Fanfics Brasil - La Tormenta de emociones. Mi Tormenta Favorita - Ponny - Anahi y Poncho

Fanfic: Mi Tormenta Favorita - Ponny - Anahi y Poncho | Tema: Rebelde


Capítulo: La Tormenta de emociones.

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A tarde foi seguindo e o desespero de Anahi aumento ao observar o céu e percebendo que se aproximava uma tempestade, sendo necessário ela buscar um abrigo que a protege-se durante a chuva. Ao longe da praia havia uma formação rochosa que possuía uma falha que serviria de abrigo durante a noite, o lugar era íngreme, mas a composição da rocha, quase que em uma forma de concha permitia estar protegida. A tempestade começou violenta, a ventania sacudia as árvores de uma forma que lhe dava a impressão de que iriam ser derrubadas, o temor misturou com o frio que começou a assolar seu corpo, e imediatamente buscou folhas de uma árvore que se assemelhava a um palmeira e cobriu buscando aquecer-se, que no primeiro momento não aplacou seu frio, mas devido o passar do tempo, a chuva foi diminuindo sua intensidade, mantendo-se porém constante, persistindo durante todo o decorrer da noite. Sua tensão a manteve alerta, sempre na expectativa de que Alfonso iria aparecer vivo para lhe salvar, mas com o passar das horas, suas esperanças foram sendo levadas por suas lágrimas, até o momento em que o sono venceu o frio e a angustia.


A manhã iniciou-se lavada pela chuva, tão calma quanto fora violenta a noite que a tinha precedido. Uma manhã sombria, sem atrativos, em que até o canto dos pássaros parecia tímido. A terra estava se recuperando da força da tempestade e o sol a cobria com seus raios fracos, como que pedindo perdão pela barbaridade acontecida durante a escuridão.


Anahi acordou com a aurora. O silêncio intenso depois do rugir do vento, que havia assobiado sem cessar por entre as árvores, era tão estranho quanto fora a tempestade, e ela continuou deitada por vários minutos, deixando-se envolver por aquela abençoada paz. Mas depois daquele momento de puro relaxamento, ela se deu conta que ainda permanecia naquela ilha desconhecida e que precisava buscar uma forma de encontrar uma saída para aquele sofrimento.


Por todo lado, eram visíveis as consequências da tormenta. Algumas árvores tinham sido arrancadas pelas raízes e as que haviam sobrevivido ainda se mostravam abatidas pela chuva torrencial. Relâmpagos tinham causado lesões profundas nos troncos das árvores que permaneciam em pé, arrancando-lhes a casca e deixando-os nus diante dos olhos atentos de Anahí buscando resquícios ainda do barco que foram trazidas pela água.


Além da curva da praia, onde um promontório rochoso avançava em meio às águas espumantes de uma laguna, Anahí parou, sombreando os olhos com a mão. Um grupo de árvores de mangue crescia quase à beira da água, os troncos retorcidos e cheios de nós parecendo mais escuros que o normal, em contraste com a claridade do dia. Observando-as, Anahí teve a impressão de ver alguma coisa se mover junto às raízes de uma delas e, quando seus olhos se ajustaram à luminosidade, já estava quase certa de que se tratava de uma grande criatura do mar, jogada na praia pelas ondas. Temerosamente aproximou-se, e à medida que a distância percorrida ia diminuindo, suas lágrimas cobriam-lhe os olhos com a certeza de que ali havia um corpo boiando, e que este corpo era de Alfonso.


Correu ao encontro do corpo e comprovou: Era Alfonso.


Porém a imagem não era nada reconfortante. O corpo estava desfalecido, com um aspecto doentio. Ao alcançar a sombra da árvore, viu-o distintamente: estava deitado de rosto para baixo, com uma das mãos estendida para diante, como que procurando agarrar a praia, e a outra, escondida sob o corpo.


 


 


Por vários segundos ela se limitou a olhá-lo, imóvel, mas depois, levada pela apreensão, cruzou a areia correndo e ajoelhou-se ao lado dele, explorando-lhe o pescoço com os dedos e não contendo um suspiro de alívio, ao encontrar uma artéria batendo. Ele estava vivo. Achava-se inconsciente, mas com uma pulsação mais ou menos firme. Como teria chegado até ali?


