Fanfic: Enquanto Houver Razões ❥ | Tema: RBD

Dulce: Bom meu amigos queridos, quis os reunir aqui para partilhar com vocês uma decisão importante que eu e Ucker... – olhou para o marido que a incentivou a prosseguir – Resolvemos tomar após tantas tentativas...
Maite: OH MEU DEUS! Vão adotar um bebê? Não me diga que vão para a África! – disse exasperada – Dessa vez vou poder ser a madrinha? – batendo palmas.
Alfonso: Maite por Deus! – rolou os olhos – Será que dá ao menos uma vez na vida para se tocar e não ser inconveniente? – ralhou com a irmã, Giovanna escutava a conversa sem compreender exatamente o que falavam, estava concentrada em terminar seu prato logo, pois sabia que sua mãe não lhe daria o doce se não o fizesse por completo.
Maite: Nossa, poxa vida, eu só fiquei feliz ok? – disse emburrada, empurrando o resto da comida com o garfo.
Anahí: Alfonso, pode ser menos intolerante? – o repreendeu – Continue amiga, quero saber a decisão que desejam dividir conosco.
Dulce: Obrigada Annie... – colocou a mão sobre a do esposo – Bem, temos uma casa linda, nosso casamento está em um momento maravilhoso – parou por uns instantes se arrependendo de ter dito isso, sabia que o casamento da amiga estava sendo empurrado com a barriga – E bem... Só falta um bebê não é amor? – sorriu para o companheiro que lhe retribuiu a ação – Mas estamos tentando há tanto tempo, que já desisti de tê-lo ao modo tradicional – Maite se remexia na cadeira, louca para falar, mas a bronca de Poncho a deixou realmente magoada.
Alfonso: E o que pretendem fazer a respeito? – curioso, talvez tanto quanto Maite.
Christopher: Bom, queremos tentar inseminação – olhou Anahí – Mas Dulce só aceitaria com uma condição.
Anahí: E qual a condição Dul? – Sorria imaginando uma Mini-Dulce brincando com Giovanna.
Dulce: Que você quem cuide disso Annie, por favor! – olhou a amiga com apelo nos olhos – Já tive tantas decepções, que não quero ter mais fracassos com isso, e confio tanto em você...

Ok. Por essa Anahí realmente não esperava. Como assim que ela cuidasse disso? Fazia quase cinco anos que não sabia o que era entrar em um consultório no papel de médica. Olhou Alfonso procurando algum sinal, e encontrou uma cara fechada. Ele era contra.

Alfonso: Você enlouqueceu Dulce? – bebendo um gole de água – Por mais que Anahí ainda estivesse em plena profissão, não dá para garantir que vai dar certo só pelo profissional!

Maite vendo que o clima fechou, pegou a sobrinha no colo e a levou para a piscina, se sentaram na beirada e ficaram ali molhando os pés.

Anahí: Hum – coçou a garganta – Bem Dul, Poncho tem toda a razão, eu me sinto lisonjeada por confiar tal feito à mim, mas faz tanto tempo que me afastei... Além do mais todo o processo depende muito do seu organismo...
Dulce: Annie por favor, por favor – suplicava – Eu sei de tudo isso, mas eu quero tanto...
Christopher: Olha Annie, sei que decidiu se afastar do seu cargo no hospital pelo nascimento da Giovanna, mas veja como ela está grande! – sorriu apontando a menina que se divertia com a tia – Além do mais, a escola dela é ótima e te dá a opção de esticar o período, anda Annie, você tem que voltar!

Anahí estava confusa, só de imaginar voltar a rotina maluca que tinha antes de plantões, barulhos de ambulâncias, sangue, choro de crianças, gritos de mães aflitas pelo nascimento de seus filhos... Nossa, era isso! Ela amava tudo isso e abriu mão tão facilmente, poderia ter dado conta da filha e do trabalho como tantas mulheres, mas Alfonso implicou tanto, disse que se ela trabalhasse ele teria que se desdobrar também para dar conta da filha e do trabalho, que o melhor seria dividir. Ela cuidaria da filha e ele se dedicaria ao hospital. Egoísta! Grande egoísta! E estava sendo mais uma vez agora, podia ver em seus olhos, não a queria tão perto.

