Fanfic: Sem Saída-Ponny | Tema: AyA

— Parece que seu namorado não está gostando de me ver conversando com 

você-murmurou Francisco dando-se conta de que Poncho estava olhando 

para eles. — Não será sua prima ou algo assim?

— Não — respondeu Any. — Sou a cozinheira!

— Perdão?

Neste momento Poncho se aproximou e tirou a taça de champanhe de 

seu mão.

— Não vou quebrar — murmurou Any. — Sei que é de cristal do 

Waterford!

— Quantas taças você tomou? — quis saber Poncho.

— Não fale assim comigo! — respondeu Any. — Tomei três taças e não 

estou bêbada.

— Ah claro! — disse Poncho agarrando-a nos braços. — Eu me encarrego 

dela! — acrescentou olhando para Francisco.

O corredor de fórmula suspirou.

— Muito bem. Prazer em conhecê-la, Any.

— Eu digo o mesmo. É a primeira vez que conheço um corredor de fórmula 

um!Poncho levou para o corredor do segundo andar.

— Quer parar? — queixou-se Any dando tropeções com os saltos. Poncho empurrou para a biblioteca e fechou a porta.

— E você quer deixar-se seduzir por homens casados? Gómez e sua mulher 

ocupam atualmente as capas da metade da imprensa amarela do Texas.

— Por que?

— Porque o pai dela acaba de morrer e ela herdou a empresa. Quer vender e 

seu marido a enfrentou nos tribunais.

— E continuam casados?

— Pelo visto, sim, mas me disseram que ela está grávida de outro.

— Eu adoro as amizades que você e Maite tem — apontou Any com 

desprezo.

— Amizades com as que você jamais se encaixaria — respondeu Poncho.

— Certamente. Além disso, não quero. No mundo em que eu vivo, a gente se 

casa por amor e tem filhos por amor. Esses aí fora não sabem o que é o amor!

— Deve estar muito cansada — apontou Poncho — por que não vai para 

cama?

— Por que não vem comigo? — sorriu Any.

Poncho  ficou olhando-a aniquilado e Any aproveitou para molhar os 

lábios, tal e como tinha lido em uma revista. Pelo visto, aquilo excitava os 

homens.

Apoiou-se nele como tinha visto fazer a mulher de Francisco com o outro 

homem e o acariciou com a perna.

— Olha-me, mas não me vê — murmurou beijando-o no pescoço. — Não sou 

bonita nem sou sexy, mas morreria por ti…

Os lábios de Poncho a interromperam se apoderando de sua boca com 

ferocidade.

Não tinha sido nada premeditado, mas ao senti-la contra seu corpo, 

Poncho tinha se excitado e se deixou levar sem pensar nas conseqüências.

Any respondeu aos seus beijos com a mesma paixão e, quando Poncho a 

tomou nos braços e a deitou sobre o sofá, deixou-se ir.

Poncho estava surpreso não só de quanto a desejava, mas também de 

quanto Any desejava a ele. Deitou-se sobre ela, colocando uma perna entre as 

suas, e começou a acariciar seus seios, que rapidamente responderam 

enrijecendo-se.

Any gemeu e começou a desabotoar-lhe a camisa. Aquilo era perigoso. 

Any estava o deixando louco e Poncho  podia controlar.

Ao sentir suas mãos no torso, estremeceu de desejo.

Tomou os quadris de Any e as levantou para que se encontrassem com sua 

potente ereção.

A cabeça de Any dava voltas. Todos seus sonhos estavam virando 

realidade. Poncho a desejava! Apertou-se contra ele sem deixar de beijá-lo, 

mas Poncho a olhou nos olhos com a respiração entrecortada.

— Não pare — murmurou  Any voltando a mover os quadris.

A proposta era tentadora, mas Poncho suspeitava que Any era virgem e 

não queria aproveitar-se dela naquelas condições.

— Está bêbada, Any — disse.

— Eu o que?

— Não diga tolices — disse Poncho ficando de pé.

Voltou a olhar e se deu conta de que a desejava com todo seu corpo, mas 

não podia fazê-lo. Any estava muito vulnerável.

Any suspirou e fechou os olhos. Teria sido todo um maravilhoso sonho?

— Venha, levante-se — disse Poncho.

Any abriu os olhos e viu que Poncho a estava olhando com dureza.

— Tem que ir à cama agora mesmo. — Não posso, tenho que lavar os pratos.

— Any!

— Sim, sou a cozinheira, a lavadeira e a melhor amiga — riu Any ficando em pé.

Poncho  a pegou pelo braço e a levou pelo corredor e a deixou na porta do 

quarto de hospedes que ocupava.

— Vá para cama — disse apertando os dentes.

— Você não vem? — disse Any apoiando-se na porta.

— Vá para cama — insistiu Poncho.

— Sempre me dando ordens — suspirou Any. — Você não gosta de me 

beijar?

— Amanhã pela manhã vai se arrepender de tudo isto.

Any bocejou e teve a impressão de que tudo dava voltas.

— Acho que vou dormir — anunciou.

— Boa idéia.

— Poderia dizer a Francisco para que subisse? — perguntou Any quando 

Poncho se afastava pelo corredor. — Eu gostaria de me sentar com ele um 

momento na cama e que ele me contasse algo sobre corridas de carros.

— Nem em sonho! — respondeu Poncho com frieza.

Esperou uns minutos e voltou para o quarto de Any para assegurar-se que 

estava dormindo. Abriu a porta e comprovou que estava na cama, mas vestida. 

Decidido a não deixar-se arrastar pela tentação novamente, voltou a fechar a 

porta e retornou para a festa.

Estava tão arrependido por ter se deixado levar por Any que se mostrou 

muito mais solícito com Belinda que de costume. Quando a festa terminou, 

acompanhou-a até seu quarto e a beijou com insistência, mas seu corpo não 

reagiu.

— Está cansado — disse ela sorridente — Temos todo o tempo do mundo. 

Durma bem.

Poncho voltou para o salão, zangado consigo mesmo por sua impotência 

ante a única mulher que podia curá-lo. Jamais tinha se deitado com Belinda

embora tinha estado a ponto de fazê-lo uma vez.

Irritava-o ter se excitado daquela maneira com Any e não excitar-se com 

uma mulher tão sofisticada como Belinda. Talvez fosse a idade.

Surpreendeu-se em ouvir ruídos na cozinha e se dirigiu para lá. Ao entrar, 

comprovou que se tratava de Maite, que estava pondo pratos na máquina de 

lavar.