Fanfic: Perigoso Contato - Portirroni | Tema: Portirroni
Manhattan, 11:50p.m.
POV`S MAITE
- Suicídio. - John dizia ao meu lado no banco do passageiro do carro.
- Homicídio. - falei digitando o endereço no GPS.
John era meu parceiro, estávamos trabalhando juntos a dois anos. Terminava de comer uma rosquinha quando fomos solicitados.
- Não sei como tem apetite numa hora dessas. - falei dirigindo, olhando para os lados, seguindo as orientações do GPS.
- Depois de tanto tempo vendo essas coisas... Uma hora... Você acostuma. - ele disse pausadamente, enquanto limpava um pedaço de chocolate, no canto da boca.
- Chegamos. - falei apertando os olhos com a cabeça do lado de fora da janela.
Desci do carro e o esperei encostada no veículo, observando o prédio em meu carro Opala de 88, minha paixão. Sempre fui apaixonada por carros antigos e esse foi mais uma de minhas conquistas.
- "Ok" - pensei, checando o batom no retrovisor. - Hey, psiu. Cuidado. - falei quando vi John saindo do carro.
- Você gosta mais desse carro, que das pessoas.
- Sem dúvidas. - eu disse acenando, para que fóssemos logo.
O prédio era antigo, devia ter mais de vinte anos. Classe média, não tinha ninguém na rua aquela hora. Subimos as escadas e seguimos a movimentação que vinha da porta aberta no quarto andar, indicando ser ali onde nossa vítima se encontrava.
- Henri. - cumprimentei meu chefe, que tinha uma expressão rígida.
- Maite. - ele pareceu aliviado ao me ver e cumprimentou. - Esta é Anahí, namorada da vítima.
A cumprimentei estendendo a mão, tendo como retorno a falta de educação de Anahí, que estava de braços cruzados e permaneceu sem dar a mínima. "Grossa!" - pensei. Respirei fundo e contei até mil.
- Certo, me passem as informações, por favor. - pedi voltando meus olhos aos meus colegas de trabalho e pegando uma prancheta.
-" Laura, dançarina, estudante de artes de 20 anos. 1,68m. Presume-se que a morte tenha acontecido há quatro horas. Anahí e ela namoraram por seis meses. A arma é uma calibre 38." eu lia, quando Henri me disse:
- Já foi enviada a delegacia. - respirei fundo, estufei o peito e virei em direção a Anahí com a prancheta.
- Onde você estava a quatro horas, senhorita?
- Está insinuando que eu matei minha namorada? - Anahí perguntou arrogante, ainda com os braços cruzados.
- Não. Só quero saber onde estava a quatro horas. - respondi no mesmo tom.
- Você sabe com quem está falando?
O acessor de imprenssa que estava com ela, tentou acalmá-la.
- Fique calma. Ficar irritada só vai piorar as coisas. - disse ele, no pé do ouvido dela botando uma mão em seu ombro.
Foi então que me dei conta com quem estava lidando: Anahí Portilla, a celebridade revoltada, mimada, estúpida, grossa, petulante, dissimulada. Por mim, podia ser a Cleópatra, se fosse culpada, ela ia levar a pior, doa a quem doer.
- Só falo com o investigador responsável pelo caso. - impinando o nariz.
Ela pareceu ficar desconfortável e parecia lutar muito para se manter calma e acompanhar o caso com atenção. Tentei relevar sua ignorância, pelo fato de a namorada dela estar coberta por um saco plástico, no chão da sala e envolvida em sangue.
- Vou perguntar mais uma vez. Onde estava a quatro horas, Anahí? - indaguei com a caneta batucando na prancheta, quase perdendo a paciência pela petulância dela.
- Só falo na presença de meu advogado. - disse na defensiva.
- E onde está seu advogado? Não estou vendo nenhum. Contratou um advogado que não está aqui com você, acompanhando o caso, senhorita Portilla?! - falei rude.
- Não chegou ainda. - foi só isso que ela respondeu e acenou para o acessor de imprensa, para sumir dali.
Nossos olhares fuzilantes foram interrompidos pela voz de Thomas, o médico legista, que me chamou para analisar.
- Um possível estrangulamento visível. - ele levantou um pouco o plástico e e apontou com uma ferramenta metálica de trabalho.
A vítima estava mais afastada, perto da lareira dentro do apartamento e meus colegas, juntamente com Anahí, estavam mais perto da porta.
- Então a cena foi montada.