Anahí: Tudo bem – sorriu – vocês têm toda a razão! Preciso voltar a trabalhar.
Alfonso: NÃO! Você não vai voltar – bufou – Você sabe como isso vai acabar Anahí!
Dulce: Já chega Poncho! você não tem que se meter nisso, ela é sua mulher mas não é sua propriedade, se ela quer ela tem todo o direi... – foi interrompida.
Alfonso: Ah é? E me diz, quem? QUEM VAI AUTORIZAR? Porque eu como diretor daquele hospital não vou concordar com tamanha burrada.
Christopher: OPA! Não se esqueça que eu também sou diretor daquele hospital, e tenho tanta autoridade quanto você em aceitar Anahí lá! – Poncho olhou o amigo desacreditado – Qual é Poncho? O que deu em você cara? É sua mulher! Sabe o quão boa ela é nisso!

Poncho respirou fundo, sabia que havia perdido a guerra. Não tinha motivos, Giovanna já não dava tanto trabalho quanto dava ainda bebê, Anahí era realmente muito boa no que fazia, talvez tenha sido a melhor obstetra que o hospital já tivera. Teria que ceder. Droga.

Anahí: Gente olha só, eu... – tentou se acalmar, não pensou que o marido ficaria tão furioso – Eu não preciso voltar para o hospital, não quero trazer mais aborrecimentos – olhou para a amiga – Eu posso acompanhar todo o processo amiga, vou estar do seu lado, a todo o momento.
Alfonso: Não, tudo bem... – agora mais calmo – Tudo bem, eu só... Eu só não consigo imaginar como será nossa casa sem você cuidando de tudo como faz – olhou a esposa – Mas o Ucker tem toda a razão, você é ótima, pode voltar quando quiser.
Dulce: Assim é que se faz Poncho! – sorriu para o amigo e levantou para ir buscar a sobremesa, seguida de Annie que retirava a mesa e levava para a cozinha.
Christopher: Poncho, escuta só – olhou em volta para verificar se as mulheres não escutariam – Eu sei o por quê desse show todo, já peguei você e a Camila diversas vezes no hospital – Poncho engoliu a seco, tomava tanto cuidado, como podia ter sido flagrado – Eu não contei nada para a Dulce, me sinto um miserável por isso. Mas tome cuidado, Anahí estará por lá, e se eu tiver que escolher entre Anahí e Camila, sabe onde irá parar sua linda amante.

Poncho quis ir embora logo após a sobremesa, disse que estava com dor de cabeça e que precisava descansar, pois no domingo ficaria de plantão. Como pegou carona com a irmã, teve que ir embora no carro da esposa. Anahí se despediu da amiga e prometeu que no mês seguinte estaria pronta para voltar ao trabalho. Giovanna foi reclamando que ainda tinha torta de morango o suficiente para comer durante a tarde toda, mesmo sabendo que a mãe jamais permitiria. Seu cupcake estava intacto, não iria destruir a cara de sua boneca preferida tão cedo.

Anahí: Obrigada por no final das contas concordar com a minha volta.
Alfonso: Sim, mas sabe como eu penso – parou no farol e gelou ao olhar pro lado da mulher e ver Camila no carro ao lado, não havia percebido que era ela, teria passado o farol vermelho. Se tivesse sorte o farol abriria logo, um, dois, três...
Anahí: Sei, mas... – olhou distraída para o lado e pode ver os lábios da mulher ao lado, estava pintado com um laranja-bem-vivo. Era ela. Tinha certeza! Olhou para o Poncho que batucava os dedos insistentemente no volante, estava nervoso. Deu uma última olhada para a mulher parada ao seu lado. Loira. Parecia ser magra. Cabelos ondulados e compridos. Infelizmente muito bonita. Poncho saiu cantando pneu assim que o sinal abriu.
Alfonso: O quê? Estava dizendo alguma coisa? – olhou pelo retrovisor vendo o carro de Camila desaparecer no meio de tantos outros. Anahí notou isso.
Anahí: Nada... Só obrigada mesmo assim. – foram calados até em casa.