Fanfic: Sem Saída-Ponny | Tema: AyA

Capítulo 1  

Não havia maneira de dizer que não. Maite Herrera a tinha convidado para uma festa no rancho da família em Jacobsville, Texas. Anahi Portilla tinha utilizado todo seu repertório de desculpas, incluída aquela de que seu irmão maior, Afonso Herers seria capaz de atirá-la aos tubarões, mas nem isso tinha dado resultado. - Ele me odeia, Maite - tinha protestado falando por telefone desde seu apartamento de Houston - E você sabe. Seu irmão preferiria não ter que voltar a me ver nunca mais. - Isso não é verdade - respondeu Maite. - Poncho vai gostar de vê-la - assegurou-lhe sem muita convicção utilizando o diminutivo que pouca gente no mundo podia utilizar com o Alfonso. É obvio, Anahi não era uma das pessoas escolhidas. - Claro, agora entendo. O que acontece é que dissimula o afeto que tem por mim mostrando-se zangado e sarcástico - comentou Anahi. - Vai ver que é isso!! - respondeu Maite com humor. Anahi se espalhou no sofá e retirou o cabelo loiro da face. Usava-o muito comprido agora, mas ao recordar de Brody Vance gostava de cabelos compridos seus olhos cinza resplandeceram com um brilho especial. Brody trabalhava na filial da Ritter Oil Corporation em Houston com ela, e era um diretor muito competente, exatamente igual a ela. Atualmente, Anahiera sua ajudante, mas se tudo saísse bem, Brody seria logo o diretor de recursos humanos e ela ficaria com seu posto. Brody tinha uma namorada que era a diretora do departamento de marketing de uma importante empresa de Houston, mas sempre estava viajando. Brody estava sempre sozinho, assim estava acostumado a almoçar com ela e Anahi se esforçava para apaixonar-se. Brody estava começando a fixar-se nela até o ponto que Alfonso a acusar de querer subir no escalão profissional deitando-se com ele… - Nada Disso! - exclamou Anahi recordando a inesperada visita de Alfonso ao seu escritório, acompanhado por um executivo da empresa que era um amigo pessoal. Aquela aparição não tinha sido boa para seus nervos. Ver Alexander, de surpresa, tinha feito com que derretesse dos pés a cabeça, embora tivesse tentado se controlar. - Como disse? - disse Maite. - Nada! - disse Anahi - Perdão. Estava pensando em voz alta. Sabia que Alfonso tem um amigo que trabalha em minha empresa? - Ah, como? - Sim, chama-se Jasper Duncan e é o diretor de recursos humanos de nossa divisão. - Ah, sim, Jasper! E você como sabe? - Porque o senhor Duncan se apresentou com seu irmão em meu escritório enquanto eu estava falando com… bom, com um bom amigo, meu chefe. - Sim, com quem meu irmão acredita que você está dormindo. - Maite! - Perdão - riu Maite envergonhada - Já sei que não há nada entre vocês, mas já sabe como é meu irmão. Alfonso sempre pensa o pior. Já sabe sobre Raquel. - Todo mundo sabe sobre Raquel - murmurou Anahi. - Aquilo foi há seis anos e seu irmão segue jogando isso em nossa cara. - Fomos nós quem apresentamos - disse Maite à defensiva. - E como íamos saber que ela era uma prostituta que só queria se casar com um homem rico? - Venha a festa, por favor. Se não vir, vai arrepender, Derek vai vir. Derek era o primo longínquo do Maite, um homem muito bonito de costumes um tanto estranho e senso de humor mais estranho ainda. - Já sabe o que ocorreu a última vez que Derek e eu nos encontramos. - Asseguro a você que meu irmão já se esqueceu daquilo. - Estou advertindo-a que seu primo sabe como me convencer para que faça o que ele quer - disse Anahi preocupada. - Não deixarei você nem a sol nem a sombra para que ele não a deixe se levar por seus impulsos. Venha, assim, de passagem, lhe mostro minhas últimas criações. - Muito bem, irei - concordou Anahi por fim -, mas se eu partir um tronco na cabeça do seu irmão, não diga que não avisei! - Não direi nada, asseguro. - Então nos veremos na sexta-feira pela tarde, por volta das 4:00 horas - disse Anahi. - Alugarei um carro e… - Por que não vem de avião? Não quero que passe o que passou da outra vez. - Você diz isso porque seu irmão teve que  vir para me tirar da delegacia por partir a cara do descarado que tinha me insultado depois de me golpear em um semáforo? - disse Anahi com ironia. - Exato - riu Maite. - Muito bem, o que você quiser - anuiu Anahi. - Ótimo! Então, me fale a que hora e em que vôo chega e iremos… irei buscá-la. - Muito bem - respondeu Anahi sem se dar conta do que sua amiga havia dito. - Até então! Já verá o bem que nos fará. - Com certeza que sim - disse Anahi desligando o telefone. Nada mais fazer, recriminou-se por ser tão fraca. Sabia que Alfonso ia fazer de sua vida impossível. Nunca parecia se fartar de aborrecê-la, mas desde que foi viver em Houston, onde ele trabalhava, parecia agüentava-a ainda menos.