Fanfic: Perigoso Contato - Portirroni | Tema: Portirroni
- Preciso falar sobre o caso. - me recompus. Ela tinha me visto olhando-a, sem sombras de dúvidas.
- Posso falar apreciando um bom vinho antigo? - vindo em minha direção.
- S-sim, como quiser. Pode abaixar ou desligar o som? - não querendo ser chata, só quero fazer meu trabalho e sair desse desconforto gigante, tão gigante como essa cobertura. Anahí não parece nada bipolar, parece saber muito bem o que faz e sabe jogar em seu território. Pode convencer qualquer um a qualquer coisa.
- É Demi Lovato! - aumentando o tom da voz e me fitando como se eu fosse de outro mundo. - Você não gosta de Demi Lovato? Quem não gosta de Demi Lovato? Enfim, vou desligar só para ouvir sua voz, vossa majestade. - aquela garota nasceu com o sarcásmo ou ficou assim com os anos? Me irrita ao mesmo tempo que parece querer me agradar, mesmo que soasse forçado. Anahí com certeza é um misterio, dentro do caso, a desvendar.
- Sem gracinhas, Portilla, por favor. - pedi, encarecidamente, alternando meus olhos dos papéis e nela, sentada no outro lado do sofá. Ela assentiu, abaixou o som com um controle e pôs os olhos claros sobre mim.
- Sabe que precisa cooperar no caso, certo?! Você não é de ferr, eu preciso que faça um acompanhamento com a psiquiatra da corporação. - falei um pouco menos desconfortável, cruzando as pernas, olhando-a.
- Okay. - suspirou pesado. No fundo, sabia que precisava de acompanhamento, por tudo que está acontecendo e não pode simplesmente, fingir que está tudo bem.
- E preciso... Que... Não se relacione... Amorosamente com ninguém, por enquanto. - observei-a passar a ponta da língua sobre os lábios, devido ao gole de vinho que tinha tomado.
- HAHAHAHA - começou a gargalhar alto. - Isso não é sério, é??! - ironizou, ficando, nitidamente, irritada e se levantando.
- É para sua segurança. E de suas... De seus...
- Namoradas, Perroni. Repete comigo, na-mo-ra-das! Em pleno século XXI, e parece que nunca viu duas meninas se beijando. De que planeta você é? - disse debochada.
- Como você é estúpida, Anahí. Estou tentando te ajudar. - levantei e juntei minhas coisas.
- Você está tentando me ajudar? Você está tentando é me foder e não é da melhor maneira que conheço! Estou tentando, juro que estou tentando cooperar, ajudar e ser paciente, mas toda vez que tento ser legal com você, você me ferra. Que tipo de precaução é essa? Prenda esse filho da mãe e minhas namoradas não aparecem mortas, pronto. Simples assim!
- Já fiz o que tinha que fazer aqui. Alguma dúvida? - perguntei me aproximando da porta.
- Na verdade, tenho sim. - vindo em minha direção, trancando minha passagem pelos lados. Prensada na porta, escutei seu peito subindo e descendo, apressadamente e furiosos, a centímetros de mim.
- Pergunta. - manti o fôlego a mínima distância possível, que era só o que eu podia, devido as circunstâncias.
- Você gostou? - indagou me observando atentamente. Nunca tinha notado que a íris dela mudava como humor ou mal humor. Engoli em seco e a analisei dos pés descalços a cabeça. Do que raios ela está se referindo? Como ela pode ser tão dissimulada?! Se referiu a ela e seus trajes? Porque foi o que deu a entender...
- Portilla... Eu não acho que seja apropriado... - comecei vendo Anahí abrir um sorrisinho maroto no canto da boca.
- Do que acha que eu estou falando, moça? Perguntei se gostou do aparatamento. Do que mais eu estaria falando?! - concluiu debochada. Se afastou de mim, o suficiente para abrir a porta. Com um sorriso cínico, ainda completou o meu total desconforto e vergonha pela vesteira que eu tinha falado. - Como você costuma dizer?! Ah, sim. "Passar bem", srta. Perroni!
