Fanfic: Perigoso Contato - Portirroni | Tema: Portirroni

POV`S ANAHÍ

Ou eu estava bem louca, ou a senhorita Perroni estava me intimidando de propósito e fodidamente sensual, a ponto de acusá-la de assédio. Mas isso era a última coisa que eu faria. Mew, porque ela tinha que ser tão linda e sexy?!

- "Espera... Me chamou de bonita?" - abriu um sorrisinho sarcástico, no canto daquela boca, extremamente convidativa. O que ela pretendia com aquilo? Tirar respostas de mim ou tirar minha roupa? Bem que eu queria que fosse a segunda opção. Mas ela devia ter lá seus jeitos de conseguir o que queria e não era do tipo que desistia fácil. Eu já estava convencida de que ela era a melhor pessoa para resolver o caso. Pena que parecemos cão e gato, a maior parte do tempo.

Parecia injusto ela me "provocar" daquele jeito. Provocar, era isso que ela estava fazendo. Definitivamente, os remédios estavam começando a bagunçar meus neurônios, porque ela estava ali; parada em minha frente, a poucos centímetros de mim, dividindo o espaço, me fazendo orar e xingar, ao mesmo tempo pela situação em que me encontrava. Minha respiração ficou descompassada e pela primeira vez, eu não tinha uma resposta grosseira na ponta da língua. Nem sentia raiva, eu só sentia que...

Pô, eu estava perdidamente ferrada. Estava extremamente atraída, pela investigadora criminal, responsável pelo meu caso.

- "Droga, Anahí!" - pensei, mordendo os lábios, olhando-a, procurando alguma coisa pra falar, sem parecer muito babaca ou muito romântica.

- Porque não vai acontecer mesmo! - soltei.

- Acontecer o que? - perguntou com os olhos fixos nos meus, com a mesma posição autoritária.

- Da gente se beij... De eu te beij... De nos beijarmos! - ufa! Quase que não sai.

- Costuma gaguejar frente as autoridades, senhorita Anahí? - indagou diabólica, usando contra mim a minha frase do dia do apartamento.

- Eu preciso ir, até mais. - tirei seu braço, que me fechava delicadamente e abri a porta, vendo-a com o sorriso sensual estampado me olhando.

- A propósito, não vai acontecer mesmo, senhorita Portilla! - deu um tchauzinho, forçadamente amigável.

Essa mulher é louca, só pode! Cínica, dissimulada! Ela tinha me colocado contra a parede, literalmente. Quem ela pensa que é?! Depois a bipolar sou eu. Vem toda autoritária, com aquele narizinho lá em cima. Tenho todas as garotas que eu quero, comendo na minha mão, quando eu quero e como quero. Até parece que uma investigadorazinha... Se eu não a conhecesse, poderia jurar que ela queria arrancar um pedaço meu.

Saí da sala dela furiosa, como se tivesse perdido uma batalha. Como se tivesse ficado encurradala pela investigadora latina, que parece saber exatamente o que provoca e o mais estranho era saber que eu tinha gostado. Gostava do efeito que ela me causava.

- "A propósito, não vai acontecer mesmo, srta. Portilla!" - as palavras dela se repetiam, pausadamente, por aqueles lábios carnudos a centímetros de mim... Ninguém resiste e nem despreza Anahí Portilla! Anote isso Maite Perroni Beorlegui.

Hasta Luego...