Fanfic: Enquanto Houver Razões ❥ | Tema: RBD

Alfonso observava um exame de raio-x atentamente quando a porta de seu escritório abriu. Permaneceu com a cabeça baixa esperando a secretária lhe dar algum recado, mas teve uma surpresa ao ouvir a voz de Camila.

Camila: Posso entrar doutor? – com um sorriso nos lábios, adentrou o consultório de Poncho e passou a chave trancando a porta – Céus, como estava com saudade! – foi direto para a cadeira onde Poncho estava e sentou em seu colo o enchendo de beijos pela boca. Poncho apoiou as mãos em uma das pernas da moça.
Alfonso: Camila você não tem noção do perigo? – sussurrou como se alguém estivesse com a orelha na porta tentando ouvir – Anahí agora anda pelo hospital, não dá mais pra ficar fazendo visi...
Camila: Amor, quieto! Passei dois meses naquele maldito congresso, e quando volto é assim que me recebe? – o olhando – Não estava com saudades? Uhm? – mordiscava os lábios do moreno.
Alfonso: Estava, claro – apertou a coxa da loira – Mas aqui não, amanhã! Amanhã passa aqui antes do almoço, almoçamos juntos – chupou os lábios dela – Preciso ir, Annie já está me esperando.
Camila: Tudo bem né – disse mal humorada – Teve dois meses pra acabar com tudo isso, e o que você fez? Iludiu mais a coitada não é? Vi muito bem como estavam agarrados naquela sala hoje de manhã!
Alfonso: Fica tão linda cheia de ciúmes sabia? – mordeu de leve o ombro de Camila e a fez levantar em seguida – Já estou praticamente pronto para sair de casa, mais um pouco apenas Mila. E pare de usar esse batom – levantou-se pegando suas coisas.

Se despediram e ele saiu da sala, pediu que ela ficasse por lá mais uns minutos até que ele e Anahí tivessem ido de vez, não queria que fossem pegos saindo da sala juntos. Bateu na porta de Anahí e entrou, ela sorriu ao ver o marido.

Anahí: Oi meu amor, pensei que havia me esquecido aqui! – desligou a máquina e levantou – Estava terminando de solicitar os exames que Dul precisa fazer – pegou sua bolsa na estante baixa logo atrás de sua cadeira.
Alfonso: Estava enrolado com uns assuntos sem muita importância... Vamos? – virou as costas e seguiu rumo ao estacionamento. Deixando Annie um tanto quanto intrigada.

No carro Anahí tentou puxar assunto com o marido, mas sem sucesso resolveu permanecer quieta, estava tão cansada que nem reclamou da falta de diálogo. Estava quase cochilando quando escutou Poncho buzinar, estavam em frente à casa da sogra para pegarem Giovanna. A menina saiu pela porta da frente feito um gato, segurava a mochila de rodinhas e se dirigia correndo para o carro dos pais. Annie sorriu ao ver a filha, e desceu do carro antes da pequena chegar, sentiu suas pernas serem esmagadas após a menina bater de frente contra seu corpo e rodear os pequenos braços em sua volta.

Anahí: Minha princesa! Isso tudo é saudade? – colocou a mão nos cabelos da filha e olhou para a sogra que vinha logo atrás da neta – Oi! – abraçando ela com Giovanna agarrada em suas pernas – Essa moça deu muito trabalho?
Suzana: Oi meu bem! – soltando a nora – Que nada, só deixou o vovô cansado – abaixou sorrindo para ver o filho dentro do carro – Oi querido, precisa aparecer por aqui não é? Merece um belo puxão de orelhas.
Alfonso: Oi mãe! Sabe como é vida de médico, é corrida – olhou para a família que estava do lado de fora do carro, louco para ir logo pra casa.

Anahí trocou algumas palavras com a sogra e ajeitou a filha no banco de trás. Giovanna não parava de falar, contava para os pais todas as coisas que havia feito com os avós, Poncho permanecia calado, e Anahí escutava tudo com um sorriso nos lábios. E quando chegaram em casa, apesar de exausta, deu banho na filha e preparou sua mamadeira, a deixando no sofá da sala enquanto tomava seu banho. Como Poncho afirmou que não estava com fome, não se preocupou em olhar o que Adelina havia deixado. Só queria deitar e dormir, não estava mais acostumada a passar o dia no hospital. Giovanna por sua vez estava elétrica, não parava de falar um só segundo, e de perguntar cada dúvida que tinha sobre o trabalho da mãe. Ficou com os olhos brilhando ao saber que todos a acharam linda, e fez Anahí prometer que em breve a levaria para conhecer seu trabalho.

Giovanna: Posso dormir aqui hoje? – olhou Annie – Só hoje, estou com muita saudade – colou o nariz junto ao da mãe.
Anahí: Uhm, que bebê mais cheirosa – passou os braços por cima da filha trazendo-a para mais pertinho – Só hoje.
Alfonso: Tem espaço pra mim aí? – sorrindo ao sair do banheiro e vendo as duas tão próximas. Deu a volta na cama e se preparando para deitar.
Giovanna: Teeeem, bem aqui – bateu a mãozinha gorda ao lado vazio da cama, e retirou ao ver o pai deitar – A mamãe dormiu – disse ao olhar para a mãe já de olhos fechados, respirando pesadamente devido ao cansaço.
Alfonso: Mas já? – ergueu para vê-la e deu uma risada baixa – Que fracote!
Giovanna: Ela tá cansada igual você, porque cuidou de muitas – abria os dois bracinhos – pessoas, só que a mamãe cuida de bebê e não de pessoas, eles só são pessoas depois de crescer. Aí você que vai cuidar deles – explicou já virada para o pai, que ria da teoria da filha.
Alfonso: É isso mesmo – puxou a menina para deitar em seu braço – O papai cuida do coração das pessoas, que fica bem aqui – colocou o dedo do lado esquerdo do peito de Giovanna.
Giovanna: E o meu padrinho pai? – olhava o pai e prestava toda a atenção a tudo que ele lhe contava.
Alfonso: Seu padrinho cuida da cabeça das pessoas, sabe onde fica a cabeça? – perguntou segurando o riso.
Giovanna: SEI! – colocou rápido as mãos na boca tampando se lembrando que a mãe dormir. Disse em um sussurro – A cabeça fica bem aqui – colocou o dedo indicador na testa de Poncho – E a madrinha?
Alfonso: Ela não cuida de ninguém – viu a carinha de interrogação da filha e decidiu explicar melhor – Ela não trabalha em Hospital Gi, ela tira fotos.
Giovanna: Ah é mesmo – bateu na testa como se lembrasse de algo – Ela já tirou um montão de fotos de mim – voltou a encarar o pai – E a tia Mai?
Alfonso: Ahm, a tia Mai... – “A tia Mai é uma largada, perdida que não quer saber de nada, não seja igual a ela filha!”, queria dizer isso, mas se controlou – Bom a tia Mai, está estudando ainda, pra cuidar dos bichinhos, agora vamos dormir? Vamos acordar cedo amanhã – Giovanna ainda estava ligada no 220V e não parou com as perguntas, queria saber a profissão da família inteira, e Poncho esclareceu um por um calmamente, até que a pequena se deixou vencer pelo sono e adormeceu nos braços do pai.