Fanfic: #Segunda#Chance [Vondy]

Mas antes mesmo que entrasse, teve a certeza de que precisaria esperar para revelar os planos a ela. Avistou o carro de sua irmã estacionado na entrada dos 

fundos. “Quer dizer que mamãe e Any vieram para uma visita...” Porém, assim que fossem embora, tudo voltaria ao normal. A menos que tivessem deixado Dulce exausta. Ela estava muito fraca e se esforçando muito. 

Christopher apressou o passo e então ouviu outro veículo. Visitas para aquela ocasião não era bem o que tinha em mente. 

— Ei, Christopher! — Joe o chamou, sorrindo, estacionou e aproximou-se. 

— Olá, pai. Olá Poncho. 

Joe arqueou as sobrancelhas. 

— Parece que não somos muito bem-vindos. 

— Claro que são, pai! É que eu não sabia que viriam. 

— Tinha outros planos? 

— Não, imagine. Estou acabando de chegar da lida e preciso tomar um banho antes de entreter os visitantes. Diferente de Poncho, não trabalho com papelada limpa o dia todo. 

Poncho meneou a cabeça, aceitando a brincadeira. 

— Não tem ideia de quanto é duro o serviço de advogado, Christopher. Alguns daqueles papéis fedem. No mínimo pelo que está escrito neles. 

Alcançaram a varanda. 

— Vamos entrar. 

Billy e Leigh se encontravam na cozinha, e, quando ela os viu, largou a colher que lavava dentro da pia e correu para abraçar o marido. 

Christopher recuou quando Leigh se aproximou.

— Tenho de tomar banho, mamãe. 

— Bem, então não demore. O jantar estará pronto em meia hora. — Abraçou Poncho e voltou para o fogão. 

— Onde está Dulce? — Christopher quis saber. 

— E Any? — acrescentou Poncho, parecendo um pouco perdido. 

— Insisti para que as duas se deitassem e descansassem enquanto os bebês dormem. Vamos acordá-las daqui a pouco. 

— Acordarei Any agora mesmo — decidiu Poncho, indo em direção à porta. — Em que quarto ela está? 

Depois que Leigh lhe informou onde achar a esposa, Poncho desapareceu. 

— Christopher, não vai tomar banho? 

— Sim, estou indo, mãe. 

— Você tem meia hora, lembre-se. 

Mas ele esqueceu a pressa assim que fechou a porta atrás de si. 

Em vez de subir a escada, olhou pelo corredor, onde ficavam os quartos de Dulce e de Andy, e deu um passo naquele sentido. Então deteve-se. 

De repente, imaginou Andy com três ou quatro anos, aprendendo com o pai sobre cavalos, enquanto ele a conduzia em cima de um potro pelo curral. Eles tinham fotos de Any daquele jeito. 

Nutrido por aquela imagem do futuro, virou-se e subiu a escada. Depois do banho, daria uma olhada em Andy. Queria muito ir ver Dulce também, mas não poderia. 

Quando desceu, quinze minutos depois, foi até os aposentos de Andy, mas o encontrou vazio. Seguindo pelo corredor, encostou a orelha na porta do quarto de Dulce. A voz doce conversando com o bebê confirmou sua suspeita. Andy estava jantando. 

Rememorou as noites na cama de Dulce, aquela mesma entonação suave a envolvê-lo, invadindo-lhe a alma. Aqueles tons baixos e musicais o seduziam tanto quanto o corpo dela. 

E fariam isso de novo. Assim que lhe contasse sobre sua decisão. Não poderiam fazer sexo por enquanto. Christopher se lembrou de quando Merilee dera à luz. 

Ela não apenas quisera mais tempo do que o exigido pelo médico, como também nãoo aceitara em seu leito. 

Joe saiu da cozinha e gritou: 

— Christopher, o jantar está servido! 

Christopher teve um sobressalto, tentando disfarçar o que estava fazendo. 

— Ah, estou aqui, pai. Queria ver Andy. 

— Sei. Nós ouvimos Andy, e Leigh foi pegá-la. Dulce disse que estariam aqui assim que acabasse de amamentar. 

— Certo. Já vou indo. — Como se tivesse escolha... Era embaraçoso ter sido pego naquelas circunstâncias. 

Notou, ao voltar para a cozinha, que Any, com Alfonso nos braços, havia se juntado à família. Cumprimentou a irmã e acariciou a cabecinha do sobrinho. Era um menino bonito, mas Andy também era linda, decidiu, com orgulho. 

— Dulce já está pronta? — perguntou Leigh, ao colocar uma travessa de bifes na mesa. 

— Acho que não. E não quis perturbá-la, por isso não bati na porta do quarto. 

— Vou lá ver. Oh, Christopher, nós temos uma agradável surpresa para depois do jantar. — E então, se foi. 

Christopher franziu a testa. 

— Do que ela está falando, Billy? De alguma sobremesa nova? 

O caubói não o encarou, fingindo estar muito ocupado no fogão. 

— Hum... não. 

Seu cozinheiro era um homem bom, sincero, justo. O que estava acontecendo, portanto? 

— Any, a que mamãe está sé referindo? 

— Não posso dizer. Se eu falasse, não seria mais surpresa.— Ela também não o olhou nos olhos, mantendo-os fixos no filho.