Fanfic: Perigoso Contato - Portirroni | Tema: Portirroni

POV’S MAITE

- Bom dia. – cumprimentei a todos, passando pelo corredor da corporação, vendo alguns escutando passos apressados atrás de mim.

- Perroni, tem alguém querendo falar com você. – a medida que fui me aproximando de minha sala, ouvi gritos ecoando pelo lugar.

Não era possível que alguém estivesse perdendo as estribeiras em plena as 08:00am de domingo. Na verdade, era possível sim!

- EU EXIJO FALAR COM A PERRONI! – escutei nitidamente fazendo meu fôlego falhar.

- Pois não. – falei andando com passos pesados, quase furando o piso.

- VOCÊ NÃO TEM DIREITO DE SE DIRIGIR A ANAHÍ SEM A MINHA AUTORIZAÇÃO! – o senhor continuava aos berros.

- Por favor senhor, primeiro abaixe o tom, somos autoridades aqui. – falei a milímetros de distância.

- Pode ser o Papa! Você não tem o direito! – senti o cuspe dele chegando em mim.

Contei até mil, o olhei ofegante discando alguns números no celular ou fingindo que estava discando. Aproveitei para entrar em minha sala e fechar a porta atrás de mim, retomando a minha calma.

John e Henri deram duas batidas e entraram. John, graciosamente, já tinha deixado um café em cima de minha mesa. Sentei em minha poltrona e bati os documentos do caso Portilla que já estavam em cima de minha mesa.

- Eu preciso que me passem as informações do interrogatório da Portilla. – falei olhando-os. Ficaram calados por alguns segundos, se encarando.

- Ela está ai fora com o assessor. – John disse em tom fraco.

- Está? – perguntei perplexa, pois não a tinha visto. – Ok, mas eu preciso do documento do interrogatório, por favor. – de novo eu pedi gentilmente.

- Não tem Perroni. – Henri falou rígido.

- COMO ASSIM NÃO TEM, HENRI?? – quase cuspi o café, que tinha bebericado.

- Apenas não tem. O advogado dela não deixou. Ninguém passa por ele e chega a Portilla.

- Ele não é ninguém! – afirmei alterada. – Quem ele pensa que é? Isso aqui é caso de polícia, não há espaço para caprichos. As coisas devem ser feitas por bem ou por mal. – levantei furiosa, rodeando minha mesa e saindo da sala.

Procurei Anahí e a vi sentada com um casaco vinho as mãos cobertas e a expressão fraca, olhando pra baixo. Só se escutava o barulho de meu salto scarpim, no piso, não vi mais nada. Parei em frente a ela, tocando em seu braço, sem força.

- Portilla, na minha sala agora. – ela levantou a cabeça e me olhou com a mesma cara de tédio dos outros encontros. Olhou para os lados, procurando o assessor e o advogado, que logo apareceram como fantasmas do meu lado, tentando impedir.

- VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO! – ouvi o advogado fora de si, quase estourar meus tímpanos.

- Isso aqui é uma delegacia, senhor. É um procedimento padrão. – falei a altura, sem perder a classe, claro. - Anahí, me acompanhe, agora. – ela olhou para eles como se não pudesse fazer mais nada e me seguiu com passos pesados, como se fosse um tédio estar ali.

- Sente-se. – pedi, já dentro da sala, enquanto rodeava minha mesa e sentava. Ela continuou em pé, batucando no chão, de braços cruzados.

- Não falo sem me advogado. – ela estava maluca?? Desvio de personalidade?!

– Podemos ficar aqui até 2020, Portilla, até suas pernas de super star cansar e sentar. Quer um tapete vermelho? Eu busco. – “bipolar!” murmurei mentalmente. Ela me lançou um olhar, como quem não gostou de ser debochada.

- O que te faz pensar que eu vou responder suas perguntas? – indagou arrogante. Nem parecia a mesma garota da noite passada... Respirei fundo e contei até mil. Meu número preferido. 

- Você tem alguma irmã gêmea? – saiu sem querer.

- O que? – levantando as sobrancelhas.

- Não, pergunta errada. Olha, eu preciso de respostas, tanto quanto você, então se me ajudar, eu te ajudo. Eu não gostaria de estar nessa posição e eu sinto muito pelo que anda acontecendo com você. Mas eu preciso que coopere, para que eu possa te ajudar a desvendar isso. – falei calma, notando que a tinha feito sentar.

- Eu não gosto de você e não me agrada nem um pouco estar aqui. – cada parte dessa frase me cortou no meio. – Não dá a mínima pro caso nem pra mim. Só quer mandar e me trata como se eu fosse um lixo. – cuspiu as palavras.

- Não precisa gostar de mim, só basta ajudar, cooperar. E eu me importo sim, estou trabalhando dia e noite em seu caso, mas as coisas não são tão fáceis assim. – disse fraco, olhando-a totalmente na defensiva, observando cada gesto. Não sei porque estou me sentindo tão mal, parece que este caso está me afetando mais do que deve afetar. Está abalando meu psicológico.

Terminamos o interrogatório e satisfeita, liberei Anahí de minha sala.

- Você é muito abusada mesmo, insolente. – ouvi o advogado de Anahí, mais uma vez partindo pra cima de mim, sem respeito nenhum.

Meu humor, que já está péssimo, só aliviou quando eu ordenei aos policiais presentes:

- Você está preso por desacato à autoridade. – falei rude. – Levem-no. – ordenei aos policiais e assim o fizeram.

Furacao Maite** ebaa, sério, eu <3

naiara** :3 claro!! eu amo d+ a tua fic amor repentino <3!!