisa de uma mulher como a Dulce, sabia? - disse.

- Bom, se ela topar eu vou com você, Alfonso. - ela abaixou a cabeça e se concentrou nos livros. Espera o que?!

- O-oh. - gaguejei. Para de ser idiota Alfonso. - Isso seria ótimo! - sorri. - E me chame de Poncho por favor. - ela me olhou e eu pisquei para ela.

- Me chame de Any, então. - ela sorriu.

''Não é triste mudar de ideia, triste é não ter ideia para mudar.''

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Olá, pessoas.

Espero que gostem do capítulo <3

Espero que vocês comentem, porque eu amo quando fazem isso *o* 

maluhastings: UMA LIAR AQUI? AMO! *-* Quem sabe, né non :v

Beijos :3 até mais!