Fanfic: Unconditionally - AyA | Tema: Rebelde, Ponny

POV's Anahi

Acordei disposta hoje, isso mesmo você não leu errado. Tudo bem que Dulce me acordou daquele jeito sutil como uma bomba dela, mas hoje é um dia meio que especial já que eu vou a uma festa. Não que eu nunca tenha ido em uma, mas todas que eu fui antes foram um tédio, só que estou mais animada pois Brad vai estar lá - aliás é na casa dele - e quem sabe eu possa ter uma chance. Não que eu bote muita fé nisso de qualquer maneira. 

Já pronta, me despedi de Dulce e Maite e segui meu caminho para sala, minha primeira aula seria de física que para meu azar nenhuma das duas faziam comigo. Hoje era o dia que o professor escolheria as duplas que ficariam até o final do ano juntas, isso mesmo, nada de trocas. Espero que minha dupla seja legal e inteligente. Espero que eu não tenha que fazer tudo sozinha. Espero que eu não seja zuada pela minha dupla. Espero não estar pedindo demais. Deus me ajude. Amém. Segurei na mão de Deus e fui.
Entrei na sala e me sentei em uma carteira qualquer, logo um menino com aparência de nerd se sentou ao meu lado, bem que minha dupla poderia ser ele, ele não parecia praticar bullying com as pessoas, nem ser burro e não fedia também, perfeito. Meus pensamentos foram interrompidos quando o professor Fernandez começou a juntar as duplas. OMG é agora.

- Ok, agora irei sortear as duplas. Vocês já estam cientes de que não haverá nenhuma troca, correto? - olhou para nós e todos assentiram.

- Enfim vamos começar o sorteio: 
Camila e... Giovanni. 
Lauren e... esperem. Lauren e Lana. 
Natália e... João.

Jesus como ele é lento, ninguém merece. Alguém me tira daqui. Fiquei no ar observando a linda mancha amarela na parede branca por longos minutos, até que escuto meu nome e fico atenta.

- Anahi e... Hm... interessante. - mas o que? - Anahi e Alfonso. 

OK, OK, PERA. Quem é esse? Jesus amado. Tremi na hora que um moreno todo musculoso sentou no lugar antes ocupado pelo nerd. Certo, esse é BEM melhor que o nerd. Mas, será que é inteligente? Não quero ficar passando cola pra esse menino o ano todo. Ave Maria.

- Eai, parceira. - disse Alfonso sorrindo de lado.

- Olá. - sorri tímidamente.

Ele olhou pra mim. Eu acho que eu o conhecia de algum lugar. Não, na verdade eu o conhecia de algum lugar, tenho certeza.

- E então, parece que seremos parceiros até o resto do ano. Ou não. - sorriu de novo. Mas o que, será que ele não sabe? - Espero que nos tornemos pelo menos bons colegas. 

- Espero isso também, mas acho que seremos dupla até o final do ano já que não tem como mudar de dupla. - disse o encarando. Que olhos lindos, que boca linda, que pescoço lindo. OK, se controla Anahi.

- Ah... é verdade. - riu sem graça, como se fosse falar uma coisa, mas acabou falando outra coisa, por que desistiu de falar aquela coisa, meio confuso eu sei.

- Ok, então. - ri também.

A aula se passou e eu não descobri nada a mais sobre Alfonso, que ficava calado a maior parte do tempo fazendo os exercícios. Vejamos pelo lado bom, pelo menos ele não pedia cola. Mas aquela sensação que eu o conhecia de algum lugar não passava. Até pensei em perguntar, mas ele tinha um jeitão meio intimidador, que me intimidou, enfim. Terminei mais um exercício já ia passar pro outro quando a tal festa me veio a cabeça. Vamos analisar, eu não sei nem o que vou vestir ainda. Espero que Maite me ajude. Socorro. E se o Brad estiver lá? Meu Deus, claro que vai estar, é a festa dele. Ta, ok, respira, você vai conseguir Anahi. Conseguir o que? Não sei. Eu não sei o que eu faço mais da minha vida.