***
- Maite?
Ouvi a voz conhecida que a algum tempo não escutava.
- Alfonso! – fingi entusiasmo para me safar do esquecimento de retornar a ligação na outra noite.
- É muito tarde para assuntos profissionais?
- Deixa eu ver... – olhei as pilhas de papéis espalhados por todo o edredom branco em cima da minha cama. Já passava da meia noite. – Nunca é tarde para o meu trabalho! – completei.
- E para assuntos não tão profissionais? – senti uma sugestão em seu tom de voz.
- Alfonso... – falei séria.
- Calma Tetê, só tentei a sorte. Não desistirei de te conquistar. Embora eu ache que gosta mais do seu trabalho do que das pessoas... – disse brincalhão. – Mas em que posso lhe servir?
Minha cama era King Size. Comprei-a há pouco tempo, assim que fui promovida, pelo simples fato dela ser bem espaçosa. Não com a intenção de dividi-la com alguém, até porque pelo meu sono conturbado, a pessoa sairia prejudicada e preferiria dormir no sofá, do tanto que eu me mexo. Alfonso e John tem razão, eu sou o que chamam de “Workaholic”. Alfonso, segundo Dulce, sempre foi apaixonado por mim, desde a escola, e investia pesado. Eu nunca fui boa de sacar as coisas no ar e sempre fugi de relacionamentos. Estava sempre focada nas aulas, nos trabalhos e agora só mudei o foco para minha carreira. Continuo a mesma! Então nunca pensei em ninguém dormindo aqui, pra ser sincera.
Já estou a mais de cinco minutos explicando a situação para o Alfonso. Disse que eu preciso das informações das meninas, de todas as últimas movimentações delas nas redes sociais, para o caso.
- É isso. Você pode me ajudar? – perguntei observando a fumaça do café diminuindo no criado mudo, ao lado da cama. Sinal que ele já está esfriando.
- Claro! Não irei te decepcionar, Maite.
- Obrigada. Me liga assim que conseguir algo? – mordi os lábios, organizando a papelada espalhada, lendo mentalmente o nome Anahí Giovanna Puente Portilla, no topo dos relatórios.
- É a Anahí, não é?! – senti um choque estranho, percorrer todo o meu corpo ao escutar esse nome.
- E-ela o q-que? – gaguejei? Sim, gaguejei! Deve ser o sono.
- É um caso envolvendo a estrela Portilla, certo?! – me aliviei, quando escutei do que se tratava. Pelo visto, ele já está com a mão na massa nos computadores e eu com meu MacBook, ligado ao meu lado.
- Sim. Mas olha o sigilo.
- Sim senhora. – conteve uma risadinha. – Quer ter acesso as conversas picantes? – não, não quero! Ou quero??
- Preciso ter acesso a tudo, Alfonso. – falei séria.
Sério?! Conversas picantes?! É como se eu estivesse entrando no mundo secreto da Anahí superstar Portilla. É como se eu entrasse na cabeça dela, tendo em visto que as redes sociais são 99%, do que se passa em nossas mentes. Quem não morreria por isso? Eu, Maite Perroni Beorlegui, não morreria por isso! É meu trabalho, nada mais.
- Já estou enviando algumas informações... E... Pronto, foi. – ouvi suaves barulhinhos de teclas.
- Mas já? – dei um pulo, vendo que o arquivo já tinha chegado.
- Não brinco em serviço Maite. – falou todo charmoso.
- Muito obrigada! Vou começar a dar uma olhada. – sugerindo o término da ligação.
- Ok, logo te mando mais. – falava como se estivesse no viva-voz, escutei teclas apressadas.
Ele não estava brincando! Realmente mandou as “conversar picantes”. Comecei a ler as primeiras linhas e minimizei a tela, pegando minha xícara, rezando para ainda estar em tempo de sentir aquele bom e velho líquido amargo quente, descendo pela garganta.