Com mãos tímidas, virou-o de frente, apoiando-se nos calcanhares, trepidante, ao ouvir um som de protesto. Mas ele não abriu os olhos e ela mordeu os lábios, consternada.  De imediato, uma exclamação de susto escapou-lhe dos lábios. Havia sangue no peito dele, em parte já seco e coagulado, e cheio de areia. Automaticamente, apertou a boca com os dedos, enquanto olhava em torno, insegura, à procura de algo com que pudesse limpar a ferida. Não encontrou nada que servisse e, em desespero, rasgou a barra de sua camiseta e molhou-a na água. Teria que servir. Pelo menos, era limpa e poderia ser usada como bandagem.


Movimentou o braço que ele ainda mantinha de encontro ao peito, empalidecendo ao ver de onde brotava o sangue. No entanto, de certo modo, sentiu-se aliviada, pois era o braço, e não o peito dele, que estava ferido. Seu movimento impensado abrira ainda mais o corte feio e úmido, que ia do cotovelo ao punho do desconhecido, e um sangue novo manchou seus dedos, quando ela recolocou o braço dele na posição anterior. Deus do céu! Quanto sangue teria ele perdido? Seria necessária uma transfusão? Então, lembrou-se da firmeza do pulso que pegara, O estado dele não era crítico, mas poderia se tornar, se não conseguisse ajuda logo.


              Depois de hesitar um momento, usou a atadura improvisada para amarrar com força o braço dele, acima do corte. Isso estancaria o sangramento, embora uma ausência prolongada do suprimento de sangue pudesse ser perigosa. Ao lhe ensinar os primeiros-socorros, seu pai lhe dissera que uma ferida poderia gangrenar, sem um fluxo normal de sangue.


Agachou-se ao lado dele e, para sua surpresa, viu-o se mexer e abrir os olhos. Aqueles lindos olhos verdes que tanto a encantavam, e alegria por estar novamente com aquele olhar direcionado a ela lhe fez a lacrimejar, encostando sua testa a de que Alfonso, inalando sua respiração lenta, agradecendo a Deus pela oportunidade de estar novamente próxima a ele. Contudo seu olhar não estava fixo, era um olhar distante e desconectado, marcado pela dor e alucinação. 


ANAHÍ: Você está bem? Está me vendo? Por favor, me diga que está bem. – O desespero tomando conta diante da imagem desfalecida de Alfonso. – Precisamos sair daqui imediatamente. – Com dificuldade, extrapolando todas as forças de seu corpo, começou a arrastar Alfonso em direção à rocha em busca de proteção do sol e assim puder cuidar do enfermo.


Devido à intensidade do esforço pela travessia, tremia e transpirava como nunca, mas precisava se concentrar e cuidar dos ferimentos de Alfonso, que não eram poucos, mas sem dúvida o braço requeria uma maior atenção, o corte insistia em sangrar e deveria estancar imediatamente, e pra isso precisava de água pra lavar o ferimento e buscar algumas plantas que serviriam pra criar um unguento cicatrizante e na orla da praia encontrou uma casca de coco que serviria de recipiente e algumas plantas que poderia lhe ser útil para cicatrizar o ferimento. Retornou ao buraco e encontrou Alfonso ainda inconsciente, porém vivo, e rapidamente iniciou o curativo, mesmo que sendo inexperiente, necessitava manter a calma e aproveitar o máximo dos poucos recursos que tinha naquele momento para que ele pudesse sobreviver ao sangramento.


Lentamente começou a lavar a ferida para estancar todo sangue que estava na pele, com toda a pele limpa ela percebeu que o ferimento não era tão profundo, que logo cicatrizaria, para conter uma possível infecção, cobriu com as plantas que ela acreditava ser bom para ajudar na cicatrização, como um bálsamo, amarrando com uma tira da própria camisa de Alfonso, encontrada por ela antes, como forma de conter o fluxo sanguíneo. Terminada a difícil tarefa de cuidar do braço, passou para os demais ferimentos, todos menores, mas que deveria ser cuidado, com a blusa úmida direcionou movimentos para limpar todo o sangue no corpo de Alfonso, percebendo que a temperatura corporal dele estava elevada, com uma febre que poderia ser muito ruim para sua saúde, precisava mantê-lo protegido e buscar algo para que eles pudessem alimentar, para recuperar as forças, até mesmo ela, que se não comesse logo estaria também doente. Deixando Alfonso sozinho, iniciou uma busca pela ilha por algo que pudesse se alimentar, e durante a caminhada se pegou pensando em como sua vida havia sofrido uma mudança drástica, estando neste momento perdida em um lugar totalmente desconhecido e perigoso, ficando feliz por sua destreza diante de tantas emoções, dormir sozinha em um lugar inóspito, cuidar de um ferimento que poderia ser fatal e agora estar como alguém quase selvagem buscando comida, ela nunca se imaginou fora de sua zona de conforto em que vivia e se surpreendeu por não sentir falta de tudo aquilo, claro que obviamente, aquela situação era desesperadora, estar perdida, sem saber quando poderia sair daquele lugar, mas ao mesmo tempo se sentia mais forte, independente.


