Fanfics Brasil - La luz de tus ojos Mi Tormenta Favorita - Ponny - Anahi y Poncho

Fanfic: Mi Tormenta Favorita - Ponny - Anahi y Poncho | Tema: Rebelde


Capítulo: La luz de tus ojos

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Mais um dia se passou e continuavam perdidos e confusos. Alfonso aos poucos estava se recuperando aos cuidados de Anahí, porém distante, sem grandes aproximações, a situação era insuportável, mas precisavam conviver pela sobrevivência. Alfonso com suas habilidades conseguia pescar peixes suculentos que proporcionaram uma alimentação mais diversificada, pois Anahí não aguentava mais beber somente água de coco e comer sua carne, mas, sobretudo por que os frutos derrubados pela chuva acabaram rapidamente e Anahí agradeceu silenciosamente por ele estar ali e bem. As descobertas para ela nunca terminavam, o crescimento naqueles dias eram significativos, aprendeu pequenas coisas como limpar um peixe, acender uma fogueira, conviver com pouco conforto, mesmo sem ao menos se importar com tais regalias que durante toda sua vida estava cercada sem ao menos lhe causar familiaridade. Alfonso observava essa postura como um sinal de que ela era uma mulher especial, que havia algo que a incomodava, lhe causava um distanciamento, sabia que por trás de todo o luxo que ela estava envolvida, havia uma mulher triste, alheia a tudo aquilo, e ele estava disposto a descobrir.


ALFONSO: Desculpe-me se o peixe não está no seu agrado senhora Velasco. – concluiu seco


ANAHÍ: Já lhe disse que não quero que me chame assim, não me sinto confortável. – falou.


ALFONSO: A forma que você me tratou há alguns dias demonstram que não podemos nos tratar de forma mais pessoal.


ANAHÍ: Esta não é a questão, apenas não quero ser chamada desta forma. OK?


ALFONSO: Tudo bem, apenas com uma condição, que você me responda algo. – falou


ANAHÍ: Pode perguntar.


ALFONSO: Você é feliz? – questionou.


ANAHÍ: Por que pergunta isso? Quem te deu o direito de se questionar a esse respeito, mal me conhece- respondeu e seu tom de voz demonstrou um nervosismo perceptível em Alfonso.


ALFONSO: Perdoe-me a intromissão, é que te olho e vejo que você é tão distante, sempre tão pensativa, olhos perdidos em um vazio que gostaria poder te tirar.


ANAHÍ: Não sabe o que está dizendo, não seja louco, o que você é pra acreditar nisso, um marinheiro que nunca saiu daqui. – falou ríspida, que até ela mesma percebeu.


ALFONSO: Não sabe o que passei na vida, ao contrário do que pensa, já viajei a muitos lugares, não forma como imagina, mas trabalhei em diversos lugares, minha vida nunca fácil, sei que você não é feliz, por que vejo pela luz de seus olhos, e pra sua surpresa, eu também já passei por momentos na vida que me fazem desejar não acordar diariamente, como também motivos, principalmente um motivo para lutar, e se chama Heitor. –concluiu.


ANAHÍ: Como assim? Você tem um filho? É casado? – questionou, já atormentando-se pela possibilidade dele ter uma mulher, e que estava tentando trai-la.


ALFONSO: Sim, tenho filho e sim, sou casado, quer dizer, fui. – concluiu, olhando distraidamente para o mar, mexendo no peixe recém assado.


ANAHÍ: Se divorciaram?