Senti as regiões do meu rosto esquentarem, quando comecei a ler. O fato daquilo ser o que é, me deixa desconfortável, como se meu rosto mudasse de cor, como se eu não fosse gostar do que leria. Sentiria vergonha, se fosse comigo.
Comecei a achar que isso é errado, como se eu estivesse invadindo a privacidade de alguém. Com que cara olharia pra Anahí, depois disso?! Assim como na psicologia, meu trabalho não permite envolvimento emocional com o cliente. Quando começar a me afetar, preciso mandar o caso para algum profissional ótimo que eu conheça. Mas até agora isso nunca aconteceu! Sempre consigo manter as emoções onde precisam estar.
Eu sou do tipo de pessoa, que não consegue dormir, sem antes tomar um quente e delicioso café. Sempre amei liquido quente, sempre fui uma grande apreciadora. E tomá-los após a meia noite, me ajuda a ficar mais atenta as minhas leituras importantes. Coloquei o MacBook na perna e continuei a leitura.
“Vc ñ sabe o que eu daria p sentir seus lábios de novo, seu corpo no meu de novo, sua língua na minha...”
Por Diós! Ajustei meu óculos no rosto. Será uma grande leitura!...
“Ñ seja por isso, estou aí em 15 minutos”
“Mas vc não tem show hj?!”
“O único show q eu quero hj á noite é o q o seu corpo vai me dar!"
- Essa Anahí... Não perde uma! Não tinha turnê pra fazer não? – ouvi minha voz solitária, ecoando pelo quarto, fazendo-me rir. Passei os olhos apressados, sentindo meu rosto corar.
“Vou tomar banho agr. Gostaria q fosse do jeito do nosso último banho...”
“O q está vestindo?”
“Só a sua camiseta preta”
“Me provoca pq eu ñ estou ai!”
“Vem...”
“Tenho show hj, se ñ, estaria aí te beijando, te arrancando essa camiseta e ouvindo teus suspiros...”
“Vou te perdoar só hj... Queria sentir o sabor da tua boca, do teu corpo. Vai ser o banho mais triste...”
“Ñ vai ñ. Quero q se toque pensando em mim, enquanto estiver tomando banho e isso ñ é um pedido, é um ordem, okay?!!”
Suspirei nervosa e em um ato involuntário, peguei a xícara e levei a boca, lembrando-me que não tinha mais nada, infelizmente.
- Anahí, Anahí... – cantarolei irônica, como se soubesse o que ela tinha feito no verão passado e literalmente, é quase isso. Anahí não pode ser a assassina... Ou pode?! Sair por aí dando perdidos nas namoradas a troco de que? Parece se dar bem com elas. Não parecia ter problemas sérios...
“Amor, vem p cá”
“Tô no estúdio, qnd sair passo aí, tá bom?! Ainda tá estudando?”
“Sim, biologia vai me matar”
“Eu q quero te matar... De bjs, de amassos, te dx sem fôlego”
Suspeito ou romântico?!?
“Só isso?”
“Te dx sem roupa tb!”
“Ai, Any, vem logo q a única biologia q eu quero é a sua! Fiquei molhada só de pensar...”
De duas uma, ou essas garotas eram chegadas em uma celebridade ou a Anahí superstar Portilla, é realmente boa no que faz. Espera, porque eu estou pensando nisso?? Calma, Maite. Só estou avaliando a situação, não estou imaginando-a em ação, estou?! Não, não, não, chega por hoje!... Fechei o MacBook e larguei do outro lado da cama. Deitei como intuito de relaxar, mudar o foco e pensar um pouco. Peguei um dos papéis e comecei a revisar. Me veio a imagem de Anahí só de camiseta preta e calcinha, desfilando pela enorme cobertura, descalça e sem pudor. Mordi os lábios.
Não, não, não... Tossi um pouco e li em voz alta, tentando espantar os pensamentos.
- Ematoma número sete... – engoli em seco e continuei lendo.
Dei um pulo da cama, assustada, quando escutei a campainha tocando. Mas o porteiro não tinha ligado para avisar...
