Fanfic: Amor a moda antiga | Tema: Um amor para recordar
Em algum lugar de Paris, um famoso estilista trabalhava em uma nova coleção a qual precisaria de muita inspiração, em uma sala cinza com imagens coladas na parede, sentado em frente á sua mesa, porta retratos, diplomas em um mural, várias bolas de papel amassadas no chão, e com o lado inferior de um lápis batendo sob uma plaqueta de croquis.
Era a ultima semana e ainda faltavam quatro peças para finalizar a grande coleção de primavera da linha Tom Style, sem saber o que fazer, Thomas resolveu dar uma volta pela bela Paris, em fim de tarde de uma quarta-feira sem nada especial. Pegou uma caderneta, um lápis, seu café e saiu do estúdio Black in White em direção á praça. Por onde passava ficava observando pequenos detalhes que lhe pudesse servir de inspiração, qualquer coisa á toa. Mas nada aparece. Sentou-se em um banco puxando levemente pelos joelhos a ponta das calças do terno, com a caderneta no colo e com o lápis á posto, ficava encarando o vazio com uma das sobrancelhas erguidas, estava tudo tão silencioso que parecia que todos em volta haviam entrado em coma. Por sua vez, o silencio, é desastrosamente quebrado por uma moça, esbaforida, correndo atrás de um cachorro que por sorte veio ao seu encontro. Ele segura o cão, fazendo um carinho em sua cabeça e olhando seu nome na coleira: Ringo Star. A moça tem cabelos longos e ondulados, olhos cor de mel e uma altura mediana. Esta vestindo umas cinquenta roupas de liquidação, com botas amarelas e um chapéu um tanto bizarro, juntamente com um lindo e encantador sorriso. Ele vem em sua direção e aliviada diz:
- Ah, você o pegou. Obrigada. – Fala Maria Luiza encarando os sérios olhos de Thomas. – Não sei o que faria se perdesse essa bola de pelos.
Diz a moça, como se parecesse não se importar com nada.
- Vejo que tem aqui um Beatle se não estou enganado. Ringo Star, isso? Diz Thomas em um tom sarcástico ainda encarando os olhos dela.
- Isso por causa da mancha na orelha dele, tem o formato de uma guitarra. Diz Maria Luiza apontando para a orelha do peludo.
Tom olha para a orelha de Ringo e contendo o riso pensa que aquilo parece qualquer coisa menos uma guitarra. Uma pera talvez. Mas como falaria aquilo para uma moça tão encantadora e tão fora de moda. Então, usando de total educação responde:
- Mas não é que é verdade.
A moça abre uma expressão de alegre e grata por ele ter segurado o cão, ela pega a corda e amarra na coleira, levanta-se puxando Ringo e então com um tchau sai caminhando seguindo o seu caminho.
Tom fica quieto por alguns segundos, e então começa a rir baixinho. Em uma fração de segundo, uma chuva começa a despencar, ele recolhe suas coisas e corre de volta ao estúdio aonde chega sem nenhum modelo novo. O dia já estava acabando e aos poucos os funcionários iam indo cada um para sua casa, e Tom é o ultimo a sair, conferindo assim todas as portas. Aquele dia não foi diferente. Sua secretaria Isabel passa em sua sala avisando que todos já foram e então Tom organiza suas coisas para ir também. Naquela noite, ele faz tudo como de costume, pega seu carro na garagem e no quieto da noite sai do Estúdio Black in White. Na saída, ele vê do outro lado da rua na chuva, a moça com seu cão, sentada no meio fio da calçada. Ele então, pega um guarda-chuva em seu carro e curioso atravessa a avenida de encontro com a moça.
- Está tudo bem? O que faz aqui sozinha nessa chuva?
- Oi moço que me ajudou esta tarde. Está sim, é que alguém roubou minha bicicleta e eu pedi um taxi. Ele chega daqui uns quarenta minutos.
Tom fica admirado com a naturalidade em que ela leva as coisas, mas quarenta minutos era muito tempo, até mesmo ele que não era muito de fazer boas ações não teria outra reação se não lhe oferecer uma carona.
- Nossa! E eu posso lhe ajudar? Posso dar uma carona. Diz Tom, com a voz um pouco travada.
- Ah, seria ótimo. Mas como posso ter certeza que você não irá me sequestrar? Diz Maria Luiza em um tom de deboche.
Ele então diz seguindo a mesma linha irônica que ela.
- Como descobriu? Agora não tem mais graça. Olhe só, agora até Ringo está me olhando diferente.
Ele então estende a mão para ela se levantar, e ela segurando seu braço levanta-se puxando Ringo e uma bolsa a qual parecia conter tijolos dentro.
Ela vai até a porta do carro, ele entra e fica observando a moça olhar para dentro.
- Não vai entrar? Diz Tom levantando as sobrancelhas e curvando sua postura para enxerga-la.
- Como sou boba, olha o estado em que eu e Ringo nos encontramos para entrar nesse seu carro de luxo. Diz ela puxando a corda e saindo de perto do carro.
Tom então sai do carro e á olha por cima do capô.
- Entenda, não vou deixar meu amigo Ringo na chuva. Veja só. – Diz ele rodeando o carro e parando em frente à moça na chuva. Ele então vê que ela a olha como quem realmente não fosse entrar no carro. Então ele vai para a estrada em meio a tempestade que caia naquela noite e fica todo molhado, tanto quanto ela. E então volta em sua direção, á olha no fundo de seus olhos e entra no carro. Então ele mais uma vez curva a postura, e diz:
- Agora estamos no mesmo estado, pode fazer o favor de entrar com meu amigo Ringo Star? – Diz ele ironicamente.
Malu ri, põe o cão no banco de trás e sem jeito senta no banco do passageiro. E então eles partem da Avenida (..) a caminho da casa da jovem.
Ela fica encarando ele e pergunta.
- Qual é o seu nome?
Tom a olha e diz:
- Thomas Batt Veroz, Tom se preferir.
Ok, Tom.
Ele então a olha e diz:
- Minha vez, como a senhorita se chama.
Autor(a): mariani_flores
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