- Tá tudo bem? - Alfonso perguntou sorrindo de lado me tirando dos meus pensamentos. Sério, ele tinha que parar de sorrir assim, pelo bem da minha sanidade.

- O que? - o olhei e respondi confusa.

- É que você tá olhando esse exercício a uns trinta minutos e não faz nada. Pensei que fosse mais inteligente. - sorriu de lado, sim de novo.

- O que você quis dizer co-com isso? - gaguejei meio irritada. Droga. Por que eu tinha que ser eu?

- Relaxa. - riu. - Tava brincando. Problemas pra se concentrar? - perguntou. Meu Deus que coiso.

- Tipo isso. - ri fraco, desconcertada. Cara, sério. Alguém me ajuda.

E Deus me ajudou, o sinal tocou. Finalmente né Deus. Patética, é isso que eu sou. Como eu queria conversar com Brad se nem com um estranho eu conseguia? Abaixei a cabeça e saí da sala para a próxima aula. Eu não vou mais pra essa festa.

POV's Poncho

O que dizer da minha primeira aula nessa escola. Era de física e vamos se dizer que eu gosto de física e não era um problema pra mim. Bom, foi interessante até. Conheci uma garota que seria minha parceira o resto do ano,  ela parece ser bonitinha, tinha olhos azuis, na verdade lindos olhos azuis. Parece que eu já a conhecia de algum lugar. Sabe aquela sensação estranha? Então. Ela estava bem tímida, não a culpo, posso parecer intimidante de vez em sempre. Fiquei a observando a aula toda, sem ela perceber, não sei por que. Alguma coisa nela me intrigava. Deve ser loucura minha. Uma hora ela se concentrou num ponto do caderno e fez uma careta, eu ri internamente, uma cena engraçada e fofa até. O que? Fofa? Não sem chances.

Sorrio sozinho enquanto vou andando até o campo da escola. Minha segunda aula seria o teste para ser atacante do time do colégio. Isso vai ser moleza, no meu outro colégio antes de eu ser expulso por bater num vagabundo que me devia, eu era o tipo o Cristiano Ronaldo da escola. Ri sozinho. Isso é o que a solidão faz com você. Entrei pela porta de entrada e avistei Christian e Christopher ao lado da arquibancada que pareciam discutir com três caras.

- Você acha mesmo que é o melhor do time, né? - Christopher disse pra o garoto.

- Claro que eu sou, admita. - o garoto disse e riu junto com os outros dois. - Eu poderia muito bem ser o capitão desse time.

Apenas sentei na arquibancada ao lado dos outros garotos e os observei. 

- Mas EU sou o capitão, apenas aceite, Aaron. - Ucker disse frisando o "eu", sorrindo logo em seguida.

- A escolha foi manipulada, todos sabemos. - disse um amigo, creio eu, de Aaron e Ucker fechou a cara.

- Deixa eu te mostrar o que foi manipulado, Brad. - Ucker partiu pra cima de Brad, mas Christian o segurou.

To vendo que vai demorar e eu realmente não estou com saco pra isso.

- Já acabaram, Jéssicas? - eu interrompi me levantando - Eu só quero passar no teste pra sair daqui logo.

- E você, quem pensa que é? - o tal de Aaron disse.

- Eu sou o batman, não tá vendo? - disse rindo acompanhado de Ucker e Christian. 

- Ah é mesmo? - Aaron disse irritado. - Vamos ver o que acha disso, então.

Aaron me olhou com raiva e me atacou com um soco no lado direito do meu rosto, mas logo desviei e segurei seu pulso com habilidade depois torci seu braço de modo que ele ficou imobilizado nas suas costas. Ele sabia que se fizesse alguma coisa eu quebrava seu braço rapidamente, sem ele ter chances de impedir.