- Não vou atender nem a pau! Vai que é alguém tentando me matar. – quando se trabalha nisso, tudo e todos estão querendo te matar.
Dessa vez, foi o celular tocando e “andando” no criado mudo.
- Alô? – falei com a voz abafada.
- Vai abrir a porta, Perroni? Não tenho a noite toda! – a voz de Anahí soou irritada.
-Mas o que...? – destranquei a porta, vendo-a passar extremamente irritada com passos pesados.
- Não vai se vestir Perroni? – Anahí tinha os braços cruzados, com um sorriso na boca me olhando dos pés a cabeça. Foi aí que eu notei que estava com a minha “roupa de dormir”. Eu gostava de dormir largada às vezes, como essa camiseta grande e branca que eu estou. Ou então, pijamas com estampas de bichinhos e acredite, eu gostaria de estar vestindo os pijamas estampados.
- Eu não sou você Anahí! Não esperava sua agradável surpresa. – fui áspera. Anahí está em meu apartamento, aquela hora da madrugada, me tirando de minha privacidade, de meu conforto com a irritaçãozinha dela. Saí apressando os passos.
- Não precisa. Fica melhor sem ela! – senti Anahí puxar meu braço, apertar minha cintura e me beijar, prensando-me na parede.
ccamposm** obg ki bom q gostou =)
Furacão Maite** dnd. Bom, agr ela ñ tem cm fugir, rsrs :p
chaverronis2forever** belezau ;D!! tb amo portirroni
ObG PoR ComMeNt!!
Hasta luego...
Autor(a): christopheralex
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Nova Capa :D - Anahí! - empurrei-a, sentindo-a ainda com as mãos firmes em minha cintura, mantendo um sorrisinho diabólico. - Você não... Eu ainda sou... Mas o que... - não consegui completar frase nenhuma, diante da situação. - Você gagueja sempre ou eu que te deixo nervosa? - perguntou ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 45
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maite_portilla Postado em 24/07/2017 - 00:06:35
Adorei a historia, é uma pena que uma fanfic perfeita com essa tenha sido abandonada:(
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rosaalves Postado em 10/11/2016 - 16:10:09
Afffsss, continuaaa
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Paula Portiñon Postado em 05/08/2016 - 10:32:01
Uma pena que não terminou excelente história
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Magda Postado em 22/01/2016 - 10:56:53
adorei!!!!!!! gente, qm diria hein Maite? kkk posta mais!
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Furacao Maite Postado em 19/01/2016 - 17:49:00
Vou ler a nova fic!!
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Magda Postado em 19/01/2016 - 14:57:30
nova leitora posta mais!!!
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ccamposm Postado em 19/01/2016 - 11:19:50
Eu sumi porque tava sem internet mas já voltei lalala aaaaah essa cena no chuveiro tem que ser real sz Fic nova? Portirroni? Já vou ler u.u
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maite_uckermann Postado em 18/01/2016 - 23:31:25
Aff na melhor parte :/ Acho que dessa vez não é um sonho da maite. Continuaaa
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Furacao Maite Postado em 18/01/2016 - 23:05:09
(de tdas as minhas)
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Furacao Maite Postado em 18/01/2016 - 23:04:47
Hahahhahhaa deixa eu te contar minha historia de vida. No orkut a primeira fic que postei era portirroni, era a EMPEZAR DESDE CERO , eu postava em uma cmm de webs de rbd. Eu perdi meu perfil e demorei anos para voltar. O orkut ja estava bem caídinho e a cmm de webs nao tinha mtus leitores e nao tinha uma cmm ativa portirroni. Entao fui para a portinon e comecei a criar fics AyD, inclusive adaptei a empezar para la... Tdas minhas fics sao do orkut, menos a O AMOR NUNCA ACABA, SÓ AUMENTA que eu criei depois de postar e me empolgar postando as fics aqui...só q no meio da historia coloquei portirroni e minhas raízes falaram mais alto. Entao criei a SEMPRE SEREI SUA FÃ que é a fic que eu mais amo de todas rs