Depois de uma busca encontrou alguns cocos caídos no chão e agradeceu por estarem verdes e no chão, pois não saberia como retirar dos coqueiros tão altos, mas entendeu que estavam caídos devido à tempestade da noite anterior, também encontrou algumas frutas que serviriam para alimentar por enquanto. Imediatamente retornou para a rocha em que deixou Alfonso repousando, ainda febril, mas sua expressão havia se tranquilizado, demonstrando aquela beleza que encantou Anahí de imediato, a fazendo relembrar do episódio da gruta e um sorriso lhe escapou aos lábios, pela intensidade do beijo, do momento tenso e ao mesmo tempo erótico, talvez o único de sua vida, com carinho passou o dedos pelos lábios de Alfonso, tentando através do toque relembrar do calor daquela boca, e tomada pela irracionalidade encostou seus lábios ao dele, pressionando-o levemente na esperança de que com seu toque ele pudesse despertar, mas foi em vão, decepcionando-a, que tomada pelo cansaço aninhou-se ao corpo inerte ao seu lado, na expectativa de protegê-lo, deitando ao seu lado, depositando sua cabeça no peito que ressonava lentamente, aninhando seus braços de forma carinhosa pelo corpo de Alfonso percebeu um objeto duro e estranho no cós da calça dele, e ao tateá-lo percebeu ser uma faca de médio porte, e agradeceu mentalmente a Alfonso, pois agora poderia cortar as frutas e dar-lhe de beber.


Depois cortar com dificuldade o coco aproximou-o a boca de Alfonso, sendo necessário ela mesmo abri-la para que a água pudesse descer, e inconscientemente ele ingeriu o líquido, demonstrando que estava aos poucos recobrando sua lucidez, aquecendo o coração aflito de Anahí.


ANAHÍ: Logo você está bem e assim poderemos sair daqui, prometa-me que irá sobreviver, pois não saberei como ficar sem você- disse de uma forma tão angustiada e logo seus olhos foram tomados diante da ideia de Alfonso morto, o que remetia a sua morte também, ali naquele lugar distante.


A noite chegou e junto trouxe mais temores a Anahí, pela realidade cruel que ela inserida, com um homem doente em uma ilha deserta, sem a menor possibilidade de saída. O frio começou a atormentar seus poros e teve certeza que chegou a Alfonso, por isso aninhou-se novamente ele, para que juntos pudessem transmitir calor e se manterem vivos. Alguns minutos depois caiu em um sono turbulento, que um pesadelo terrível a atormentava, com a imagem de Alfonso em alto mar, morto, afundando lentamente na imensidão do oceano, fazendo-a acordar sobressaltada, porém logo se dissipou ao perceber que ele estava ali, junto a ela e que jamais iria sair, e com medo de ter novamente tais pesadelos, encostou sua cabeça junto ao peito de Alfonso, para que sua lenta respiração pudesse acalmar seu coração.


 


Haviam passado dois dias e Alfonso ainda estava doente, porém a febre já havia sumido e o ferimento estava começando a cicatrizar, mesmo sem um tratamento digno. Anahí continuava buscando alimentos, sempre pegando aqueles que a chuva havia derrubado, mas sabia que logo terminariam e precisariam de mais, pois não sabiam até quanto tempo ficariam ali, e já estava começando a ficar desesperada, já estava há quatro dias desaparecida e não conseguia imaginar que ninguém não estivesse procurando por eles. Sentada junto à sombra de uma palmeira, observava as ondas quebrando na praia, algo selvagem, livre, e naquele momento se sentia assim, livre, despertando um novo lado dela, desconhecido, de simplicidade, desprendimento que causava em sua mente uma constante de contradições, ao mesmo tempo em que se sentia plena e livre, sabia que aquela não era sua realidade, que tinha uma vida, um destino que tinha que cumprir, querendo ou não. Estava tão distraída que não percebeu a chegada de alguém e assustou-se quando viu Alfonso em pé, fraco, manquejando em sua direção. O sentimento de felicidade foi tão grande que foi impossível conter, Anahí levantou-se e atirou-se em seus braços, abraçando-o de forma apertada, como se nunca fosse suficiente aproveitar aquele momento.