ALFONSO: Não, infelizmente ela morreu há exatos dois anos, morreu em decorrência do parto difícil de meu filho. Éramos recém- casados, estávamos buscando conquistar o mundo, nunca era suficiente, ela era grega, uma excelente cozinheira e juntos sonhávamos em formar uma pequena pousada a beira mar, eu era jovem, sonhador, havia acabado de me formar nos cursos da marinha, mesmo ainda praticando a pesca com muita paixão. A gravidez veio inesperadamente, mas com todo amor que queríamos dar-lhe tudo, porém ela não teve tempo, pois logo nos primeiros meses de gravidez descobrimos que seria de risco, mas para Helena não importava, tudo o que ela queria era seu filho. No dia do parto eu estava em alto mar, como sempre ambicioso, e ela rompeu sua bolsa, o parto foram difícil e devido as complicações ela acabou não resistindo, mesmo o médico tendo dado a opção de não salvar a criança em troca de sua vida, mas claro que Helena jamais iria fazer esta escolha, optando por se sacrificar em nome do nosso amor que se materializava em Heitor. Não cheguei a tempo para me despedir, e no primeiro momento recusei o menino, pois pra mim o que importava era Helena, e isso foi muito cruel, desumano, a culpa foi toda minha, pois diante da minha impotência de pai não consegui nem ao menos segurar meu filho – conclui, ofegante, pois jamais havia falado essas coisas para ninguém, e parecia que havia retirado um peso enorme de suas costas, e as lágrimas vieram como sinal de uma libertação depois de tantos anos.


ANAHÍ: Meu Deus, me perdoa, fui insensível, tenho certeza que meu  sofrimento nunca será superior a tudo o que você passou- falou, aproximando-se dele, abraçando-o de forma carinhosa, chorando, compartilhando todo aquele sofrimento, sentindo a dor que ele tinha como uma tentativa de curar as feridas daquele homem.


Passado aquele momento de descarga emocional, Alfonso endireitou-se, secando as lágrimas e sorrindo pela forma carinhosa com que Anahí a estava segurando, apoiando sua cabeça em seu ombro, tendo a impressão de que ela precisava muito mais de alento do que ele.


ALFONSO: Desculpe pela situação, mas precisava liberar esses sentimentos, mas agora está tudo bem, é que desde o ocorrido não tive tempo pra sofrer.


ANAHÍ: O que aconteceu com o seu filho? – perguntou, curiosa.


ALFONSO: Heitor? – riu- Ah, ele hoje está perfeito, lindo, esperto, inteligente, o amor da minha vida, devido ao meu trabalho ele passa muito tempo com minha mãe.


ANAHÍ: Adoraria conhecer seu filho.


ALFONSO: Quando sairmos daqui, te apresento. Tenho certeza de que ele irá amar você.


ANAHÍ: Assim espero, mas estamos há quatro dias aqui e ninguém ainda nos procurou.


ALFONSO: Mas tenho certeza que seu marido está fazendo todo o possível pra te procurar, com todos os recursos e poder que tem – concluiu.


ANAHÍ: Eu não tenho tanta certeza- soltou e percebendo que havia falado demais, buscou desconversar.


ALFONSO: Como assim? E não adianta falar ao contrário.


ANAHÍ: Nada, falei demais, acho que é o nervosismo. – concluiu, fazendo o movimento para levantar-se e fugir daquela conversa impropria, mas um braço a segurou com força, impossibilitando-a de mover-se.


ALFONSO: Você vai me dizer agora, ou caso contrário, quando chegarmos à cidade perguntarei pessoalmente ao senhor Velasco, acho que você não vai querer isso.


ANAHÍ: Não seja estúpido, você não o conhece, não sabe do que ele é capaz.


ALFONSO: Se ele é perigoso, por que está com ele?


ANAHÍ: Não ache que tenho uma vida fácil só por que sou de família rica, e casada com um homem poderoso. Casei-me por amor, ou pelo menos eu acreditava que sim. Minha família possui muitas posses, e sempre tive tudo do bom e do melhor, conheci Manuel em uma das reuniões de meu pai, ele era encantador, jovem, bem sucedido, ideal para minha família manter o status. Contudo para mim isso não importava, eu havia me encantado pelo seu jeito, sua educação comigo, eu era inexperiente no amor, pois mesmo tendo conhecido o mundo, sempre me mantive deslocada nesse quesito, e ele foi me cativando, tornamo-nos amigos e logo depois nos casamos. Somos casados há mais de dois anos, mas o que foi de início um casamento bom, converteu-se em um sofrimento, aos poucos descobri que ele não era quem eu imaginava, era alguém frio, interesseiro, que busca a todo custo tirar vantagem sobre os outros, atualmente ele busca eleger-se Governador de seu Estado, a Eleição é daqui a alguns meses, hoje sou apenas um acessório para sua campanha, sua bela e devotada esposa, o casal feliz. – falou amarga – Mas por dentro morro cada dia mais.