- Muito provável que sim. Ela não iria se estrangular e dar um tiro na cabeça.
- Ela não, mas outra pessoa sim. - falei analisando todo o local com cautela.
- Teremos um longo trabalho pela frente. - fiz que sim com a cabeça, enquanto continuávamos anotando e analisando tudo.
Um Ano Depois
Eu estava em um bar com uns amigos da equipe, numa sexta a noite, quando meu celular começou a vibrar. Desbloqueei a tela, era Henri.
- Henri?!
- Está no The Police Beer, Perroni?
- Sim, mas o que houve?
The Police Beer, era o bar oficial dos policiais e geralmente o frenquentávamos, após o expediente e em comemorações.
- Uma garota de 20 anos foi encontrada morta na banheira de uma prédio, na zona norte. Estamos em caminho, preciso que esteja lá o mais rápido possível.
- Mas por que eu? Não só tem eu na corporação! - reclamei enjoada ainda com a garrafa de cerveja na mão, parada próxima ao copo, sem chegar a minha boca.
- Porque a garota encontrada morta, era a namorada da Anahí Portilla. - bufei.
Só podia ser brincadeira!!
- Estou indo. - disse deixando a cerveja na ponta de uma mesa de madeira mais próxima.
Peguei minha jaqueta e as chaves do carro. Coloquei o endereço no GPS, e segui até lá.
Era um prédio bonito, trinta e três andares. A situação de vida da moça era boa. A vista que aquela cobertura devia ter, dispensaria qualquer justificativa para se terminar na banheira, envolta da água perfumada de sangue.
Encontrei John, Henri e Thomas, já no local, apreensivos. E Anahí revirou os olhos, quando me viu entrando. Pelo menos dessa vez, parecia ser o advogado dela, ao lado. Ignorei-a e fui de encontro aos meus colegas.
- Thomas, me atualize, por favor. - me dirigi a Thomas dentro do banheiro. Ele parecia aflito pelo que viria.
- O pescoço... Do mesmo jeito. - suspirou fraco.
A garota tinha apenas o rosto e o pescoço apoiados na parte superior da banheira. O cheiro de sangue, empregnava o banheiro todo. A mesma idade, a mesma violência no pescoço.
- Onde esteve o dia todo, senhorita? - me dirigi a celebridade, com cara de entojo, pra variar um pouco.
- Só sabe falar isso? Não tem outra pergunta não? Muda esse disco. - respondeu arrogante, com as íris azuis fixas em mim.
- Não estou aqui para diversão, senhorita Portilla. Podemos conversar melhor na delegacia, se quiser. Ou pode me responder agora, onde esteve o dia todo.
- No estúdio, okay?! - ela se viu sem saída e armou na defensiva novamente. - Passei a merda do dia inteiro gravando no estúdio, satisfeita? - os olhos dela pareciam arder de ódio.
- Certo. - eu disse fazendo algumas anotações. - Pode me falar sobre ela, por gentileza?
- Pra que? Vai trazer ela de volta? - disse estúpida. - Se fizesse seu trabalho direito, talvez ela estivesse viva. - como se não fosse estúpida o suficiente, completou com isso.
- Senhorita Portilla, preciso que pare de birra comigo e coopere. Estou trabalhando.
- Não, eu estava trabalhando! Estive o dia inteiro na droga de estúdio, enquanto minha namorada estava morta. - totalmente fora de si, quase partindo pra cima de mim.
O acessor de imprensa, mais uma vez tocou em seu ombro, fazendo-a lembrar que eu era autoridade e ela deveria me respeitar. Como uma adolescente rebelde, suspirou pesado, deu de ombros, e resolveu cooperar.
- Caroline, 20 anos, estudante de moda. Namoravamos a seis meses. O que quer saber mais? O tamanho da roupa? O endereço da caixa postal dela? O nome do cachorro? Com que frequencia transavamos? - dizia com o tom de voz alterado, agressiva, fazendo o acessor tomar a frente e vir falar comigo.
- Me perdoe, ela está abalada com tudo isso. É muita pressão. Sabe que ela é uma figura pública. Pode estar sofrendo algum desses ataques de serial killer, obcecado com ela. Está tomando remédios controlados e não consegue dormir. Chega no estúdio dopada de remédios ou com cheiro de cigarro impregnado até o cabelo. Tente compreender sua atitude agressiva.