ANAHÍ: Graças a Deus você está bem, não sabe como me alegra ver que está em pé. Achei que estava morto, mas Deus te trouxe de volta para mim.


ALFONSO: Onde estamos? – sua voz era fraca, demonstrando que ainda estava muito debilitado.


ANAHÍ: Não sei, é uma ilha deserta, precisamos sair daqui. –falou


ALFONSO: Perdoe-me por te colocar nesta situação, agora mesmo irei buscar ajuda. – terminou, desvencilhando dos braços e caminhando em direção a praia com intenção de nadar em busca de ajuda, mas seu cansaço falou mais alto, sem forças, caiu, perdendo a consciência.


ANAHÍ: Alfonso! Alfonso! Fale comigo, por favor, não me deixe! Gritou, tomada pelo desespero de ver que ele estava desfalecido. Os gemidos baixos de Alfonso fizeram o choro de Anahí terminar, que o levou para o abrigo novamente.


 


Alfonso começou a delirar incansavelmente, pronunciando palavras incompreensíveis a Anahí, possível estava falando em grego, mas logo seu nome saiu de seus lábios de uma forma rouca, com sofrimento, mas que proporcionou uma emoção inédita a Anahí, de saber que ele pensava nela, que estava em seus pensamentos. Calmamente ela foi banhando suas têmporas como forma de aliviar as dores, falando palavras de carinho, e percebeu que ele havia aberto os olhos, um pouco sonolentos, porém o suficiente para distinguir tudo ao seu redor e reconhecer aquele mulher que estava a sua frente, que estava ternamente cuidado dele.


ALFONSO: Anahí, meu amor, não sabe o quanto esperei por você, que és tudo o que poderia sonhar, por favor, nunca me abandone- suspirou.


ANAHÌ: Estou aqui, não vê. – falou e para que ele pudesse comprovar, pegou sua mão que trouxe para seu próprio rosto- Estarei com você sempre, eu prometo - tomada pela emoção, aproximou de Alfonso, beijando-o como se tudo se resumisse naquele momento, o beijo foi terno e cheio de amor, ele retribuiu de forma calma, devido a fraqueza, mas não deixou de demonstrar todo o sentimento retido em seu coração. Depois de todo aquele momento de pura fragilidade, Anahi despertou de seu momento de magia, afastando-se bruscamente de Alfonso, confusa diante de suas emoções.


ANAHÍ: Não podemos fazer isso, sou casada, tenho uma vida, não pode fazer isso como meus sentimentos, você está frágil, eu também e não devemos misturar nada disso, devemos esquecer isso e nos preocupar em sair daqui, enquanto isso nos manteremos afastados, pode ficar aqui enquanto organizo minhas ideias. E não se fique preocupado, estarei bem, depois eu volto, tudo bem- terminou, levantando e deixando atrás de si um Alfonso ainda abatido pelo cansaço, mas, sobretudo extasiado pelo o que havia passado.


 


Correndo em direção a praia, Anahí tentava fugir de seus pensamentos, buscando na natureza uma forma de compreender seu coração, suas emoções afloradas, as contradições sem sua mente, pensar em toda a sua vida, uma carreira, família, um casamento, que em um passe de mágica era totalmente esquecido quando olhava para Alfonso, toda uma a sua vida era descortinada apenas pela possibilidade de estar com ele. A guerra entre a razão e a emoção. Ainda não o conhecia plenamente, mas não havia dúvidas de que ele mexia com ela de uma forma que jamais havia acontecido, e ela temia quais seriam as consequências de tudo isso. Estava rezando para que logo fosse encontrada, pois não estava mais sabendo controlar suas emoções, seus instintos diante daquela tormenta intensa e apaixonante, e temia adentrar nesta aventura e não saber como lidar com as consequências desta entrega.


 


 



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Autor(a): jessyssimoes

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 3



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  • marygiovana Postado em 06/01/2016 - 13:29:08

    Linda sua web continua por favor. ....

  • jessyssimoes Postado em 06/01/2016 - 00:57:39

    Estarei postando o mais rápido possível!

  • jessica_ponny_steerey Postado em 06/01/2016 - 00:52:39

    Continua <3


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