Fanfic: Enquanto Houver Razões ❥ | Tema: RBD

Depois da consulta foram para o hospital. Camila entregou para Poncho uma das imagens que a médica havia dado, e ele estava agora com ela nas mãos, sentado em sua cadeira. Se lembrava da pequena tela passando imagens do bebê. Queria sentir alguma coisa, queria ficar feliz. Mas mesmo lutando contra, ele não conseguia sentir amor por aquela criança, e nem se sentir pai. Seus olhos passeavam naquela imagem, até que fixaram em apenas uma informação. Tempo de Gestação: 10 semanas. E então se deu conta. Camila não poderia estar de dez semanas. Pois há dez semanas ela estava viajando, no congresso. Ficou longe por dois meses. Não poderia ter engravidado. Ou poderia? Camila estava sentada na copa do hospital, espaço restrito apenas para aos médicos e enfermeiros. Mexia em seu celular quando Alfonso entrou. Ao vê-la logo se dirigiu em sua direção, puxou a cadeira e se sentou bem em frente à loira. Camila ao perceber que alguém havia se sentado, ergueu o rosto e sorriu ao ver o Poncho.

Camila: Poncho! – sorriu – eu ia agora mesmo à sua sala... Alfonso que cara é essa?

Alfonso: Dez semanas Camila – estreitou os olhos enquanto encarava ela – Lembra onde estava a dez semanas?

Camila: O que? Porque isso agora? – sorriu nervosa – eu vou lá saber onde eu estava Alfonso, provavelmente na sua cama!

Alfonso: Vou refrescar sua memória – encostou na cadeira e juntou suas mãos em cima da mesa – há dez semanas, você estava na porra DE UM CONGRESSO! – distribuiu um soco na mesa.

Nessa altura, todos que estavam na copa perceberam que os dois estavam tendo uma discussão. Uns olhavam na cara dura, outros fingiam não prestar atenção. Camila teve a impressão que alguém teria diminuído o som da enorme TV que há pouco assistia. Engoliu em seco.

Camila: Alfonso – levantou a mão pedindo calma ao moreno, sua voz saia tão baixa que mal Poncho conseguia ouvir – vamos na sua sala, podemos conversar melhor, aqui não é o melhor lugar pra isso.

Alfonso: Não vou pra canto nenhum Camila – já não gritava, mesmo assim sua voz sobressaia os outros sons presentes no ambiente – do que tem medo? Que todo mundo veja a vagabunda que você é?

Camila: Vagabunda? – gargalhou – então você trai sua mulher e se sente o cara por isso, mas quando você é quem recebe o chifre então eu sou a vagabunda?

Alfonso empurrou a mesa quase prensando Camila do outro lado, levantou com fúria e a pegou pelo braço. Ela tentou soltar, mas era inútil, Alfonso tinha dez vezes mais a sua força. Saiu arrastando ela hospital adentro, até que chegaram até a sala de Poncho.

Alfonso: Você está demitida – andou até sua mesa pra imprimir o papel da demissão.

Camila: Eu estou grávida seu idiota! – gritava – Não pode me mandar embora!

Alfonso: Eu posso – sentou na cadeira, digitou algumas palavras – eu pago multa, pago o diabo que for, mas quero você bem longe daqui.

Camila: Você é um lixo – segurou o primeiro objeto que viu pela frente e tacou na direção do moreno, que por sorte não foi atingido pelo bom reflexo que tinha – SÓ MESMO ANAHÍ PRA AGUENTAR VOCÊ POR TANTO TEMPO – gritava feito louca – acha que é bom demais não é Alfonso? Mas você não passa de um homem prepotente, intragável e prostrado, que não é feliz e não faz ninguém feliz.

Alfonso: Eu vou acabar com você – avançou em Camila e enlaçou o pescoço da loira com uma das mãos, foi tão abruptamente que Camila cambaleou até a enorme estante que decorava a sala do médico – Piranha, é isso que você é, uma grande filha da puta que conseguiu acabar com a minha vida, era isso que você queria? – a cada palavra seus dedos eram pressionados ainda mais no pescoço da loira, que tinha o rosto levantado e tentava puxar o ar com dificuldade.
Camila: Al.fon.so – tentou falar mas já estava a pouco de perder os sentidos, seu rosto estava feito fogo, mas nem assim Poncho teve misericórdia para soltá-la – Sol.ta.

Alfonso: VOCÊ VAI MORRER DESGRAÇADA, VAI MORRER!

Então alguém tentou abrir a porta, mas estava trancada. Ouviu-se então murros sendo dados e uma grande gritaria ao lado de fora.

Christopher: ALFONSO ABRA ESSA PORTA!

Alfonso: NÃO SE METE NISSO CHRISTOPHER – sua mão ainda envolvia o pescoço de Camila, que tossia já sem ar.

Christopher: Alfonso – encostou o rosto de lado na porta – Para com isso meu amigo, abra essa porta.

Alfonso olhava Camila com ódio. Sentia nojo de si mesmo por ter deixado Anahí por ela. Queria matá-la. Sua ira era tamanha que mesmo Ucker tentando acalmar seus nervos, nada estava adiantando, suas mãos não se afrouxavam do pescoço dela.

Christopher: Pensa na sua filha Alfonso, pra que fazer uma loucura dessas cara. A Gi precisa de você.

Só então Poncho soltou a mão do pescoço de Camila. As marcas de seus dedos haviam fixado no pescoço dela. Camila levou a mão no peito tentando desesperadamente buscar o ar que já lhe faltava. Tinha uma mão apoiada na estante, de certo cairia se não segurasse em algo. Alfonso andou até a porta e a destrancou, viu Christopher girando a maçaneta em seguida e invadindo a sala. Assim que Ucker entrou encontrou Camila quase desfalecida próxima da estante.

Christopher: Meninas, levem Camila pra enfermaria, tratem dela por favor – então duas das enfermeiras que estavam também escutando toda a zona na sala de Alfonso, entraram e cada uma ergueu Camila de um lado, e a ampararam se retirando da sala.

Alfonso: Ela mereceu – seu peito subia e descia em um ritmo descompassado – ela merecia mais que isso.

Christopher: Você está fora de si! – andou pela sala do amigo – Poncho você vai acabar perdendo essa diretoria se continuar assim.

Alfonso: Merda – andou até a janela – Acho que preciso de férias.