- Acho melhor você tomar mais cuidado comigo, Aaron. - disse seu nome com ironia e puxei mais seu braço pra mim o fazendo grunhir. Todos ficaram em silêncio e ninguém se mexeu, nem mesmo os amigos dele, apenas Brad que me encarava como se fosse me atacar a qualquer momento. Já estava me preparando pra ele também.

- Estava pensando em entrar no time como atacante. O que você acha disso, Aaron? - o perguntei torcendo mais seu braço. 

- Acho que você tem que se colocar no seu lugar, seu filho da puta. - Brad avançou pra cima de mim, mas antes que eu pudesse fazer algo Christopher e Christian o impediram.

Eu os olhei e soltei Aaron o fazendo cair no chão, no final eles sempre eram só músculos, não tinham habilidade nenhuma para lutar. Não iria machuca-lo no colégio também, não era tonto o suficiente para ser preso, depois que se passa dos 18 anos é preciso ficar mais cuidadoso, vamos se dizer. Christopher e Christian soltaram Brad também, apenas um dos amigos de Aaron não fez nada. Eles nos olharam com raiva. 

- Vocês vão me pagar por isso. - Aaron disse e saiu de lá todo nervosinho com os outros dois idiotas. Uii, parece que alguém se irritou.

- Bom, - me virei para Christopher e Christian que me olhavam com surpresa. - como eu faço o teste? - sorri de lado.

- Você terá que fazer várias provas, pra eu ver se você é mesmo tão bom quanto diz. - uma voz atrás de mim disse, eu me virei e me deparei com uma homem que aparentava ter uns 40 anos, cabelos grisalhos, usava uma roupa de treinador. Oh, então ele era o treinador. 

- Senhor...- ele disse esperando que eu falasse meu nome.

- Alfonso. Alfonso Herrera, muito prazer. - falei levantando minha mão que foi apertada logo em seguida.

- Prazer, meu nome é Julian Fitz. - falou. - Bom, eu vi como lidou com Aaron, você pode ser útil aqui. - ele disse sorrindo.

Então temos um técnico mal caráter, isso pode ser ótimo. Posso me dar muito bem aqui. 

- Creio que sim, sr. Fitz. - disse com meu melhor sorriso no rosto.

Fiz o teste e não houve problema algum, passei direto. Como era de se esperar, ainda mais depois do que eu fiz com Aaron na frente dele. Fui nas outras aulas e nada de novo. Tédio seria um bom resumo para elas. Já estava no quarto com Ucker e Christian que comentavam como eu tinha sido foda hoje no treino.

- Você não só humilhou o grupinho do Aaron, como também conseguiu uma vaga na equipe. - Christopher disse. - Posso dizer que sou seu fã, cara. - eu ri.

- Nem foi grande coisa, - eu disse. - Aaron não sabe lutar, só tem força e isso nunca é o suficiente. - eles me olharam animados.

- Você é tipo um mestre em artes marciais? - perguntou Christian. Eu ri.

- Quem me dera, mas fiz umas aulas de boxe e judô, não foram muita coisa, mas já deu pra ter uma noção. 

- Cara, você tem que ensinar uma hora pra gente. - disse Christopher e Christian fez um som em concordância. - Mas agora vamos falar da festa.

- Puta que pariu, já tinha esquecido. - eu disse. - Mas a festa não é do tal Brad que a gente tretou hoje? - perguntei.

- Que foi tá com medo? - Christian disse e riu.

- Quem é que tá com medo aqui? - disse rindo.

- Vamos entrar como penetras lá. Ninguém vai perceber - Ucker disse.

- Bem que podiam. - eu disse. - Seria uma briga interessante. - ri.

- Mas, não queremos ir presos hoje. - Ucker riu. - Quer dizer, você ser preso, o maior de idade aqui é você, não a gente.

- Por isso que vocês devem me respeitar. Sou o mais velho aqui.