- Eu tenho álibe, ok? Tenho gente que pode provar que eu estive gravando o dia todo. - Anahí parecia serena, tomando um copo de água, conversando com Henri, sentada um pouco longe de nós. Parecia calma. Acho que a irritação dela é comigo!...
Vi uma moça entrar com cara de pânico no apartamento, correndo em direção a Anahí.
- Anahííí, meu amorrrr. Eu sinto muito. - afagava os cabelos de Anahí, que a abraçava com os olhos marejados.
Estávamos no meio de uma investigação, e Anahí e tinha chamado público?! Essa garota precisa de limites! Fui até elas, que ainda estavam abraçadas.
- O que significa isso? Com licença, estamos no meio de uma investigação.
- Sou Heidi, fã número um! - a moça sorridente estendeu a mão. Estava sentada no colo de Anahí.
- Heidi, por favor, nos dê licença. Só os envolvidos no caso e... Anahí. - falei analisando Anahí dos pés a cabeça.
- Não seja rude. Ela só está tentando ajudar, veja como estou. - Anahí tentou defendê-la.
- Muito ajuda quem não atrapalha Anahí. Isso aqui não é diversão. Por favor. - estendi a mão, apontando para a porta aberta de saída.
Heidi ligou o desconfiômentro e saiu sem graça.
- Eu te espero lá embaixo, Any. - disse de forma delicada.
- Qual o seu problema? - Anahí levantou nervosa, aumentando o tom da voz.
- Você é o meu problema! - respondi no mesmo tom.
Escutei um pigarro familiar interrompendo nossa conversa. Era Thomas.
- Tudo pronto, podemos seguir ao IML.
- Ótimo. - falei me recuperando do stress e voltando os olhos a ele.
- Sendo assim, acho que nos vemos por aí, senhora investigadora. - Anahí falou sarcástica, me acompanhando com os olhos.
- Acredite, não por escolha minha. Passar bem, senhorita Portilla.
Hi leitores =D... Fic saída do forno, espero ki gostem!! <3
Autor(a): christopheralex
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POV`S MAITE "Ter clientes como Anahí Portilla, definitivamente, tornam meu trabalho mais difícil!" - pensei enquanto revisava alguns relatórios em cima da mesa. Quando ouvi dois tocs na porta. - Pode entrar. - falei ainda concentrada nos papéis. - Seu preferido. - John entrou com dois Starbucks na mão. - Obrigada, John. - agrade ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 45
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maite_portilla Postado em 24/07/2017 - 00:06:35
Adorei a historia, é uma pena que uma fanfic perfeita com essa tenha sido abandonada:(
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rosaalves Postado em 10/11/2016 - 16:10:09
Afffsss, continuaaa
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Paula Portiñon Postado em 05/08/2016 - 10:32:01
Uma pena que não terminou excelente história
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Magda Postado em 22/01/2016 - 10:56:53
adorei!!!!!!! gente, qm diria hein Maite? kkk posta mais!
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Furacao Maite Postado em 19/01/2016 - 17:49:00
Vou ler a nova fic!!
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Magda Postado em 19/01/2016 - 14:57:30
nova leitora posta mais!!!
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ccamposm Postado em 19/01/2016 - 11:19:50
Eu sumi porque tava sem internet mas já voltei lalala aaaaah essa cena no chuveiro tem que ser real sz Fic nova? Portirroni? Já vou ler u.u
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maite_uckermann Postado em 18/01/2016 - 23:31:25
Aff na melhor parte :/ Acho que dessa vez não é um sonho da maite. Continuaaa
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Furacao Maite Postado em 18/01/2016 - 23:05:09
(de tdas as minhas)
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Furacao Maite Postado em 18/01/2016 - 23:04:47
Hahahhahhaa deixa eu te contar minha historia de vida. No orkut a primeira fic que postei era portirroni, era a EMPEZAR DESDE CERO , eu postava em uma cmm de webs de rbd. Eu perdi meu perfil e demorei anos para voltar. O orkut ja estava bem caídinho e a cmm de webs nao tinha mtus leitores e nao tinha uma cmm ativa portirroni. Entao fui para a portinon e comecei a criar fics AyD, inclusive adaptei a empezar para la... Tdas minhas fics sao do orkut, menos a O AMOR NUNCA ACABA, SÓ AUMENTA que eu criei depois de postar e me empolgar postando as fics aqui...só q no meio da historia coloquei portirroni e minhas raízes falaram mais alto. Entao criei a SEMPRE SEREI SUA FÃ que é a fic que eu mais amo de todas rs