Fanfic: Sem Saída-Ponny | Tema: AyA

Cap 10

— Eu tampouco — confessou Any. — Achava que você me odiava.

Poncho suspirou.

— Não sabia que estava escutando, mas me senti horrivelmente mal quando 

vi você na manhã seguinte. Parecia envergonhada e humilhada e tudo era por 

minha culpa. Queria falar com você… para pedir desculpas, mas você começou a 

se distanciar. Então, dei-me conta do terrível engano que tinha cometido.

Any brincou com um dos botões de sua camisa.

— E, então, precisou de minha ajuda para apanhar um narcotraficante.

— É boa, Any, mas certos agentes me deviam alguns favores e poderia 

haver o pedido a eles…

— Então?

Poncho sorriu.

— Então, pedi isso a você porque a estava perdendo — confessou beijando-a 

com ternura. — Era a única maneira de me aproximar de você.

— E Belinda?

— Nunca gostei dela, desde minha festa de aniversário, não a quero nem vê-

la. Maite não contou isso?

Any negou com a cabeça.

— Quando minha irmã me contou que você ouviu nossa conversa, embebedei-

me. Bastaram-me dois whiskies para ligar para você e pedir perdão e você sabe 

que não estou acostumado a pedir perdão de qualquer jeito.

Any se derreteu em seus braços.

— Estava tão envergonhada pelo que tinha passado…

— Eu adorei — apontou Poncho beijando-a. — Sonhei com isso, na 

verdade, toda a noite.

— Eu também — murmurou Any.

— Acreditei que você gostava de Brody — murmurou Poncho. —

Acreditei até quando você se atirou com o carro naquele homem. E pensar que 

poderia ter perdido você!

— Sou mais dura que muitos jeans — brincou Any.

— E mais doce que o mel — acrescentou Poncho — Venha aqui —

acrescentou apertando-se contra ela — Está-me matando.

— O que?

Poncho a olhou nos olhos.

— Você não se dá conta de um homem que está ansioso para se deitar com 

você?

Any o olhou com as sobrancelhas arqueadas enquanto Poncho apertava 

seu quadril contra ela para que notasse sua ereção.

Any engoliu saliva.

— Poncho, a camisola transparente e a caixa de preservativos era uma 

brincadeira…

Aquilo fez que Poncho cair em gargalhadas.

— É única pessoa que me faz rir dessa maneira sabia? —suspirou — Em 

qualquer caso, tenha certeza que daria um braço meu para poder fazer amor 

com você agora mesmo.

Any ficou completamente vermelha.

— Suponho que um de nós poderia descer até a farmácia mais próxima —

murmurou.

— Agora não, mas prometo que quando terminarmos o caso vamos fazer uma 

visita à farmácia.

— Muito bem — Any sorriu.

— Passarei amanhã pela manhã para buscá-la no trabalho por volta das nove

— murmurou Poncho beijando-a. — Vou levar você pessoalmente para 

Jacobsville.

— Vejo que está realmente preocupado.

— Sim, Any, estou realmente preocupado. Não abra a porta para ninguém 

e não atenda o telefone.

— E se for você?

— Você ainda tem o celular que eu te dei?

— Sim.

— Fiquei com ele ligado para o caso de precisarmos nos falar. Não hesite em 

me chamar se tiver medo.

— Pode deixar, ligarei.

Poncho a beijou pela última vez e se foi.

Any se apoiou contra a porta enjoada por tudo o que estava acontecendo 

em sua vida. Poncho estava tentando lhe dizer algo, mas não sabia o que era.

Ficou se perguntando durante a noite inteira e quando amanheceu ainda não 

tinha encontrado uma resposta.