ALFONSO: Por que não se liberta deste inferno?


ANAHÍ: Não é assim tão fácil, ele é muito poderoso e, aliás, não sei como fazer isso, está muito além de meu querer, tenho receio de prejudicar minha família, aqueles que amo, alguns funcionários que convivem comigo, como a Marcela, que sempre me ajuda quando tendo fugir de minha realidade. Mas a cada dia me sinto mais perdida dentro de um quarto escuro, do qual não posso sair- Desabou.


ALFONSO: Deixe-me ser a luz que precisa, fale comigo, que prometo nunca abandona-la.


ANAHÍ: Não posso, não entende que jamais me perdoaria se algo acontecesse a você também, espero que me entenda- concluiu, levantando-se, deixando para trás um Alfonso completamente surpreso por tudo o que havia escutando, desejando poder abraça-la, consolar seu choro, amar sua dor, mas isso era tarde, ela já havia desaparecido.


O tempo ia passando e Anahí não retornava do seu passeio, e Alfonso já estava ficando preocupado, pois aquela ilha era grande e ela poderia se perder, cair em um buraco, ser atacada por algum animal. Tomado pelo desespero, ele começou a busca-la nas proximidades de onde estavam, porém não a encontrou fazendo-se necessário adentrar em regiões que ainda não haviam sido exploradas por ele. Adentrou uma pequena formação vegetal, que não chegava a ser uma mata fechada e escutou ao longe um som que parecia ser de uma cachoeira, e ao aproximar confirmou suas ideias. Era uma linda Cachoeira. Da região onde estava era possível ter uma visão superior da queda d’água, podendo apreciar toda a sua extensão e o rio logo abaixo. Mas a visão que lhe chamou a atenção foi o que estava abaixo, próximo à margem do lago. Era ela, a mulher mais linda que já havia vista.


Ela não percebeu sua presença e por isso estava livre, apreciando toda a paisagem daquele lugar, estava apenas de biquíni, que valorizava seu corpo, antes dos acontecimentos no barco ele não havia percebido que ela tinha trocado de biquíni, que este era muito mais lindo e sensual, era tomara que caia branco lindo que valorizava seu corpo de uma forma que deixava Alfonso louco, e toda aquela beleza estava refletindo em nele em lugares que estavam adormecidos desde a morte de sua esposa. Durante minutos ficou observando ela sentada a margem da água, possivelmente aproveitando o banho de Sol, e ele desejou ardentemente estar ali, junto a ela, sorvendo todo aquele corpo lindo, sentindo seu cheiro, tocar sua pele, torna-lhe sua pra sempre. Percebeu que ela caminhava em direção  a água de forma graciosa, como uma deusa, toda iluminada pelos raios solares, e o deslumbre de Alfonso o deixaram inebriado, observando ela mergulhar graciosamente, e levantar da água como uma sereia, pronta para atacar seus reféns. A dança que ela fazia flutuando pela água estava excitando Alfonso, seu sorriso era puro analisando cada curva daquele corpo, percebendo a felicidade pura dela naquele momento, mas que logo foram substituídas pelo desespero quando viu que Anahí se debatia constantemente. Não esperando por qualquer reação dela, ele correu em direção ao lago rapidamente, mergulhando de forma repentina, chegando até onde ela estava com apenas um mergulho, agarrando-a pelas costas, como forma de conter os movimentos de Anahí, automaticamente o grito foi solto pelo medo e o desespero, mas ela continuava nervosa, perdendo a consciência imediatamente. Mesmo com dificuldade, devido ao ferimento do braço, Alfonso nadou até a margem, arrastando Anahí inconsciente para fora, iniciando os procedimentos de salvamento necessário. Depois de um longo momento de massagem cardíaca e respiração boca a boca, Anahí retorna, jogando toda a água acumulada em seu pulmão, retomando a consciência e as lágrimas brotando.


ALFONSO: O que aconteceu?- Perguntou aflito.


