Fanfic: Enquanto Houver Razões ❥ | Tema: RBD

O coração de Anahí batia descompassado. Como aquele homem conseguia deixá-la tão perdida com apenas um toque? Fechou os olhos quando sentiu Poncho tão próximo, quase sorriu ao escutá-lo dizer que sentia falta dela. Como ela precisava escutar aquilo, por ego, orgulho ferido. E acima de tudo, pelo amor imenso que sentia por ele. Tinha vontade de dizer que também sentia falta dele, que o amava, que ele era o único que conseguia o melhor dela. Então sentiu a mão dele entrar por dentro de sua blusa, e subir levemente por suas costas. Seu corpo inteiro se arrepiou. E quando sentiu os lábios dele tocar os seus, se afastou.

Anahí: Não... – afastou o corpo do dele abrindo os olhos – Vai embora Alfonso.

Alfonso: Annie você me quer ainda, eu sinto, vejo nos seus olhos – a olhando – Eu te quero mais que tudo, porque temos que ficar separados se a gente se ama meu amor?

Anahí: Eu estou feliz, não vou fazer isso com Ian, não vou fazer isso com a pessoa que estava do meu lado enquanto você engravidava sua amante Alfonso.

Alfonso: Sei que errei, mas posso fazer tudo diferente se você deixar Annie.

Anahí: Alfonso por favor, vá embora! – segurou a porta pronta para fechá-la – Boa noite – E o deixou ali, sozinho.

Quando fechou a porta e girou a chave, encostou-se ali. Por pouco, muito pouco não se entregou ao desejo que sentia. Pela vontade que gritava por Poncho, querendo seus toques, seus beijos, o queria por completo, pela vida toda. Mas não poderia ser como ele. Não faria com Ian o que fizeram com ela. Seria forte, não se entregaria de bandeja para Alfonso. Se desencostou da porta agora mais calma, se seguiu pro quarto. Custou a dormir naquela noite, pelo que havia acontecido entre ela e Alfonso. E pelo que Ian havia dito por telefone.

(...)

Alfonso estava parado em frente à casa de Camila, hoje iriam à primeira consulta do bebê. Assim que Camila entrou já se inclinou para Poncho querendo lhe dar um beijo.

Camila: Meu amor, que saudade sentimos de você! – teria sido na boca se Poncho não tivesse virado o rosto – Não é meu filho? – passou a mão na barriga radiante e olhou pro moreno – Já posso sentir ele sabia? Tenho certeza que é um menino!

Alfonso: Camila qual é a tua hein? – o carro estava desligado, com a chave no contato – O que você quer abalando minha filha?

Camila: Poncho eu não abalei ninguém! – ofendida – Eu não poderia imaginar que ela não sabia que terá um irmão! – colocou o cinto – o problema é que mimam demais essa pentelha, não pode escutar nada que a desagrade e já faz um circo todo.

Alfonso segurava firme no volante. Precisava segurar forte para que sua mão não arrebentasse a boca de Camila. Não aceitava que ela falasse nada de sua filha, mas não podia esquecer que ela também esperava um filho dele.

Alfonso: Não se aproxime mais dela. Agora não é Anahí e nem Maite quem está te dando aviso Camila, sou eu. Não se meta com a minha filha, ou irá se arrepender.

Camila: Tudo bem! – temerosa devido a seriedade com que Poncho falava – Eu não vou mais falar com ela – olhou pra frente – podemos ir agora?

E sem dizer nada, Alfonso ligou o carro e seguiu para uma clinica particular. Teriam feito no hospital, se a única obstetra não fosse Anahí, ou Paloma que se negou a atender Camila depois do que fez com a filha de Annie. Já estavam na sala da médica, Camila estava deitada sobre a maca enquanto a Doutora fazia o ultrassom do bebê. Poncho olhou tudo, havia perdido todos os instantes da gravidez de Anahí, por implicância. Dessa vez faria diferente, iria acompanhar tudo, mesmo que estivesse separado da mãe da criança. Quando a médica aumentou o volume do aparelho puderam escutar o coração.

Magali: Escutem papais, esse é o som do coraçãozinho dele – disse sorrindo.

Camila: Escuta Poncho – estava eufórica – É o nosso bebê – virou o rosto para olhá-lo.

Alfonso apenas sorriu e balançou a cabeça concordando. Não sabia se era pela situação toda que tinham passado, ou se era pela surpresa de ser pai novamente, mas não sentia nada. Nem vontade de dar um sorriso, mas um sorriso mesmo, daqueles involuntários, que nem se percebe sorrir. Nem frio na barriga, nem amor, nem ansiedade por tê-lo nos braços. Nada. Nada de nada. Mesmo que tivesse se comportado feio um lixo na gravidez de Anahí, sempre sorria quando encontrava as fotografias de ultrassom. Tinha vontade de ver a filha, de pegar ela no colo. Seu coração acelerava quando Anahí chegava de cada consulta e contava o que a médica havia dito. Mesmo sem demonstrar, mesmo que agisse como se odiasse a ideia de ser pai, no fundo estava feliz por ter uma filha a caminho. Mas agora, nada.

Camila: Doutora, é um menino não é?

Magali: Não é possível saber o sexo, ainda é muito pequeno.

Camila: Mas é, eu sinto que é – sorria olhando a tela.

Magali: Mas creio que na próxima consulta já teremos como saber, você está agora com dez semanas, na próxima consulta ele já estará bem maior – sorriu para os pais.