Fanfic: Enquanto Houver Razões ❥ | Tema: RBD

Giovanna: Mãaaae! – largou a mochila no meio do caminho e correu para abraçar a mãe. Dulce que vinha logo atrás apanhou a bolsa da menina e seguia em direção à portaria.
Anahí: Oi minha vida – agarrou a filha um tanto quanto exagerado – Eu te amo tanto meu amor, tanto tanto... – por mais que tentasse não conseguia frear as lágrimas.
Giovanna: Eu também amo você bem grande – agarrou-se à mãe que ainda a apertava contra seu corpo – do tamanho da distância daqui até a lua – escutou Annie soluçar devido ao choro – Por que cê ta chorando mamãe?
Anahí: Porque eu sou uma bobona – olhou para cima tentando parar as lágrimas e foi soltando a filha. Giovanna estava entre as pernas da mãe, que permanecia sentada no banco – Sou uma boba por chorar sendo que tenho a pessoa mais importante do mundo comigo.
Giovanna: Não é pra chorar mamãe – colocou a ponta do dedo na lágrima que escorria pelo rosto da mãe – você já é uma mocinha – repetiu a frase que sempre ouvia quando chorava por qualquer besteira. Anahí sorriu de leve e limpou o rosto.
Anahí: Tem razão, mas não se preocupe, já passou – olhou para os lados buscando a amiga e não encontrou – Bem, vamos subir, sua madrinha fugiu de nós duas.

Levantou-se pegando a filha no colo, ajeitou uma perna de cada lado. Estava pesada sua bebê. Deu um beijo na testa da menina enquanto caminhava até o elevador. Enquanto olhava os números marcando os andares, foi lembrando de tudo o que viu mais cedo. Encostou no grande espelho que havia atrás dela, e fechou os olhos. Teria que ser forte. Mal sabia o que estava lhe aguardando assim que saísse daquele elevador.

Giovanna: Manhê já abriu, vamos – colocou as duas mãos no rosto da mãe e colocou suas testas – você ta cansada porque cuidou de muitos bebês?
Anahí: É amor – abriu os olhos e sorriu ao sentir a filha tão próxima. Deu um beijo na pontinha do nariz da pequena e a colocou no chão – Vamos.

Antes de abrirem a porta escutaram Dulce conversando com alguém, e a conversa logo foi interrompida quando Annie entrou na sala. Eram Maite e Dulce.

Giovanna: Tia Maaaai – correu ao encontro da tia que a pegou no colo a enchendo de beijos.
Maite: Ah que delícia essa menina! – deixou o rosto colado de lado com o da sobrinha que tinha as pernas agarradas em volta de sua cintura e olhou Annie – Passei no hospital pra te contar sobre a festa que meus pais darão para comemorar 40 anos de casados, e então fiquei sabendo... Eu sinto muito amiga – não quis tocar no assunto porque a sobrinha estava ouvindo – Sabe que estarei do seu lado sempre não é? Pode contar comigo.
Anahí: Obrigada Mai – sorriu fraco sentando no sofá em seguida. Se inclinou um pouco apoiando os braços nas pernas e tampou o rosto com as mãos. Ficaram em silêncio por uns instantes. A olhavam com dor no coração, Dulce se aproximou e sentou ao seu lado pousando a mão por cima de suas costas.
Dulce: Vai passar amiga, é difícil mas vai passar, confia em mim – passou a mão nas costas da amiga tentando confortá-la.
Giovanna: O que dinda? – não entendia porque a mãe estava assim. Ela era sempre tão alegre e divertida – porque você está triste mamãe?
Anahí: A mamãe só está cansada meu amor – levantou o rosto e olhos as duas que estavam ainda agarradas - Mai será que pode colocar ela no banho por favor?
Maite: Claro! – disse já virando em direção aos quartos – Ah Annie, peguei sua bolsa e trouxe pra cá, está bem ali – apontou em cima da mesa.
Anahí: Obrigada Mai – esperou que a morena desaparecesse com a filha para se virar para a ruiva – Dul... – respirou fundo pra encontrar forças – Isso está acabando comigo, não consigo acreditar... Eu sei que estava na cara que ele havia se envolvido com alguém, mas como dizem... O que os olhos não vêm o coração não sente. E depois de ontem... Como ele teve coragem? Ele não pensou em mim, não pensou na nossa filha, ele mais uma vez só pensou nele próprio – enxugava as lágrimas que teimavam em cair – Me sinto horrível, sinto que fui usada. Estou me sentindo humilhada. E o odeio mais ainda ao imaginar o sofrimento que isso tudo vai causar na Giovanna, eu falhei Dul – voltou a chorar.
Dulce: Amiga não se torture tanto – pegou na mão da amiga – Você fez tudo o que pôde, se deu por inteira, amou por dois. Fez vistas grossas tantas vezes... Sabemos o quanto lutou pra salvar seu casamento, mas chega uma hora Annie, que precisamos parar de nos rebaixarmos tanto – falava vendo a amiga chorar a cada palavra, sabia que a verdade machucava – Annie... você é única! Ele é só um cara – olhou pra porta da sala que ligava ao corredor dos quartos e viu Mai se aproximar – Não quero que você pare de chorar, tem que por pra fora mesmo, não precisa ser forte sempre amiga... Mas precisa enxergar que foi ele que perdeu, e não você.
Anahí: Ah Dul... – abraçou a amiga sem forças pra falar.
Maite: Eu também quero abraço! – andou até o sofá e sentou do outro lado da amiga – deixou ela no meio sendo abraçada pelas duas – Faça minhas as palavras da Dulce viu? Sempre soube que meu irmão era um idiota, só não fazia ideia do quanto – passou a mão pelo braço da amiga.
Anahí: Obrigada meninas, obrigada de verdade por estarem aqui – se soltou do abraço. Precisava de um banho e cama, sentia como se um trator tivesse passado por cima de seu corpo.
Dulce: Sempre estaremos aqui Anahí! – sorriu – Bem... Poncho esteve aqui antes de você chegar – olhou para Mai apreensiva.
Anahí: Esteve?
Maite: Sim, eu vim com ele. Ele achou melhor resolver as coisas antes de você chegar, não queria discutir mais uma vez e... – parou de explicar quando Annie se levantou e correu pro grande quarto de casal.
Dulce: ANNIE! – ela e Mai se levantaram e correram atrás da amiga.