ANAHÍ: Pisei em um buraco e perdi a noção de espaço e não consegui retornar, acho que me desesperei – ela tremia e Alfonso a abraçou de forma acolhedora e possessiva.


ALFONSO: Meu amor, nunca mais faça isso, não se afaste de mim, pois da próxima vez posso não estar perto para te proteger, e não me perdoaria se algo lhe acontecesse. Eu morreria. – concluiu, sussurrando.


ANAHÍ: Não diga isso, por favor.


ALFONSO: Por que se nega a aceitar que também quer estar comigo, que me deseja?


ANAHÍ: Você não compreende, não podemos nos envolver, por que se me deixar envolver por tudo o que sinto, temo não saber como lidar com isso, por não sei como conseguirei sair dessa tormenta em que entrei desde o dia que te vi– falou


ALFONSO: Não tenha medo, deixe que seu coração fale e que ele possa abrir e se deixar amar pelo menos uma vez na vida, que essa tormenta se converta em algo intenso, único. Não me jogue novamente que você me libertou depois que seus olhos iluminaram minha vida. – Aproximou-se de seus lábios, na expectativa de uma resposta que não chegou a ser esperada.


O beijo que se seguiu foi intenso, apaixonado e desta vez Anahí não o repeliu, ela estava entregue aquela sensação boa e demonstrava com a forma que o beijava, seus lábios buscavam o dele com necessidade, como se nunca fosse suficiente. As línguas dançavam em um ritmo constante e sensual, refletindo toda a paixão e o amor que os envolvia. As carícias eram ternas, mas Anahí tomou consciência da necessidade de conhecer o corpo de cada um. Alfonso se posicionou acima de Anahí, de forma gentil, mas demonstrando toda a sua virilidade, acariciando sua cintura, suas mãos explorando a parte das costas, descendo a altura das coxas, apertando-lhe a pele, deixando uma marca de amor. Anahí com suas mãos agarrava seus cabelos de forma possessiva, arranhando de forma sensual as costas, chegando tão próxima as nádegas, mas que devido à vergonha, resignou-se a ação. Tal constrangimento se explicitou quando Alfonso tomou-lhe com uma das mãos um dos seios dela, acariciando de forma circular, sem jamais largar seus lábios, como se fossem bálsamo para todas as suas feridas. Automaticamente Anahí se contrai e segura a mão de Alfonso, detendo-o.


ALFONSO: O que houve?


ANAHÍ: Não estou pronta pra isso.


ALFONSO: Perdoe-me! Sem problemas, não quero que pense que sou algum tipo de grosso, que força algo a uma mulher- tal comentário fez Anahí reagir.


ANAHÍ: Claro que não! Você é maravilhoso! Eu é que estou nervosa, tudo isso é muito novo pra mim, intenso. Não duvide, tudo o que quero é estar com você. Desde que te vi mudou minha vida. Você deu cor às minhas manhãs frias. Preciso organizar minhas ideias – com sua mão, tocou o peito de Alfonso – Só em sentir seu coração batendo forte por mim, me dá forças pra quebrar meus medos.


ALFONSO: Não tenhas medo. Estou aqui com você e não irei sair- concluiu, abraçando-a, ambos envolvidos em uma áurea de compreensão. Ficaram ali por tempo que parecia uma eternidade, sobre a certeza de que estariam juntos, independente de todas a tempestades que poderiam suportar.


 


 


 


 



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Autor(a): jessyssimoes

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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A noite chegou e junto a ela uma tempestade forte, mas eles estavam abrigados juntos na pequena fenda, protegidos da chuva, aquecidos pela fogueira que Alfonso havia feito para assarem um peixe. Após todo aquele momento vivido na cachoeira, ambos estavam calados, evitando ao máximo o contato visual, pois sabiam que não poderia suportar se olharem sem pod ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 3



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  • marygiovana Postado em 06/01/2016 - 13:29:08

    Linda sua web continua por favor. ....

  • jessyssimoes Postado em 06/01/2016 - 00:57:39

    Estarei postando o mais rápido possível!

  • jessica_ponny_steerey Postado em 06/01/2016 - 00:52:39

    Continua <3


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